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A imunidade adquirida leva tempo para se desenvolver após a primeira exposição a um novo antígeno. Entretanto,
posteriormente, o antígeno é lembrado e a resposta subsequente àquele antígeno é mais rápida e eficaz comparada à
resposta que ocorreu após a primeira exposição.
19- Qual o papel dos eosinófilos nas infecções parasitárias? Explique o processo.
Os eosinófilos são recrutados para sítios de infecções parasitárias e reações alérgicas por moléculas de adesão e
quimiocinas. Combatem infecções parasitárias por citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpos, com
participação de receptor. Durante esse processo, aderem aos patógenos revestidos com anticorpos IgE (ou IgA) e
liberam seu conteúdo granular após ligação dos receptores com a IgE ligada ao antígeno-alvo. Uma vez ativados, os
eosinófilos induzem inflamação, mediante produção e liberação do conteúdo dos grânulos catiônicos eosinofílicos. Os
principais componentes desses grânulos são: proteína básica principal, proteína catiônica eosinofílica, neurotoxina
derivada de eosinófilos e peroxidase eosinofílica, que têm grande potencial citotóxico sobre parasitas, mas também
podem causar lesão tecidual. A proteína catiônica eosinofílica e a neurotoxina são ribonucleases com propriedades
antivirais. A proteína básica principal apresenta toxicidade para parasitas, induz a degranulação de mastócitos e
basófilos, e ativa a síntese de fatores de remodelação por células epiteliais. A proteína catiônica eosinofílica cria poros
na membrana da célula-alvo, permitindo a entrada de outras moléculas citotóxicas, além de inibir a proliferação de LT,
suprimir a produção de anticorpos por LB, induzir a degranulação de mastócitos e estimular a secreção de
glicosaminoglicanos por fibroblastos. A peroxidase eosinofílica forma EROs e NO, promovendo estresse oxidativo
na célula-alvo e causando morte celular por apoptose e necrose.
23- O artigo traz uma suposição para uma suposta mutação no receptor CCR5. Fale sobre isso.
Alguns receptores, entre eles o CCR5, são os principais correceptores para certas cepas do vírus da imunodeficiência,
uma deleção no gene CCR5, denominada CCR5-delta-32 reduz a expressão das proteínas membranares CCR5. Sem elas,
o HIV não encontra seu receptor e, portanto, não pode entrar e infectar a célula, tornando os pacientes resistentes ao
vírus.