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Tutorial 5 - RETORNO AO CROSS FIT

Marcelo 23 anos, chegou ao ambulatório de ortopedia do Hospital Coronel Mota


com história de o “ombro direito ter saído do lugar” durante levantamento de
peso na academia 45 dias antes. Afirmou que, por conta própria reduziu o ombro
luxado, fez repouso e gelo local, voltando a treinar após 1 semana do ocorrido. A
partir daí, episódios de luxação tornaram-se frequentes. Durante exame físico, foi
feito o teste de apreensão que foi positivo. Foi solicitada ressonância magnética
do ombro, a qual evidenciou lesão do lábio glenoidal. O paciente foi submetido
à artroscopia do ombro com reinserção do lábio glenoidal com uso de âncora,
restaurando, assim, a estabilidade articular.

Passo 1 – Termos desconhecidos

Artroscopia – Pequena cirurgia na qual o ortopedista utiliza um tubo fino, com


uma câmera na ponta, para observar as estruturas no interior da articulação, sem
precisar fazer um corte grande na pele.

Âncora (ortopédica) – Implante ortopédico que promove uma fixação segura do


tecido mole ao osso.

Teste de Apreensão – O teste de apreensão identifica instabilidades anteriores


onde a cápsula glenoumeral anterior poderá ter sofrido alguma ruptura e exposto
a cabeça umeral.

Passo 2 e 3 – Perguntas e Respostas

2.1 – Quais os fatores podem provocar a luxação do ombro?


3.1 – Movimentos excessivos de extensão/flexão podem colaborar para a
luxação, bem como uma pancada. Exercício de impacto também pode
contribuir. Enfraquecimento do Manguito Rotador. Instabilidade ligamentar e
lesão capsular. Desgaste articular.

2.2 – Por quê a luxação se tornou frequente, após o primeiro episódio?


3.2 – No processo natural de recuperação da lesão, ainda há o resíduo de lesão,
portanto, de certa forma há o enfraquecimento da articulação. A instabilidade
da articulação faz com que se torne mais frequente.
2.3 – Como a demora na busca por atendimento médico pode ter ocasionado as
outras luxações?
3.3 – A demora acarreta um maior atraso no começo do tratamento adequado,
o que poderia ter reduzido a chance de recidiva da lesão. Outro fato importante
a ser mencionado, é que por ser homem, a busca por tratamento acaba
demorando. Por conta do tempo, pode ter ocorrido uma compressão do tecido
conjuntivo fibroso da articulação, e no caso, a barreira que “seguraria” o Úmero
pode ter comprimido, ocasionando novos episódios de luxação. Houve a morte
celular das partes do osso perto da articulação. Houve também perda do líquido
sinovial, favorecendo a instabilidade da articulação, diminuindo a lubrificação
articular, ocasionando novas luxações. O caso de inflamação por ter agravado
com o passar do tempo.

2.4 – De que forma a redução que o paciente fez por conta própria pode ter
relação com as luxações seguintes?
3.4 – A redução feita por conta própria, devido a dor e à imperícia, pode ter
ocorrido de forma incompleta/irregular ou inadequada, e isso pode ter
ocasionado as luxações futuras, somado com o atraso em buscar atendimento
médico.

2.5 – Qual a conduta adequada no caso de luxação do ombro?


3.5 – Paciente: Buscar atendimento médico. Evitar atividades físicas ou exercícios
que envolvam força, até recomendação para tal. Seguir as instruções médicas.

Médico: Realizar a redução, seguida de um RX para verificar se a redução foi


bem sucedida e uma imobilização para a região. Recomendação de fisioterapia
para reabilitação, gelo e medicação (AINEs/Analgésico). É importante saber qual
a atividade principal do paciente, ou a necessidade do paciente com relação
aquele membro (para uma recuperação rápida ou ele faça alguma atividade). E
em casos extremos, a necessidade de uma cirurgia para a resolução do
problema.

Passo 4 – Resumo

Passo 5 – Objetivos

01 – Estudar a Anatomia da região do ombro (ligamento, osso, musculatura,


articulação) e a Biomecânica.

02 – Estudar a Epidemiologia, os testes especiais e a conduta (conservadora ou


cirúrgica) a ser tomada nesse tipo de lesão.

Passo 6 – Estudo Individual

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