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Princípios da nutrição:

1. Avaliação nutricional:
a. Recall
b. Avaliação antropométrica (pesagem hidrostática, densitometria, ISAK, DEXA,
BIA)
c. Cálculo das necessidades (BMR, fatores de atividade/METs)

CALORIMETRIA DIRETA: produção de calor; sem informação sobre o tipo de substrato


utilizado; condições de medição artificiais.

COLORIMETRIA INDIRETA: medição da energia através de gases respiratórios; O2


consumido e CO2 produzido; multiplicado por m2 de superfície corporal, por hora.

2. Conhecer a atividade nas suas componentes:


a. Metabólica (vias metabólicas prevalentes e tipo de treino)
b. Técnica (duração, intensidade, risco de lesão)
c. Psicologicas (atleta de elite?, pressão competitiva; necessidade de melhorar)
3. Plano nutricional- considerações para praticantes de atividade física.
a. Guidelines
b. Conforto
c. Possíveis perturbações GI
d. Necessidades nutricionais adicionais

AMBIENTE SEGURO

Enfermeiro do desporto- analise do gesto técnico, postura de utilização de equipamentos


desportivos, reduzir gastos em tratamento/ reabilitação

Gerir risco  Principal objetivo

Cada desporto tem riscos diferentes:

Identificar  quantificar  informar  intervir  reduzir

É impossível reduzir o risco a zero

EPI ou equipamento desportivo novo ou modificado relacionado com a atividade desportiva

o Equipamento específico de cada desporto


o Imobilizações funcionais ou ortóteses
o Calçado
o Piso

Em desportos de contacto/ colisão as áreas + expostas e vulneráveis devem estar proteguidas do


impacto com a superfície ou com outros atletas

Àreas como a cabeça, pescoço e a genitália devem ser prioritárias.


sintético

Relva
natural

Taxas de lesão semelhantes embora o sintético esta associado a uma maior Taxa de lesão no é e
tornozelo em comparação à relva natural

O Enfº focaliza a sua intervenção na complexa interdependência pessoa/ambiente, procurando


conhecer a acuidade do seu campo de ação utilizando estratégias de garantia de qualidade e de
gestão de risco

Existem várias praticas e condições nos contextos desportivos que identificadas à priori poderão
prevenir eventos adversos dos necessários.

Estratégias relacionadas com o uso de equipamentos de proteção individual incluem


equipamentos específicos de cada desporto, imobilizações funcionais ou ortóteses e calçado

FARMACOLOGIA E CONTAGEM ANTI DOPING

AINES- medicação + usada no desporto, contudo podem inibir a síntese proteica e reduzir a
ativação de células satélites, passo essencial na reparação e regeneração muscular

Medicação frequentemente utilizada: AINES, ibuprofeno, diclofenac e naproxeno (cox1) e


celecoxib e etoricoxib (cox2- menos efeitos GI)

Maior incidência de eventos adversos depende do seu uso, nomeadamente GI, renais e
cardiovasculares

Analgesicos- fase aguda

DOPING

o Lista substâncias e métodos proibidos


o Atualizada anualmente (em vigor a 1jan)
o Contem sumario das principais alterações
o Programa monitorizado
o São proibidas durante as competições
o Há substâncias que só são proibidas em alguns desportos específicos (ex:
betabloqueadores)

As substâncias ou métodos proibidos são incluídas na lista desde que atendam a 2 dos 3 critérios
seguintes:

1. Melhorar o rendimento desportivo


2. Risco para a saúde do atleta
3. Determinação de WADA de que o uso viole o espírito desportivo

S0- substancias não aprovadas


 S1- agentes anabolizantes
 S2- hormônios péptidos, fatores crescimento, substâncias relacionadas e sintéticas
 S3- beta 2 agonistas (ex: salbutamol)
 S4- hormonas e modeladores metabólicos
 S5- diuréticos e adentes mascarantes
 S6- estimulantes
 S7- narcóticos
 S8- canabinoides
 S9- glicocorticoides

METODOS PRIOBIDOS:

 M1- Manipulação de sempre e seus componentes


 M2- manipulação química e física
 M3- dopagem genética

Atleta- assegurar que não introduz ou é introduzido qq substancia

SONO, SAUDE E RENDIMENTO

Sono- processo fisiológico em que as funções metabólicas e outras funções regulatórias param
por um período para que os sistemas do corpo recuperem e se preparem para as respetivas
funções do dia seguinte

O ciclo de sono-vigilia é regulado pelas várias etapas do dia (diferentes intensidades luminosas,
refeições e comportamentos sociais)- informação externa indispensável à sincronia sono.

Ritmos circadianos- ritmos fisiológicos e comportamentais num período de 24h

Ciclo do sono compreende 4 fases que se repetem consecutivamente durante o sono:

1. REM- maior taxa de renovação cerebral


2. Regulação neurológica e endócrina
3. Melatonina
4. Cronótipos: matutino vs vespertino

A falta de sono prejudica:

- cognição, aprendizagem e memória

- Bem-estar mental

-crescimento e reparação tecidular, metabolismo da glucose


- Resposta imunológica de proteção à vacinação e a resistência a infeções respiratórias.

Estratégias de melhorar o sono:

1- Deitar e acordar às mesmas horas todos os dias


2- Dormir entre 8 a 10h à noite
3- Manter o quarto fresco, escuro e silencioso
4- Evitar smartphone antes de dormir

MENSAGENS PARA CASA:

- Existem vários fatores desportivos e não desportivos que podem predispor um atleta a
alterações do sono, pelo que a abordagem deve ser individualizada.

- Monitorizar o sono do atleta pode ser útil para a deteção e intervenção precoce antes que sejam
observados decréscimos significativos no rendimento e na saúde.

- A implementação de estratégias que promovam a qualidade do sono devem ser uma prioridade
para os atletas.

PORQUÊ CONTRATAR UM ENFERMEIRO DO DESPORTO:

Áreas de atuação:

PERFORMANCE:

- Monitorização e gestão de parâmetros de bem-estar e rendimento

- Recuperação de esforço

- Apoio à nutrição e suplementação desportiva

- Melhoria do rendimento desportivo

COMUNICAÇÃO:

- Função de gestão (recursos humanos, recursos físicos)

- Elo de ligação na equipa de saúde

- Elo de ligação na equipa/ instituição desportiva


- Investigação desportiva

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA:

- Avaliação de lesão/doença

- Cuidados à pele e feridas

- Atuação em urgência e emergência

- Cuidados à lesão/ doença aguda

- Segurança e gestão de risco ( ambiente seguro, protocolos de atuação)

CUIDADOS HOLISTICOS DO ATLETA:

- Gestão de dados de saúde do atleta

- Gestão e monitorização de doença crónica

- Preparação de atletas para treino/ competição

- Administração de fármacos

- Realização ou acompanhamento de controlo antidopagem

- Colheita de espécimes

- Apoio a procedimentos médicos

- Apoio à psicologia desportiva e gestão de saúde mental do atleta.

PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAUDE:

- Avaliação de saúde global do atleta

- Prevenção de doença e promoção da saúde

- Formação de profissionais/ agentes desportivos

REABILITAÇÃO:

- Reabilitar a lesão

- Prevenção de lesão

MENSAGENS PARA CASA:


A intervenção do enfermeiro do desporto acontece ao longo das várias fases do processo de
cuidar ao atleta

A elaboração do processo de enfermagem à determinante para uma melhor tomada de decisão


na prestação de cuidados, mas também para a aquisição de mais conhecimentos na área.

A utilização de linguagem uniformizada pode permitir uma melhor compreensão do enfermeiro


do desporto

DA LESÃO À COMPETIÇÃO

 Return to play- modelo dinamico que reflete uma mudança de paradigma na maneira
como pensamos o retorno à atividade desportiva

Compete logo após programa de reabilitação

Vs

Inicia processo no momento em que a lesão ocorre e continua além do ponto em que o atleta fez
o seu retorno à competição sem restrições

 Este tipo de progressão é individual e maleável, permitindo progressões individuais


mais rápidas e lentas durante todo o plano de retorno ao jogo

Objetivos de RTP

1. Retorno do atleta à competição o mais rápido possível


2. Evitar a recidiva

LESÃO:

1. Planeamento da assistência à lesão


2. Avaliação primária e primeiros cuidados
3. Extração do local e encaminhamento
4. Avaliação secundária e cuidados em fase aguda.

DIAGNÓSTICO PRECOCE E PRECISO:

1. Planeamento da assistência à lesão


2. Anamnese- mecanismo de lesão, sinais e sintomas
3. Exame Objetivo
4. ECD
5. Impressão diagnostica
6. Plano de cuidados / reabilitação

Considerações para uma RTP efetiva:

A preparação física e mental para o RTP são ambos aspetos importantes e nem sempre andam
de mãos dadas.

Utilizar um grupo de testes funcionais específicos para o desporto e os resultados referidos


pelos atleta para monitorizar a progressão e decidir-se este se encontra física e mentalmente
apto para regressar.
Apoiar o atleta a estimular a confiança sobre o processo de RTP

O planeamento do RTP é sobre gerir risco

RETORNO AO CAMPO INDIVIDUALIZADO

RETORNO AO TREINO COM A EQUIPA

RETORNO À COMPETIÇÃO

RETORNO AO RENDIMENTO ÓTIMO

 RTP constipação comum: Atletas sem febre, mal estar geral, mialgia e resultados
analíticos inflamatórios normais – Exercício de intensidade leve a moderada. Se
assintomático ao fim de 2-3 dias pode retomar treino intenso
 RTP infeções GI: atleta assintomático com valores analíticos normais ou decrescentes
e peso corporal normal ou quase normal após hidratação – Exercício de intensidade leve

RETURN TO PLAY CONCUSSÃO CEREBRAL

11 R’s:

Recognise; Reduse; Remove; Re-evaluate; Rest and exercise; Rehabilitation; Recovery;


Return to learn and return to sport; Reconsider; Retire; Refine; Residual effects and
sequelae

Concussão no desporto é uma lesão cerebral traumática causada por um impacto direto na
cabeça, pescoço ou corpo, resultando na transmissão de uma força impulsiva ao cérebro que
ocorre no desporto e atividades relacionadas com exercício.

Isto inicia uma cascata de neurotransmissores e metabólica, com possível lesão axonal,
alteração do fluxo sanguíneo e inflamação afetando o cérebro. Os sintomas e sinais podem
apresentar-se imediatamente ou evoluir ao longo de minutos ou horas, e geralmente
desaparecem em alguns dias, mas podem prolongar-se

Nenhuma alteração é observada em estudos de neuroimagem padrão mas no contexto de


investigação, alterações podem estar presentes em estudos de imagem funcionais.

A concussão no desporto resulta numa série de sintomas e sinais clínicos que podem ou não
envolver perda de consciência.

Os sintomas ou sinais clínicos de concussão não podem ser explicados apenas por consumo de
drogas, álcool ou medicação

APLICAR SCAT6
o Particular atenção à exclusão de lesão cervical
o A remoção retardada está associada a um risco 14x superior de RTP> 21 dias e a pior
desempenho neurocognitivo.
o O atleta com concussão cerebral não deve voltar a competir no dia da lesão!!!
o Repouso relativo nas primeiras 24-48h após lesão
o AVD’s e diminuição do tempo de ecrã
o Retorno a atividade física ligeira sem agravar sintomatologia

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