Você está na página 1de 117

Imunologia

Beatriz Nogueira & Catarine G. Vieira

Prof.ª Dra. Erika Freitas Mota


PID - Programa de Iniciação à Docência
Apostila de

Imunologia

Material Didático

Beatriz Nogueira & Catarine G. Vieira

Prof.ª Dra. Erika Freitas Mota


PID - Programa de Iniciação à Docência
Módulo 1

Beatriz Nogueira & Catarine G. Vieira

Prof.ª Dra. Erika Freitas Mota


PID - Programa de Iniciação à Docência
Imunologia
Introdução à Imunologia - História

História

A palavra imunidade deriva de um termo


latino chamado immunitas, referido pelos
senadores romanos a demandas judiciais E assim, temos como o primeiro exemplo de
que ocorriam ao longo de seus mandatos. manipulação do sistema imunológico a vacinação
No decorrer do tempo, a palavra de Edward Jenner, contra a Varíola.
imunidade começou a ser relacionada à
proteção contra doenças e infecções, na
qual a Tucídides - em Atenas, foi dado o
mérito de relacionar primariamente esses O primeiro exemplo de manipulação do sistema
termos com a palavra imunidade. imunológico - a “vacinação” de Edward Jenner,
contra a varíola. Jenner, um médico inglês,
realizou observações com trabalhadores que
faziam a ordenhas de vaca e que estavam se
recuperando de vaccínia. Ele constatou que
Sua evolução como ciência está estes não contraíram a varíola. A partir disso,
relacionada a manipulação do preparou uma pústula de vaccínia e aplicou em
sistema imunológico realizado um menino de 8 anos, que em seguida recebeu
em condições controladas, inóculo de varíola. Ao observar posteriormente a
aplicando-se assim o método reação na criança, Jenner constatou que o
científico. menino não desenvolveu a doença. Em 1798 foi
publicado o tratado pioneiro de Jenner sobre
vacinação - vaccinus, mas que levou bastante
Há relatos de que antes tempo para ser aceito como uma forma de
disso ... imunizante.

Na China, no século X, as
crianças eram submetidas
a inalação de pó oriundo
de
feridas cutâneas de
continuando ...
Na atualiade, para
indivíduos acometidos com
uma vacina ser
varíola, para que
efetiva contra
adquirissem
Diante disso, a imunologia alguma doença ou
imunidade a essa doença.
consolidou-se como uma microrganismo,
disciplina experimental a partir necessita estar de
de observações, que procuram acordo com alguns
explicar fenômenos imunológicos critérios.
e produzir conclusões a respeito
desses acontecimentos.

O impacto da
Critérios
imunização foi tão
grande que em 1960 a
Organização Mundial 1. Segurança: não pode
causar doença ou morte ao
da Saúde (OMS) relatou indivíduo;
que, através do Diante desses acontecimentos, a 2. Proteção;
programa de vacinação se consolidou como o método 3. Proteção prolongada;
vacinação, a varíola foi mais efetivo de prevenção de doenças, Muita pesquisa ... 4. Induzir anticorpos
a primeira doença no reduzindo a incidência de diversas neutralizantes;
mundo a ser erradicada. patologias em todo o mundo, como 5. Induzir células T efetoras;
Difteria, Sarampo, Rubéola, Tétano, 6. Considerações práticas:
Hepatite B... Baixo custo, estabilidade,
fácil administração, poucos
efeitos colaterais e etc.

Desde então, a imunologia sofreu diversas


transformações e inovações. Esta
relaciona-se com várias áreas do
conhecimento, ampliando a explicação
de fenômenos imunológicos e,
principalmente, contribuindo para o Então, gostou do conteúdo ?
desenvolvimento de medicamentos,
terapias e curas para diversas patologias Confere o próximo, imunoamigo :) !!
da humanidade.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Propriedades Gerais da
Resposta Imune

Antes de falarmos sobre resposta imunológica, devemos


entender o conceito de Sistema Imunológico Porém, até mesmo substâncias estranhas não infecciosas e
moléculas próprias (logo mais vamos te mostrar) podem
O Sistema imunológico engloba uma diversidade de induzir a produção de uma resposta imunológica. Dessa
células e moléculas presentes no organismo, que forma, cabe aqui esclarecer que essa resposta pode ser
desempenham respostas a estruturas reconhecidas produzida também em reação a diversos componentes de
como estranhas e infecciosas. Essa resposta se dá microrganismo, como proteínas, polissacarídeos etc. Além
através da ação coordenada e coletiva das variadas disso, também há possibilidade de ocorrer danos
células presentes nesse sistema, que irão produzir a teciduais e algumas doenças (que também falaremos
famosa resposta Imunológica. mais à frente).

Além disso, também é capaz de diferenciar entre Resumidamente, as principais funções do nosso Sistema
o que é estranho (não próprio) e o que está Imunológico estão relacionadas ao:
normalmente presente no corpo (próprio)
...
Até aqui já entendemos que a imunologia é o estudo Reconhecimento
das substâncias,
Remoção de
substâncias, Produção de
Manter a
homeostasia no
das respostas imunológicas e que essas podem ser moléculas e
microrganismos
moléculas e memória hospedeiro e o
equilíbrio das
produzidas em resposta a diferentes indutores. estranhos no
microrganismos
estranhos;
imunológica;
respostas
organismo; imunológicas.

Você sabia que a Não? Vem


nossa imunidade que o
pode ser imunoamigo:)
te explica!
A Imunidade Inata, ou também denominada de imunidade
classificada como
Inata e Adaptativa natural ou nativa, é a primeira linha de defesa contra
? microrganismos no nosso corpo, e possui mecanismos de
defesa celulares e bioquímicos que respondem
rapidamente a infecções, como:

Inflamação: Defesa antiviral:


Processo em que ocorre o Reação de
recrutamento de leucócitos destruição das
(principalmente neutrófilos e células infectadas
monócitos) e proteínas do por vírus, mediante
sangue para a ajuda de
o local de infecção ou injúria, citocinas e
ocasionando a ativação células Nk.
A defesa contra um microrganismo dessas células e destruição dos
se inicia na imunidade inata e patógenos que ali existem.
posteriormente, por respostas tardias,
na imunidade adaptativa. Porém, todos os seus mecanismos de defesa são
específicos a estruturas compartilhadas com grupos de
microrganismos, podendo não distinguir um tipo ou outro
de patógeno.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
A imunidade Inata é constituída por: A Imunidade Adaptativa, ou também denominada de
imunidade específica ou adquirida, é uma forma de
imunidade que é desenvolvida em resposta a infecções
Barreiras físicas e químicas – epitélios e e consegue se adaptar aos eventos no ambiente.
substâncias; Possui alta especificidade para moléculas distintas e
Células fagocitárias – neutrófilos e macrófagos; desenvolve a produção de memória imunológica. É
Células dendríticas - atuando na apresentação de capaz de responder a grandes números de substâncias
antígenos como Células apresentadoras de de origem microbianas e não microbianas, possuindo
antígenos (APCs); ainda a capacidade de distingui-las das demais
Células assassinas naturais (NK, do inglês Natural moléculas e substâncias. E vale lembrar que essa forma
Killer) - um tipo de linfócitos; de imunidade está presente nos vertebrados.
Proteínas do sangue – que fazem parte do Sistema
complemento;
Citocinas - proteínas solúveis que regulam as É constituída por:
respostas imunes através da indução ou inibição
de diversos mecanismos e que também podem
desempenhar um papel de fator de crescimento e Linfócitos e seus produtos
– anticorpos – ex. citocinas e anticorpos
Antígenos –
substâncias estranhas.
desenvolvimento celular. (produzidos por linfócitos B);

É importante Em contrapartida,
ressaltar que, a as respostas imunes
resposta imune adaptativas
natural estimula intensificam os
também as mecanismos
respostas imunes protetores da
adaptativas. imunidade natural.

Mas você sabia que a Imunidade Adaptativa é dividida em algumas formas?


Não ? Vou te contar mais um pouco sobre ela …
Então, a Imunidade Adaptativa é dividida em:

Imunidade Humoral Imunidade Celular

É aquela mediada por moléculas presentes no É aquela mediada por linfócitos T, defendendo o
sangue e anticorpos produzidos por linfócitos B. organismo de microrganismos intracelulares, como
Esses anticorpos são capazes de reconhecer vírus e bactérias presentes no interior de fagócitos
organismos estranhos, eliminar e neutralizar a e demais células do hospedeiro. Aqui podemos
ação prejudicial que causam no nosso também perceber que células infectadas podem ser
organismo. Além disso, essa imunidade é a destruídas pela ação de linfócitos T, visto que o
principal via de defesa contra os microrganismos microrganismo se encontra dentro destas células
extracelulares e toxinas. alvos infectadas.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Dentre os linfócitos/células T:
Linfócitos T CD4+ auxiliares (helper): secretando
citocinas que irão atuar como moléculas
mensageiras do sistema imune, podendo atuar nos
processos de estimulação e diferenciação de
células T;
Linfócitos T CD8+ citotóxicos (citosólicos): irão
destruir células infectadas com antígenos estranhos;
Linfócitos T reguladores: como o próprio nome nos
diz, atuam principalmente na regulação da resposta
imune;
Natural Killer - NK (Células assassinas naturais): GETTY IMAGENS
estão envolvidas na resposta contra vírus e outros
microrganismos intracelulares.
Agora que você já sabe como a nossa imunidade é
classificada, sua composição e como podem se
desenvolver ...
Essa imunidade (Adaptativa) possui algumas
características na resposta imune que a distingue deixa eu te contar um pouquinho como ocorre a
bastante da imunidade Inata, sendo elas: captura e apresentação dos antígenos a essas
células…
Especificidade e diversidade: gerando respostas
específicas a diferentes patógenos, através de um
repertório de linfócitos com vários sítios de
ligação aos antígenos. Podemos dividir esse processo de captura e
apresentação de antígenos em algumas etapas:
Memória: gerando células de memória para
antígenos específicos e induzindo uma resposta
secundária mais eficiente.
2. Ativação e seleção dos
Expansão clonal: gerando aumento de linfócitos 1. Reconhecimento do linfócitos para produzirem
específicos para um antígeno, ou seja, gerando antígeno pelos linfócitos respostas imunes - mediante a
- mediante células
clones para ajudar na eliminação do organismo apresentadoras de
seleção de linfócitos
estranho. específicos para cada
antígenos (APCs); antígeno (Hipótese da
seleção clonal);
Especialização: gerando respostas distintas para
cada microrganismo, potencializando a qualidade
da resposta imune. 3. Eliminação do
antígeno mediante
mecanismos efetores;
Contração e homeostase: gerando diminuição da
resposta imune após passagem de tempo da
estimulação antigênica.
4. Contração (homeostasia) 5. Desenvolvimento de
Não reatividade ao próprio: garantindo que as da resposta - podendo células de memória de
células de defesa não reajam de modo prejudicial ocorrer mediante ação de vida longa - mediante
às nossas próprias moléculas e substâncias citocinas; uma ativação inicial de
linfócitos.
(próprias).

Anotações

Gostou do conteúdo?
Confere o próximo,
imunoamigo :) !!

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Células e Tecidos do Sistema Imune

Agora que já vimos, de maneira geral, como a nossa É importante entender que as células presentes na
imunidade pode ser classificada, vamos aprender imunidade inata e adaptativa estão espalhadas entre
quais células e tecidos estão presentes no nosso nosso sangue, linfa e órgãos linfoides, e que aquelas
sistema imune. com funções mais especializadas em respostas
imunológicas são principalmente fagócitos e linfócitos.
Neutrófilos: São fagócitos produzidos na A seguir, apresentaremos as principais células com sua
medula óssea e que também costumam morfologia e algumas características funcionais:
ser chamados de leucócitos
polimorfonucleares. Representam as
células imunológicas com maior número
no organismo e estão presentes Basófilo: São células granulocíticas
principalmente nas reações produzidas na medula óssea e que
inflamatórias. Seu aspecto morfológico é circulam na corrente sanguínea,
visto com núcleo segmentado em três a possuindo a capacidade de sintetizar
cinco lóbulos e possui citoplasma vários mediadores químicos. Possuem
granuloso cheio de enzimas. Possuem morfologia nuclear arredondada e
vida curta de aproximadamente seis citoplasma cheio de grânulos, não
horas no sangue. estando frequentemente nos tecidos e
geralmente reconhecidos em sítios
inflamatórios, principalmente em casos
Monócitos: São fagócitos mononucleares de alergia.
produzidos na medula óssea e que
circulam pelo sangue periférico. Sua
principal função está relacionada à
fagocitose. Seu aspecto morfológico é Eosinófilos: São células granulocíticas
visto com núcleo comumente produzidas na medula óssea e que
referenciado na forma de um feijão e também circulam na corrente sanguínea
citoplasma repleto de lisossomos. e estão presentes nas mucosas e trato
Quando recrutados para sítios de respiratório. Possuem o citoplasma cheio
infecção e ativados pelos patógenos, de grânulos enzimáticos que quando
amadurecem e recebem o nome de liberados podem lesar parasitas e
Macrófagos. Essas células quando também tecidos do próprio hospedeiro.
ativadas conseguem fagocitar e destruir
muitos microrganismos
Células Dendríticas: São células
Mastócitos: São células granulocíticas apresentadoras de antígenos não
produzidas na medula óssea e que granulocíticas produzidas na
habitam entre a pele e os epitélios da medula óssea e que circulam entre
mucosa. O citoplasma é preenchido por diversos tecidos. Sua principal
grânulos com vários mediadores função está relacionada à
químicos, a exemplo de citocinas e apresentação de antígenos aos
histamina, além de conter proteoglicanas linfócitos T.
ácidas. A morfologia nuclear é
referenciada como arredondada.
Além disso, possuem a capacidade de produzir
Possuem importante papel nas alergias e no citocinas após o reconhecimento de patógenos. Sua
processo inflamatório, liberando mediadores morfologia é referenciada com projeções
químicos que alteram o diâmetro dos vasos membranosas alinhada a suaReferência capacidade
sanguíneos causando vasodilatação. fagocítica.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Linfócitos B: São células derivadas da Linfócitos T: São células derivadas
medula óssea responsáveis por da medula óssea e que completam
produzirem anticorpos no organismo. sua maturação no timo, dando
Apresentam receptores específicos para origem a sua denominação.
antígenos e participam na chamada Apresentam receptores específicos
Imunidade Humoral. para antígenos e participam da
chamada Imunidade Celular. Além
disso, estão divididos em algumas
classes, como por exemplo as
Células T CD8+ Citotóxica, Células
Células Assassinas Naturais ou Natural T CD4+ Auxiliar e Reguladora. Vale
killer - NK: São células específicas do lembrar que as denominações CD8
sistema imunológico responsáveis pela e CD4 referem-se a proteínas de
defesa contra células infectadas por superfície celular - marcadores
vírus ou células lesionadas. fenotípicos.

Auxiliar: Promovem a ativação de


Agora que já sabemos as principais macrófagos e linfócitos Te B.
células que habitam nosso sistema Citotóxicos: Promovem a
imune, só nos falta compreender quais destruição de células infectadas.
tecidos linfoides possuímos. Reguladores: Promovem a inibição
Vem que o imunoamigo:) te explica! e supressão da resposta imune.

É importante ressaltar que é nos Os órgãos linfoides primários são


órgãos linfoides que ocorrem aqueles onde os linfócitos são gerados e
muitas interações celulares e sofrem maturação, levando a expressão
ativação de células para que a de receptores na superfície celular
resposta imune possa ser dessas células. Já os órgãos linfoides
produzida. Estes podem ser secundários são aqueles nos quais as
classificados em órgãos linfoides respostas a antígenos estranhos são
em primários (geradores) e iniciadas e desenvolvidas, ou seja, é o
secundários (periféricos). local no qual os antígenos são
apresentados aos linfócitos.

Vejamos agora alguns


exemplos dessa classificação: É na medula óssea que também ocorre o processo de
produção de células sanguíneas, que conhecemos por
Hematopoiese, estimuladas por citocinas específicas
1º 2º e que recebem o nome de fatores estimuladores de
colônia. Além disso, ainda possuem alguns linfócitos T
de memória :)
Baço Gânglios
linfáticos É graças à Hematopoiese que todas as células que
vimos anteriormente podem ser produzidas, e a
partir da maturação e ativação destas nos órgãos
Medula Timo linfoides, que podem participar ativamente das
óssea respostas imunológicas.
Mucosas Sistema imune
cutâneo

Gostou do conteúdo ? Anotações


Confere o próximo,
imunoamigo :) !!
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Linfócitos virgens, efetores e de memória

Agora que já sabemos um pouco mais sobre como nosso sistema imune funciona e as principais
células e tecidos que o compõem, vamos enfatizar o desenvolvimento de componentes importantes
para o desenvolvimento de uma resposta imunológica - Linfócitos.

Iremos falar um pouco sobre o desenvolvimento dos


linfócitos, células extremamente necessárias no nosso Todos eles expressam receptores (moléculas
organismo. Assim, destaca-se que: aderidas à membrana da célula) e percorrem
vários estágios de maturação, adquirindo
Eles se originam a partir de células troncos da posteriormente fenótipos e funções a partir de
medula óssea; sua ativação via antígenos;
De acordo com a literatura, eles são Como vimos anteriormente, é nos órgãos linfoides
radiossensíveis, ou seja, a radiação possui a primários que estes linfócitos se desenvolvem.
capacidade de danificá-los. Como exemplo Linfócito B na medula óssea e Linfócito T no Timo;
temos a radiação gama.

Quando estas células completam sua etapa de Após os estágios de maturação e formação de um
maturação são chamadas de Linfócitos virgens ou linfócito virgem, eles podem migrar para os órgãos
também de células naive, pois ainda não entraram linfoides periféricos e ali serem ativados mediante o
em contato com microrganismos. Logo em seguida contato com alguns antígenos. Após essa ativação, os
começam a proliferar nos tecidos, produzindo clones linfócitos ativados já podem diferenciar-se em outros
de linfócitos virgens específicos para determinado subtipos, como:
tipo de antígenos a qual o organismo foi exposto,
morfologicamente pequenos e esse processo é
referido na literatura com Hipótese de Seleção
Clonal.
Órgãos linfoides primários
Células efetoras ou também denominadas de
Linfoblastos: São os famosos linfócitos T auxiliares, os linfócitos se
Linfócitos T citotóxicos e Plasmócitos com deslocam
capacidade de secretar anticorpos. Essas células
possuem como função auxiliar e eliminar
antígenos. Órgãos linfóides secundários

completam seus estágios


Células de memória: São células B com a função de maturação e
de mediar as respostas imunológicas, caso haja diferenciação em células
uma reinfecção, migrando posteriormente para os
tecidos do corpo. Efetoras de Memória

migram para os sítios


Gostou do conteúdo ? de infecção

Confere o próximo,
Corrente sanguínea
imunoamigo :) !!

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Migração dos Leucócitos para os Tecidos

Mas, quando pensamos em todas as células que


Até agora conseguimos entender que o nosso Sistema compreendem o sistema imune no nosso corpo,
Imunológico é constituído por diversas células e vias de você se pergunta como elas percorrem os
ativação e sinalização celular, dando origem a tecidos e órgãos? Ou como essas células
respostas imunológicas a diferentes patógenos ... conseguem viajar através do nosso corpo até os
locais de infecção para destruir patógenos ?

Nesta seção, iremos discutir de forma mais geral como ocorre a migração
(movimento) dos leucócitos para os diversos tecidos do nosso corpo frente a uma
resposta imunológica.

Você lembra que anteriormente


mencionamos o termo “inflamação” ?

Aqui podemos
te falar que a inflamação ocorre mediante
o recrutamento de leucócitos e também
de proteínas plasmáticas para os locais no
qual estão ocorrendo processos
infecciosos.

Moléculas de adesão: Selectinas (P-selectinas, E-


selectinas e L-selectina), integrinas (LFA-1 e VLA-4)
O recrutamento de leucócitos depende de alguns e seus respectivos ligantes (grupos de
processos específicos, dentre eles podemos citar os carboidratos contendo sialil). No qual as
revestimentos do endotélio que podem proporcionar selectinas possuem a finalidade de se ligarem a
maior adesão (entre células endoteliais vasculares e carboidratos de membrana plasmática e as
leucócitos) e indução do movimento para o espaço Integrinas a de mediar a ligação entre células.
extravascular.
Quimiocinas: Moléculas que fazem parte da
Além disso, cada via e etapa de recrutamento é família de citocinas e possuem a capacidade de
coordenada por diferentes moléculas, nas quais se estimular e controlar o movimento dos leucócitos.
destacam: Podemos citar as quimiocinas da família CC no
qual possuem a finalidade de recrutar neutrófilos
e linfócitos, além da família CXC que recrutam
monócitos e também linfócitos.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Visto que as quimiocinas são moléculas extremamente Todas essas características das quimiocinas, em
importantes no processo de movimentação de associação a moléculas de selectinas e integrinas,
leucócitos, vamos listar aqui algumas de suas ações proporcionam as interações entre leucócitos e células
biológicas: do endotélio, produzindo finalmente um fluxo de
leucócito nos vasos e tecidos do corpo.
Participam no recrutamento dos leucócitos
distribuídos nos vasos sanguíneos e os direcionam
para a região extravascular;
Aquelas que habitam regiões extravasculares
induzem a movimentação dos leucócitos mediante Mas você deve estar
a produção de um gradiente de concentração,
processo este denominado de quimiocine. Esse se perguntando como
evento é importante para o direcionamento tudo isso ocorre…
destas células aos sítios de infecção; Calma imunoamigo:)
Participam dos processos de desenvolvimento de te ajuda!
órgãos linfoides;
Regulam o movimento de leucócitos;
Medeiam a migração de células dendríticas aos
gânglios linfáticos.

Mas calma,
Didaticamente, podemos te falar que a migração vamos explicar
dos leucócitos para os tecidos e sítios de infecção simplificando
ocorre mediante algumas etapas:
cada etapa desse
processo de
migração
Interações entre
leucócitos e células do
Migração de células
específicas (como os
leucocitária.
endotélio, direcionando- neutrófilos e monócitos)
os posteriormente ao para os locais de
espaço extravascular; infecção e/ou lesão.

1º - Para que haja interações entre leucócitos e


células do endotélio, direcionando-os Nesse processo de rolamento, quimiocinas presentes
posteriormente ao espaço extravascular, estas no tecido e produzidas por patógenos vão se ligando
a receptores nos leucócitos e ativando moléculas de
células precisam ser atraídas para a parede integrina, gerando um aumento de afinidade. A
endotelial (parede do vaso sanguíneo), no qual é ligação destas integrinas dos leucócitos a ligantes de
mediado por quimiocinas. integrinas na superfície endotelial ocorre por
intermédio de uma ligação mais forte e firme à
Após ocorrer essa aproximação entre célula e parede do endotélio, havendo a fixação destas
endotélio, moléculas de selectinas presentes no células.
endotélio são ativadas por citocinas circulantes,
ligando-se fracamente a ligantes de selectina na
superfície dos leucócitos. Decorrente do fluxo
sanguíneo oriundo no vaso e forças de cisalhamento
no mesmo local, a ligação entre essas moléculas é
desfeita e promove desta forma o rolamento do Finalmente, após aderidos a parede do endotélio, os
leucócito sobre o endotélio. leucócitos sofrem transmigração para o espaço
extravascular, mediante a passagem por junções
Esse rolamento de leucócitos sobre o endotélio é celulares na parede endotelial.
produzido a partir de uma ligação e quebra de
ligação entre selectina e ligante de selectina,
várias vezes.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Até aqui a gente entendeu como os leucócitos podem
chegar aos sítios de infecção, para que
2º - O processo de migração de neutrófilo e posteriormente possam combater os patógenos ali
monócitos para os locais de infecção seguem o presentes (que falaremos mais adiante em outro
mesmo percurso geral da circulação de leucócitos, capítulo).
visto que estas células são as primeiras a chegarem
nos sítios de infecção. Além disso, é importante
destacar o papel das citocinas e quimiocina que
medeiam todo o percurso de leucócitos para os
tecidos do corpo, direcionando-os a locais
específicos de acordo com a molécula secretada.

Os linfócitos estão em contínuo movimento em nossa


corrente sanguínea, além de também habitarem
Vamos entender como vasos e tecidos linfoides. Sabemos que as células T
ocorre a migração e virgens são oriundas da medula óssea e
amadurecem no timo, posteriormente habitando os
recirculação dos linfócitos gânglios linfáticos, baço ou até mesmo as mucosas.
T nos tecidos. Preparados? Logo em seguida estas células se dirigem aos órgãos
linfoides secundários para que possam reconhecer
antígenos e serem ativados. Após sua ativação, estas
células T sofrem proliferação e diferenciação em
várias células efetoras e de memória, ainda dentro
dos tecidos linfoides secundários.
Após ativadas, estas células podem
retornar a corrente sanguínea e
redirecionar seu percurso para os sítios
de infecção, processo denominado
endereçamento de leucócitos.
Quando pensamos nos linfócitos B a migração ocorre
similarmente, diferenciando no processo de
Caso as células T não sejam ativadas, permanecem amadurecimento das células que ocorre no baço.
virgens, podendo retornar aos gânglios linfáticos Após a ativação, estas células são direcionadas à
e/ou à corrente sanguínea. Esse processo de circulação e posteriormente conduzidas aos gânglios
retorno das células T ainda virgens (sem ativação) é linfáticos, tecidos da mucosa e sítios de infecção.
denominado de recirculação dos linfócitos.

Anotações

Gostou do conteúdo?
Confere o próximo,
imunoamigo :) !!

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Imunidade Inata - Aspectos gerais

Antes de iniciar este capítulo, Hoje iremos aprender um pouco mais sobre um dos
mencionamos anteriormente que, a nossa tipos de imunidade, esta que é EXTREMAMENTE
imunidade pode ser classificada em dois importante para o ser humano: A Imunidade inata.
tipos. Você lembra quais são? Então, aproveite bastante :)!
Se não lembra, o imunoamigo:) te ajuda!

A imunidade inata é referida como a nossa primeira Listamos aqui as principais funções da Imunidade
arma de defesa contra patógenos que eventualmente Inata:
possam nos infectar.
É uma das primeira resposta a patógenos;
Além disso, suas células e moléculas podem combater Possui a capacidade de reconhecer células
agentes agressores sem ter havido contato prévio ou viáveis infectadas, células mortas e produtos
estimulação, sendo desta forma uma resposta muitas celulares;
vezes inespecífica aos patógenos, mas respondendo Inicia o processo de reparo tecidual, a partir do
diferente e adequadamente a cada um. reconhecimento de patógenos e seus produtos;
Estimula e influencia a imunidade adaptativa,
induzindo a produção de respostas mais potentes
e específicas aos microrganismos e seus produtos.
Como você já lembrou da imunidade inata, e
também relembrou algumas características e funções
dela, agora, iremos compreender como ocorre o
processo de reconhecimento dos microrganismos e
produtos de microrganismos. Além dos PAMP, existem também os chamados
Padrões moleculares associados a danos - DAMP que
são estruturas oriundas de células não viáveis, ou até
mesmo aquelas que sofreram processos de
PAMP Existem Padrões Moleculares danificação ou infecção.
associados a patógenos - PAMP - que
são substâncias e produtos de
microrganismos que possuem a
capacidade de estimular o
desenvolvimento de resposta imune
inata, sendo expressos por diferentes Para que nosso sistema imune inato reconheça
patógenos. moléculas de PAMP e DAMP, são utilizados diversos
tipos de receptores nas superfícies celulares, em
distintas regiões, membranas e tecidos do nosso
corpo. Entre as principais células que possuem esses
receptores destacam-se os macrófagos, neutrófilos,
Mas ... e como esses padrões células epiteliais e dendríticas.
moleculares são reconhecidos? O que
está envolvido nesse processo?
Anotações

Calma ... que o imunoamigo:) também E adivinha como são chamados esses receptores
vai te ajudar nisso !!! celulares? hahahah isso mesmo…
Receptores de reconhecimento de padrões (PRR).

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Depois do reconhecimento do DAMP ou PAMP pelos Anteriormente já havíamos conversado sobre os
Receptores de reconhecimento de padrões, uma componentes da Imunidade inata. Porém, iremos
cascata de eventos celulares é ativada, gerando uma listar aqui também essas informações:
diversidade de sinais para ativação de vias
metabólicas, de células, de fatores de transcrição e
promoção de atividades inflamatórias e microbicidas.
Barreiras físicas constituídas de células epiteliais -
Barreiras epiteiais: Aqui encontramos destacadas
a pele e mucosas, desde o trato respiratório até o
Citaremos aqui alguns exemplos de receptores de genitourinário;
reconhecimento de padrões da imunidade inata:
Receptores semelhantes a Toll (TLR): São receptores Fagócitos: Neutrófilos e macrófagos são alguns
constituídos de glicoproteínas que estão presentes dos principais tipos, desempenhando um
em membranas plasmáticas e endossômicas de importante papel na resposta imune no processo
diversos tipos celulares, incluindo fagócitos e inflamatório;
linfócitos B.
Células Dendríticas: São células que possuem a
Receptores semelhantes a NOD (NLR): São capacidade de capturar, processar e apresentar
receptores presentes no citoplasma de diversas antígenos às células imunológicas. É um dos tipos
células, como os fagócitos, que possuem a de células apresentadoras de antígenos;
capacidade de reconhecer PAMP e DAMP.
Células Assassinas Naturais (Natural Killer - NK):
Receptores semelhantes a RIG (RLR): Também são São classificadas com um tipo de linfócito que
receptores presentes no citoplasma de diversas exerce funções importantes no combate a
células, como os fagócitos, possuindo a capacidade patógenos intracelulares, como as bactérias e os
de reconhecer RNA viral. vírus. Estão mais presentes entre as células
sanguíneas e no baço e possuem a capacidade
Receptores semelhantes a lectinas do tipo C: São de diferenciar células estressadas de células
receptores específicos encontrados na membrana infectadas, regulando desta forma sua ação
plasmática de fagócitos, responsáveis por efetiva. Essa diferenciação se dá a partir do
reconhecer carboidratos da superfície celular reconhecimento de receptores de ativação
microbiana. Dentre alguns, os receptores de manose (DAP12 e DAP10) e receptores de inibição
são aqueles mais estudados, pois são capazes de (NKG2A) presentes nestas células;
reconhecer açúcares na superfície celular
microbiana. Mastócitos: São células extremamente importantes
no combate contra bactérias e toxinas, induzindo
e secretando também a produção de citocinas
pró-inflamatórias;

Agora que já estudamos sobre padrões Moléculas solúveis de reconhecimento: São


moléculas que podem assumir o papel de
moleculares e como eles são opsoninas (marcação de patógenos para
reconhecidos, falaremos também de um fagocitose);
evento MUITO importante e que pode
Moléculas efetoras: São moléculas também
ocorrer na Imunidade Inata. Já sabe denominadas de mediadores humorais, que
qual é? Não? induzem a respostas inflamatórias e recrutamento
de células aos sítios de infecção. Algumas dessas
moléculas são os anticorpos naturais e as
Você já deve ter ouvido falar do termo - Inflamação, proteínas do sistema complemento.
ou até mesmo de Resposta Inflamatória. Mas o que de
fato significa isso? Qual a importância desse processo
no nosso corpo?

Alguns sinais são atribuídos ao processo


inflamatório, como:

Primeiramente, você deve compreender que a Rubor;


inflamação é o principal processo do sistema Dor;
imunológico inato, e que consegue combater Calor;
infecções e lesões nos tecidos. Tumor;
Perda de função.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Mas calma, vamos entender de forma geral como Quando falamos de inflamação, nos referimos ao
ocorre esse processo inflamatório. acúmulo de leucócitos e proteínas do sangue que se
acumulam nos sítios de infecção. Os principais
leucócitos são os neutrófilos e monócitos que se
transformam em macrófagos. As principais proteínas
Quando estas células e proteínas chegam aos sítios que agem aqui são aquelas do nosso “famoso” Sistema
de infecção, esses ambientes sofrem algumas complemento (mais adiante falaremos dele).
modificações, tais como:
Aumento do fluxo sanguíneo, por dilatação de
artérias; Existem dois tipos de inflamação:

Adesão de leucócito à parede endotelial;


Aquela denominada de Inflamação crônica, que
Aumento da permeabilidade de capilares e aguda, que dura ocorre posteriormente a
vênulas. minutos ou horas e aguda, persistindo com
ocorre em resposta a infecção e podendo
lesões. levar a dano tecidual.
Citocinas também participam desse processo
inflamatório, tanto induzindo quanto o inibindo.
Algumas citocinas pró-inflamatórias são: Interleucina 1 (IL-1) Interleucina 6 (IL-6)
Fator de necrose tumoral (TNF): Participa, Possui ação similar ao É uma citocina de
principalmente, de respostas contra bactérias. TNF, produzida por efeito tanto locais como
Pode ser produzido por fagócitos, como os neutrófilos, macrófagos, também sistêmicos,
macrófagos, além de células dendríticas. células epiteliais e produzida por células
diversas outras células mononucleares, células
mononucleares. endoteliais e diversas
outras.

Anotações

Gostou do conteúdo?
Confere o próximo,
imunoamigo :) !!

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Sistema Complemento

O sistema complemento é um dos sistemas e


Você já ouviu falar no “famoso” Sistema mecanismos extremamente importantes para o
completo? Sabe o que significa? desenvolvimento de resposta imunológica do tipo
Sabe o quanto é importante para nossa inata. É constituído por diversas proteínas
sobrevivência? plasmáticas de superfície, interagindo entre si e com
outras células, desempenhando múltiplas funções,
Não? Então aprende aqui com a gente, dentre elas a de opsonizar microrganismos, recrutar
imunoamigo:) S2!!!! células aos sítios de infecção e ajudar no combate a
patógenos.
O sistema complemento é tão importante em nossas
vidas que caso sejam detectadas deficiências ou Esse sistema é baseado em sucessivas clivagens de
alterações em um indivíduo, este pode desencadear proteínas, gerando produtos que produziram
doenças, sejam elas adquiridas no decorrer da vida atividade efetora na resposta imunológica.
ou até mesmo herdadas dos nossos pais.

Inicialmente um zimógeno (enzima inativada) é transformado em proteases (enzimas que clivam proteínas), que
em seguida irão clivar proteínas sucessivamente, gerando uma cascata de reações.

Via Clássica de ativação: É iniciada pela ligação


A ativação desse sistema de clivagem de proteínas do tipo C1 ao complexo antígeno-
pode ocorrer em três vias diferentes, anticorpo formado. Esses anticorpos podem ser
sendo elas: tanto uma IgM quanto uma IgG. É iniciada
também a clivagem de moléculas de C4 em C4a e
C4b e moléculas de C2 em C2a e C2b. Os
produtos C2a e C4b formarão, juntos, o complexo
C3-Convertase, que irá clivar moléculas de C3
(como visto na via anterior) e induzir a formação
Via alternativa de ativação: É iniciada pela do complexo C5-Convertase. O produto C2a
ligação de proteínas do complemento à possui a capacidade de funcionar como uma
superfície de células microbianas. Após a enzima que ativa o complexo C3-Convertase. Essa
ativação de uma via, é induzida a clivagem de via também é característica de mecanismos
moléculas de C3, formando fragmentos C3a e efetores da imunidade humoral.
C3b, que possuem funções específicas. C3a é um
importante mediador inflamatório e C3b é uma
molécula opsonizadora e também possui a
capacidade de se ligar ao fator H (cofator para Via das lectinas de ativação: É iniciada pela
clivagem de C3b). Logo em seguida, um ligação de lectinas plasmáticas (MBL) a resíduos
complexo denominado de C3-Convertase é de manose que estão presentes nas células dos
formado e mais moléculas de C3 serão clivadas, patógenos. Como visto nas vias anteriores, ocorre
além de induzir a formação de outro complexo a clivagem de moléculas de C4 em C4a e C4b e
denominado de C5-Convertase. Alguns moléculas de C2 em C2a e C2b, formando o
receptores de moléculas de C3 são os CR1, CR2, complexo C3-Convertase, que irá clivar moléculas
CR3, CR4, CD35, CD21, dentre outros. de C3 e induzir a formação do complexo C5-
Convertase.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
O complexo C5-Convertase irá clivar moléculas de C5 Então, até aqui, gostou do conteúdo?
em C5a e C5b, levando à formação do “famoso”
complexo de ataque à membrana (MAC) ou C5b6789.

Finalizamos o primeiro módulo do nosso


material de divulgação sobre Imunologia e
te aguardamos no próximo meu
Esse complexo, produto final da ativação do sistema imunoamigo :) !!
complemento, possuirá como principal objetivo
destruir patógenos através de sua atividade lítica.

Anotações

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Imunidade Adaptativa - Anticorpos e Antígenos

Quando ouvirmos a palavra anticorpo, podemos


Agora iremos pensar que são proteínas produzidas por algumas
começar a falar de Você já ouviu falar
um tipo de imunidade em anticorpos? células (plasmócitos), cuja função principal será
extremamente Antígenos? combater organismos e/ou substâncias
importante no Vacina? consideradas estranhas pelo nosso corpo. Essas
combate a estruturas estranhas são chamadas de antígenos.
patógenos altamente Soro?
resistentes e
específicos.

Descreveremos aqui
algumas características
e funções efetoras
dos anticorpos:

Vem que a gente te ensina


sobre essa Imunidade
adaptativa - A linha de Descreveremos aqui algumas Também são
defesa mais poderosa do características e funções efetoras referidos como
nosso organismo. :) dos anticorpos Imunoglobulinas Podem também estar
(Igs); presentes na
circulação e tecidos,
caracterizando-se
Basicamente, a eliminação de um antígeno pode ocorrer Apresentam como anticorpos
a partir da ligação de um anticorpo a sua superfície estruturas diversas secretados,
microbiana, ativando sinais e vias bioquímicas, e e específicas; neutralizando e
promovendo desta forma sua eliminação. eliminando
patógenos;
São considerados
os mediadores
primários da Promovem a
imunidade neutralização de
adaptativa patógenos;
As únicas células capazes de produzir anticorpos são os linfócitos B,
que após exposição a um antígeno, diferenciam-se em plasmócitos humoral;
com a capacidade de secretar anticorpos. Essas proteínas podem Possuem a
acumular-se no plasma sanguíneo, em regiões de mucosa e até capacidade de
mesmo no líquido intersticial dos tecidos. Reconhecem uma
enorme variedade ativar as proteínas
de antígenos; da via clássica do
sistema
complemento;
São capazes de
Após eventos de coagulação sanguínea, reconhecer e
os anticorpos podem permanecer no diferenciar Promovem a
fluido residual, que comumente chamamos diversos antígenos, opsonização de
de soro. É por meio desse soro que muitas ligando-se a eles patógenos e
vezes os anticorpos são detectados e com maior consequente
estudados, dando origem a um ramo da afinidade; aumento da
imunologia denominada de sorologia. fagocitose;

Podem estar
presentes na Induzem a
Mas, você pode estar se superfície de citotoxicidade
Continua aqui com a mediada por células;
perguntando… como é um gente que você irá linfócitos B e
anticorpo? Qual descobrir muitas adquirirem a
é a sua estrutura coisinhas legais sobre funcionalidade de
básica? O que os faz tão receptores;. Podem ativar
eles :) mastócitos.
específicos e poderosos?
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
As imunoglobulinas podem até compartilhar algumas estruturas As regiões constantes proporcionam as funções
básicas, mas cada uma possui sua especificidade, como por efetoras de cada anticorpo, por interagirem com
exemplo: diversas células e moléculas;
As regiões constantes de cadeias pesadas (CH) são
responsáveis por dividir os anticorpos em classes
Cada anticorpo possui uma estrutura composta por cadeias (isótipos) e subclasses;
leves (L) e cadeias pesadas (H) ligadas por pontes dissulfetos;
A junção de uma região variável de cadeia pesada
Cada cadeia é composta por diversos resíduos de aminoácidos (VH) com uma região variável de cadeia leve (VH)
que se dobram formando domínios Ig; forma o sítio de ligação para um antígeno,
denominado de região Fab (Fragmento de ligação
Cada cadeia também possui regiões variáveis (V) e constantes ao antígeno);
(C), que irão ser distintas nos vários anticorpos;
Outra região importante, composta por domínios
As regiões variáveis participam do reconhecimento de constantes de cadeia pesada, é a região Fc
antígenos e são responsáveis pela variedade entre os (fragmento cristalizável), responsável por interagir
anticorpos (segmentos hipervariáveis e/ou regiões com superfícies celulares e receptores;
determinantes de complementariedade (CDR);
Os anticorpos possuem flexibilização a diferentes
As regiões determinantes de complementariedade formas de antígenos, uma vez que possuem a
(CDR) formam superfícies distintas e assim estrutura da dobradiça para conferir esta
proporcionam especificidade aos anticorpos; habilidade de ligação.

Local de ligação
ao antigeno

Os isótipos de anticorpos
atualmente descritos são
IgA (IgA1 e IgA2), IgE, IgD,
IgG (IgG1, IgG2, IgG3 e
Pontes
dissulfeto
IgG4), IgM e algumas de
suas funções estão
relacionadas a:

Fonte: Vanessa Sardnha dos Santos. Mundo Educação+,


.aungised ,kcotsrettuhs :etnoF

.aungised ,kcotsrettuhs :etnoF


.aungised ,kcotsrettuhs :etnoF

IgA: presente no leite materno e IgG: presente no sangue e espaços extravasculares,


também nas mucosas, com meia IgD: presente na superfície com meia vida de 21 a 28 dias, atuando como
vida de 3 dias, sendo responsável de linfócitos B virgens, moléculas que realizam opsonização, combatem
por responder a patógenos atuando como receptores bactérias e vírus, são indutoras da citotoxicidade de
nessas regiões; de antígenos; células e ativação do Sistema Complemento, além de
estar presente na imunidade neonatal;

IgM: presente na superfície de


.aungised ,kcotsrettuhs :etnoF

.aungised ,kcotsrettuhs :etnoF

linfócitos B virgens, com meia vida IgE: presente no sangue,


de 4 dias, atuando como apresenta meia vida de 2 dias e
receptores de antígenos, além de tem função na imunidade contra
também induzir a ativação do helmintos, além estar presente
sistema complemento. nas respostas de
hipersensibilidade imediata;

Aliás, como a Imunidade adaptativa


Viu só como nosso é cheia de ferramentas para Legal né? A imunologia nos
sistema imune é combater mais ativamente surpreende cada vez mais S2!!!
esperto? patógenos específicos?
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
É importante você saber também que a síntese e montagem das Agora que já
moléculas de imunoglobulinas são realizadas por ribossomos aderidos ao aprendemos sobre
retículo endoplasmático rugoso, assim como a montagem de cadeias
leves e pesadas são reguladas por proteínas denominadas de anticorpos, suas Vem com
especificidades e
chaperonas.Verificar essa informação, se chaperonas regulam ou são
responsáveis pela montagem subtipos, iremos estudar a gente ?
sobre os antígenos.

Como mencionado anteriormente, antígeno é


Antígeno
toda molécula e/ou substância reconhecida e
ligada por anticorpos, podendo ainda ter a
capacidade de ativar células específicas e
induzir e estimular uma resposta imunológica
no organismo, sendo chamado assim de Certo, agora entendemos o que é um
imunógeno. antígeno
...
Mas você deve estar se perguntando
como ocorre a ligação entre eles?
Existem ainda anticorpos que se ligam apenas a algumas
regiões dos antígenos, chamadas de epítopo ou determinantes Vem que a gente te explica.
antigênicos (multivalentes ou polivalentes).

Listamos algumas características presentes no


reconhecimento dos antígenos pelos anticorpos:

Após um anticorpo reconhecer uma molécula e/ou substância


como antígeno, ambos se aproximam e ligam-se através de Especificidade Capacidade de
ligações não covalente e reversíveis. A força com a qual uma diferenciar e reconhecer
ligação ocorre é chamada de afinidade do anticorpo, que múltiplos antígenos;
também pode servir para sinalizar o processo de separação
entre os dois, e avidez a força de ligação geral entre os
vários epítopos de um anticorpo.

Diversidade Existência de vários tipos


e subtipos de anticorpos
que reconhecem múltiplos
antígenos;

Então ImunoAmigo,
gostou desse conteúdo? Maturidade Capacidade de ampliar a
Fica com a gente e vamos descobrir de afinidade sua função mediante
muito mais sobre a nossa maior afinidade ao
Imunidade Adaptativa. :) antígeno.

Anotações

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Imunidade Adaptativa
Mecanismos para o reconhecimento e
apresentação de Antígenos Mas agora, vamos entender mais a fundo como
ocorre a apresentação de antígenos a uma de
nossas células chefe da Imunidade Adaptativa -
os linfócitos T.
Anteriormente vimos o que diferencia um anticorpo de um antígeno, suas
características, especificidades e necessidades. Compreendemos
também como é formada a estrutura de um anticorpo e funções de
alguns deles no nosso organismo.

Vimos no módulo anterior ...

As células apresentadoras de antígenos (APC) possuem a


função de apresentação de antígenos às células efetoras,
A principio, precisamos entender ... visto que necessitam desta comunicação para iniciar uma
resposta imune específica. Também aprendemos que
dentre as APC mais importantes se encontram as Células
Uma das principais funções dos Dendríticas, pois elas estão presentes em todos os tecidos
linfócitos é destruir microrganismos, de nosso corpo.
seja intra ou extracelulares, através
TCD4 de linfócito T CD8 ou CD4. Além
disso, também contribuem para Mas, voltando aos Complicou?
ativação de macrófagos e linfócitos T, você
linfócitos B, células extremamente Calma, a gente vai
sabia que alguns te explicar tudo
TCD8 importantes no mecanismo de
defesa imune.
receptores de
superfície são
agora. :)
produzidos
especificamente
para reconhecer
antígenos que são
apresentados por
moléculas presentes
Essa molécula presente na superfície das nossas células é na superfície de
responsável por apresentar os antígenos processados aos nossas células?
linfócitos T e, a partir desse contato, haver o reconhecimento
de peptídeos associados a células. Por desempenhar esta
função são então chamadas de Complexo Principal de
Histocompatibilidade (MHC).

Traduzindo essa
restrição, os linfócitos
T só conseguem
As moléculas do MHC são proteínas de membrana que possuem a reconhecer um
capacidade de ligar peptídeos para serem expressos nas superfícies peptídeo se este for
de células. Essas moléculas são altamente polimórficas, diferindo entre apresentado por
os milhares de indivíduos. Além disso, por possuírem alta diversidade, alguma molécula do
estão relacionadas a um fenômeno extremamente importante no MHC próprio.
reconhecimento de peptídeos por linfócitos T, denominado de
Restrição ao MHC.

Então, é aqui que a gente


consegue entender que induzindo uma resposta imune
moléculas do MHC nas específica e eficaz contra um
células apresentadoras de patógeno, além de contarem com
antígenos (APC) trabalham a ajuda de moléculas adicionais
em conjunto para para estimular os linfócitos T -
apresentar antígenos aos denominadas de
linfócitos T (via receptor de Coestimuladores.
célula T- TCR),

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Também vimos em um módulo anterior ... As moléculas do MHC são divididas em duas classes:
MHC de classe I e MHC de classe II.
As APCs podem ser células
dendríticas, macrófagos, células endoteliais vasculares
e também células B, participando ativamente dos
processos de ativação de células T virgens e efetoras, Células T CD4 Células T CD8
para a imunidade celular e humoral. Além disso, todas reconhecem reconhecem
essas células expressam em sua superfície moléculas do peptídeos ligados peptídeos
MHC de classe II. a MHC ligados a MHC
de classe II.
de classe I.

Após a entrada de antígenos em nosso corpo, estes podem ser Mas, você sabia que existem classes de
direcionados pelas células dendríticas aos gânglios linfáticos ou células dendríticas? pois é, e essa
para a circulação e posteriormente ao baço, através de classificação é baseada na expressão
receptores presentes na superfície destas células que se ligam de marcadores de superfície celular,
aos patógenos, além de expressarem grandes complexos de como por exemplo:
peptídeo-MHC.

Células dendríticas Células dendríticas


convencionais: plasmocitoides: são células que
são as células se assemelham aos plasmócitos,
Agora que já entendemos todas estas denominações e residentes e mais com a importante capacidade
processos necessários para a apresentação e indução de numerosas nos de secretar interferons tipo I e
uma resposta imune, que tal aprendermos um pouco mais órgãos linfoides. ajudar na resposta contra
infecções virais.
sobre as moléculas do Complexo Principal de
Histocompatibilidade (MHC)?

Nesta região gênica polimórfica Nos humanos, essa região é


O Complexo Principal de existem dois tipos de MHC, o de
Histocompatibilidade (MHC) foi classe I que apresentará localizada no braço curto do
designado como uma região gênica peptídeos aos linfócitos T CD8 e cromossomo 6 e verificado a
que além de participar no processo de o de classe II que apresentará presença de três tipos de MHC-I,
apresentação de antígenos, também peptídeos ao linfócito T CD4, sendo eles o HLA-A, HLA-B e HLA-C.
controla os eventos de rejeição de codificando ainda proteínas Já para o MHC-II são
enxertos, sendo denominados em diferentes e expressando-se de encontrados o HLA-DP, HLA-DQ e
camundongos como H-2 e em humanos forma codominante; HLA-DR;
como Antígenos leucocitários humanos
- HLA;
Nos camundongos, essa
O MHC-I é expresso região é localizada no
A expressão nas células Esses conjuntos de cromossomo 12 e também
dessas nucleadas e o alelos presentes nos verificado a presença de
moléculas pode MHC-II em células cromossomos são três tipos de MHC-I, sendo
ser aumentada dendríticas, descritos como um eles o H-2K, H-2D e H-2L. e
pela ação de células B e haplótipo MHC; para o MHC-II são os I-A e I-
citocinas; macrófagos; E;

Possuem uma única fenda de


ligação para peptídeo, podendo Não possuem a capacidade A ligação com o peptídeo
ligar-se a vários peptídeos, um a de diferenciar peptídeos ocorre anteriormente à sua
cada vez, a partir de estranhos e peptídeos próprios; expressão na superfície celular.
características estruturais comuns;

Via MHC classe I: Nesta via, ocorre a Via MHC classe II: Nesta via, ocorre a
Antes de serem degradação proteolítica de antígenos degradação proteolítica de antígenos
apresentados aos proteicos, nos proteossomas, proteicos provenientes do meio extracelular
linfócitos T, os antígenos provenientes do citosol, que para as vesículas de células apresentadoras de
necessitam ser posteriormente são direcionados ao antígenos (processo denominado deendocitose),
processados para a retículo endoplasmático e ligados ao que posteriormente são direcionadas ao retículo
produção de peptídeos, MHC-I. Serão reconhecidos por endoplasmático e ligados ao MHC-II. Serão
que pode ocorrer por: linfócitos T CD8. reconhecidos por linfócitos T CD4.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Imunidade Adaptativa - Receptores
imunológicos Os receptores podem ser classificados em grupos,
sendo eles os:

Receptores
que utilizam Receptores Tirosinocinases Receptores
tirosinocinas nucleares; receptoras transmembrana
es não (RTK); de sete alças.
Anteriormente, vimos os principais mecanismos para receptoras;
reconhecimento e apresentação de antígenos aos linfócitos T,
enfatizando o papel das moléculas do Complexo Principal de
Histocompatibilidade - MHC.

Dentro desses grupos existem diversos tipos de


receptores imunológicos, sendo a maioria formada
por proteínas estruturais de membrana e estrutura
baseada em domínios extracelulares e extremidades
citoplasmáticas, que podem induzir a uma
sinalização
Mas, primeiramente
Agora, neste capítulo, precisamos entender que
iremos conhecer os dentro das células ocorrem
principais receptores reações bioquímicas
imunológicos importantes para seu
responsáveis por funcionamento e ligação a As extremidades citoplasmáticas dos receptores podem
reconhecimentos e moléculas e receptores, conter ainda moléculas de tirosina, diferenciando-se em
ativação de células e recebendo assim a dois tipos, sendo eles:
processos de denominação de
sinalização intracelular. transdução de sinais.
Motivos ou
Motivos ou Sequências de
Sequências de inibição com base
ativação baseadas na tirosina do
na tirosina do imunoreceptor
Agora vamos falar dos receptores imunorreceptor (ITIM): Fazem parte
de células T (TCR), um receptor (ITAM): Fazem parte os receptores que
extremamente importante em os receptores que contribuem para o
algumas de nossas células e com contribuem no processo de inibição
estrutura similar aos anticorpos, processo de de resposta
possuindo cadeias alfas e betas, ativação celular. celulares.
com algumas características:

Juntamente com proteínas


A ligação de um TCR Moléculas de CD4 e de superfície e complexo
com complexos de CD8 funcionam como peptídeo-MHC, os TCR
peptídeos-MHC produz São ativados a O reconhecimento correceptores para podem formar uma
principalmente a partir da ligação de complexos pode ajudar na sinalização estrutura denominada
fosforilação de com epítopos ainda modificar dos TCR e ativação de sinapse imunológica,
moléculas de tirosina antigênicos; a estrutura células T, além de desempenhando diversas
(ITAM) e estes doreceptor; também possuírem a funções como
promovem transdução capacidade de se comunicação entre
de sinais; ligarem ao MHC; antígeno e APC e indução
da liberação de citocinas;

Alguns fatores de transcrição Algumas enzimas são


Alguns receptores coestimuladores também importantes são NFAT, geradas a partir de
estão presentes e desempenham funções AP-1 e NF-KB, sendo este sinalização por TCR, e
importantes, como a família de moléculas último bastante importante podem ativar alguns
CD28 (participando da ativação celular), a no processo de produção fatores de transcrição
família CD2 (funcionando como molécula de de citocinas; de genes de células T;
adesão) e SLAM (participam da sinalização
entre linfócitos).

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Células B virgens
possuem É caracterizado
como uma
dois tipos de imunoglobulina
receptores: transmembranar
Da mesma forma que IgM e IgD; acoplado a
ocorre com os TCR, alguns cadeias de
fatores de transcrição são sinalização
necessários para a
expressão de genes e
geração de produtos que
se tornam essenciais nas E agora nos resta aprender sobre os
respostas mediadas por receptores de linfócitos B (BCR),
células B; moléculas que também são de grande
importância em algumas de nossas
células, com características como:
Alguns fatores de
transcrição são a Fos, JunB
e NF-kB, no qual ajudam
no processo de ativação e
Formam o complexo posterior diferenciação de
Expressam um receptor células B, sendo o NF-kB
receptor da célula B, C3d para a proteína
possuindo uma IgM ou um importante fator de
C3 do complemento, transcrição no processo
IgD juntamente com ampliando a ativação
uma cadeia IgBeta e inflamatório.
de células B,
uma IgAlfa; funcionando desta
forma como
correceptor;

Pois é, tudo isso é necessário


para que as respostas contra
os patógenos não gerem
lesão aos nossos tecidos. Para
Até aqui entendemos que esse controle possa ser Para encerrarmos este capítulo,
o papel dos exercido, é necessário que também é importante sabermos
receptores linfócitos ocorra uma sinalização que existem receptores para
T e B. Mas, você inibitória aos linfócitos, seja citocinas. Legal né?, até as
sabia que a ativação através de receptores de maravilhosas citocinas dispõem
dessas células inibição (podendo conter de receptores, como por
precisam ser ITIM) ou até mesmo enzimas, exemplo os receptores de TNF,
controladas? como a ubiquitina E3. IL-1/TLR e receptores de
citocinas tipo I e tipo II.

Anotações

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Imunologia
Imunidade Adaptativa
Desenvolvimento de Linfócitos
Então, toda essa diversidade de receptores que
estamos estudando também é chamada de
repertório imunológico, e é gerada ainda
durante o processo de desenvolvimento dos
No capítulo anterior vimos a importância dos receptores linfócitos ou também denominado de
imunológicos nas respostas imunes e como se organizam. maturação dos linfócitos.
Vimos também que existe uma variedade de receptores
espalhados entre as células e que possuem funções
específicas e essenciais nas respostas imunológicas.

E cabe aqui introduzir que esse processo de


desenvolvimento de linfócito é iniciado por sinais,
gerados a partir de receptores, que quando
deflagrados irão induzir a expressão de fatores de
transcrição e promover o que chamaremos de
rearranjo gênico dos receptores e comprometer uma
célula a via de diferenciação linfoide, seja a um
Ou como os linfócitos linfócito B ou linfócito T.
Mas, você já se são capazes de possuir
perguntou como essa uma variedade de
variedade de receptores aderidos a
receptores é sua superfície ou a
formada? superfície de outras
células?

Primeiramente, é importante sabermos que o


Mas calma...iremos processo de desenvolvimento de linfócitos envolve
aprofundar este tema Vamos lá? algumas etapas que precisam ser seguidas, para
neste capítulo então o linfócito ser produzido. Resumimos estes
processos a seguir e no decorrer do capítulo
aprofundaremos o conteúdo necessário.

1. Comprometimento das células 3. Rearranjo dos genes de


(progenitoras) com a linhagem 2. Proliferação receptores antigênicos e
linfoide: Para induzir as células destas células já expressão de proteínas: É a
a diferenciar-se (mais a frente) comprometidas: Para partir deste rearranjo que
em um linfócito B ou T, mediante garantir um grande uma diversidade de
a diferenciação das células- pool de células, receptores é produzida,
tronco hematopoiéticas (CTH). gerando diversidade gerando especificidades às
Esse comprometimento irá e quantidades células. Aqui, éxons (regiões
depender de sinais gerados suficientes para os de sequência que podem ser
pelos receptores e também a processos seguintes. traduzidas) diversos são
participação de fatores de Alguns sinais gerados produzidos para codificar as
transcrição, como o GATA-3 por citocinas regiões variáveis dos
para linfócitos T e EBF, E2A e também são receptores, no qual a seleção
Pax-5 para linfócitos B. importantes, como a é feita aleatoriamente e
Lembrando que a maturação IL-7 no posteriormente unida a
dos linfócitos B irá ocorrer na desenvolvimento de segmentos do DNA.
medula óssea e dos linfócitos T linfócitos T.
no timo.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
4. Seleção de células que expressam
receptores funcionais e estão viáveis: 5. Diferenciação em
Essa seleção é realizada com bases em linhagem de linfócito B e
alguns pontos de controle, mediante a linfócitos T: Essa
expressão de proteínas receptoras e diferenciação ocorre
receptores de superfície, a exemplo do
pré-BCR e pré-TCR. Além disso, ainda mediante a expressão de
eliminam aquelas células linfocitárias moléculas CD4 ou CD8 para
que oferecem reatividade e são células T, as quais são
prejudiciais. Diante desse ponto de restritas ao MHC de classe I
controle, são visualizados os processos ou II, respectivamente. E as
de seleção positiva (que potencializam células B maduras, advindas
a sobrevivência da célula e garante sua
maturação) e seleção negativa da medula óssea, podem
(eliminando ou modificando aqueles diferenciar-se em células B
linfócitos que ligam-se a antígenos foliculares ou células B da
próprios). zona marginal.
1.
Aquelas células que não seguem para os
processos seguintes, não contendo os
requisitos necessários, são eliminadas
por morte celular programada.

Um dos eventos criticamente Esse rearranjo gera um exon específico, mediante a


importantes durante o junção de segmentos das regiões variáveis (V), de
desenvolvimento dos linfócitos e que diversidade (D) e de junção (J) em cada linfócito,
merece mais atenção é o rearranjo que posteriormente irá codificar a região variável
dos genes de receptores. É a partir de um receptor de antígeno específico. Esse
desse processo que vários genes são processo é denominado de recombinação V(D)J,
formados para produzir os pois ocorre a reorganização de genes nesses
receptores específicos que estarão segmentos.
presentes nos linfócitos T e B.

1. Regiões específicas da 2. Nos segmentos


sequência do DNA do selecionados são introduzidas
receptor de antígeno são quebras próximas às Listamos aqui
expostas, para que os extremidades codificadoras as etapas que
segmentos gênicos possam e duas proteínas uma
sofrer a ação de enzimas denominadas de Rag-1 e recombinação
que participam dos eventos Rag-2 são adicionadas para V(D)J:
de recombinação, e formação de um complexo
segmentos são selecionados importante para manter os
e aproximados na região segmentos unidos durante o
gênica (Sinapse); processamento (Clivagem);

4. Ligação das
3. Adição ou remoção extremidades
de nucleotídeos nas quebradas, formando
extremidades genes funcionais e
quebradas (Abertura prontos
de grampos e para codificar
processamento das receptores Viu como a recombinação
extremidades); de antígenos específicos VDJ é importante na geração
(Junção). de diversidade de receptores
de antígenos?
Legal né? :)

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Agora você deve estar se
perguntando, como
ocorre a diversidade
dos linfócitos B e T?
Vamos lá!

A diversidade de células B e T pode ser gerada também a


partir de mecanismos denominados:
Agora, didaticamente te
mostraremos, de maneira Lembrando que cada
Diversidade Juncional: resumida, as fases que uma fase irá expressar um
Diversidade Gerada a partir da célula tronco hematopoiética marcador molecular
diferente.
combinatória: remoção ou adição de percorre até diferenciar-se
Gerada a partir da nucleotídeos nas regiões em um linfócito B ou T.
recombinação V(D)J. de junção dos segmentos
V, D e J.

imagem 1 - Célula tronco hematopoiética no processo de diferenciação em um linfócito B ou T. Fonte: Beatriz Leite Nogueira. 2022.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro. 2012.
Imunologia
Ativação de Linfócitos T e B
Mas, precisamos ter Além de também contribuir
em mente que a para a produção de
ativação de um células de memória,
Finalmente chegamos na linfócito é necessária garantindo desta forma
última parte do nosso para que vários que nosso organismo
estudo, na qual aprenderemos clones sejam permaneça protegido por
como essas células tão produzidos ... longos períodos.
importantes, linfócitos T
e B, podem ser ativadas e ivação
cumprir com seu papel
crucial em nosso
sistema imune. É nos órgãos linfoides ...

Esses linfócitos são apresentados aos antígenos pelas


Vamos começar a falar sobre a ativação células apresentadoras de antígenos (APC),
reconhecendo o complexo peptídeo-MHC e
dos linfócitos T… recebendo sinais para finalmente tornar-se
uma célula ativada, ou seja, uma célula efetora de
vida longa e também apta para a produção de
células de memória.
De modo geral, os linfócitos T são
produzidos na medula óssea e Assim . . .
amadurecem no timo. Quando não
apresentados aos antígenos são A apresentação de antígenos pode ser realizada
chamados de células T virgens,
circulando por todo o corpo até
adquirirem a capacidade de Via MHC-I para Via MHC-II para
combater a antígenos, ou seja, de ou
serem ativadas.
linfócitos T CD8. linfócitos T CD4

A coestimulação é realizada por moléculas presentes nas


células apresentadoras de antígenos (APC) como os
receptores de superfície de células T (TCR), a exemplo da
Acabamos de ver aqui que, para um linfócito T conseguir ser molécula de CD28 e B72;
ativado, este precisa reconhecer um antígeno, perceber e
receber sinais (de coestimuladores e principalmente de Dentre as citocinas secretadas por células T, aquela de
citocinas). maior importância é a interleucina 2 (IL-2).

fator de
crescimento e Regulação Diferenciação
sobrevivência de resposta de células T
Vale ainda destacar que a proliferação de células T em Proteína citocina
resposta a um antígeno também é estimulada interleucina 2 (IL-2).
Alamy. 2017.
por esses fatores descritos anteriormente, sendo este
processo assim chamado de expansão clonal de linfócitos T. Vale lembrar que sua
produção
Fundamental para uma é mais expressiva em
resposta imune efetiva células T CD4

E além disso,
a diferenciação de linfócitos T
em células Th1 pela ação de As células Th2 As células Th17
IFNgama, de Th2 por IL-4, IL-5 participam do processo participam do processo
As células Th1 de ativação de de inflamação e de
e IL-13 e também em Th17 participam do processo eosinófilos e mastócitos, autoimunidade,
mediante ação de IL-17 e IL-22 de ativação de além de estimular a auxiliando no
macrófagos, produção de IgE, desenvolvimento de
são extremamente importantes desempenham papel desempenhando papel respostas contra
para a construção de um nas doenças autoimunes importante nas doenças bactérias
repertório de linfócitos em e combatem a patógenos alérgicas extracelulares
intracelulares. e no combate e fungos.
nosso organismo. a helmintos.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
Agora vamos finalizar falando
sobre os linfócitos B… LEMBRANDO
que os anticorpos são . . .

Mas antes disso, vale lembrar que os


linfócitos B fazem parte da nossa
imunidade humoral, a qual é
mediada por anticorpos produzidos
por plasmócitos.

Desse modo, semelhante ao processo de ativação de células


T, os linfócitos B virgens são ativados mediante o contato
com antígenos, diferenciando-se em plasmócitos secretores
de anticorpos e também células de memória.

Fonte: NewsLab. 2019.


Dessa forma, nosso
E como também vimos nos capítulos anteriores, as funções sistema imune dispõe
efetoras dos anticorpos estão relacionadas às regiões de diversos tipos de
constantes de cadeia pesada. anticorpos que
possuem distintas
cadeias pesadas e
consequentes
funções.
Além disso,
Conseguiu aprender um também devemos
lembrar que a mudança
pouco mais de um isotipo de
anticorpo pode ser
sobre a imunologia? impulsionada pela
Gostou dos capítulos? exposição a
diferentes
Esperamos que sim. :) antígenos.

Anotações

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª


Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
IMUNOLOGIA
Mapas Conceituais
Beatriz Nogueira & Catarine G. Vieira

IMUNOLOGIA
Mapas Conceituais

Prof.ª Dra. Erika Freitas Mota


PID - Programa de Iniciação à Docência
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 7ª
Edição. Editora ELSEVIER. Rio de Janeiro 2012.
IMUNOLOGIA
GLOSSÁRIO DE TERMOS
EM IMUNOLOGIA

Beatriz Leite Nogueira & Catarine G. Vieira


Prof.° Dra. Erika Freitas Mota
PID - Programa de Iniciação à Docência
ÁAgamaglobulinemia ligada ao X
(XLA):

Imunodeficiência primária humoral, que


resulta de mutações em um gene no

A
cromossomo X responsável pela
codificação de tirosinoquinases de
Bruton (BTK), uma quinase ativada
abaixo do receptor pré-BCR, necessária
para a transmissão de sinais a partir
deste, que medeiam a sobrevivência,
Ácido lipoteitoico proliferação e maturação no estágio de
células pré-B e além. Nessa doença, não
Componente estrutural da parede das há produção de células B maduras,
células bacterianas Gram- positivas que, gerando níveis muito baixos (ou
junto ao LPS (constituinte das bactérias nenhum) de
Gram-negativas), é reconhecido pelos anticorpos..
receptores imunes inatos (TRL 2). Essa
molécula é necessária à sobrevivência
desses microrganismos. Está envolvido Aloantígenos:
na complicação da sepse bacteriana, o
choque séptico. Marcadores de superfície celular que
fazem parte de organismos da mesma
Adjuvantes espécie de forma individual – problemas
em transplantes.
Produtos microbianos ou substâncias
que estimulam respostas imunes inatas, Alótipos
como fazem os microrganismos, de
modo a intensificar a expressão de Alótipos são polimorfismos genéticos
coestimuladores, estes importantes no presentes na maioria das espécies, e
estímulo de células T, e citocinas, além que ocorrem nas regiões constantes de
de estimularem as funções de seus genes de cadeias leve e pesada de
apresentação antigênica das células imunoglobulinas.
apresentadoras de antígenos (APCs,
antigen-presenting cells)..
Anergia

É um mecanismo de não responsividade


induzida pelo antígeno. Há algumas
Adressina de nódulo periférico (PNAd)
evidências de que antígenos que
desativam as respostas imunes
São os ligantes sialomucinas nas vênulas
(antígenos tolerogênicos) ativam
endoteliais altas (também chamadas de
ubiquitina ligases nas células T, as quais
VEA ou HEV) que se ligam à L-selectina
degradam proteínas de sinalização
nos linfócitos naive.
essenciais, o que corresponde à anergia.
Anticorpos imunidade inata, os anticorpos naturais
(sendo a maioria isótipo IgM) já estão
São proteínas produzidas e liberadas presentes antes da infecção e
por linfócitos B e que fazem parte da reconhecem padrões moleculares
imunidade humoral. Eles reconhecem comuns em microrganismos ou células
antígenos de microrganismos e estressadas ou mortas.
impedem que esses possam continuar
infectando células, além de promover Antigenicidade
sua eliminação. Os anticorpos possuem
uma porção constante e uma porção É a capacidade de uma substância
variável e são formados por duas combinar-se especificamente aos
cadeias pesadas e duas leves. produtos das respostas imunes (ex. Ig).

Antígeno (ou imunógeno)


Anticorpo anti-idiotípico
Refere-se a toda espécie molecular de
É um tipo de anticorpo que consegue origem biológica isolada ou constituída
realizar o reconhecimento de um por uma célula, vírus, líquidos biológicos
aspecto dos CDRs de outro anticorpo, ou sintética que quando introduzida em
sendo assim chamado por gerar uma um hospedeiro ou receptor é capaz de
regulação das respostas imunes. Tendo produzir uma reação imune. Os
um alto potencial regulatório. antígenos são essencialmente
macromoléculas não obrigatoriamente
imunogênicas. As macromoléculas
Anticorpos monoclonais
antigênicas (imunogênicas) são
basicamente proteínas (vários
São anticorpos produzidos por um único
polipeptídios) e polissacarídeos.
clone de um único linfócito B parental,
que é clonado e imortalizado,
produzindo sempre os mesmos Antígenos de leucócitos humanos
anticorpos, em resposta a um agente (HLA)
patogênico. Estes anticorpos
apresentam-se iguais entre si em O HLA (do inglês human leukocyte
estrutura, propriedades físico-químicas antigens) são moléculas do MHC
e biológicas, especificidade e afinidade, expressas na superfície das células
ligando-se por isso ao mesmo epítopo humanas. As moléculas de MHC
do antígeno. humanas foram primeiramente
identificadas como aloantígenos
Anticorpos Naturais (antígenos celulares ou teciduais que
estão presente em alguns indivíduos de
Anticorpos com um número limitado de uma espécie) na superfície de leucócitos
especificidades, sem exposição que ligam anticorpos séricos em
excessiva a antígenos estranhos, indivíduos previamente expostos a
produzidos por subtipos de linfócitos B. células de outros indivíduos (mães ou
Assim como outros componentes da recebedores de transfusão).
res de estresse e por infecções virais ou
Antígenos polivalentes bacterianas. As moléculas da família AP-
1 são dímeros proteicos ligados por um
São antígenos que possuem mais de zíper de leucina. No caso específico dos
uma cópia de um determinante linfócitos T são ativados por sinais
particular, possuindo múltiplas cópias mediados pelo TCR (receptor de células
de um mesmo epítopo. A força de T) que levam à criação e transporte de
ligação leva em consideração todos os moléculas ativas de AP-1 para o núcleo
locais, ao invés de apenas um. da célula.

APCs (células apresentadoras de


Antígenos de Proteínas Citosólicas
antígenos)

Os antígenos de proteínas citosólicas


Células especializadas que capturam e
são um grupo interessante de antígenos
apresentam antígenos e ativam
pois, de uma forma ou de outra, acabam
linfócitos T.
se encontrando dentro do citosol,
apesar de serem antígenos e, portanto,
serem produzidos por patógenos, APCs Profissionais
usualmente presentes no meio-
extracelular, pelo menos à priori. Essas É como são chamadas as células
moléculas podem ser injetadas na célula dendríticas, macrófagos e linfócitos B
por meio de mecanismos secretores pois expressam moléculas do MHC de
bacterianos ou até adentrar a célula classe II e também outras moléculas que
através de fagocitose, sendo vão participar da estimulação das
transportado por vesículas, mas a células T, assim sendo capazes de ativar
maioria é sintetizada já no citosol, a os linfócitos T CD4+. Porém esse termo
partir de um microrganismo intracelular é comumente utilizado para se referir
invasor ou a partir de genes mutados ou exclusivamente às células dendríticas, já
superexpressados de célula tumoral. que sua principal função é de captura e
apresentação de antígenos e a única das
três que é capaz de ativar respostas
Antissoro primárias das células T.

Qualquer amostra de soro que possui


Apresentação cruzada
moléculas de anticorpos passíveis de
detecção. Qualquer amostra de soro
A apresentação cruzada é a capacidade
que apresenta moléculas detectáveis de
de algumas células dendríticas
anticorpos que se ligam a um antígeno
apresentarem antígenos de outras
em particular.
células infectadas e assim conseguem
AP-1 (Activator Protein 1) ativar os linfócitos T virgens específicos
para aquele antígeno. Quando as células
A AP-1 é uma família de fatores de dendríticas que ingerem células
transcrição que regulam a expressão infectadas, elas também podem
gênica e são ativados por certas apresentar os antígenos microbianos
citocinas, fatores de crescimento, fato - para os linfócitos T auxiliares CD4+.
Assim, as duas classes de linfócitos T, as Ativação clássica
células CD4+ e CD8+, específicas para o
mesmo microrganismo, podem ser É o mecanismo em que citocinas ativam
ativadas próximas umas das outras. macrófagos para estes se tornarem
Esse processo é importante na eficientes em matar microrganismo.
diferenciação estimulada por antígenos
das células TCD8+ T virgens em CTL
efetoras e células de memória. Ativação alternativa

Denominação dada ao processo em que


Apresentação cruzada/Cross-priming algumas citocinas, produzidas pelos
subgrupos de células T, ativam os
A capacidade que algumas células macrófagos para promover o
dendríticas possuem de captar e remodelamento e reparo tecidual.
endocitar células infectadas por vírus ou
células tumorais e apresentar os
antígenos virais ou tumorais aos
Ativador da transcrição da classe II
linfócitos T CD8 + virgens. Nesta
(CIITA)
situação, os antígenos endocitados são
degradados em proteossomas e entram
É uma proteína na qual fatores de
na via da classe I.
transcrição estimulados por citocinas se
ligam, criando um complexo, que se liga
ao promotor de classe II e promove uma
Artemis transcrição eficiente dos genes de classe
II. CIITA mantém o complexo de fatores
Endonuclease que abre os grampos nas unidos e atua como regulador mestre
extremidades codificadoras durante o da expressão desses genes. Essa
evento, ou fase, 3 do processo o de proteína é sintetizada em resposta ao
recombinação V (D) J. Se a Artemis não IFN-γ, o que explica como essa citocina
estiver presente, os grampos não aumenta a expressão das moléculas do
podem ser abertos e as células T e B MHC de classe II.
maduras não podem ser geradas.
Mutações na ARTEMIS são uma causa
rara de SCID, semelhante àquela em Antiviral
pacientes com mutações em RAG1 ou
RAG2. Substância que destrói ou impede o
desenvolvimento de vírus.

Ativação Antitoxina

É a ativação dos macrófagos por Anticorpo que se forma no organismo


citocinas com a finalidade de promover com a capacidade de neutralizar uma
o remodelamento e o reparo tecidual. toxina específica (como um agente cau -
sador específico da doença) que interações célula-célula, que são
estimulou sua produção no corpo. As mediadas por muitas interações de
antitoxinas formam a base do soro ligações entre moléculas da superfície
heterólogo hiper imune, produzido celular.
quando um patógeno é injetado na
corrente sanguínea de um animal,
geralmente no cavalo, que produz os
anticorpos que são extraídos e utilizado
na produção de vacinas.

Autofagia

É um mecanismo de degradação de
B
proteínas celulares e reciclagem de Baço
produtos como fontes de nutrientes
durante períodos de estresse. Participa Orgão altamente vascularizado, cujas
também na destruição de principais funções são remover células
microrganismos intracelulares, que são sanguíneas velhas e danificadas e
aprisionados em vesículas e entregues partículas (tais como imunocomplexos e
aos lisossomos. Reduz a probabilidade microrganismos opsonizados) da
do surgimento de algumas doenças circulação e iniciar as respostas imunes
além de aumentar a longevidade celular. adaptativas aos antígenos originados no
sangue.

Autotolerância

É a não reatividade do sistema imune


aos próprios antígenos, devido,
principalmente, a inativação ou morte Balsas lipídicas:
de linfócitos autorreativos, quando são
expostos a esses antígenos. A Conhecidas também como
autotolerância é importante para microdomínios ricos em glicolipídios são
manutenção do estado normal do regiões da membrana plasmática com
sistema imune, pois sua falha pode teores lipídicos diferentes do restante
provocar doenças autoimunes. da membrana celular e onde muitas
moléculas de sinalização presentes nas
sinapses se localizam inicialmente. Lipds
Avidez Rafts são regiões da membrana celular
que estão enriquecidas com
Força total das interações entre duas determinados lipídios e colesterol, logo,
moléculas, tais como um anticorpo e um são mais rígidas que o resto da
antígeno. Depende da afinidade e membrana.
valência de interações. A avidez pode
ser usada para descrever as forças das
Barreiras anti-infeccões subtipo celular, morfologicamente
caracteriza-se como uma célula
São barreiras inatas, naturais, presentes relativamente grande, com diâmetro
no organismo que evitam e dificultam a entre 10 e 15 µm, citoplasma
entrada de patógenos, essas barreiras abundante, róseo, rico em grânulos
podem ser mecânicas; químicas ou basófilos. Também possuem estruturas
biológicas. Mecânicas: células epiteliais citoplasmáticas elétron-densas
justapostas queratinizada; movimento chamadas de corpos lipídicos, ricos em
de muco pelos cílios do epitélio ácido araquidônico. O núcleo
respiratório. Química: ácidos graxos multilobado apresenta cromatina densa.
(pele); enzimas (lisozina – saliva, suor,
lágrimas, pepsina – intestino); pH baixo
(estômago), peptídeos antibacterianos.

Barreiras epiteliais

São camadas contínuas de células


C
especializadas que recobrem a pele e as Cadeia leve
mucosas dos tratos gastrintestinal,
respiratório e geniturinário. Essas Representa duas partes do tetrâmero
células formam junções próximas a que forma a molécula do anticorpo.
outras garantindo uma proteção física Cada uma dessas partes contém dois
contra microrganismos, além de domínios Ig, um constante e um
produzirem agentes químicos variável, que se dobram por interações
antimicrobianos que impedem a de pontes de dissulfeto formando alças.
entrada desses. Além disso, a área constante interage da
mesma forma com a cadeia pesada,
para formar a imunoglobulina.
Basófilos

Os basófilos são granulócitos


sanguíneos, com muitas similaridades Cadeias Leves Substitutas
estruturais e funcionais com os
mastócitos. Os basófilos são circulantes Consistem em proteínas
menos comuns, compreendendo menos estruturalmente homólogas às cadeias
de 1% da contagem total de leucócitos e leves κ (kappa) e λ (lambda). Essas
são reconhecidos por seus grânulos cadeias leves substitutas se associam às
proeminentes preto-azulados. Além dos cadeias μ para formar o receptor das
grânulos basófilos que distinguem este células pré -B, contudo, não possuem
variações, ou seja, são idênticas em
todas as células pré B, além de serem
sintetizadas apenas nas células pró-B e
pré- B.
to de cálcio do retículo endoplasmático
Cadeia de junção (J) é detectado por uma proteína de
membrana do retículo endoplasmático
É um polipeptídio que estabiliza e une chamada STIM1, que ativa o CRAC,
os complexos multiméricos, sendo gerando um influxo de cálcio
assim parte das moléculas multiméricas extracelular, que sustenta os níveis
de IgA e IgM. Ela também auxilia o citosólicos de cerca de 300 a 400 nm por
transporte desses multímeros através mais de 1 hora. O componente-chave do
de epitélios. canal CRAC é uma proteína chamada
Orai; mutações no gene que codifica
esta proteína são a causa de uma
Cadeia leve de imunoglobulina doença humana rara de
imunodeficiência.
Um de dois tipos de cadeias
polipeptídicas em uma molécula de
anticorpo. A unidade estrutural básica Calnexina
de um anticorpo inclui duas cadeias
leves idênticas, cada uma ligada por É uma chaperona, caracterizado por
ponte dissulfeto a uma de duas cadeias auxiliar no dobramento de proteínas e
pesadas idênticas. Cada cadeia leve é no controle de qualidade, garantindo
composta de um domínio Ig variável (V) que apenas proteínas devidamente
e um domínio Ig constante (C). Existem dobradas e montadas continuem ao
dois isotipos de cadeia leve, chamados longo da via secretora. Ele atua
de κ e λ, ambos funcionalmente especificamente para reter
idênticos. Cerca de 60% dos anticorpos glicoproteínas ligadas a N desdobradas.
humanos têm cadeias leve κ, e 40%
apresentam cadeias leve λ. Cadeia
kappa (κ): codificada no lócus kappa da Carreador
imunoglobulina situado no cromossoma
2. Cadeia lambda (λ): codificada pelo Molécula grande na qual o Hapteno está
lócus lambda da imunoglobulina situado conjugado.
no cromossoma 22.

Caspases
Canal CRAC (canal de cálcio ativado
pela liberação de cálcio) São grupos de proteases com resíduos
de cisteína em seus locais ativos que
É um canal iônico da membrana clivam substratos proteicos nos resíduos
plasmática que facilita a entrada de de aspartato, sendo essenciais no
cálcio extracelular para o citosol e apoptose celular (morte celular
mantém os níveis do cálcio intracelular programada).
aumentados.Basicamente,o esgotamen-
Catelicidina CCR7

É produzida pelos neutrófilos e pelas CCR7 é um receptor de quimiocina


células da barreira epitelial da pele, expressado pelas células T imaturas que
trato gastrintestinal e trato respiratório. liga as quimiocinas CCL19 e CCL21 nas
A catelicidina é sintetizada como um zonas da célula T do linfonodo,
precursor proteico de 18 kD com dois promovendo o movimento da célula T
domínios, sendo proteoliticamente imatura do sangue, através da parede
clivada em dois peptídeos, cada um com das HEVs, para dentro da zona da célula
funções protetoras. Ambas a síntese e T. A migração das células dendríticas
clivagem proteolítica do precursor (ativadas pelos microrganismos nos
podem ser estimuladas por citocinas tecidos periféricos) para os linfonodos
inflamatórias e produtos microbianos. para informar os linfócitos T da
As catelicidinas ativas protegem contra presença de infecção também depende
infecções por múltiplos mecanismos, da expressão de CCR7, que é induzido
incluindo toxicidade direta a uma quando a célula dendrítica encontra os
grande variedade de microrganismos e microrganismos. Além disso, a interação
ativação de várias respostas em das quimiocinas CCL19 e a CCL21 com o
leucócitos e outros tipos celulares que CCR7 (expresso em altos níveis nos
promovem a erradicação do linfócitos naive) garante que as células T
microrganismo. aumentem a avidez pela integrina e
sejam capazes de aderir firmemente às
Catepsinas HEVs. A migração das células B naive do
sangue para os linfonodos é semelhante
São uma família de proteases de ao descrito para as células T naive,
cisteína que podem ser encontradas em também necessitando, inclusive, do
muitos tipos de células. Sintetizadas a receptor de quimiocina CCR7 (e, neste
partir de pre-pro-catepsinas, são caso, também de CXCR4) nestas células
ativadas sob o pH ácido dos lisossomos e de seus respectivos ligantes.
e representam a maioria das proteases
presentes nesta organela. São
distribuídas de maneira desigual entre
os diversos tecidos CD14

CCL16 CD14 (cluster of differentiation


ougrupamento de diferenciação 14) é
O ligando de quimiocina 16 é uma uma proteína produzida principalmente
pequena citocina pertencente à família por macrófagos como parte do sistema
de quimiocinas CC que é conhecida sob imunológico inato. Ajuda a detectar
vários pseudônimos, incluindo bactérias no corpo ligando-se ao
quimiocina expressa em fígado e lipopolissacarídeo (LPS), um padrão
Monotactina-1. Essa quimiocina é molecular associado a patógenos
expressa pelo fígado, timo e baço e é (PAMP). O CD14 existe em duas formas,
quimioativa para monócitos e linfócitos uma ancorada à membrana por uma
(Recrutamento de linfócitos e cauda de glicosilfosfatidilinositol (GPI) e
monócitos). Seus receptores de uma outra forma solúvel.
quimiocinas são CCR1, CCR3.
CD4 e CD8 CD40

São glicoproteínas transmembranares O receptor de membrana CD40 é


membros da superfamília das Ig. expresso em células do sistema imune,
Ademais, são os correceptores de (linfócitos B, macrófagos, células
células T que se ligam às regiões não dendríticas) e em células da parede
polimórficas das moléculas de MHC e vascular (células endoteliais, musculares
facilitam a sinalização pelo complexo lisas). Quando ativado, através de seu
TCR durante a ativação das células T. ligante CD154 (CD40L), desencadeia
CD8 e CD4 interagem com as moléculas uma série de processos celulares
do MHC de classe I e classe II, destinados à ativação da resposta
respectivamente, e são responsáveis imune.
pela classe I ou de classe II do MHC de
CD244 ou 2B4
restrição destes subconjuntos de células
T.
Receptor coestimulador da família
CD2/SLAM das células NK, dos linfócitos
CD1 T CD8+ e das células T γδ. O 2B4, o CD2
e o SLAM contêm dois domínios
Molécula de MHC classe-I não clássica extracelulares semelhantes as
que se liga a lipídeos e são reconhecidas imunoglobulinas, e suas extremidades
por células NKT. Isso garante uma citoplasmáticas também têm sequências
possibilidade de defesa contra que contêm tirosina. O 2B4 reconhece
microrganismos ricos em componentes um ligante do CD2 conhecido como
lipídicos. CD48. Assim como ocorre com o SLAM,
a extremidade citoplasmática do 2B4
CD28 contém sequências de ITSM (região com
tirosina), liga-se à proteína adaptadora
Glicoproteína presente em linfócitos T, SAP e gera sinais por meio do
servindo como uma molécula recrutamento da Fyn. A sinalização
coestimuladora cujo ligante é o antígeno anormal do 2B4 pode contribuir
CD80 (B7) nas células apresentadoras de significativamente para a
antígeno ou em linfócitos B. A interação imunodeficiência dos pacientes
entre CD28 e CD80 (B7-1 ou B7-2) portadores de síndrome
fornece ao linfócito o segundo sinal linfoproliferativa ligada ao X.
coestimulatório necessário para sua
ativação. Células Apresentadoras de Antígeno

Do inglês antigen-presenting cells, ou


CD36 APCs, são células especializadas que
capturam microrganismos e outros
Receptor Scavenger para lipoproteína antígenos, levando-os até os linfócitos e
oxidada de baixa densidade, atua na os ativando, e que fornecem sinais
adesão de plaquetas e na fagocitose de estimulantes para a proliferação e
células apoptóticas. diferenciação dos linfócitos (geralmente
quando falamos ‘APC’ estamos nos secretar espontaneamente anticorpos
referindo à uma célula que apresenta IgM que frequentemente reagem a
antígenos aos linfócitos T). Muitas APCs, lipídios e polissacarídeos microbianos,
como as células dendríticas e os assim como lipídios oxidados
macrófagos, também reconhecem e produzidos por peroxidação lipídica. As
reagem a microrganismos durante as células B-1 contribuem para a produção
reações imunes inatas, ligando as rápida de anticorpos contra
reações imunes inatas às respostas do microrganismos em tecidos particulares,
sistema imune adaptativo. tais como o peritônio.

Células dendríticas
Célula B imatura
São células apresentadoras de
É a célula B que expressa IgM. Toda antígenos (APCs) mais especializadas
célula B em desenvolvimento rearranja que capturam antígenos microbianos
inicialmente um gene da cadeia leve k, que se originam do ambiente externo,
após o estágio de célula pré-B, e, se esse transportam seus antígenos aos órgãos
rearranjo for produtivo, irá ser gerada linfoides e apresentam os antígenos aos
uma proteína da cadeia leve k, que se linfócitos T imaturos para dar início às
associa à cadeia µ para produzir uma respostas imunes.
proteína IgM completa. Entretanto, se
não houver rearranjo produtivo do lócus Células Dendríticas Foliculares (CDF)
k, a célula pode rearranjar o lócus λ e
novamente produzir uma molécula IgM São células encontradas em áreas
completa. enriquecidas com células B ativadas nos
folículos linfoides, os produtos desta
célula capturam antígenos e os
Células B B-1 apresentam para o reconhecimento dos
linfócitos B ativados, é um processo
São uma subclasse de linfócitos de importante para a seleção de linfócitos
células B, originadas das células-tronco B cujos receptores de antígenos se ligam
derivadas do fígado fetal. Esse subgrupo aos antígenos apresentados pela CDF
de linfócitos B expressa uma com uma maior afinidade.
diversidade limitada de receptores de
antígenos e pode ter funções exclusivas.
As células B B-1 se desenvolvem mais
cedo durante a ontogenia do que as Células dendríticas plasmocitoides
células foliculares e da zona marginal,
expressam um repertório relativamente São uma subpopulação de células
limitado de genes V e exibem uma dendríticas as quais respondem a
diversidade juncional muito menor do infecções virais por meio do
que as células B convencionais, além de reconhecimento de ácidos nucleicos vi -
rais. Além disso elas produzem Células de Langerhans
proteínas chamadas de interferons do
tipo 1, que são muito importantes Células de Langerhans são células
durante as infecções de vírus abundantes na epiderme. Elas estão
intracelulares, pois possuem potentes normalmente presentes em linfonodos,
atividades antivirais, como interferir na podendo ser encontradas em outros
replicação viral e sinalizar para outras órgãos na condição de histiocitose e são
células do sistema imune, como as uma das responsáveis pelo controle das
células NK’s. respostas imunológicas da pele.
Funcionam, na epiderme, como uma
rede de sentinelas do sistema
imunológico, de forma a proporcionar
uma resposta adequada a eventuais
Célula Dendrítica Clássica ou ataques microbianos; assim, atuam para
Convencional que se evite uma resposta imunológica
excessiva quando a situação não
Foram inicialmente identificadas por sua apresentar grande risco e, ainda, no
morfologia e capacidade de estimular sentido inverso, quando existe potencial
respostas intensas de células T, e perigo (como, por exemplo, a pele tenha
constituem o subconjunto de células sido lesionada), instruem os linfócitos T
dendríticas mais numeroso nos órgãos a agirem de forma eficiente.
linfoides. A maioria delas é derivada de
precursores mieloides, que migram da
medula óssea para se diferenciarem
localmente em células dendríticas Células de memória de vida longa
residentes em tecidos linfoides e não
linfoides. Semelhante aos macrófagos Progênies dos linfócitos B e T
teciduais, elas estão constantemente estimulados por antígeno se
monitorando o ambiente em que diferenciam em células de memória de
residem. vida longa. Sua função é de mediar
respostas secundárias (rápidas e
aumentadas) a subsequentes
exposições aos antígenos. As células de
memória são mais efetivas no combate
Células de Kupffer aos microrganismos do que os linfócitos
imaturos, pois elas representam um
As células de Kupffer são macrófagos conjunto expandido de linfócitos
encontrados nas paredes dos capilares específicos para antígeno (mais
hepáticos que atuam metabolizando numerosos do que as células imaturas
hemácias velhas, digerindo suas específicas para o antígeno) e
hemoglobinas, secretando respondem mais rápido e efetivamente
imunosubstâncias e destruindo contra o antígeno do que as células
possíveis bactérias que tenham imaturas. Essas células podem
penetrado pelo sistema venoso do sobreviver por anos após a infecção.
fígado.
Células de Paneth tipo I, que desempenham importantes
papéis nas respostas imunes inatas
São células exócrinas localizadas na principalmente contra vírus
porção basal das glândulas intestinais, intracelulares e bactérias. O termo
com grandes grânulos de secreção natural killer deriva do fato de que sua
eosinofílicos em seu citoplasma. Essas principal função é a morte das células
células secretam lisozima e defensiva, infectadas, similar às células killer do
enzimas que agem no controle da flora sistema imune adaptativo, os linfócitos T
intestinal. citotóxicos (CTLs), e elas estão prontas
para o fazer uma vez que tenham se
Célula efetora desenvolvido, sem nova diferenciação
(por isso, natural). As células NK no
É uma célula que existe em grande sangue surgem como grandes linfócitos
quantidade apenas durante uma com numerosos grânulos
resposta imunológica; ela é altamente citoplasmáticos. Assim como com todas
necessária no processo de eliminação as ILCs, as células NK não expressam
do antígeno pois medeia o efeito final diversos receptores de antígenos
da resposta imune, que é se livrar dos clonalmente distribuídos e típicos das
microrganismos. Os linfócitos T células B e T. Em vez disso, elas utilizam
ativados, fagócitos mononucleares e receptores que codificam DNA para
outros leucócitos funcionam como distinguir células infectadas com
células efetoras em diferentes respostas patógeno das células saudáveis. As
imunes. funções efetoras das células NK são
matar as células infectadas e produzir
Célula endotelial IFN-γ, que ativa macrófagos para
destruir microrganismos fagocitados..
É um tipo de célula achatada de
espessura variável que recobre o
interior dos vasos sanguíneos,
especialmente os capilares sanguíneos, Células NKT invariáveis (células iNKT)
formando assim parte da sua parede.
Interações entre as células endoteliais e Essas células expressam um TCR
os leucócitos (ocorrendo em múltiplas invariável de cadeia a, pareado com
etapas) medeiam o recrutamento dos uma das três cadeias diferentes, e são
próprios leucócitos para os tecidos. capazes de reconhecer antígenos
glicolipídios apresentados a eles pela
molécula CDl semelhante ao MHC. A
Células Natural Killer (NK) principal resposta das células NKT para
estímulo antigênico parece ser a rápida
Um dos três subgrupos principais de secreção de citocinas, incluindo IL-4, IL-
células linfoides inatas, diferenciados 10 e IFN-')', e acredita-se que essas
pelas citocinas que produzem. As células células possam possuir função
natural killer (NK), as primeiras e mais principalmente reguladora​​.
bem descritas células linfoides inatas,
são um subgrupo de ILCs
Células Pré-B crescimento das células T citotóxicas e
na maximização da ação bactericida dos
São células da linhagem B em fagócitos.
desenvolvimento que expressam a
proteína µ da Ig, mas que aida devem
rearranjar seus loci da cadeia leve. A Células T αβ:
célula pré-B expressa a cadeia pesada µ
na superfície celular, em associação a Células T auxiliares (CD4+) restritas do
outras proteínas, em um complexo MHC II e de linfócitos T CD8+ citotóxicos
denominado receptor da célula pré-B, (CTL) restritas ao MHC-I.
que possui vários papéis importantes na
maturação da célula B.
Células T γδ
Célula pró-B
São uma pequena população de células
É a primeira célula da medula óssea T que expressam proteínas receptoras
comprometida com a linhagem de de antígeno semelhantes, mas não
células B. Elas não produzem Ig, porém idênticas às células T CD4+ e CD8+.As
podem ser distinguidas de outras células T γδ reconhecem diversos tipos
células imaturas pela expressão de diferentes de antígenos, incluindo
moléculas de superfície restritas à algumas proteínas e lipídios, bem como
linhagem B. pequenas moléculas fosforiladas e
alquilaminas.

Células Th17
Células T alorreativas
AS células Th17 atuam na inflamação e
estimulam a produção de substâncias São linfócitos T regulatórios
antimicrobianas, as defensinas, as quais responsáveis pelo reconhecimento de
funcionam como antibióticos moléculas geneticamente diferentes às
endógenos localmente produzidos. do organismo. As células T alorreativas
Algumas citocinas produzidas por participam das primeiras fases da
células Th17 ajudam na manutenção da resposta imune adaptativa em
integridade funcional das barreiras indivíduos receptores de órgãos
epiteliais. transplantados.

Célula T auxiliar
Células T Citotóxicas CD8+
É um leucócito que atua ativando e
estimulando outros leucócitos a se São células do sistema imune adaptativo
multiplicarem e atacarem antígenos. capazes de induzir a morte de células
Assim, coordenam a resposta imune infectadas através de mecanismos
pela liberação de citocinas. Eles são citotóxicos, semelhantes as células NK.
essenciais na mudança de classe dos
anticorpos das células B, na ativação e
Célula T de memória Chaperonas

São um conjunto de linfócitos T que se Proteínas como a calnexina e a molécula


encontraram previamente com o seu BiP, residentes no retículo
antígeno correspondente e endoplasmático e são responsáveis pela
reconhecem-no. As células T de dobra apropriada das cadeias pesadas e
memória que têm "experiência de montagem das cadeias leves das
antígeno" porque se encontraram imunoglobulinas após a ocorrência de
previamente com ele em anteriores modificações pós-traducionais, como
infecções virais ou bacterianas, ou por glicosilação.
vacinação ou pelo encontro com células
cancerosas, vivem um longo período em
Citocinas
inatividade, mas um segundo encontro
com o mesmo invasor faz com que se
São proteínas, peptídeos ou
reproduzam rapidamente e originem
glicoproteínas secretadas por células
uma resposta imunitária mais rápida e
que desencadeiam reações biológicas
forte do que a que se produziu pela
em células vizinhas que contêm
primeira vez que teve contato com o
receptores para a proteína em questão.
invasor.
São mediadoras da imunidade inata
local e sistêmica, atuam como moléculas
Células T Virgens: sinalizadoras na regulação de processos
imunológicos, inflamatórios e
As células T virgens são células hematopoiese (repondo células
"inexperientes" que ainda não utilizadas na resposta imunológica). Na
encontraram sua correspondência viral imunidade adaptativa, as citocinas
e estão esperando para serem secretadas por linfócitos T estimulam a
acionadas. À medida que envelhecemos, proliferação e diferenciação de linfócitos
nosso suprimento dessas partículas ​ T e ativação de linfócitos B, macrófagos
diminui e menos delas estão disponíveis e outros leucócitos.
para serem ativadas para responder a
um novo patógeno.
Citocina Interleucina-7 (IL-7)

A Interleucina 7 (IL-7) é uma citocina que


Células-tronco hematopoiéticas (CTH)
estimula o crescimento, maturação de
linfócitos B e ativação de linfócitos T. É
É uma célula indiferenciada da medula
secretado por células do estroma da
óssea que se divide continuamente,
medula óssea e do timo. Também é
originando outras células-tronco e,
produzido por queratinócitos, células
também, células das linhagens linfoide,
dendríticas, hepatócitos, neurônios e
mieloide e eritrocítica. As CTH
células epiteliais do intestino. Os
amadurecem e geram progenitores
receptores de IL-7 são expressos em
linfoides que podem originar células B,
células pré-B e em suas progenitoras.
células T, células linfoides inatas e
Basicamente esta citocina estimula a
algumas células dendríticas.
proliferação das células precursoras de
linfócitos B, sem afetar sua Complexo Principal de
diferenciação, sendo também um dos Histocompatibilidade (MHC)
marcadores mais precoces da rejeição
de enxertos. É uma grande região genômica ou
família de genes encontrada na maioria
dos vertebrados, sendo a região mais
C3 convertase:
densa de genes do genoma dos
mamíferos. Possui importante papel no
Consiste em um complexo de proteases
sistema imune, na autoimunidade e no
que clivam a C3 (proteína central do
sucesso reprodutivo. Essa região
sistema complemento), produzindo C3a
codifica proteínas receptoras localizadas
e C3b. O C3a (fragmento menor), por
nas membranas de todos os
sua vez, age como quimiotático de
vertebrados e outras que atuam no
neutrófilos estimulando a inflamação. Já
reconhecimento e apresentação dos
o C3b (fragmento menor) consiste em
antígenos. As proteínas codificadas pelo
um opsonina, atuando na fagocitose de
MHC são expressas na superfície das
microrganismo. Além disso, o C3b se
células e apresentam antígenos próprios
liga a outros componentes proteicos do
(fragmentos de peptídeos da própria
sistema complemento, formando uma
célula) e antígenos externos (fragmentos
protease denominada de C5 convertase.
de microrganismos invasores) para
células T que têm a capacidade de
matar ou coordenar a morte de
Coestimuladoras
patógenos (podendo estes serem tanto
células infectadas como células com
Outra denominação para as moléculas
função prejudicada).
ligadas às membranas das
APCs, destinadas a ativar as células T,
pois elas funcionam em conjunto com o
Complexo receptor de célula B (BCR)
antígeno para estimular as células T.

Localizado na superfície da membrana


de células B, é formado por IgM ou IgD
Colectinas associadas a moléculas de Ig-alfa e Ig-
beta que possuem ITAM (grupos de
As colectinas pertencem a uma família ativação com base na tirosina do
de proteínas triméricas ou hexaméricas, imunorreceptor) virados para o lúmen
em que cada subunidade contém uma da célula, regulando as funções de
cauda colagenosa conectada à região do sinalização, visto que as extremidades
pescoço por uma cabeça de lectina de IgM e IgD são pequenas para
dependente de cálcio (tipo C). Três transduzir os sinais de reconhecimento.
membros desta família atuam como Na troca de classe podem surgir
moléculas efetoras solúveis no sistema imunoglobulinas IgG, IgA e IgE.
imune inato; estas são a lectina ligante
de manose (MBL) e as proteínas
surfactantes pulmonares SP-A e SP-D.
Complexo BCR por meio da sinalização celular que as
células se diferenciam em um tipo
Complexo formado por Ig\alpha e específico e é isso que chamamos
Ig\beta que ajudam no reconhecimento comprometimento, quando uma célula
de antígeno juntamente com a Ig de progenitora é designada a uma
membrana. linhagem celular, por exemplo, a
linhagem T.
Complexo H-2
CRIg
Presente no Complexo Principal de
Histocompatibilidade de camundongos É uma proteína integral de membrana
e foi descoberto na década de 40, com uma região extracelular constituída
através de análise da troca de enxertos. por domínios de Ig. Liga-se aos
Descobriu-se a presença do antígeno II, fragmentos C3b e iC3b do complemento
que deu o nome ao complexo, e de e está envolvido na eliminação de
genes através do estudo de diferentes bactérias opsonizadas e de outros
cepas de camundongos, que são patógenos transmitidos por via
susceptíveis à recombinação. Com a sanguínea. Isso permite a transcrição e a
variação de genes de MHC, a resposta futura tradução, são esses fatores que
de células T frente a rejeição de vão impulsionar a transcrição de um
enxertos também muda. gene.

Complexo Rag-1/Rag-2 (Recombinase Cristalografia de raio X


V(D)J)
Método que usa a radiação
Formado a partir das duas proteínas eletromagnética, especificamente
gene ativador da recombinação 1 (RAG1) raios X, para determinar a estrutura
e gene ativador da recombinação 2 molecular e atômica de um cristal do
(RAG2), o material a ser estudado, que devido a
complexo mantém duas moléculas de sua estrutura faz com que os raios X
cada proteína e desempenha papel sofram difração em sentidos específicos.
importante na Com a análise das intensidades e dos
recombinação V(D)J. ângulos destes feixes, uma imagem
tridimensional baseada na densidade
Comprometimento dos elétrons pode ser elaborada,
podendo analisar as diferenças em
Por mais que esse termo normalmente escala atômica entre diversos materiais.
seja utilizado como algo prejudicial, no
contexto da imunologia ele está CTLA4
relacionado à designação, isto é, tornar
responsável por algo. Nos órgãos Ou CTLA-4 ou proteína 4 associada a
linfoides existem várias células linfócitos T citotóxicos também
pluripotentes que poderão originar conhecida como CD152 (cluster of
diversos tipos de células sanguíneas, differentiation 152) é um receptor de
portanto é por
proteína que funciona como um ponto fungos e vírus envelopados. Geralmente
de verificação imunológico e regula atacam o agente nocivo penetrando na
negativamente as respostas membrana celular através de atração
imunológicas. CTLA4 é expresso elétrica.
constitutivamente em células T
reguladoras, mas apenas regulado Deficiências de adesão leucocitária
positivamente em células T
convencionais após a ativação, sendo Doenças genéticas raras que
esse um fenômeno que é comprometem a migração e adesão
particularmente notável em cânceres. (realizadas pelas selectinas, integrinas e
Atua como um interruptor "off" quando quimiocinas) dos linfócitos presentes na
ligado a CD80 ou CD86 na superfície das circulação para as células endoteliais.
células apresentadoras de antígeno.
Deleção clonal

D É um mecanismo de tolerância de
linfócitos onde uma célula T imatura
no timo ou uma B imatura na medula
DAMPs óssea sofre morte apoptótica em
consequência do
Substâncias endógenas produzidas reconhecimento da presença de um
como resultado de dano celular causado autoantígeno em grandes quantidades
por infecções, mas também podem no órgão
indicar lesões celulares assépticas (sem gerador.
infecção), causada por produtos
químicos, queimaduras, traumatismos Dendrócitos
ou perda do suprimento
sanguíneo. Geralmente os DAMPs não São as principais células Apresentadoras
são liberados por células mortas por de Antígenos (APC), presentes no
apoptose. epitélio, tecido linfoide e parênquima de
órgãos. Elas são células de formato
Defesa antiviral distinto, podendo criar longas projeções
membranosas, e elas são de extrema
É uma reação mediada por citocinas, em importância ao sistema de Imunidade
que as células adquirem resistência à Adaptativa por capturarem patógenos e
infecção viral, e na destruição pelas digerir suas proteínas em peptídeos,
células NK das células infectadas por que são então apresentadas à linfócitos
vírus. T de modo a permitir a sua
especificidade.
Defensinas
Determinantes lineares
Pequenos peptídeos catiônicos
(possuem íons do tipo cátion), ricos em Epítopos formados por diversos
cisteína, geralmente encontrados nos resíduos de aminoácidos adjacentes.
fagócitos e são ativos contra bactérias,
Desfosforilação Diacilglicerol (DAG)

É a remoção de um grupo, ou mais, de Molécula de sinalização gerada a partir


fosfato. Esse fenômeno está ligado a da hidrólise de PIP2 durante a ativação
imunologia pois, esse é um dos meios do linfócito pelo antígeno, sendo
de regulação na atividade de enzimas, responsável por ativar a
proteínas e fatores de transcrição. proteinoquinase C (PKC), a qual participa
da geração de fatores de transcrição
Determinante ou epítopo ativos.

Nomes sinônimos que são dados a Diapedese ou transmigração


qualquer anticorpo que se liga apenas a
uma porção da molécula. Eles podem É uma das etapas da migração dos
ser lineares (quando são formados por leucócitos. Nela ocorre a passagem de
vários resíduos de aminoácidos leucócitos através do endotélio para
próximos) ou conformacionais (quando alcançar os tecidos extravasculares.
também são formados por resíduos Para que essa etapa aconteça é
livres de aminoácidos que não estão em necessário um mecanismo que rompa
sequência, mas dessa vez, eles são reversivelmente as junções entre as
espacialmente justapostos na proteína células endoteliais. Isso ocorre por meio
dobrada). das integrinas presentes nos leucócitos
que promovem a ativação de quinases,
Desenvolvimento (maturação) de as quais levam ao rompimento
linfócitos reversível dos complexos aderentes,
aumentando a permeabilidade do
É o processo pelo qual os progenitores endotélio e permitindo a passagem dos
dos linfócitos no timo e na medula leucócitos. Esse movimento também
óssea se diferenciam em linfócitos pode ocorrer através da célula
maduros localizados em tecidos endotelial, porém é raro e pouco
linfoides periféricos. Ademais, a compreendido.
maturação dos linfócitos B e T envolve
uma série de eventos que ocorrem nos Diversidade combinatória
órgãos linfoides geradores.
A diversidade combinatória é o
Desoxinucleotidil transferase resultado das combinações aleatórias
terminal (TdT) dos segmentos gênicos de uma
linhagem germinativa, representa as
Enzima sintetizada células linfoides que combinações que segmentos variáveis e
atua no final da fase de abertura do segmentos de junção podem se
grampo e processamento da rearranjar e se combinar de forma
extremidade no mecanismo da aleatória, o que irá resultar em
recombinação V(D)J acrescentando diferentes receptores de antígenos.
bases às extremidades quebradas do
DNA.
E
Diversidade juncional

Mecanismo de recombinação que


confere uma maior variabilidade de
anticorpos e TCR. Essa recombinação
pode ocorrer por endonucleases
removerem os nucleotídeos das Edição de receptor
sequências da linhagem germinativa nas
extremidades dos segmentos do gene Refere-se ao processo no qual células B
ou por adição de novas sequências de imaturas que reconhecem antígenos
nucleotídeos, não presentes na linha próprios com alta afinidade são
germinativa. induzidas a alterar suas especificidades.
O reconhecimento de um antígeno pelas
Doenças Autoimunes células B imaturas induz a reativação
dos genes RAG e o rearranjo e na
Em alguns casos, moléculas do próprio produção de uma nova cadeia leve de Ig,
organismo causam reação ou induzem permitindo que a célula expresse um
resposta imune. Em que a reação do receptor de células B diferente (editado),
sistema imune acaba afetando o que não é autorreativo. Se a edição de
organismo. receptor falhar em eliminar a
autorreatividade, as células são, em
Domínios Ig geral, deletadas por apoptose.

Região das cadeias leves e das cadeias Endossoma


pesadas dos anticorpos no qual contém
entre 100 e 110 resíduos de É uma vesícula intracelular ligada à
aminoácidos que se dobram de forma membrana onde proteínas
globular. O domínio é composto por extracelulares são internalizadas
duas camadas de fitas betas- durante o processamento do antígeno.
pregueadas antiparalelas com três a Os endossomas possuem um pH ácido e
cinco segmentos polipeptídicos por apresentam enzimas proteolíticas que
camada, e intracadeias ocorrem ligações degradam proteínas em peptídeos que
dissulfeto. se ligam às moléculas de MHC de classe
II.
Ducto Torácico
Especificidade
"Último" vaso linfático das cadeias de
vasos linfáticos. É conectado à veia cava Diz respeito à capacidade das respostas
superior depositando a linfa ou fluido de imunológicas de serem específicas para
volta ao sangue. os diferentes antígenos, o que reflete
um importante significado funcional,
uma vez que assegura que a resposta
imunológica seja direcionada ao corpo
estranho.
Endotélio Epigenética

É a monocamada celular que reveste o É a área da Biologia que estuda os


interior dos vasos sanguíneos, incluindo mecanismos que controlam a expressão
artérias, veias e as câmaras do coração, de genes (fenótipo), não sendo causadas
atuando como uma camada protetora por alterações do DNA que se
entre os demais tecidos e o sangue propaguem através das divisões
circulante. Essas células são celulares, sejam elas meióticas ou
denominadas células endoteliais. O mitóticas; chamamos de caráter
endotélio exerce função determinante epigenético quando o fenótipo é
no controle da homeostase vascular, alterado por tais mudanças.
participando da regulação de sinais
intracelulares, permeabilidade e tônus Epítopo
vascular, cascata de coagulação e
angiogênese, entre outros. Uma das Pequena porção específica da estrutura
principais funções do endotélio é a do antígeno, na qual um anticorpo ou
liberação de substâncias frente a um receptor de células T irá se ligar. Em
estímulos, que atuam de forma outras palavras, é o sítio da molécula
autócrina e/ou parácrina. Dessa forma, antigênica que será reconhecido para
agressões ao endotélio geram uma gerar uma resposta imune. Antígenos na
resposta inflamatória, com atuação de forma de macromoléculas complexas
diversos tipos celulares (linfócitos, podem ter mais de um epítopo, e no
monócitos, plaquetas e células geral os anticorpos irão
musculares lisas). reconhecer aqueles que estiverem na
superfície do antígeno.
Esfingosina 1-fosfato (SIP)
Epítopos Imunodominantes (ou
A esfingosina-1-fosfato (S1P) é um epítopos determinantes)
metabólito de esfingolipídio bioativo
envolvido em muitos processos Quando uma proteína complexa é
celulares críticos. É produzida pela ingerida por uma APC, ela é
fosforilação da esfingosina por fragmentada e alguns desses
esfingosina cinases (SphKs) e exportada fragmentos se ligam com mais força às
para fora das células através de moléculas do MHC e,
transportadores como spinster consequentemente, são capazes de
homólogo 2 (Spns2). provocar uma resposta mais forte por
parte das células T, por isso são
Eosinófilos chamados de epítopos
imunodominantes ou determinantes,
São granulócitos sanguíneos produzidos pois são os que dominam ou
na medula óssea destinados à defesa do determinam a resposta imunológica
organismo contra parasitas e a reações (por parte das células T).
alérgicas.
Epítopo linear Exclusão Alélica

É um epítopo que é reconhecido devido É quando um alelo de cadeia pesada


a sua sequência linear de aminoácidos sofre rearranjo produtivo e é expresso,
ou sua estrutura primária, todavia como enquanto o outro é retido na
os antígenos são geralmente proteínas configuração da linhagem germinativa
que possuem um grande porte não ou sofre rearranjo não produtivo. Dessa
conseguem se ligar como um todo a forma, uma célula pode expressar
qualquer receptor, apenas segmentos proteínas das cadeias pesados de Ig
específicos que formam o antígeno se codificadas por apenas um dos dois
ligam a um anticorpo específico. alelos herdados.

E-Selectina
Exclusão de isótipo de cadeia leve
Molécula de adesão ligada a
carboidratos da membrana plasmática Após recombinação de DNA, dois lócus
que medeiam um passo inicial de passam a produzir proteínas k e y.
adesão de baixa afinidade dos Todavia, cada uma impede a formação
leucócitos circulantes nas células da outra, resultando na expressão de
endoteliais que recobrem as vênulas apenas uma por vez, ocorrendo a
pós-capilares. É sintetizada e expressa produção de apenas uma das cadeias
na superfície da célula endotelial dentro leves. Se caso os dois alelos não forem
de 1 a 2 horas em resposta às funcionais, a célula não recebe sinais de
citocininas interleucina - 1 e fator de sobrevida gerados pelo BCR e morre.
necrose tumoral, que são produzidos
pelos macrófagos teciduais em resposta
à infecção. Éxon

Eventos vasculares Segmento de um gene que efetivamente


codifica parte da sequência de
São eventos que acarretam alterações aminoácidos de uma proteína.
em vasos sanguíneos (veias, artérias,
capilares) ou no fluxo sanguíneo. Alguns
exemplos são: vasodilatação ou Expansão clonal
vasoconstrição, aumento ou diminuição
do fluxo sanguíneo, aumento ou É a proliferação dos Linfócitos
redução da permeabilidade vascular, especializados, a partir de um original,
entre outros. Em processos para o combate a um antígeno
inflamatórios por exemplo, alguns específico após sua exposição ao
eventos vasculares são característicos, mesmo. Este aumento nas células
como vasodilatação, e intensificação do específicas para um antígeno permite a
fluxo sanguíneo e da permeabilidade adaptação da resposta imune em
dos vasos. manter o ritmo com os patógenos
infecciosos em rápida divisão.
Explosão oxidativa Fagócitos

Processo em que a captura de oxigênio Células de defesa (leucócitos) capazes


pelos fagócitos [neutrófilos, monócitos e de realizar a fagocitose, isto é, cujo
macrófagos] aumenta. Isso acontece citoplasma é capaz de rodear, captar e
porque uma das estratégias dessas digerir partículas vizinhas. Os fagócitos
células para matar os microrganismos é constituem, na maior parte dos
aprisioná-los em vacúolos ricos em metazoários, um importante mecanismo
espécies reativas de oxigênio, que são de defesa contra as infeções
altamente tóxicas, então essas células bacterianas, pois intervêm na resposta
consomem grandes quantidades de imunitária não específica. Nos seres
oxigênio que serão transformadas por humanos e noutros mamíferos
enzimas chamadas phox. desempenham funções fagocitárias os
macrófagos, os leucócitos granulócitos e
Exotoxinas os monócitos.

Proteínas tóxicas liberadas por


patógenos bacterianos sob as quais o Fagolisossomas
sistema imune inato possui pouca
defesa, necessitando dos anticorpos de No processo de fagocitose, importante
alta especificidade do sistema imune para mecanismos da Imunidade Inata,
adaptativo para neutralizá-las. ocorre a fusão dos vacúolos fagocíticos
(fagossomas) com os lisossomas,
resultando na formação dos

F
fagolissossomas, vesículas onde a
maioria dos mecanismos microbicidas
está concentrada, contendo enzimas
proteolíticas, espécies reativas de
oxigênio (ROS) e nitrogênio, que irão
Fab contribuir conjuntamente para a
digestão e efetiva morte dos
Se a IgG de coelhos for tratada com a microrganismos fagocitados.
enzima papaína sob condições de
proteólise limitada, a enzima age na
região de dobradiça e cliva a IgG em três
pedaços separados. Dois dos pedaços Família da IL-1
são idênticos um ao outro e consistem
em cadeia leve completa (VL e CL) Os receptores desta família
associada a um fragmento VH-CH1 da compartilham uma sequência citosólica
cadeia pesada. Esses fragmentos retêm conservada, o chamado domínio
a habilidade de se ligar ao antígeno, receptor de IL-1/ tipo Toll (TIR), e estão
porque cada um possui domínios VL e envolvidos em vias de transdução de
CL pareados e são chamados de Fab sinais semelhantes que induzem a nova
(fragmento, ligação do antígeno). transcrição de genes.
Fatores de transcrição Fatores estimuladores de colônia
(CSF)
Proteínas que apresentam pelo menos
dois domínios funcionais: um de ligação São assim denominadas, citocinas
com o DNA e o outro com a RNA responsáveis pela proliferação e
polimerase. Assim, tais proteínas são maturação de células precursoras na
responsáveis pelo controle da medula óssea, capazes de estimular o
expressão gênica, controlando onde, crescimento e desenvolvimento de
quando e como os genes serão colônias leucocíticas e eritróides, dentre
transcritos. Por exemplo, o elas está o fator estimulador de
comprometimento de progenitores granulócitos (ou G-CSF), sendo uma das
linfoides comuns com as linhagens de principais citocinas hematopoiéticas
células B ou T é dirigida por vários envolvidas na defesa do sistema imune,
fatores de transcrição. que atua no estímulo e regulação desse.
O G-CSF também é utilizado em
tratamentos para neutropenia, redução
Fatores de transcrição Notch-1 e da contagem de neutrófilos no sangue,
GATA-3 e para transplantes de medula óssea.

Participam do desenvolvimento de Fator Nuclear kappa B (NF-kB)


linfócitos para a linhagem de células T. A
Notch-1 é ativada em células O NF-kB é um fator de transcrição que
progenitoras linfoides e, juntamente desempenha um papel central na
com a GATA-3, induz a expressão de inflamação, na ativação de linfócitos, na
vários genes que são necessários para o sobrevivência de células e na formação
desenvolvimento de células T b. de órgãos linfoides secundários. É
também um componente importante no
desenvolvimento dos linfócitos e na
patogênese de muitos cânceres,
Fator de necrose tumoral (TNF) incluindo neoplasias malignas derivadas
de linfócitos ativados.
Um mediador da resposta inflamatória
aguda a bactérias e outros Fator Reumatoide
microrganismos infecciosos. refere-se a
um grupo de citocinas capaz de É um autoanticorpo que pode ser
provocar a morte de células (apoptose) produzido em algumas doenças
tumorais e que possuem uma vasta autoimunes e que reage contra o IgG,
gama de ações pró-inflamatórias. O formando imunocomplexos que atacam
nome desta citocina deriva de sua e destroem tecidos saudáveis, como a
identificação original como uma cartilagem das articulações, por
substância sérica (fator) que causa exemplo. Assim, esse ensaio de caráter
necrose tumoral, agora conhecido como policlonal, permite a identificação de
o resultado da inflamação e trombose fator reumatoide no sangue e é
de vasos sanguíneos tumorais. importante para investigar a presença
de doenças autoimunes, como por
exemplo lúpus, artrite reumatoide ou entre diferentes alelos de MHC, estão
síndrome de Sjögren, que normalmente localizados na fenda e em seu entorno.
apresentam valores elevados dessa
proteína. A dosagem do fator Fibrina
reumatoide é feita a partir de uma
pequena amostra de sangue que deve Trata-se do produto final da coagulação
ser coletada em laboratório após jejum sanguínea e, nos tecidos, corresponde à
de pelo menos 4 horas. O sangue matriz à qual os fibroblastos migram
coletado é enviado ao laboratório, onde para iniciar a cicatrização.
será realizado o teste para identificar a
presença do fator reumatoide. Ficolinas
Dependendo do laboratório, a
identificação do fator reumatoide é feita Ficolinas são proteínas de defesa com
por meio da prova do látex ou do teste um domínio do tipo colágeno e um
Waaler-Rose, em que é adicionado o domínio de reconhecimento de
reagente específico de cada teste a uma carboidrato do tipo fibrinogênio. As
gota de sangue do paciente, em seguida ficolinas se ligam a várias espécies de
é homogeneizado e após 3 a 5 minutos bactérias (opsonização) e participa da
verifica-se se há aglutinação. Caso seja ativação do complemento de maneira
verificada a presença de grumos, o teste similar à MBL (lectina ligante de
é dito positivo, sendo necessário realizar manose), ativando o suplemento de
novas diluições para verificar a lectina - importante sistema de efeitos
quantidade de fator reumatoide da imunidade inata.
presente e, assim, o grau da doença.
Fingolimode (Cloridrato de
Fc (Fragmento Cristalizável) Fingolimode)

O Fc é a região dos anticorpos que Composto farmacológico


forma sua "cauda" ou seja, ele é a base imunossupressor que se liga ao S1P1R
do "Y" e junto com as duas porções Fab resultando em uma diminuição da
completa o anticorpo. A região Fc tem expressão na superfície celular. Dessa
esse nome pois é capaz de formar forma, bloqueia a saída de células T de
cristais. A região Fc interage com órgãos linfoides, sendo essa a atuação
receptores de superfície de células que do fármaco como imunossupressor.
são denominados receptores Fc e Atualmente, esse fármaco foi aprovado
também interagem com algumas para o tratamento para Esclerose
proteínas do sistema complemento. Múltipla reincidente.

Fenda de ligação ao peptídeo Flagelina

porção de uma molécula de MHC que se É a proteína estrutural presente em


liga a peptídeos para a apresentação às flagelos de bactérias que os possuem.
células T. Os resíduos polimórficos, que Os flagelos são estruturas importantes
são os aminoácidos que variam na locomoção de bactérias e constituem
um fator de virulência, pois
participam de processos de invasão e Genes da Resposta Imune (Ir)
adesão de bactérias em seus
hospedeiros. A flagelina apresenta-se São os genes do MHC que codificam
como uma proteína bastante moléculas desse complexo, as quais
conservada entre diferentes espécies de diferem na sua capacidade de ligação e
bactérias. apresentação de peptídeos derivados de
vários antígenos proteicos. Esses genes
estão no centro dos mecanismos
que controlam as respostas imunes.
Fucosiltransferase Anteriormente, associavam-se esses
genes a uma responsividade
Enzimas necessárias para sintetizar os diferenciada (de cepas endogâmicas de
carboidratos ligantes que se ligam às cobaias e camundongos) a alguns
selectinas, apresentam marcantes polipeptídeos sintéticos, sendo essa
defeitos na migração de leucócitos e nas característica de resposta herdada como
respostas imunes. Humanos que não traço mendeliano dominante. As cepas
têm o transportador fucose no que podem desencadear respostas
complexo de Golgi, necessário para imunes a determinado antígeno
expressar os carboidratos ligantes para polipeptídico herdam alelos do MHC
E-selectina e P-selectina em neutrófilos, cujos produtos podem se ligar a
têm problemas como deficiência de peptídeos derivados desses antígenos,
adesão. formando complexos de peptídeo-MHC.
Esses complexos podem ser
reconhecidos pelas células T auxiliares,

G
que, em seguida, ajudam as células B a
produzir anticorpos. As cepas que não
desencadeiam respostas
imunes a determinado antígeno
polipeptídico expressam moléculas MHC
que não são capazes de se ligar a
GATA-3 peptídeos derivados do antígeno
polipeptídico, e, assim, essas cepas não
É um membro da família GATA de podem gerar células T auxiliares nem
"fatores de transcrição em dedo de anticorpos específicos contra o
zinco" vários dos quais estão envolvidos antígeno.
na hematopoiese. É altamente expresso
em células T e em uma ampla variedade Genes RAG
de outros tecidos, incluindo o SNC e o
fígado fetal. São específicos de células linfoides e
Portanto, é crucial para o compromisso somente são expressos nas células B e T
com a linhagem T, no ponto em CLPs em desenvolvimento. As proteínas Rag
hematopoiéticos destinados a se são expressas principalmente nos
tornarem células B divergem daqueles estágios G0 e G1 do ciclo celular e são
destinados a se tornarem células T. inativadas nas células em proliferação.
Granzimas Grupos de ativação com base na
tirosina do imunorreceptor (ITAM)
Enzimas as quais iniciam uma sequência
de eventos de sinalização que causam a Um motivo proteico conservado e
morte das células-alvo por apoptose. A composto de duas cópias da sequência
entrada dessas moléculas é facilitada tirosina-x-x-leucina (onde x é um
por outras proteínas granulares como a aminoácido inespecífico) encontrado
perforina, uma proteína de grânulo da nas porções citoplasmáticas de várias
célula NK. proteínas membranares no sistema
imune que estão envolvidas na
transdução de sinal. As ITAMs estão
presentes nas proteínas ζ e CD3 do
complexo TCR, nas proteínas Igα e Igβ
no complexo BCR e em vários
Grupamento de Diferenciação ou receptores Ig Fc. Quando esses
Cluster of Differentiation (CD) receptores se ligam a seus ligantes, os
resíduos de tirosina das ITAMs se
É uma maneira de classificar moléculas tornam fosforilados e formam locais de
presentes em superfícies celulares de ancoragem para outras moléculas
acordo com seu reconhecimento por envolvidas nas vias de propagação de
um grupamento de anticorpos sinal de ativação da célula.
monoclonais. São usadas na
identificação de células, de sua linhagem
e estágio de diferenciação. São
particularmente muito utilizadas no
estudo das células do sistema
imunológico e surgiram a partir de Grupos de inibição com base na
estudos nesta área, porém todos os tirosina do imunorreceptor (ITIM)
tipos de células do corpo apresentam
pelo menos alguma molécula CD. Por Inibem respostas celulares e cadeias de
exemplo CD4 é uma glicoproteína sinalização nestes receptores podem
presente em linfócitos T auxiliares, conter um grupo tirosina um pouco
monócitos, macrófagos e células diferente, que tem a sequência de
dendríticas e é utilizada pelo HIV para consenso V/L/IxYxxL, onde o V refere-se
entrar nas células. A função fisiológica a valina. ITIMs fosforilados recrutam
de grande parte das moléculas CD é agir fosfatases de tirosina ou lipídios de
como receptores ou ligantes, porém inositol, enzimas que removem os
algumas moléculas CD têm outras resíduos fosfato de fosfotirosina ou de
funções como por exemplo adesão determinados fosfatos lipídicos e, assim,
celular. Nos humanos já são conhecidas neutralizam a ativação do receptor
algumas centenas grupamentos de imunológico com base no ITAM.
diferenciação.
H
ambiente em que somente células que
possuam determinada enzima,
fornecida pelo DNA proveniente das
células B, poderiam sobreviver.

Haplótipo MHC Hibridomas

Grupo de alelos presentes do MHC. O hibridoma é o produto de fusão de


uma célula de mieloma com um linfócito
Haplótipo B normal. Geralmente, usam-se células
de camundongos nos quais os mielomas
Corresponde a uma combinação de um podem ser induzidos
conjunto de alelos que podem ser de experimentalmente e é realizado a
um locus, loci adjacente ou ainda de um fusão dessas células com linfócitos B de
cromossomo inteiro. Sendo geralmente um camundongo imunizado com um
herdados como uma unidade. antígeno conhecido, contra o qual
deseja-se obter os anticorpos
Hapteno monoclonais.

Substância antigênica de pequeno peso Hipermutação somática


molecular, que reage com seu anticorpo
específico, mas é incapaz de determinar A hipermutação somática é um
a produção de anticorpos, a não ser processo pelo qual as células B de
quando combinada a outra substância, memória são estimuladas por
uma proteína. apresentações ao mesmo tipo de
epítopo. Em consequência disso, ocorre
Hematopoiese o acúmulo de pequenas mutações
pontuais no DNA codificante das regiões
É o processo de formação e maturação variáveis: V(1) ou V(H) no decorrer da
dos elementos figurados do sangue, tais rápida multiplicação a qual acompanha
como basófilos, monócitos e células à reestimulação. Esse tipo de mutação
dendríticas, a partir de uma célula- resulta na geração de diferentes clones
tronco, uma célula hematopoiética de células B cujas moléculas de Ig
pluripotente. Ela ocorre em adultos podem ligar-se com afinidades muito
sobretudo na medula vermelha dos diversas ao antígeno que iniciou a
ossos chatos, como no esterno, nas resposta.
vértebras e nas costelas.

Hibridomas Histocompatibilidade

São células fundidas derivadas de É a compatibilidade ou equivalência


células B e mielomas. Podem ser entre células, tecidos e órgãos.
selecionadas em um meio de cultura de
acordo com os fármacos utilizados no
Hipersensibilidade Homing

é o resultado da memória específica que O termo “homing”, podendo ser


sob a exposição ao mesmo estímulo ou também chamado de endereçamento, é
sob a eliminação do estímulo produz uma denominação para o processo de
efeitos desagradáveis/lesivos sobre os movimento dos leucócitos para um
tecidos do próprio corpo. Isso pode ser tecido em específico. A existência de
exemplificado pelas alergias, como a diferentes padrões, assegura que os
febre do feno e algumas formas de linfócitos sejam endereçados aos locais
doença renal. teciduais que os necessitem para o
processo da resposta imune adquirida,
HLA (Antígenos Leucocitários de forma a não haver desperdício de
Humanos) linfócitos no ambiente em questão. HSP
(heat-shock proteins ou proteinas do
O sistema HLA é o complexo principal choque termico): são chaperonas
de histocompatibilidade (MHC) em seres induzidas em resposta vários agentes
humanos, que é uma densa região estressantes celulares, participam
genômica onde contém genes ativamente de mecanismos
necessários para o sistema imune, inflamatórios e regulatórios.
autoimunidade e reprodutividade,

I
responsáveis pela codificação de
proteínas de superfície que reconhecem
e apresentam antígenos para o sistema
imune adaptativo humano, ou seja, são
extremamente importantes para a ICAM-1:
resposta a patógenos do sistema
imunológico. Molécula de Adesão Intercelular 1
(ICAM-1, CD54). Glicoproteína de
Homeostasia membrana, presente em células
endoteliais ativada por citocinas e em
Na imunologia, o termo descreve um outros tipos celulares (linfócitos, células
estado basal de equilíbrio interno para o dendríticas, macrófagos, fibroblastos e
organismo com a diminuição das queratinócitos). Importante ligante a
respostas imunológicas normais com o LFA-1 (Integrina expressa nos
passar do tempo, após a estimulação leucócitos).
antigênica.
Idiótipo
Homing do leucócito
Correspondem a variabilidade
É a migração de um leucócito para fora antigênica de um conjunto de moléculas
do sangue e em direção a um tecido em proteicas dentro de um indivíduo,
particular, ou para um local de uma estando associadas às variações
infecção ou lesão. observadas entre as regiões V (variáveis)
dos anticorpos relacionadas aos CDR
(regiões determinantes da
complementaridade).
Identificação tumoral IgM

Anticorpos monoclonais marcados e A Imunoglobulina M (IgM) é um


específicos para várias proteínas anticorpo, ou seja, é uma proteína
celulares são usados para determinar a produzida pelo organismo com o
fonte tecidual de tumores por meio da objetivo de defender o organismo de
coloração de seções tumorais patógenos, ou seja, possuem o papel
histológicas. importante na regulação das respostas
imunológicas, também ativando o
IgG sistema complemento. A IgM é
encontrada principalmente na região
Assim como a IgA e a IgE, a IgG pertence intravascular, sendo ele o primeiro
à classe de anticorpos cuja produção é anticorpo a ser produzido quando há
uma reação a antígenos proteicos. Para alguma infecção. Possui a função de
que esses anticorpos sejam produzidos, receptores de antígenos na superfície
os linfócitos B no qual se originam dos linfócitos B.
precisam passar por um processo
chamado “troca de classe” intermediado
por um linfócito T auxiliar. As IgG se Imunidade adaptativa (denominada
ligam à superfície do patógeno e, como também de imunidade adquirida ou
suas moléculas são compatíveis com específica)
receptores presentes nas membranas
de macrófagos e neutrófilos, o tornam Resposta imune estimulada pela
um alvo mais fácil para essas células de exposição a agentes infecciosos,
defesa. aumentando em magnitude a
capacidade defensiva em cada
IgG1 Monômero exposição subsequente a um
microrganismo particular.
É a forma secretada do IgG que tem
como função a ativação do sistema
complemento, a imunidade neonatal, a
autoinibição do linfócito B e a Imunidade Celular
opsonização.
É um dos dois tipos da imunidade
Imunidade adaptativa e é mediada por linfócitos T.
Quando ocorre uma sobrevivência e
Derivado da palavra latina imunitas, que uma proliferação de microrganismos
se refere a proteção contra processos nos interiores dos fagócitos ou de
legais oferecida aos senadores romanos outras células, fora do alcance dos
durante seus mandatos. Historicamente anticorpos, os linfócitos T conseguem
a imunidade significa proteção contra detectar e promover a destruição dos
doenças e, mais especificamente microrganismos ou das células
doenças infecciosas. infectadas, para que assim, elimine toda
a infecção.
Imunidade ativa Imunocompetência

É resultante da exposição do corpo a É a capacidade de produzir uma


patógenos, seja esse um vírus ou uma resposta imune, que pode se referir
bactéria. Ou seja, é a imunidade tanto às células quanto ao organismo.
responsável por gerar anticorpos que Ex.: Os linfócitos assim que acabam de
combatem a doença depois que essa ser produzidos na hematopoese ainda
está em contato com o organismo. não são capazes de gerar uma resposta
Ainda, a imunidade ativa pode ser imune adequada, apenas após a
provocada de duas maneiras: a partir da passagem pelos órgãos de maturação
verdadeira infecção com a doença ou [que podemos entender como o
por meio da vacinação. As vacinas "treinamento" da célula para atuar, que
contêm antígenos incapazes de conhecemos por órgãos linfoides
provocar a doença, entretanto, capazes primários, como o timo, é que essas
de induzir a produção de anticorpos. células se tornam imunocompetentes,
Portanto, se a pessoa vacinada tiver ou seja, irão adquirir capacidade de
contato com o micro-organismo distinguir o que pertence ou não ao
causador da doença, o corpo será capaz organismo.
de se defender. A imunidade ativa é
mais duradoura que a passiva e
costuma durar por décadas.
Imunocomplexos
Imunidade humoral
Complexo multimolecular de moléculas
É uma subdivisão da imunidade de anticorpo ligadas ao antígeno. Como
adquirida onde a resposta imunológica cada molécula de anticorpo possui um
é realizada por anticorpos. Estes mínimo de dois sítios de ligação ao
anticorpos são secretados por antígeno e muitos antígenos são
plasmócitos (células derivadas dos multivalentes, os imunocomplexos
linfócitos B) após detectarem a presença podem variar consideravelmente em
de antígenos, ou após serem tamanho.
estimulados por meio de citocinas
liberadas pelos linfócitos T.

Imunidade passiva Imunodiagnóstico

Quando a imunidade pode ser conferida São os diagnósticos que se baseiam na


a um indivíduo pela transferência de especificidade da resposta imune para
soro ou linfócitos de um indivíduo detectar anticorpos, antígenos ou
especificamente imunizado em linfócitos. O diagnóstico de muitas
situações experimentais pelo processo doenças infecciosas e sistêmicas se
de transferência adaptativa. Nessa baseia na detecção de antígenos ou
situação, o recebedor de tal anticorpos particulares no sangue, urina
transferência se torna imune a um ou tecidos pelo uso de anticorpos
antígeno particular sem nunca ter sido monoclonais em imunoensaios.
exposto ou ter respondido àquele
antígeno.
Imunodominantes Imuno-histoquímica

São aqueles que dentro de determinado É um exame que permite detecção de


epítopo, interagem com maior afinidade antígenos específicos e
de ligação e que podem induzir uma imunofenotipagem de tecidos ou
resposta mais forte. agentes infecciosos. É um exame muito
útil na avaliação confirmatória de um
determinado diagnóstico, podendo ser
utilizado também na avaliação
Imunogenicidade prognóstica de pacientes, especialmente
na rotina oncológica.
Capacidade que determinada
substância tem de induzir alguma Inflamação
resposta imunológica.
Recrutamento de leucócitos e de
proteínas plasmáticas do sangue para
locais de lesões ou infecções locais.
Imunógeno Desencadeada por respostas imunes
inatas e prolongada pela resposta
Os imunógenos são antígenos que imune adaptativa.
podem desencadear uma resposta do
sistema imune. Ligam-se a um Inflamassoma
componente do sistema imune,
ativando assim uma resposta imune Os inflamassomas são complexos
específica. Nem todos os antígenos são multiproteicos sinalizadores que se
imunógenos, por exemplo: haptenos, formam intracelularmente quando os
compostos de baixo peso molecular, Receptores do tipo NOD respondem a
podem se ligar aos anticorpos, mas não PAMPS e DAMPS, ativam e estimulam a
estimularão uma resposta imune a secreção das citocinas inflamatórias IL-1
menos que estejam ligados a e IL-18. Estimulam a piropitose, uma
macromoléculas (carreadores). Dessa forma de morte celular distinta do
forma, todo imunógeno é um antígeno, apoptose, caracterizada por aumento do
mas nem todo antígeno é um volume celular, danos à membrana
imunógeno. plasmática e liberação de mediados
inflamatório.

Interferon
Imunoglobulinas (Ig)
o interferon pertence à classe das
São proteínas de importância citocinas e é uma glicoproteína
fundamental, estão presentes no produzida pelos leucócitos e
sangue e são capazes de realizar fibroblastos para interferir na replicação
múltiplas tarefas. São moléculas de fungos, vírus, bactérias e células
produzidas pelos linfócitos B, sendo a tumorais e estimular a atividade de
IgG é o tipo mais predominante. defesa.
Integrinas Interleucina

São proteínas heterodiméricas de Designação genérica de um grupo de


superfície celular, compostas de duas citocinas cuja ação imunológica ocorre,
cadeias polipeptídicas ligadas de modo pelo menos parcialmente, dentro do
não covalente, que medeiam a adesão sistema linfoide. Produzidas
das células a outras células ou à matriz principalmente por leucócitos cada uma
extracelular, através de interações de com suas funções, sendo que a maioria
ligação específicas com diversos delas está envolvida na ativação ou
ligantes. O nome dessa família de supressão do sistema imune e na
proteínas provém da ideia de que elas indução de divisão de outras células.
coordenam (integram) sinais gerados Também possuem função na memória e
quando se ligam a ligantes são usados como medicamento.
extracelulares com motilidade
dependente do citoesqueleto, alteração
da forma e respostas fagocíticas.
Interleucina-6 (IL-6)
Interferon-gama (IFN-γ)
São citocinas originadas principalmente
O interferon-gama (IFN-γ) é uma por fagócitos mononucleares,
molécula do complexo principal de fibroblastos, linfócitos e células do
histocompatibilidade (MHC), produzido endotélio vascular. No geral, essas
por células NK e por alguns outros tipos citocinas atuam na imunidade natural e
celulares durante reações imunes inatas adquirida, estimulam a produção de
a micro-organismos ou por células T neutrófilos, estão relacionadas na
durante reações imunes adaptativas. O diferenciação do progenitor mieloide
IFN-γ e demais interferons tipo I (IFN-α e comum e estimulam a síntese de
IFN-β) exercem um efeito semelhante proteínas de fase aguda, por exemplo.
sobre a expressão das moléculas do
MHC de classe I e a ativação das células
T CD8+, estimulando a expressão do
MHC de classe II e, por conseguinte,
aumentando a ativação das células T
CD4+. Isoforma γ1 da enzima fosfolipase C
(PLCγ1)
Isótipos
A isoforma γ1 da enzima fosfolipase C
As moléculas de anticorpo podem ser (PLCγ1) é uma enzima citosólica
divididas em classes e subclasses específica para fosfolipídios de inositol.
distintas com base nas diferenças na Ela é recrutada para a membrana
estrutura das regiões C da cadeia plasmática e para as tirosinas
pesada. Tais classes de moléculas de fosforiladas do LAT rapidamente, dentro
anticorpos podem ser denominadas de alguns minutos após o acoplamento
como isotipos e são elas IgA, IgD, IgE, do antígeno ao TCR.
IgG e IgM.
ITIMs fosforilados recrutam fosfatases
ITAMs (Immunoreceptor tyrosine-
de tirosina ou lipídios de inositol,
based activation motif, ou grupos de
enzimas que removem os resíduos
ativação com base na tirosina do
fosfato de fosfotirosina ou de
imunorreceptor)
determinados fosfatos lipídicos e, assim,
neutralizam a ativação do receptor
Um grupo de ativação com base na
imunológico com base no ITAM (grupos
tirosina do imunorreceptor é uma
de ativação com base na tirosina do
sequência conservada de quatro
imunorreceptor).
aminoácidos que se repetem duas vezes

J
nas caudas citoplasmáticas de
receptores de tirosinas-fosforilada não-
catalíticos, proteínas da superfície
celular encontradas principalmente em
células imunes. Os ITAMs são
encontrados nos receptores envolvidos
Janus Kinase (JAKs)
na ativação de células e possuem a
sequência YxxL / I (x) 6-8YxxL / I, em que
É uma proteína quinase
Y representa um resíduo de tirosina, L
(tirosinoquinases) que é associada com
representa a leucina, I representa
o PRLP através da ligação com motivos
isoleucina, e x faz referência a qualquer
BOX-1.
aminoácido. Os ITAMs com tirosina

K-L
fosforilada recrutam uma
tirosinoquinase distinta da família
Syk/ZAP-70, que possui os domínios SH2
em paralelo que se ligam a cada um dos
dois grupos YxxL/I fosforilados de ITAM.
LCK
A ligação da Syk (ou ZAP-70) a uma
quinase ITAM provoca uma mudança
É uma proteína tirosina quinase ligada
conformacional que ativa a quinase,
não covalentemente aos correceptores
levando a eventos de sinalização
CD4 e CD8 das células T. A LCK sinaliza a
adicionais que direcionam a ativação de
ativação da célula T induzida pelo
células imunológicas.
antígeno, por meio da fosforilação da
tirosina presente nas porções
ITIM (grupo de inibição com base na
citoplasmáticas das caudas das
tirosina do imunorreceptor)
proteínas CD3 e ζ do complexo TCR.
É um grupo tirosina que pode estar
Lectinas
presente em alguns receptores imunes
que inibem respostas celulares e
As Lectinas estão presentes em todos os
cadeias de sinalização. Possui a
tipos de organismo, podendo atuar
sequência de consenso V/L/IxYxxL, onde
como sítios de reconhecimento celular
o V refere-se a valina, L representa a
em muitos processos biológicos, entre
leucina, I representa isoleucina, Y
eles, atuando como proteínas
representa um resíduo de tirosina e x
antibactericidas que são usadas pelo
refere-se a qualquer aminoácido.
sistema imune inato no controle de
patógenos.
LFA (O antígeno 1 associado à função Linfócitos B
linfocitária) - 1
São as únicas células capazes de
Integrina que se liga a ICAM - 1 e VCAM - produzir anticorpos para o organismo,
1, nas células do endotélio, permitindo a reconhecendo antígenos na superfície
ligação do linfócito ao endotélio. celular. É muito importante para a
imunidade humoral e para o sistema
Linfa imune adaptativa.

Também chamado de fluido intersticial, Linfócitos efetores


é um líquido rico em glóbulos brancos,
livremente absorvido e bombeado via Após os linfócitos maduros serem
capilares linfáticos, canais vasculares ativados, eles se tornam maiores e
sem fim recobertas por sobreposição de começam a proliferar, alguns se
células endoteliais sem junções diferenciam em Linfócitos efetores que
intercelulares, permitindo sua circulação têm como função produzir moléculas
e absorção, sendo bombeado para que são capazes de eliminar antígenos
vasos linfáticos e através das contrações estranhos ao corpo.
musculares também para os tecidos
musculoesqueléticos. Há cerca de 2L de Linfócitos imaturos
linfa retornando para a circulação
sanguínea, e o rompimento por tumores Termo usado para denominar células B
ou infecções parasíticas desse sistema e T maduras situadas nos órgãos
pode gerar grave inchaço tecidual. linfoides periféricos e circulação e que
nunca encontraram antígeno estranho.

Linfócito naïve

Linfócitos Os linfócitos naïve correspondem ao


grupo de células B ou células T maduras
São um tipo de leucócito (glóbulo provindas de órgãos linfoides que nunca
branco) presente no sangue que possui encontraram um antígeno diferente. A
um importante papel no sistema expectativa de vida destas células é de 1
imunológico. Por ser o principal tipo de a 3 meses, caso não encontrem nenhum
célula encontrada na linfa, recebeu o antígeno. Sua observação microscópica
nome "linfócito" Constituem entre 18% e é de difícil realização, mas podem ser
42% dos leucócitos circulantes no vistos em alguns esfregaços sanguíneos,
sangue, variando conforme a saúde do onde recebem a denominação de
indivíduo. Podendo ainda serem pequeno linfócito. Quando estimulado
divididos em três principais grupos: por antígeno, ocorre uma modificação
linfócitos B, linfócitos T e células NK. para linfócitos efetores.
Linfócitos T CD4+ auxiliares Linfócitos Virgens

Classe de linfócitos mais presentes no Os linfócitos virgens são os linfócitos T


sangue (50 a 60%) e são responsáveis ou B maduros que residem nos órgãos
por produzir citocinas mediadoras da linfoides periféricos ou na circulação e
diferenciação de células B, ativação de que nunca encontraram o antígeno
macrófagos e estimulação da correspondente. Normalmente morrem
inflamação durante a resposta imune. em 1 a 3 meses se não reconhecem o
antígeno.
Linfócitos T citotóxicos (CTL)

São os responsáveis pela destruição de Linfoblastos


células que exibem antígenos estranhos
no citosol e que são inacessíveis aos São células maiores que passam a se
anticorpos e à destruição fagocítica. proliferar após a ativação dos linfócitos
virgens.
Linfócito T efetor

São linfócitos T que possuem alguma Linfonodos (LNs)


memória de antígenos derivados de
patógenos, sendo ativadas pelas células Órgãos linfoides secundários pequenos,
T naïve, migrando para a área da nodulares e encapsulados. Estão
infecção. situados ao longo dos canais linfáticos
presentes no corpo inteiro, o que
Linfócitos T naïf favorece a iniciação das respostas
imunes adaptativas diante de antígenos
Linfócitos T naïf, ou células T naïve, são transportados dos tecidos pelo sistema
os linfócitos que não foram ativados, ou linfático. Além disso, apresentam
seja, ainda não tiveram contato com o diferenciação estrutural/anatômica para
antígeno. células B e T, o que garante uma
diferenciação no desenvolvimento das
Linfócitos T reguladores respostas imunológicas adaptativas,
assim como mantém essas células
São um grupo especializado de linfócitos separadas até o momento da interação
T que modulam o sistema imunitário funcional.
por meio da supressão da resposta
imunológica contra células e tecidos
constituintes do próprio organismo. Linfopoise
Quando sua ação discriminatória falha,
isto pode resultar em doenças Produção de novos linfócitos.
autoimunes. Geralmente ela ocorre nos tecidos
linfonoides centrais, sendo a medula
óssea para a formação das células B e o
timo para a formação das células T.
Linfotoxina leucócitos e tem como função a firma
fixação inicial dos leucócitos ao
Trata-se de uma citocina produzida endotélio vascular.
pelas células T que é homóloga e se liga
aos mesmos receptores do TNF. Assim

M
como o TNF, a linfotoxina tem efeitos
pró-inflamatórios, incluindo ativação
endotelial e de neutrófilos. Ademais,
essa citocina também é importante para
o desenvolvimento normal dos órgãos
linfoides. Macrófagos

Loci MHC São fagócitos presentes nos tecidos que


possuem função de ingestão e morte de
São uma região genética responsável microrganismos, ingestão de células
pela codificação das moléculas do MHC mortas do hospedeiro e promoção do
de classe I e II, além de outras proteínas. reparo do tecido. Eles recebem novas
Os genes do MHC são altamente nomenclaturas quando se inserem em
polimórficos, com exceção de alguns um novo tecido, como, por exemplo:
genes não polimórficos cujo seus células de Kepffer (fígado) e células da
produtos estão relacionados com a micróglia (SNC).
apresentação de antígeno.
Macrófagos residentes de vida longa:
LPS
São derivados do saco vitelínico ou de
São lipopolissacarídeos característicos precursores do fígado fetal, durante o
de membranas externas de bactérias desenvolvimento fetal, e assumem
gram negativas. Essas moléculas são fenótipos especializados de acordo com
abundantes em bactérias dessa o órgão. Alguns exemplos são as células
natureza e possuem função de de Kupffer, que revestem os sinusoides
endotoxina em outros organismos, no fígado, os macrófagos alveolares no
como no ser humano, podendo pulmão, e as células microgliais no
provocar febre, aumento da frequência cérebro.
cardíaca e, em casos extremos, morte.
Os LPS são um exemplo de moléculas Mastócito
reconhecidas pela imunidade inata.
Trata-se de uma grande célula derivada
L-selectina da medula e que está presente na pele e
mucosa epitelial. Os mastócitos são
É uma das três proteínas (E-selectina, P- deflagrados rapidamente quando
selectina e L-selectina) que constituem a ocorre dano tecidual e iniciam a
família das selectinas. A L-selectina, resposta inflamatória que causa muitas
especificamente, está constitutivamente formas de alergia.
presente na superfície microvilosa da
maioria dos
Maturação de Afinidade Medula Óssea

Interações de alta afinidade e avidez A medula óssea é a região de geração e


permitem fortes ligações e, por maturação das células sanguíneas
consequência, a capacidade de (hematopoese), incluindo linfócitos. É
neutralização de toxinas e agentes também responsável pela maturação
infecciosos apresentados pelos inicial da célula B.
anticorpos. Sutis alterações na estrutura
das regiões V das imunoglobulinas que
ocorrem durante respostas
imunológicas humorais, provocadas por Meia-vida dos Anticorpos
um processo de mutação somática nos
linfócitos B estimulados por antígenos, O conceito de Meia-vida de anticorpos
são vitais para a geração de anticorpos se assemelha ao conceito de meia-vida
de alta afinidade. Estes linfócitos B para outras moléculas, orgânicas ou
produtores de anticorpos de maior não. Isto é, trata-se do tempo necessário
afinidade, dotados de preferência na para que a quantidade inicial de
ligação aos antígenos, são selecionados moléculas se reduza à metade do valor
a serem clones dominantes a cada original observado em t0. Também de
exposição subsequente a antígenos. modo semelhante a outras moléculas,
Todo este processo é chamado de os diferentes isótopos das
maturação de afinidade, aumentando a imunoglobinas possuem tempos de
afinidade de ligação média dos degradação e, consequentemente,
anticorpos aos antígenos durante a meias-vidas distintas; enquanto IgA
evolução da resposta imune humoral. possui meia-vida de cerca de 3 dias, IgG
pode ter uma meia-vida que chega a 28
dias. Vários fatores influenciam na
duração do período de meia-vida, no
Mecanismos epigenéticos caso de IgG, isso se dá em razão de uma
afinidade desse isótopo com o receptor
Esses mecanismos fazem com que haja Fc neonatal; essa afinidade faz com que
pequenas alterações químicas na a IgG demore mais a ser degradadas,
sequência de DNA, ou de proteínas, pois dificulta a chegada dos IgG aos
mudando a acessibilidade à cromatina e lisossomas. Essa característica confere
gerando uma mudança na leitura dos aos IgG um potencial terapêutico, pois
genes. Os principais são metilação do pode ajudar a estender a meia-vida de
DNA, o que silencia os genes; determinadas moléculas injetadas na
modificação em histonas, que modifica corrente sanguínea, de modo que seu
pós-tradução das caudas das histonas efeito terapêutico pode agir por mais
dos nucleossomos o que pode tornar o tempo.
gene ativo ou inativo (dependendo da
histona); e a atuação do RNA não
codificantes.
Memória Imunológica Micro RNA

A memória corresponde a capacidade São RNAs com a função de silenciadores


do sistema imune responder de forma pós transcricionais, pareando-se com
rápida e eficaz a um antígeno no qual o RNAs mensageiros específicos,
organismo foi previamente exposto. Ou regulando sua estabilidade e tradução.
seja, as células de memória possuem
propriedades únicas que as tornam Mieloma
mais eficientes em neutralizar um
antígeno do que os linfócitos imaturos O mieloma múltiplo, ou apenas
que não tiveram nenhum contato com o mieloma, tem início na medula óssea,
antígeno em questão. quando ocorre um defeito celular. No
momento em que os linfócitos B se
Micróglia diferenciam e se tornam plasmócitos,
ocorre então uma mutação, ou seja, um
são células imunológicas do sistema erro em um ou mais de seus genes, que
nervoso central com as funções de devido a esse erro, passam a produzir
inspeção e combate a agentes externos plasmócitos anormais. Estas células
estranhos, inspecionando também anormais são chamadas "células
sinapses e neurônios mortos que malignas" ou "células do mieloma". O
precisam ser retirados. São células Mieloma é um tipo de câncer mais
alongadas com vários prolongamentos frequente em pessoas acima dos 50
curtos e ramificados e quando anos. Os plasmócitos defeituosos
identificam algum problema na região acumulam-se na medula óssea,
do cérebro ou da medula espinal, formando os plasmocitomas, que é
rapidamente movem-se para fagocitar o considerado um “tumor maligno”, por se
agente causador da inflamação. tratar de um aglomerado de células
defeituosas a atrapalhar o bom
Microglobulina funcionamento das células saudáveis.

As microglobulinas são moléculas do miRNA


Complexo Principal de
Histocompatibilidade (MHC). A Os miRNA são pequenos RNA
microglobulina β2 é uma cadeia leve da endógenos não codificantes,
molécula de MHC de classe I, e é uma inicialmente gerados no núcleo na
proteína extracelular codificada por um forma de transcritos primários de
gene não polimórfico externo ao MHC, miRNA mais longos que são
sendo estruturalmente homóloga ao processados nesse local por um
domínio Ig, e invariante dentre todas as endorribonuclease gerando pré-miRNA
moléculas de classe I. mais curtos.
Migração Transendotelial Moléculas Acessórias de Células T

É a passagem do leucócito da circulação As principais são a CD3, CD4, CD8, CD28,


para o tecido através do endotélio, é um CTLA-4, PD-1 e, por fim, LFA-1, são
processo que ocorre majoritariamente moléculas expressas na superfície das
através das junções entre as células células T CD4+ e são denominadas de
endoteliais, embora em alguns casos moléculas acessórias por não serem os
como timo e cérebro, onde o endotélio receptores dos antígenos, mas, ainda
está conectado por junções firmes e assim, participarem da resposta contra
contínuas, é evidente que os linfócitos eles. Elas atuam se ligando a moléculas
migram através do endotélio em presentes em células diversas e
vacúolos e as junções não se separam. desempenhando uma miríade de
papéis, principalmente transdução de
sinais, adesão e desligamento das
respostas das células T.
Migração ou recrutamento
Moléculas do MHC de Classe II
Processo geral de movimento dos
leucócitos do sangue para os tecidos. São compostas de 2 cadeias
Ocorre através das vênulas pós- polipeptídicas associadas de forma não
capilares, sendo dependente de covalente. A molécula do MHC de classe
quimiocinas e de moléculas de adesão II totalmente montada é um
expressas nos leucócitos e nas células heterotrímero que consiste em uma
endoteliais vasculares, envolvendo uma cadeia a(alfa) , uma cadeia b(beta) e um
série de interações sequenciais com peptídeo antigênico ligado.
essas células.
Monócitos clássicos

Assim são denominados os monócitos


Moléculas de Adesão Leucócito- mais abundantes, eles são descritos
Endotélio baseados nas expressões das moléculas
CD14 e CD16 e assim sendo
São moléculas de superfície, que em diferenciados dos outros monócitos,
conjunto com as quimiocinas, sendo monócitos clássicos
responsáveis pela migração dos CD14++CD16, monócitos não clássicos
leucócitos através de vênulas para os CD14+CD16++ e intermediário
tecidos, podem ser encontradas tanto CD14++CD16+. Monócitos clássicos são
nos leucócitos quanto nas células rapidamente recrutados para locais de
endoteliais. São exemplos delas, as infecção e com tecidos danificados e
famílias selectina e integrina. possuem numerosos mediadores
inflamatórios.
Mudança de isótipo ou (Switch de capazes de diferenciar células infectadas
classe) de células sadias e com receptores que
identificam células cobertas por
​Processo que ocorre nos linfócitos B anticorpos. As NK atuam identificando
(LB)quando são ativados por antígenos uma célula infectada e liberando,
estranhos modificando os isótipos. A próximo a ela, perforina e granzimas. A
etapa de diferenciação caracteriza-se perforina facilita a entrada das
por alterações significativas na granzimas no citosol da célula-alvo e
morfologia dos LB e também pela troca essas, por sua vez, dão início ao
da porção constante da cadeia pesada processo de morte celular dessa célula
de IgM ou IgD para IgG, IgA ou IgE, por apoptose. Além disso, as NK
processo conhecido como mudança de produzem IFN-gama, capaz de aumentar
classe. Esta etapa envolve eventos a capacidade dos macrófagos de
moleculares complexos como rearranjo eliminar patógenos que tenham sido
ao nível do DNA genômico e splicing fagocitados.
alternativo ao nível do RNA mensageiro.
Neste processo as porções variáveis das
cadeias pesada e leve permanecem as Neutrófilos
mesmas e consequentemente a
especificidade antigênica do anticorpo Os neutrófilos, também chamados de
não é alterada, mas a resposta imune leucócitos polinucleares, constituem
torna-se mais diversificada, uma vez que células brancas sanguíneas circulantes e
as diferentes classes de Ig apresentam são mediadores das fases iniciais de
diferentes características funcionais. reações inflamatórias.

N
NF-kB

É um fator de transcrição que


desempenha funções essenciais na
Natural killers (NK) inflamação, na ativação dos linfócitos,
na sobrevivência celular e na formação
As células Natural killers são Células dos órgãos linfoides secundários.
Linfoides Inatas, isto é, fazem parte do
sistema imune inato. São produzidas na
medula óssea a partir do precursor
comum que tem o fator de transcrição NFAT
ld2 e estão prontas para atuar assim
que terminam seu desenvolvimento, É um fator de transcrição necessário
sem precisar passar por diferenciação para a expressão dos genes que
posterior, ganhando, assim, o adjetivo codificam IL-2, IL-4, TNF e outras
de "natural". Diferentemente de outras citocinas. Ela está presente em uma
células de defesa, como as células B e T, forma inativa, serina fosforilada no
as NK não possuem diversos receptores citoplasma de linfócitos T em repouso.
de antígenos em sua superfície, ao invés Pode ser ativado pela calcineurina.
disso, contam com receptores
codificadores de DNA,
Órgãos Linfoides Primários

O
São os órgãos onde a maturação
fenotípica e funcional dos linfócitos
ocorre, e onde eles primeiro começam a
expressar receptores de antígenos pelos
quais sua ação será posteriormente
Opsoninas ativada.

São moléculas (anticorpos ou


Ovalbumina
fragmentos do complemento) que se
ligam aos microrganismos, também
É a principal proteína do grupo das
chamados de antígenos, e que são
albuminas, que é a proteína do ovo. É
essenciais no processo de opsonização.
uma proteína de digestão e absorção
Essas moléculas são as que os
lenta.
neutrófilos e fagócitos reconhecem por

P
seus receptores e que aumentam a
eficiência da fagocitose. Os principais
componentes que agem como
opsoninas são o anticorpo IgG, que é
reconhecido pelo receptor Fcγ nos P

Padrões moleculares associados a


fagócitos, e fragmentos de proteínas do
complemento, que são reconhecidos patógenos (PAMPs)
por CD35 e pela integrina Mac-1 do
leucócito. São moléculas do microrganismo
patógeno que não estão presentes nas
Opsonização células do hospedeiro. Esses padrões
são reconhecidos pelas células do
É o processo de revestimento do sistema imune, durante a segunda fase
patógeno, realizado por anticorpos e/ da resposta imunológica inata, que são
ou proteínas do complemento ativadas levando a mecanismos efetores
(opsoninas), que auxilia na imunidade para eliminar a infecção.
inata e também adaptativa, pois facilita
a captura e destruição pelas células Patogênese
fagocíticas.
É a forma como o organismo causador
Órgão Linfático de doença ataca o hospedeiro. Ex.: Uma
pequena introdução à patogênese da
Órgão do sistema linfático em forma de dengue: o vírus se replica inicialmente
rim e do sistema imunológico em células musculares, fibroblastos ou
adaptativo. Muitos gânglios linfáticos linfonodos próximos, então os vírus
estão distribuídos por todo o corpo liberados passam a circular no sangue
pelos vasos linfáticos. Eles são os [viremia] e têm preferência [tropismo]
principais locais de linfócitos que por células fagocitárias, onde farão
incluem células B e T. maior parte da replicação viral. (Nesse
link tem um vídeo sobre a patogênese
da tuberculose também, para que
possam entender melhor.
Pentraxinas Plasmoblastos

Grupo de proteínas pentaméricas que São identificados por serem células


se ligam a bactérias e fungos por meio secretoras de anticorpos que que
dos ligantes fosforilcolina e exibem características de plasmócitos.
fosfatidiletanolamina. Além disso, Os plasmoblastos são direcionados para
podem se ligar ao C1q, ativar o a medula óssea, onde se diferenciam
complemento e iniciar a via clássica. em plasmócitos de vida longa.

Piroptose Plasmócitos

É um tipo de morte celular programada São células agranulócitas originadas a


caspase-dependente que se diferencia partir de células B (linfócitos B). Eles se
em vários aspectos do apoptose, desenvolvem nos órgãos linfoides e em
dependendo da ativação da caspase-1 locais das respostas imunes; alguns
ou caspase-11. Esse é um tipo de morte migram para a medula óssea, onde
celular inflamatória e as células podem viver e secretar anticorpos (um
apoptóticas podem exibir características único plasmócito pode secretar milhões
morfológicas apoptóticas ou necróticas. de moléculas de anticorpos por
Ela é caracterizada pelo inchaço das segundo) por longos períodos após a
células, perda da integridade da resposta imune ser induzida e mesmo
membrana plasmática e liberação de após o antígeno ser eliminado.
mediadores inflamatórios. A piroptose
resulta em morte de certos
microrganismos que têm acesso ao PLCγ1
citosol e aumenta a liberação de IL-1β
gerada pelo inflamassoma, que perde a É uma família de enzimas intracelulares
sequência líder hidrofóbica necessária eucarióticas que desempenham um
para a secreção convencional de papel importante nos processos de
proteínas pelas células. transdução de sinal. Essas enzimas
pertencem a uma superfamília maior de
Fosfolipase C. Outras famílias de
PI3-quinase enzimas fosfolipase C foram
identificadas em bactérias e
Enzima que é recrutada para o tripanossomas. As fosfolipases C são
complexo TCR, ligadas a proteínas fosfodiesterases. A fosfolipase C
adaptadoras e produz fosfatidilinositol participa do metabolismo do
trifosfato (PIP3) a partir do fosfatidilinositol 4,5-bifosfato (PIP2) e
fosfatidilinositol bifosfato (PIP2), que fica das vias de sinalização lipídica de uma
localizado na membrana interna da forma dependente do cálcio.
membrana plasmática. Assim atuando
na via de sinalização nas células T.
PLC Polpa branca

Progenitor Linfoide Comum, originado São tecidos linfoides do baço onde cada
por CTHs, podem dar origem área de polpa branca é demarcada por
principalmente a células B e T, mas um seio marginal, uma rede vascular
também, podem contribuir para células que se ramifica de uma arteríola central.
dendríticas e células NK. A zona marginal da polpa branca, a
borda externa que é a fronteira do seio
marginal, é uma região altamente
Polimorfismo organizada de células, cuja função ainda
é desconhecida. Ela possui poucas
Existência de duas ou mais formas de células T, mas é rica em macrófagos e
expressão de um mesmo gene. O contém uma população de células B
estudo dos genes do MHC humanos característica, as células B da zona
descobriu uma enorme extensão de marginal. Os patógenos que entram na
variação entre os indivíduos, pois os circulação são, de maneira eficiente,
genes do MHC da classe I e classe II são aprisionados pelos macrófagos na zona
os genes mais polimórficos no genoma marginal e as células B da zona marginal
de qualquer mamífero. podem ser adaptadas para fornecer as
primeiras respostas a tais patógenos. A
polpa branca possui áreas separadas de
Polipeptídeo Nascente células T e B. As células T estão
agrupadas ao redor da arteríola central,
Denominação da molécula polipeptídica ao passo que as áreas de células B
que foi recém traduzida e ainda não globulares ou folículos estão localizadas
passou pelos processamentos pós- em regiões mais externas.
traducionais que irão ser feitos na
molécula.

Pontos de controle
Pré-receptores de antígenos
O termo se refere às etapas do
desenvolvimento dos linfócitos onde as São chamados pré-BCRs nas células B e
células são “testadas” e só irão continuar de pré-TCRs nas células T. São
seu amadurecimento caso estas etapas estruturas expressas pelos pré-linfócitos
sejam concluídas com sucesso. Os que sinalizam durante o
“testes” destes pontos de controle desenvolvimento de linfócitos que são
podem ser variados, como uma necessários para a sobrevivência dessas
produção bem-sucedida de uma cadeia células, sua proliferação e maturação.
polipeptídica de proteínas, ou a
montagem de um receptor completo.
Processamento do antígeno Proliferação homeostática

Conversão de antígenos, que são Capacidade dos linfócitos virgens de se


proteínas grandes, em peptídeos, para multiplicarem de forma compensatória
que as moléculas do MHC sejam para equilibrar a quantidade entre as
capazes de ligar-se a eles. As vias de células que morrem naturalmente e a
processamento de antígenos convertem produção aumentada dos órgãos
antígenos de proteínas presentes no linfoides.
citosol ou internalizadas a partir do
meio extracelular em peptídios e ligam Proteassomas
estes peptídeos a moléculas do MHC
para apresentação aos linfócitos T. Os São grandes complexos enzimáticos
mecanismos do processamento de multiproteicos com uma ampla faixa de
antígenos têm por objetivo produzir atividade proteolítica encontrados no
peptídeos que possuem as citoplasma e núcleo da maioria das
características estruturais necessárias células. Tais complexos são organelas
para a associação com moléculas do celulares os quais se relacionam com a
MHC e colocar esses peptídios na produção de peptídeos a partir de
mesma localização celular que as proteínas antigênicas citosólicas e
moléculas do MHC recém- formadas nucleares. O proteassoma tem uma
com fendas de ligação dos peptídeos grande especificidade pelo substrato e
disponíveis. A ligação de peptídeos a desempenha uma função de limpeza
moléculas do MHC ocorre antes da básica nas células degradando várias
expressão na superfície das células e é proteínas danificadas ou mal dobradas.
um componente integral da biossíntese
e montagem de moléculas do MHC. A Proteínas adaptadoras
associação de peptídeos é necessária
para a montagem estável e expressão Podem ser proteínas estruturais de
de moléculas do MHC da classe I e da membrana ou acopladoras de ativação
classe II na superfície. das células T. Funcionam como encaixes
moleculares que ligam enzimas e
Processamento do antígeno estimulam complexos de moléculas
sinalizadoras. São proteínas que
Processo pelo qual as proteínas grandes funcionam como encaixes moleculares
(antígenos) são transformadas em que interligam diferentes enzimas e
peptídeos para permitir sua ligação às estimulam complexos de moléculas
moléculas do MHC, as vias de sinalizadoras. Podem ser estruturais de
processamento de antígenos convertem membrana ou podem ser proteínas
antígenos de proteínas presentes no citosólicas. São centros moleculares que
citosol ou internalizadas a partir do ligam fisicamente enzimas diferentes e
meio extracelular em peptídeos e ligam promovem a montagem de complexos
estes peptídeos a moléculas do MHC de moléculas sinalizadoras.
para apresentação aos linfócitos T.
Proteína AIRE (regulador autoimune) Proteínas G pequenas ou GTPases
pequenas
É uma proteína nuclear expressada
pelas as células epiteliais tímicas São importantes nas vias de sinalização
medulares, e que induz a expressão de coordenadas por muitos receptores
vários genes específicos de tecidos no associados às tirosinas quinases. As
timo. Estes genes normalmente são GTPases pequenas são distintas das
expressos somente em órgãos proteínas G heterotriméricas maiores
periféricos específicos. Sua expressão associadas aosreceptores acoplados à
dependente do AIRE no timo torna proteína G como os receptores de
muitos peptídeos específicos a tecidos quimiocinas. A superfamília das GTPases
disponíveis para apresentação a células pequenas é constituída por mais de 100
T em desenvolvimento, facilitando a proteínas diferentes, e muitas são
eliminação (seleção negativa) destas importantes na sinalização dos
células. linfócitos. Uma delas, a Ras, está
envolvida em diferentes vias que levam
Proteínas ativadas por mitógenos à proliferação celular. Outras GTPases
(MAP quinases) pequenas incluem Rac, Rho e Cdc42,
que controlam as mudanças causadas
São proteínas que ativam vários fatores no citoesqueleto de actina das células T
de transcrição e medeiam respostas de efetoras pelos sinais recebidos.
linfócitos T. Proteínas G pequenas, são uma família
de enzimas hidrolase que podem se
Proteínas citosólicas ligar e hidrolisar trifosfato de guanosina
(GTP). Eles são um tipo de proteína G
São proteínas de localização citosólica, encontrada no citosol que é homóloga à
as únicas que não apresentam uma subunidade alfa das proteínas G
sequência sinal. Tais proteínas são heterotriméricas, mas ao contrário da
sintetizadas nos ribossomos livres no subunidade alfa das proteínas G, uma
citosol. São sintetizadas completamente pequena GTPase pode funcionar
no citosol. independentemente como uma enzima
hidrolase para se ligar e hidrolisar um
Proteínas Quinase trifosfato de guanosina (GTP) para
formar difosfato de
Uma proteína quinase é uma enzima guanosina (GDP).
quinase que modifica outras proteínas
adicionando quimicamente grupos Proteínas receptoras da família Notch
fosfato (fosforilação). A fosforilação
normalmente resulta numa alteração As proteínas Notch contribuem para a
funcional da proteína alvo (substrato) determinação do destino celular
por alteração da atividade enzimática, durante o desenvolvimento de linfócitos
localização celular ou associação com e também podem influenciar a ativação
outras proteínas. de linfócitos maduros.
Q
Proteínas tirosinoquinases

Sendo um tipo específico de proteínas


quinases, as proteínas tirosinoquinases
são enzimas que fosforilam resíduos de Quimiocinas
tirosina específicos, o que as tornam
fundamentais no processo de As quimiocinas (abreviatura de
sinalização dos linfócitos. citocininas quimiotáticas) são um grupo
de 50 citocinas de estrutura homóloga e
de atuação no estímulo de movimento
Proteína Wnt dos leucócitos e de regulação da
migração dos leucócitos do sangue para
As proteínas de Wnt são moléculas outros tecidos. Elas são polipeptídeos de
globulares com um peso molecular de 8 a 10 kD e se dividem em quatro
ao redor 40 KDa. O N-término é compo famílias, sendo as principais a CC (ou
das α-hélices que têm cinco ligações de beta) e a CXC (ou alfa), distinguindo-se
bissulfeto e o C-término é compo de entre si pela posição dos resíduos de
duas β-folhas que têm seis pontes de cisteína em suas fórmulas. Essas
bissulfeto. proteínas são produzidas por leucócitos
e por diversas células teciduais, tendo,
também, relação com outras citocinas,
PRRs - Receptores de reconhecimento em especial as inflamatórias, que
de padrões estimulam a sua produção. Interagindo
com os receptores sensíveis a
São proteínas capazes de reconhecer os quimiocinas presentes na membrana
padrões moleculares associados a plasmática de leucócitos, essas
patógenos (PAMPs). proteínas conseguem agir sobre essas
células de defesa, estimulando a sua
migração para fora do sangue e para
dentro do tecido que está passando por
P-Selectina um processo inflamatório.

É um dos dois tipos de selectinas Quimiocina CXCL13


expressas pelas células endoteliais,
portanto, é uma molécula de adesão CXCL13 é uma pequena quimiocina
que facilita a aderência de plaquetas e pertencente à família das quimiocinas
leucócitos ao endotélio. Fica CXC. Como seus outros nomes sugerem,
armazenada nos grânulos essa quimiocina é seletivamente
citoplasmáticos das células endoteliais, quimiotática para células B pertencentes
mas tem uma rápida distribuição para a aos subconjuntos B-1 e B-2 e provoca
superfície do lúmen quando estimulada seus efeitos ao interagir com o receptor
pela histamina dos mastócitos e pela de quimiocina CXCR5. CXCL13 e seu
trombonina que é produzida durante a receptor CXCR5 controlam a
coagulação sanguínea. organização das células B dentro dos
folículos dos tecidos linfoides.
Quimiotaxia ou quimioatração na imunidade adaptativa e também
medeia a sinalização na adesão celular,
Processo no qual as quimiocinas atraem osteogênese, ativação de plaquetas e
os leucócitos para o local da reação desenvolvimento vascular.
imune, fazendo com que eles migrem
em direção às células infectadas e

R
lesadas nos tecidos, onde elas são
produzidas.

Quinases da família Src


Radioimunoensaio
Uma família importante
imunologicamente de tirosinaquinases ‎ adioimunoensaio
R se baseia na
não receptoras que inclui nove competição entre um antígeno
membros: Src, Yes, Fyn e Fgr, formando radioativo (rotulado) e um não
a subfamília SrcA; Lck, Hck, Blk e Lyn na radioativo para locais específicos de
subfamília SrcB e Frk em sua própria anticorpos, formando complexos
subfamília. Frk tem homólogos em anticorpo-antígeno.‎ É uma das técnicas
invertebrados, como moscas e vermes, mais sensíveis para a análise
e homólogos Src existem em quantitativa do complexo antígeno-
organismos tão diversos quanto anticorpo, podendo ser utilizada para
coanoflagelados unicelulares, sendo as quantificar hormônios, fármacos, nível
subfamílias SrcA e SrcB específicas para de insulina no sangue, entre outros.
vertebrados.
Reações Cruzadas
Quinases de Janus (JAKs)
Fenômeno onde alguns anticorpos
São vias de transdução de sinal que produzidos contra um antígeno podem
envolvem tirosinoquinases não se ligar a outros diferentes, mas
receptoras. estruturalmente relacionados. Alguns
anticorpos produzidos em resposta a
Quinases lipídicas um antígeno microbiano também
podem ter reação cruzada com os
Enzimas ativadas posteriormente na próprios antígenos, o que pode ser a
sinalização de receptores que fosforilam base de certas doenças imunológicas.
substratos lipídicos.
Receptores acoplados à proteína G
Quinase Syk (GPCRs)

Tirosina quinase não receptora que São receptores que funcionam através
contém domínio SH2 e que regula a da ativação de proteínas ligadas ao GTP
transdução de sinais a jusante de uma (proteínas G). Eles são polipeptídios que
variedade de receptores, incluindo os atravessam a membrana plasmática
receptores de antígenos de linfócitos B. sete vezes, motivo pelo qual são
Atua tanto na imunidade inata quanto chamados muitas vezes de receptores
serpentina.
Receptores celulares que utilizam Receptor de célula pré-T
tirosinocinases não receptoras
O receptor da célula pré-T é composto
São receptores (ou seja, componentes da cadeia beta do TCR e da cadeia α pré-
da célula que iniciam as respostas de T (pTα) invariável. O receptor da célula
sinalização) nos quais a cadeia de pré-T associa-se às proteínas CD3 e ζ,
acoplamento aos ligantes possuem uma que fazem parte do complexo TCR nas
tirosinocinase não receptora e células T maduras O pré-TCR medeia a
intracelular, que participa de sua seleção das células pré-T em
ativação por fosforilação de algum desenvolvimento que rearranjam de
composto do receptor ou de proteínas maneira produtiva a cadeia b do TCR. O
associadas. Pré-TCR transduz sinais que estimulam
a expressão de CD4 e CD8.
Receptores citosólicos

Receptores presentes em células do Receptores de células T


sistema imune inato que reconhecem
infecções por patógenos e dano celular São moléculas encontradas na
já dentro do citosol. superfície das células T, ou linfócitos T,
responsáveis pelo reconhecimento de
Receptores Coestimuladores fragmentos de antígeno como peptídeos
ligados a moléculas do complexo
Os receptores coestimuladores principal de histocompatibilidade.
fornecem os chamados segundos sinais
de linfócitos (o reconhecimento do
antígeno fornece o primeiro sinal) e Receptores de Citocina de Tipo I
garantem que as respostas (Família do Receptor de
imunológicas sejam perfeitamente Hematopoetina)
acionadas por agentes infecciosos e
substâncias que mimetizam Os receptores de citocina de tipo I são
microrganismos, que são os agentes dímeros ou trímeros que consistem
que induzem ou ativam os tipicamente em cadeias únicas de
coestimuladores. ligação ao ligante e uma ou mais cadeias
de transdução de sinal, as
Receptor de célula pré-B quais são frequentemente partilhadas
por receptores de diversas citocinas. As
É responsável pela sinalização da cadeias contêm um ou dois domínios
transição de linfócitos do estágio pró-B com um par de resíduos de cisteína
para o estágio pré-B após a síntese de conservada e um peptídeo proximal de
uma cadeia pesada completa. Os membrana contendo um motivo
receptores de células pré-B têm, triptofano-serina-Xtriptofano-serina
portanto, função regulatória, e são (WSXWS), onde X é qualquer
associados a moléculas pesadas e aminoácido.
moléculas acessórias Ig-alfa e Ig-beta.
Receptores de reconhecimento de Receptores do tipo NOD (NLRs)
padrão (PRR)
São uma família de mais de 20 proteínas
São receptores celulares de PAMPs e citosólicas diferentes, algumas das quais
DAMPs. Estão presentes na superfície reconhecem PAMPs e DAMPs e
celular, em vesículas e no citosol, recrutam outras proteínas para formar
regiões estas onde microrganismos complexos de sinalização que
podem ser localizados. A função dos promovem inflamação.
PRR é, ao reconhecer e se ligar aos
PAMPs e DAMPs, ativar vias de Receptores do TNF
transdução de sinal de modo a
promover respostas antimicrobianas e Receptores triméricos com domínios
pró-inflamatórias. Um exemplo são os extracelulares ricos em cisteína e
receptores do tipo Toll (TLRs, do inglês, mecanismos de sinalização intracelular
Toll-like receptores), caracterizados por comuns, geralmente estimulam a
serem evolutivamente conservados, expressão de genes, mas podem induzir
sendo expressos em muitos tipos a apoptose, em alguns casos.
celulares, e com capacidade de
reconhecer diversos microrganismos, Receptores Fc
bem como moléculas produzidas ou
liberadas por células estressadas e em São moléculas presentes em células
processo de morte. efetoras do sistema imune que
reconhecem a região Fc do anticorpo, e
Receptores de tirosinoquinase (RTKs) a depender do isotipo do anticorpo,
esse reconhecimento gera uma resposta
São proteínas integrais de membrana na célula, seja facilitando a fagocitose do
que ativam um domínio (ou domínios) organismo associado ao anticorpo, seja
tirosinoquinase intrínseco localizados na a liberação de citocinas agentes
cauda citoplasmática dos receptores mediadores de inflamação, como
quando formam ligações cruzadas com também a migração dos anticorpos a
ligantes extracelulares polivalentes. São outras partes do organismo geralmente
exemplos de RTKs a proteína de c-kit, o inacessíveis por eles.
receptor da insulina, o receptor do fator
de crescimento epidérmico e o receptor Receptores imunológicos
do fator de crescimento derivado de
plaquetas. São uma única família de complexos
receptores tipicamente composta de
Receptores de superfície celular proteínas integrais da membrana da
superfamília da imunoglobulina (Ig), que
São proteínas ancoradas à membrana estão envolvidos no reconhecimento do
plasmática que se ligam a ligantes na ligante, associado a outras proteínas
parte externa da célula, não precisando transmembranas de sinalização que
atravessar a membrana para isso. possuem moléculas únicas contendo
tirosina em suas caudas citoplasmáticas.
Receptores nucleares Receptor-1 formil peptídio (FPR1)

Recebem esse nome por estarem É um receptor acoplado à proteína G


localizados ou migrarem para o núcleo, que sente a presença da bactéria pelo
local em que funcionam como fatores reconhecimento de uma única
de transcrição. Essas moléculas característica dos polipeptídios
desempenham sua função quando há a bacterianos. Expresso, então em
ligação de um ligante lipossolúvel ao seu leucócitos, reconhece os resíduos de N-
respectivo receptor nuclear, resultando formilmetionil e estimula o movimento
na indução da transcrição ou repressão das células. Pelo fato de todas as
da expressão de um gene. proteínas bacterianas e poucas
Receptores Semelhantes a RIG (RLR): são proteínas de mamíferos serem iniciadas
um tipo de PRR (receptores de por N-fornilmetionina, o FPR1 permite
reconhecimento de padrões) citosólico, que os fagócitos detectem e respondam
caracterizado por reconhecer RNAs de preferencialmente às proteínas
fita simples ou dupla de vírus, e até bacterianas.
mesmo RNA transcritos de RNA e DNA
de vírus. Podem ser encontrados em Receptor fMet-Leu-Phe
diferentes células leucócitas e células
teciduais. Existem dois tipos de RLR É um receptor acoplado à proteína G
mais conhecidos: RIG-I e MDS-5. Cada que sente a presença da bactéria pelo
um possui suas especificidades de reconhecimento de uma única
reconhecimento, sendo muitas vezes característica dos polipeptídios
pelo comprimento do RNA ou distinções bacterianos. FPR1 é proeminentemente
químicas na molécula, como expresso por mamíferos células
fosforilações ou metil-guanilações. Esses fagocíticas e de leucócitos sanguíneos ,
receptores também ativam IRF3 e IRF7, onde atuam para mediar as respostas
importantespara a indução de dessas células aos oligopeptídeos
Interferon do tipo 1. contendo N-formilmetionina, que são
liberados por microrganismos invasores
Receptores de Manose e tecidos lesados. O FPR1 direciona
essas células para locais de invasão de
Esse receptor reconhece certos açúcares patógenos ou tecidos rompidos e, em
terminais nos carboidratos da superfície seguida, estimula essas células a matar
microbiana, incluindo D-manose, L- os patógenos ou remover restos de
fucose e N-acetil-D- glucosamina. Esses tecido; como tal, é um componente
açúcares terminais estão importante do sistema imunológico
frequentemente presentes na superfície inato que atua na defesa do hospedeiro
dos microrganismos, ao passo que os e no controle de danos. A sinalização
carboidratos da célula eucariótica são por meio do receptor fMLP ainda induz
mais comumente terminados por a produção de espécies reativas de
galactose e ácido siálico. Assim, os oxigênio (ROSs, do inglês reactive
açúcares terminais nos microrganismos oxygen species) microbicidas no
podem ser considerados PAMPs. fagolisossoma.
Receptores Scavenger Região carboxiterminal

São uma família de receptores da Essa região faz parte da estrutura dos
superfície celular presentes em anticorpos, esses anticorpos são
macrófagos. Sua principal característica compostos por estruturas simétricas
é mediar a captação de lipoproteínas sendo duas cadeias leves e duas
oxidadas para as células, porém, eles pesadas. Cada cadeia possui várias
podem também mediar a fagocitose de unidades repetidas que se dobram
uma grande variedade de formando um motivo globular chamado
microrganismos através da sua ligação domínio Ig. O grupo desses domínios é
em moléculas como: LPS, ácido uma superfamília denominada
lipoteicóico, β-glicano, etc. Alguns imunoglobulinas. Nessas cadeiras leves
patógenos microbianos podem e pesadas existem regiões variáveis e
bloquear o reconhecimento da constantes, a região carboxiterminal é
fagocitose mediada pelo receptor constante e medeia as funções efetoras
scavenger e, com isso, o hospedeiro dessas imunoglobulinas.
pode ter uma susceptibilidade
aumentada para infecções. Região constante ou região C

Recirculação A região da molécula de anticorpo que


participa das funções efetoras do
É a habilidade que os linfócitos possuem sistema imune não varia do mesmo
de chegarem de forma repentina aos modo.
órgãos linfoides secundários, residir de
forma transitiva nesses locais e retornar Região de dobradiça
ao sangue.
Varia em comprimento de 10 a mais do
Recombinação V(D)J que 60 resíduos de aminoácidos em
diferentes isotipos. Porções desta
Também conhecida como recombinação sequência assumem uma conformação
somática, é o mecanismo de desdobrada e flexível, permitindo o
recombinação genética (do DNA) que movimento molecular entre os domínios
ocorre apenas em linfócitos em CH1 e CH2, permitindo a ligação de
desenvolvimento durante os primeiros diferentes antígenos.
passos da maturação de células B e T. O
processo resulta em um repertório Região Variável (região V)
diverso de anticorpos (Igs) e receptores
de células T (TCRs), encontrados Região de um anticorpo responsável
respectivamente em células B e T. O pela ligação com o antígeno, variando
processo é uma característica marcante conforme as características do mesmo.
do sistema imune adaptativo e seu
surgimento foi um evento-chave na
evolução dos gnatostomados.
Regiões determinantes da sequência motivo, ou RSS, que se baseia
complementariedade (CDR) em um heptâmero seguido de um
espaçador e um nonâmero, essa
Formam a superfície de ligação para o sequência está sempre adjacente a
antígeno e compõem parte dos região codificadora. O rearranjo sempre
domínios variáveis das cadeias das acontece com o flanqueamento da
imunoglobulinas produzidos pelas sequência presente entre duas
células B, e dos receptores da célula T, sequencias motivo (RSS), de tal forma
situados na superfície das células T, por que só ocorra entre sequencias motivo
onde estas moléculas se ligam ao seu com espaçador de 12 pares de bases e
antígeno de maneira altamente de 23 pares de base, ou vice-versa,
específica. formando assim a regra 12/23. Isso
possibilita que um seguimento V não se
Regiões Fab e Fc rearranje para perto de outro
seguimento V, e sim somente para um
A porção de ligação ao antígeno de uma seguimento D ou J (a depender da
molécula de anticorpo é a região Fab, e cadeia) por conta da
a extremidade C terminal que está complementaridade.
envolvida nas funções efetoras é a
região Fc. A região Fab promove a Regulador autoimune (AIRE)
ligação do anticorpo ao antígeno,
enquanto que a região Fc determina seu Proteína nuclear expressa pelas células
comportamento diante do antígeno, epiteliais medulares do timo. Essa
caracterizando a função do anticorpo. proteína induz a expressão de diversos
genes específicos de diferentes tecidos
Regiões hipervariáveis do timo. Os produtos desses genes são
expressos normalmente apenas em
Em anticorpos, as regiões hipervariáveis ​ órgãos periféricos específicos, como o
formam o local de ligação ao antígeno e pâncreas e a tireoide. A expressão
são encontradas nas cadeias leve e dessas moléculas dependentes do AIRE
pesada. Eles também no timo permite que sejam
contribuem para a especificidade de disponibilizados muitos peptídeos
cada anticorpo. Em uma região variável, específicos de tecidos para a sua
os 3 segmentos HV de cada cadeia apresentação às células T em
pesada ou leve se dobram juntos no desenvolvimento, facilitando a deleção
terminal N para formar um bolso de (seleção negativa) dessas células. Uma
ligação ao antígeno. mutação no gene que codifica o AIRE
resulta em uma síndrome poliendócrina
Regra 12/23 autoimune, ressaltando a importância
do AIRE em mediar a tolerância central a
Para que ocorra o processo de rearranjo antígenos específicos de tecidos.
gênico dos segmentos V, D e J
para a formação das cadeias dos
anticorpos é necessário a presença da
Repertório dos linfócitos Resposta Imunitária Secundária

Consiste no número total de Quando vacinado ou infectado pela


especificidades antigênicas do conjunto primeira vez, há a produção de células
de clones de linfócitos de um indivíduo. de memória, que atuarão de forma mais
Cada clone de linfócito possui rápida no reconhecimento e no
receptores específicos capazes de combate aos invasores, quando em
responder a diversos tipos de antígenos. contato com o organismo pela segunda
Esse repertório de linfócitos de um vez; diz-se que o indivíduo foi imunizado
indivíduo pode reconhecer e os invasores serão destruídos antes
aproximadamente 10000000 a mesmo de aparecerem sintomas da
1000000000 determinantes antigênicos doença.
(epítopos) diferentes, sendo este valor
numérico determinado geneticamente. Restrição do MHC

Repertório Imunológico Capacidade que a célula T possui para


de reconhecer um peptídeo específico,
É a coleção individual de elementos do apresentado por apenas uma de um
sistema imune adaptativo que permite grande número de moléculas do MHC
reconhecimento e resposta específica diferentes que existem.
contra os mais diversos tipos de
antígenos presentes na natureza. Retroalimentação positiva
Também pode ser definido de forma
somática (por mutações que ocorreram Também chamada de feedback positivo,
em estágios mais avançados do esse tipo de retroalimentação ocorre
desenvolvimento) com respostas quando produtos da via promovem a
individuais aleatórias produzidas estimulação dela, ou seja, intensificam a
independentemente da bagagem resposta. Um bom exemplo é o caso da
genética. Ele se desenvolve a partir de interação bidimensional entre APC e
diversas e sucessivas exposições a linfócito T no reconhecimento e na
patógenos, fatores ambientais e ativação da resposta imune. Vale
genéticos que em conjunto fazem a ressaltar que depois de uma
resposta imune ser única em cada retroalimentação positiva, ocorre uma
indivíduo. retroalimentação negativa, onde há a
inibição da via e assim, o retorno à
Resposta Imune homeostasia.

É o processo realizado pelo sistema RIG-1


imune, o qual se caracteriza por uma
resposta/reação coletiva e coordenada RIG-1 é um exemplo de família de
dentro do organismo com a finalidade moléculas que reconhecem vírus a RNA
de se defender contra invasores (p.ex., influenza, picornavírus – resfriado
estranhos, como microrganismos comum – e vírus da encefalite japonesa)
infecciosos e substâncias estranhas e, então, ativam a produção de
(macromoléculas, agentes químicos e interferons e outras proteínas antivirais.
até mesmo moléculas do nosso próprio
corpo).
S
Rolamento dos leucócitos

É o fenômeno que ocorre quando


leucócitos se desprendem rapidamente
da superfície de células endoteliais e, Selectinas
impulsionados pelo fluxo sanguíneo,
rolam ao longo do endotélio, ligando-se São moléculas de adesão, que estão
e desprendendo-se rapidamente das ligadas a carboidratos da membrana
selectinas presentes ao longo do plasmática. Elas são responsáveis pela
caminho. Isto ocorre, pois, os leucócitos adesão de leucócitos ao endotélio
circulam próximos às paredes internas vascular na sequência inicial de eventos
de vênulas em locais de resposta imune que levam aos processos de inflamação.
inata, revestidas por endotélio coberto No livro do Abbas, notamos 3 tipos de
por selectinas. Os ligantes de selectinas selectinas: a P-selectina (CD62P) que foi
dos leucócitos ligam-se às selectinas encontrada pela primeira vez nas
presentes nas células endoteliais, mas plaquetas; a E-selectina (CD62E)
como suas interações são de baixa sintetizada e expressa na superfície
afinidade e alta endotelial em resposta a IL-1 e a TNF; e
taxa de desligamento, a força de a L-selectina (CD62L) que não é expressa
cisalhamento do fluxo sanguíneo é no endotélio, mas sim nos leucócitos.
suficiente para desencadear o
rolamento.

RSSs (Sequências de Sinais de Seleção clonal


Recombinação ou Recombination
Signal Sequences) A hipótese da seleção clonal sugere a
explicação de como o sistema
São sequências conservadas de DNA imunológico age com vários linfócitos
não codificante que são reconhecidas específicos antes mesmo de ser exposto
pelo complexo de enzimas RAG1/RAG2 a um antígeno, conferindo ao sistema
durante o processo de recombinação imunológico a capacidade de responder
V(D)J. Essas sequências são compostas, há uma grande e vastas quantidades de
em ordem, por um heptâmero antígenos. Ainda definida como teoria
(geralmente CACAGTG), um espaçador sobre clones linfocitários e sua ativação.
de 12 ou 23 nucleotídeos (não Ela discorre sobre o fato de os linfócitos
conservados), e depois por um trecho maduros com receptores para antígenos
de 9 nucleotídeos (também conservado). se desenvolverem antes mesmo ao
As RSSs guiam os complexos encontro com esses antígenos. Sendo
enzimáticos RAG1/RAG2 para os assim, a formação dos clones surge em
segmentos gênicos corretos, um momento anterior ao encontro
possibilitando a recombinação somática. propriamente dito com o antígeno.
Seleção negativa Sequências de sinais de
recombinação (RSSs)
É o processo que elimina ou altera os
linfócitos em desenvolvimento cujos São sequências de DNA altamente
receptores de antígenos ligam-se conservadas com 7 ou 9 nucleotídeos,
fortemente a antígenos próprios separadas por espaçadores contendo 12
presentes nos órgãos linfoides ou 23 nucleotídeos não conservados. As
geradores. RSSs estão localizadas adjacentes aos
segmentos [V e J] ou [V, D e J] e servem
Seleção positiva para o reconhecimento das enzimas que
catalisam o processo de recombinação.
Os iniciadores das células T têm origem
na medula óssea e movem-se para o
timo. No timo, essas células T imaturas Sinais de Reconhecimento que
passam por diferenciações. Na etapa Conduzem a Recombinação V(D)J
inicial da maturação ocorre a
proliferação celular dos timócitos Proteínas específicas de linfócitos que
(células T imaturas) na região do córtex medeiam a recombinação V(D)J
e expressão das moléculas de TCR, CD4 reconhecem certas sequências de DNA,
e CD8 na superfície celular. O processo denominadas sequências de sinais de
de seleção positiva garante que as recombinação (RSSs), localizadas na
células imaturas completem a extremidade 3’ de cada segmento
diferenciação e sejam capazes de gênico V, na extremidade 5’ de cada
reconhecer os antígenos pois as que segmento J e em ambos os lados de
falham na expressão de receptores de cada segmento D.
antígenos morrem por apoptose.

Sensores Citosólicos de DNA (CDSs) Sinapse imunológica

É um tipo de sensor citosólico da Quando uma proteína do complexo de


infecção microbiana, sendo então histocompatibilidade é detectada pelo
moléculas que detectam o DNA complexo TCR, as moléculas de
citosólico e ativam vias de sinalização sinalização intracelular dos linfócitos T
que iniciam as respostas se posicionam na região de contato
antimicrobianas, incluindo produção de entre a célula T e a APC, formando a
interferon tipo I e autofagia. A via STING sinapse imunológica. Simplificando:
(estimuladora dos genes IFN) é o quando uma molécula que o sistema
principal mecanismo de ativação imune reconhece como estranha é
induzida por DNA das respostas de encontrada por uma célula que tem
interferon tipo I. função de alertar o complexo de defesa
adaptativo, que são as células T, a célula
de alerta (APC) vai procurar um linfócito
T no organismo que seja compatível
com aquela substância. Ao encontrar
essa célula T, as proteínas de superfície
das duas vão se posicionar
em pareadas umas com as outras, de Sistema Complemento
modo a formar um canal de interação
entre as duas células. Isso facilita a O sistema complemento, que faz parte
sinalização celular, direciona melhor a do sistema imunológico inato, é
chegada de substâncias importantes composto de várias proteínas
para o processo até a célula apropriada plasmáticas cuja função é
e permite um controle da resposta complementar a capacidade de células
imune. fagocíticas e anticorpos de exercer as
suas funções de destruir patógenos e
Sinais "SOS" dos fagócitos células infectadas, promover a reação
inflamatória e recrutar fagócitos ao sítio
São sinais químicos provenientes de da infecção, e até atacar a membrana
uma infecção, são responsáveis por celular dos patógenos. Ela possui 3
atraírem os fagócitos para o local da diferentes vias de ativação (via clássica,
infeccionado. Dentre os compostos alternativa, e das lectinas), que, após
presentes nesses sinais químicos uma delas ser ativada, resulta na
destacam-se a presença de proteínas de produção de complexos de proteases a
bactérias invasoras, peptídeos de partir de proteínas, que exercem as
coagulação, produtos do sistema funções anteriormente descritas.
complemento e citocinas que foram
largadas por macrófagos localizados no
tecido perto da infecção. Durante essa
migração os fagócitos deixam a corrente Sistema Linfático
sanguínea e são destinados para o local
da infecção e entram nos tecidos É constituído por vasos especializados
afetados. Sinais da infecção causam que que drenam os líquidos dos tecidos para
as células endoteliais que estão dentro a para fora dos gânglios
alinhadas nos vasos sanguíneos linfáticos, e então, para o sangue. Ele é
produzam uma proteína denominada essencial para a homeostasia do fluido
selectina à qual os neutrófilos se pegam tecidual e para as respostas imunes.
ao passarem perto.

Síndrome de Chédiak-Higashi
Sítio de ligação das células T
É uma imunodeficiência primária. Em
geral, é herdada como uma doença Regiões da molécula MHC, semelhantes
autossômica (não ligada ao sexo) às imunoglobulinas e que contêm sítios
recessiva. Isto é, são necessários dois de ligação para as moléculas CD4+ e
genes para a doença, um do pai e um da CD8+ das células T. A molécula CD4 se
mãe. Pessoas com a síndrome de liga a molécula do MHC de classe II e a
Chédiak-Higashi são mais suscetíveis a CD8 ao MHC de
infecções porque os fagócitos (tipos de classe I.
glóbulos brancos, inclusive neutrófilos,
eosinófilos, monócitos e macrófagos)
não funcionam normalmente.
Sistemas Imunes Regionais madura (secretoras de anticorpo dos
órgãos linfoides secundários) saia do
Além da definição de sistema timo e migração das células B secretoras
imunológico em si, podemos citar os de anticorpo dos órgãos linfoides
Sistemas Imunes Regionais, que nada secundários.
mais é do que os diferentes tipos de
“sistema imune” que nosso corpo dispõe sLeX
para barrar microrganismos (sem citar
diretamente a ação de células de defesa Denominada sialil-Lewis X, é o
como os neutrófilos, eosinófilos, tetrassacarídeo mais bem definido e
basófilos, linfócitos, etc.), como as que contém um grupo sialil e são
barreiras epiteliais do corpo (incluindo a relacionados à família Lewis X ou A. Esse
pele, mucosa gastrintestinal e mucosa carboidrato se localiza na superfície de
brônquica). Esses sistemas possuem membranas de leucócitos e se ligam à
seus próprios sistemas de linfonodos, E-selectina e P-selectina.
estruturas linfoides não encapsuladas e
células imunes difusamente Splicing
distribuídas, que atuam
coordenadamente, fornecendo É um processo que retira os íntrons de
respostas imunes especializadas contra um RNA precursor a fim de produzir um
os patógenos que entram pelas mRNA maduro funcional. Esse processo
barreiras. Os Sistemas Imunes Regionais pode ocorrer durante e/ou após a
incluem os sistemas imunes das transcrição de pré mRNA e é um evento
mucosas (que protegem as barreiras que requer extrema previsão de
das mucosas gastrintestinal, bronco enzimas envolvidas no processo.
pulmonar e geniturinária), assim como
do sistema imune cutâneo (pele). Soro

S1P É um fluido residual em que se


encontram anticorpos quando ocorre a
Lipídio quimioatraente denominado coagulação do sangue ou plasma, não
esfingosina 1-fosfato que permite a possui os fatores de coagulação, mas
saída das células T dos linfonodos. O contém todas as proteínas encontradas
S1P está em maiores concentrações no no plasma.
sangue e linfa do que nos tecidos e essa
diferença de gradiente permite junto STING
com uma regulação dos receptores
S1PR1 nos diferentes momentos da Proteína transmembranar localizada no
célula T (naïve e efetora) permitem o retículo endoplasmático que é
movimento das células T para fora do indiretamente ativada pelo DNA
parênquima do linfonodo. O S1P (e o microbiano no citosol e ativa resposta
S1PR1) também são necessários para de interferon tipo I.
que a célula T naïve madura saia do
timo, para a migração das células B
Superfamília Ig Tecido linfoide

Fazem parte desse grupo as proteínas Tecido conectivo no sistema linfático,


do sistema imune que apresentam em que há enorme quantidade de
domínios com estrutura de dobra de da linfócitos.
Ig (duas folhas β-pregueadas adjacentes
mantidas juntas por uma ponte Teoria da cadeia lateral
dissulfeto). Outras proteínas que não
participam do sistema imunológico Sendo publicada em 1897, a teoria do
podem apresentar esses domínios alemão Paul Ehrlich compreende que
também. Os segmentos dos genes que quando uma célula imunológica é
codificam os domínios dessas moléculas atacada por toxinas, os anticorpos da
possivelmente evoluíram de um gene superfície celular reconhecem o
ancestral. antígeno e instruem a célula a produzir
mais cadeias laterais adicionais que irão
se unir às toxinas, para logo após se

T
desprenderem e formar os anticorpos
que circulam pelo corpo.

Timo

Tapasina O timo é uma glândula linfoide primária


especializada do sistema imunológico.
Proteína com afinidade a moléculas do Dentro do timo, os linfócitos T
MHC de classe I, recém-sintetizadas e amadurecem. Os linfócitos T são muito
não associadas a peptídeos, que se importantes para o sistema imunológico
associa a proteína TAP na face interna adaptativo, onde o corpo se adapta
da membrana do retículo especificamente para combater
endoplasmático. A tapasina age invasores externos. O timo é composto
associando o transportador (TAP) às por dois lobos idênticos e está
moléculas do MHC da classe I localizado no mediastino anterior
aguardando a chegada de peptídeos. superior, na frente do coração e atrás
do esterno. Cada lobo do timo pode ser
TCRs dividido em uma medula central e um
córtex periférico que é cercado por uma
São proteínas fixadas na superfície dos cápsula externa.
linfócitos T, formadas a partir do
rearranjo gênico de receptores de Timócitos duplo-negativos
células T em duas cadeias (dímero) que
podem ser Alfa/Beta ou Gama-Delta. Os Um subgrupo de células T em
receptores de células T (TCRs) desenvolvimento no timo (timócitos)
reconhecem antígenos ligados ao que não expressam CD4 e CD8. A
complexo principal de maioria dos timócitos duplo-negativos
histocompatibilidade. está em um estágio inicial de
desenvolvimento e não expressa
receptores de antígenos. Eles Tirosinoquinases
expressarão tardiamente ambos os CD4
e CD8 durante o estágio intermediário As tirosinas cinases ou tirosina quinases
duplo-positivo antes da maturação a (abreviadamente, PTKs, do inglês
células T positivas que expressam protein tyrosine kinases) são proteínas
somente CD4 ou CD8. responsáveis pela fosforilação de
substratos protéicos, como por
exemplo, enzimas. O papel das PTKs na
Timócitos duplo-negativos transdução de sinais é central, pois elas
atuam como um ponto de apoio na rede
São timócitos corticais mais imaturos de moléculas sinalizadoras
que chegaram recentemente da medula independentes, cuja função é a
óssea. Possuem genes de TCR em sua regulação da expressão gênica. As PTKs
configuração de linhagem germinativa e estão relacionadas a diversos processos
não expressam CD3, CD4 ou CD8. A fundamentais, como a proliferação,
maioria dos timócitos duplo-negativos diferenciação, mobilidade e
(na ordem de 90%) que sobrevivem ao sobrevivência ou morte celular.
processo de seleção do timo dará
origem a células T CD4+ e T CD8+.
TLRs

Timócitos Duplo-Positivos São glicoproteínas integrais de


membrana do tipo I que contendo
Expressam o receptor TCR completo, repetições de leucina flanqueadas, ricas
CD4 e CD8. Sofrem seleções positiva ou em cisteína, característica em regiões
negativa dependendo do extracelulares, os quais envolvidas na
reconhecimento de antígenos próprios. ligação ao ligante, bem como ao
Essas células evoluem para positivo- domínio receptor Toll/IL-1 receptor) em
simples de acordo com o suas caudas citoplasmáticas, sendo
reconhecimento de moléculas do MHC. essencial à sinalização.
Se reconhecer uma molécula de MHC de
classe I primeiro será CD4+ e haverá
repressão do CD8. Se reconhecer MHC II TNF (tumor necrosis factor)
primeiro, será CD8+ e haverá supressão
do CD4. Chamado de fator de necrose tumoral
(TNF), faz parte de uma superfamília de
sinalizadores celulares classificados
como citocinas, são produzidos pelos
Tirosinocinases receptoras (RTK) macrófagos teciduais em resposta à
infecção e cumpre um papel importante
Proteínas estruturais que ativam na cascata de inflamação tecidual.
domínios de tirosinocinase na sua
região citoplasmática. Ex.: proteína c-kit
e receptor de insulina.
Tolerância Tonsilas

A habilidade do sistema imunológico de São estruturas de tecido linfoide


não reagir contra células e moléculas localizados na nasofaringe. As amígdalas
normalmente capazes de induzir uma ou tonsilas palatinas fazem parte do
resposta imunológica. É possível graças Anel Linfático de Waldeyer que é o
a uma variedade de mecanismos, como mecanismo de defesa fisiologicamente
por exemplo a eliminação de linfócitos natural do corpo contra alérgenos e
capazes de reconhecer células e microrganismos inalados.
moléculas não danosas. Além de
possibilitar que o sistema imunológico Toxina diftérica
não ataque o próprio corpo, também é
importante para outros processos, Cepas de difteria infectadas por um
como a preservação da microbiota betafago (corinefago Beta), que
intestinal e a gravidez, onde um transporta o gene codificador da toxina,
organismo geneticamente distinto é produzem uma toxina potente. Essa
gestado dentro do corpo da mãe. toxina provoca inicialmente inflamação
e necrose de tecidos locais e, depois,
Tolerância central danos ao coração, aos nervos e, às
vezes, aos rins.
Trata-se de um mecanismo importante
na manutenção da tolerância aos Transdução de sinal
antígenos próprios. Esse processo
também é conhecido como seleção É o processo feito pelas células, devido a
negativa dos linfócitos imaturos. Ocorre interação de um ligante a um receptor
nos órgãos linfoides centrais, sendo o da célula, em que ocorre a geração de
mecanismo através do qual as novas uma resposta a esse estímulo recebido.
células T e células B tornam-se não Ou seja, ocorre a transmissão do
reativas em relação ao próprio estímulo recebido para outras vias. Os
indivíduo. Isso ocorre através da seleção transdutores podem ser canal iônico,
negativa de linfócitos imaturos que é um receptor enzimático, receptor
mecanismo importante para a serpenteante e receptor esteroide.
manutenção da tolerância a muitos
antígenos próprios. Além disso, o nome Transferase deoxinucleotidil terminal
tolerância central está ligado ao fato de (TdT)
que esse processo se desenvolve nos
órgãos linfoides centrais. Enzima que insere N nucleotídiosnas
junções entre os segmentos gênicos VDJ
Toxoide tetânico dos TCR e Ig.

Toxina tetânica quimicamente inativada.


Transportador associado
processamento de antígenos (TAP)
ao

A TAP é uma proteína dimérica membro


U
da família de proteínas transportadoras Ubiquitina
ABC, muitas das quais medeiam o
transporte dependente de ATP de Polipeptídio que degrada produtos
compostos de baixo peso molecular ribossômicos defeituosos e proteínas
através das membranas celulares. A inúteis mais velhas através da ligação
proteína TAP está localizada na covalente entre si.
membrana do RE, onde medeia o

V
transporte dependente de ATP ativo de
peptídeos do citosol para o lúmen do
RE. Os peptídeos gerados em
proteassomas são translocados pela
TAP para o RE, onde as moléculas do
MHC da classe I recentemente Vacinação
sintetizadas estão disponíveis para ligar
aos peptídeos. É a inoculação de amostras
enfraquecidas ou atenuadas de agentes
patológicos em indivíduos sadios, a fim
de obter proteção contra doenças.
Transportador Associado ao
Processamento de Antígenos (TAP) Valência

Um transportador peptídico Diz respeito ao número de


dependente de trifosfato de adenosina determinantes antigênicos ao qual uma
(ATP) que medeia o transporte ativo de única molécula de anticorpo pode se
peptídeos do citosol para o local de ligar. A valência dos anticorpos pode ser
ligação das moléculas de MHC de classe classificada em monovalente, bivalente
I dentro do retículo endoplasmático. O e polivalente, e está diretamente
TAP é uma molécula heterodimérica relacionada com a avidez de interação
composta de polipeptídios TAP-1 e TAP- desse anticorpo por seu respectivo
2, ambos codificados por genes no MHC. antígeno. Quanto maior a valência,
Pelo fato de os peptídeos serem maior a avidez.
necessários para a montagem estável
das moléculas de MHC de classe I, os VCAM-1 (Molécula 1 de Adesão Celular
animais deficientes em TAP expressam Vascular)
poucas moléculas de MHC de classe I de
superfície celular, o que resulta em É uma proteína ligante da VLA-4, uma
desenvolvimento e ativação de células T integrina importante expressa nos
CD8+ reduzidos. leucócitos, da superfamília da Ig
expressa nas células endoteliais
ativadas por citocina, em algum tecido.
Vênulas endoteliais altas (HEVs - high respostas imunes adaptativas. O nome
endothelial venules) de clássica foi atribuído pois essa foi a
primeira via a ser descoberta.
As HEV são vênulas pós-capilares
especializadas com endotélio alto e Via de sinalização JAK-STAT
caracterizam-se por apresentarem
células cúbicas em seu revestimento em Uma via de sinalização iniciada pela
vez de células endoteliais pavimentosas, ligação de citocina aos receptores de
como na maior parte do revestimento citocina de tipo I e tipo II. Esta via
vascular do corpo. Estas vênulas são envolve sequencialmente a ativação de
denominadas vênulas de endotélio alto receptor associado a Janus quinase (JAK)
(HEV – high endothelial venules). A tirosinoquinase, fosforilação de tirosina
superfície das células de revestimento mediada por JAK das porções
da vênula voltada para o lúmen possui citoplasmáticas dos receptores de
receptores aos quais se ligam linfócitos citocina, acoplamento de transdutores
presentes no sangue. Estes linfócitos em de sinal e ativadores de transcrição
seguida atravessam a parede das (STATs) às cadeias fosforiladas do
vênulas e penetram no tecido dos receptor, fosforilação de tirosina
linfonodos. Esta é uma maneira de atrair mediada por JAK das STATs associadas,
grande quantidade de linfócitos para os dimerização e translocação nuclear das
linfonodos, locais onde estas células STATs e ligação da STAT às regiões
terão maiores oportunidades de regulatórias de genes-alvo, causando
reconhecer antígenos e iniciar uma ativação transcricional daqueles genes.
resposta imunológica.
Vias de processamento de antígenos
Vênulas pós-capilares
Essas vias convertem antígenos de
São o sítio preferencial de migração dos proteínas presentes no citosol ou
leucócitos para os tecidos por um internalizadas a partir do meio
mecanismo chamado diapedese, são extracelular em peptídeos e ligam estes
constituídas de células endoteliais peptídeos a moléculas do MHC para
sustentados por uma lâmina basal e apresentação aos linfócitos T.
uma adventícia de tecido conjuntivo
frouxo. VLA-4 (very late antigen-4)

Via clássica Uma integrina que é expressa na


superfície celular de monócitos e células
Uma das vias de ativação do sistema T, se liga a VCAM-1, molécula da
complemento, a via clássica usa uma superfamília Ig que é expressa em
proteína plasmática (C1q) para detectar células endoteliais ativadas por
anticorpos ligados na superfície de um citocinas. Atua na resposta inflamatória,
microrganismo ou outra estrutura. Ela é auxiliando o movimento dos leucócitos
um dos principais mecanismos efetores para regiões de inflamação.
do braço humoral das
W-X
ZAP-70

A ZAP-70 é uma proteína quinase


associada à cadeia Zeta 70,
normalmente expressa nos linfócitos T e

Y-Z
células NK, mas ausente nos linfócitos B.
É mais conhecido por ser recrutado
após a ligação do antígeno ao receptor
de células T (TCR) e desempenha um
papel crítico na sinalização de células T.
Zona de equivalência Ela está expressa nas células B de
pacientes com leucemia linfocítica
Uma concentração correta de crônica que não apresentam mutação
imunecomplexos (anticorpos- antígenos nos genes da região variável da cadeia
interagindo de forma polivalente) é pesada de imunoglobulina (genes IgVH).
denominada “zona de equivalência”. Na
zona de equivalência, anticorpo e
antígeno formam uma malha
extensamente cruzada de moléculas
ligadas, de tal forma que a maioria ou
todas as moléculas de antígeno e
anticorpo estão complexadas em
grandes massas. Os imunocomplexos
podem ser dissociados em agregados
menores pelo aumento da concentração
do antígeno, de modo que moléculas de
antígeno livre deslocaram o antígeno
ligado ao anticorpo (zona de excesso de
antígeno), ou pelo aumento da
concentração do anticorpo, de modo
que as moléculas de anticorpo livre
deslocaram o anticorpo ligado aos
determinantes antigênicos (zona de
excesso de anticorpo). Se uma zona de
equivalência é alcançada in vivo,
grandes imunocomplexos podem se
formar na circulação. Os
imunocomplexos que são presos ou
formados nos tecidos podem iniciar
uma reação inflamatória, resultando em
doenças de imunocomplexos.
Bibliografia consultada

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. 8° Edição.


Editora ELSEVIER. RIO DE JANEIRO. 2015.

A.K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. 7° Edição. Editora


ELSEVIER. RIO DE JANEIRO. 2012.

COICO, R.; SUNSHINE, G. IMUNOLOGIA. 6ª Edição. Editora GUANABARA KOOGAN. 2010.

KINDT, T. J.; GOLDSBY, R. A.; OSBORNE, B. A. Imunologia de Kuby. 6a edição. ARTMED.


Porto Alegre. 2008.

MALE, D.; BROSTOFF, J.; ROTH, D.; ROITT, I. IMUNOLOGIA. 8ª Edição. Editora ELSEVIER.
2014.

MURPHY, K.; TRAVERS, P.; WALPORT, M. Imunobiologia de JANEWAY. 7 a edição. ARTMED,


Porto Alegre, 2010.

Periódicos relacionados: Annual Review of Immunology, Trends in Immunology, Vaccine,


etc. Disponível em <http://www.periodicos.capes.gov.br>.
IMUNOLOGIA

Você também pode gostar