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A sua atuação não se restringe apenas na categoria principal, cabe também a função
de acompanhar o desenvolvimento dos atletas das categorias de base (Infantil, Juvenil
e Júnior), proporcionando um melhor prognóstico e corrigindo as possíveis deficiências
encontradas no sistema músculo-esquelético.
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Avaliação fisioterápica
Avaliação usada para estabelecer uma diretriz que deve continuar durante todo o
processo de reabilitação.
Objetivos do tratamento
Tratamento fisioterápico
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Os avanços tecnológicos desenvolvidos nos aparelhos isocinéticos, por exemplo, já
permitem que sejam feitas avaliações prévias da temporada ou dos treinamentos com
o objetivo de detectar possíveis anomalias musculares localizadas. Essas avaliações,
integradas ao trabalho do fisiologista, contribuem para que se possa ter uma visão
geral das condições dos atletas.
Assim, se for o caso, o fisioterapeuta pode iniciar um trabalho para evitar os mais
variados tipos de contusões nas articulações ou na musculatura. Essas eventuais
deficiências são constatadas com muita precisão através de computadores.
Trabalho interdisciplinar
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papel importante para os atletas que não podem sofrer impactos, porque os exercícios
ocorrem sem que tenham contato com o piso.
Cinesioterapia
O carro-chefe da fisioterapia é a cinesioterapia, que engloba tudo que for relativo aos
movimentos. Equipamentos necessários: um dinamômetro isocinético
computadorizado (mensurador de força) da marca Cybex, por exemplo, e aparelhos de
musculação (exercitadores) para treinamento de propriocepção, que servem para um
atleta retomar as noções de equilíbrio.
Equipe principal: Fisioterapeutas César Abs da Cruz De Agosto, Estevão Luís Paes de
Mendes. Estagiários: Fábio Maciel, Antonio Dias, João Rosa e Felipe Machado.
Fisio = Função
Terapia = Tratamento
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Fisioterapia = Tratamento da função
Fisioterapia Esportiva = Tratamento da função em atletas
Informações adicionais
- Avaliações periódicas
- Planejamento
- Acompanhamento de treinos e jogos
- Recuperação clínica
- Sala de musculação
- Hidroterapia
- Cinesioterapia
• Contusões
• Lesões músculo-tendíneas
• Entorses de tornozelo
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- Goleiros - cotovelo e joelho
- Zagueiros - joelho e coxa
- Laterais - região inguinal e pé
- Meio-campistas - joelho e tornozelo
- Atacantes - região inguinal e tornozelo
- Centroavantes - face e perna
De acordo com Lacerda, "as lesões mais comuns no futebol são aquelas verificadas nos
membros inferiores (pernas), entorses de joelho, tornozelo e problemas musculares".
Para o tratamento dos casos mais agudos, Lacerda utiliza o ultrassom, a
eletroestimulação ou mesmo gelo - técnica conhecida como crioterapia.
Com relação ao conhecimento que o fisioterapeuta do futebol deve reunir, Luiz Lacerda
observa que "é importante ter curso de Traumatologia Desportiva, algo que equivale a
um curso de pós-graduação.
Versatilidade
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Luiz Mauro Lacerda acrescenta que nas categorias de base ainda há um cuidado
especial com a prevenção de lesões, que envolve trabalhos posturais, RPG e
musculação para o fortalecimento dos atletas.
Recuperando a força
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Evolução do programa
Os atletas que são obrigados a disputar muitos jogos durante uma temporada, em
virtude do calendário inchado das competições, estão sujeitos a um número maior de
lesões. Uma dessas lesões é a pubialgia, que ocorre no osso do púbis.
Finalmente, na etapa mais avançada, quando o atleta já estiver com boa flexibilidade,
resistência e potência muscular, a velocidade de contração deve ser priorizada, através
do estímulo dos reflexos miotáticos aplicados numa intervenção mais específica, em
que os grupos musculares são potencializados com resistência elástica, estimulando
movimentos utilizados no futebol (chute, aceleração, desaceleração, saltos etc.).
Abordagem imediata
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O fisioterapeuta precisa ter um diagnóstico médico exato, na abordagem imediata da
lesão muscular, para que seja determinado o tipo de lesão muscular. Se for
necessário, alguns exames complementares terão de ser providenciados, tais como
ressonância magnética nuclear e ultrassonografia. A abordagem imediata tem como
objetivo a diminuição da dor, do edema e do sangramento da região lesionada, bem
como controlar a inflamação e diminuir o espasmo muscular.
Micromassagem
Outro recurso que pode ser adotado nesta etapa é a micromassagem transversa
profunda. O dr. Henrique Jatobá Barreto1, fisioterapeuta do Comitê Olímpico Brasileiro
e do Botafogo do Rio de Janeiro, explica que o objetivo deste recurso é "estimular e
orientar o posicionamento das fibras do tecido cicatricial. As compressas de gelo, por
sua vez, darão lugar por compressas de calor úmido (toalha úmida ou bolsas com água
quente), com objetivo de elevar o aporte sangüíneo e nutricional para a região. O
tempo e a freqüência das aplicações dependerão das dimensões e da localização da
lesão". Nos casos em que as lesões musculares ocorrerem em planos profundos,
recomenda-se o tratamento termoterápico, com aplicações de ondas curtas e
microondas.
Outras providências poderão ser tomadas na seqüência, como os exercícios ativos, que
deverão começar com contrações isométricas, durante seis segundos. Posteriormente,
podem ser aplicados exercícios de contração isotônica excêntrica e, depois,
concêntrica.
A massoterapia é um recurso que também pode ser adotado, pois além de aquecer os
músculos antes da cinesioterapia, funciona como um relaxante muscular depois de um
trabalho ativo mais forte e ainda estimula a drenagem de catabólitos resultantes do
trabalho muscular ativo resistido.
Musculação
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velocidade de contração do músculo a estímulos rápidos que provocam resposta
imediata dos fusos musculares e órgãos tendinosos de Golgi e proprioceptores
articulares".
Neste trabalho, que deve ser realizado com muita cautela, o atleta deverá realizar os
mais variados tipos de testes que exigirão os movimentos que um jogador realiza num
jogo de futebol (arranque, desaceleração, mudança rápida de direção, giro em torno
do próprio eixo, saltos, chutes etc.
Quando a entorse for leve (não houver edema, dor e impedimento da função), ainda
de acordo com o dr. Barreto, "a abordagem fisioterápica será diferente, com a
confecção de uma ligadura funcional, também conhecida como athletic taping (...). O
aspecto final é de uma bota de esparadrapo que permite mobilidade seletiva, leveza e
resistência" (...).
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A abordagem ambulatorial é uma segunda forma de atuação da fisioterapia, com a
realização de tratamento diário. O atleta já deverá estar liberado pelo médico, nesta
fase, para começar a cinesioterapia. Nesta fase da reabilitação, o trabalho ambulatorial
possui os seguintes objetivos, segundo o dr. Henrique Jatobá Barreto:
• Redução do edema
• Diminuição da dor
• Melhoria da amplitude de movimento do tornozelo e do pé
• Melhoria da potência e da flexibilidade da musculatura intrínseca do pé
• Melhoria da resposta proprioceptiva
TPA
O TPA pode ser dividido em duas etapas: simples e específica. O TPA simples estimula
o controle motor do atleta de forma rápida, tentando desequilibrá-lo, sem que ele
esteja usando calçados, para estimular a sua esterocepção, fazendo uso da visão. O
TPA específico, por sua vez, é executado dentro de campo, com exercícios que
retratem as situações de jogo e os fundamentos do futebol, envolvendo movimentos
de lateralidade, pivô, aceleração, desaceleração, saltos, chutes e cabeceios.
Para este tipo de lesão, as informações que o fisioterapeuta recebe do médico são
muito importantes, pois com isso saberá possíveis associações geradas, o tipo de
procedimento e a técnica empregada na reconstrução ligamentar.
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No pós-operatório da reconstrução do LCA (ligamento cruzado anterior) a grande
preocupação é com a rapidez em imobilizar o joelho, de forma a neutralizar os efeitos
nocivos da imobização (hipotrofia muscular, aderência de partes moles, ulcerações
cartilaginosas etc.).
Essas três formas de mobilização devem ser realizadas em conjunto. Caso seja
possível, a COM deverá ser utilizada 24 horas por dia, para que seja reduzido o edema,
o derrame intra-articular, evitar aderências de tecido cicatricial e outros aspectos.
"A mobilização passiva feita pelo fisioterapeuta deve ter por meta o ganho de
amplitude de extensão do joelho, mais até do que a flexão, a qual não poderá exceder
a patela nos sentido craniocaudal e lateromedial, alongar os retináculos patelares e
massagear, por micromassagem transversa profunda, as aderências cicatriciais
utilizando creme, loção cremosa ou gel deslizante".
Recomendações
Nos estudos realizados de vários casos, este tipo de ação demonstrou ser o mais
indicado, visto que a maioria dos pacientes conseguiu recuperar sua capacidade
funcional das atividades que a prática esportiva exige.
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Nos casos de atletas que são portadores de lesões crônicas, com queixas freqüentes de
dor e instabilidade, é indicado o tratamento cirúrgico, inclusive para jogadores que
apresentem sinais degenerativos precoces.
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