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Disciplina: Processos Imunopatológicos

INTRODUÇÃO A IMUNOLOGIA

CONCEITOS E HISTÓRICO

Profª Pamela Cordeiro.

O que é imunologia?

Immunitas: proteção contra demandas judiciais;


“É o estudo da imunidade e dos eventos celulares e moleculares que ocorrem após o
organismo encontrar microrganismos ou outras macromoléculas estranhas.”

O termo imunologia surgiu a partir da palavra latina immunitas que se refere a proteção
contra demandas judiciais que os senadores romanos sofreram durante o seu mandato,
que é o que chama de imunidade parlamentar. . Historicamente imunidade significa
proteção contra doenças e, mais especificamente, contra doenças infecciosas. Então por
conceito, imunologia é o estudo da imunidade e dos eventos celulares e moleculares que
ocorrem após o organismo encontrar micro-organismos ou outras macromoléculas
estranhas.
Então tudo o que for estranho, tudo que vem do ambiente externo e tenta de alguma
forma agredir as barreiras do sistema imunológico, tudo o que o corpo identificar como
não próprio, que não é da sua natureza, o nosso corpo, o nosso organismo vai tentar
expulsar esse corpo estranho de alguma forma e isso dá origem a uma resposta
imunológica.

Vocês já devem ter ouvido em algum momento da vida acadêmica de vocês que o
sistema imunológico funciona como um exército de armas protegendo o nosso
corpo contra os inimigos invasores.

O estudo da imunologia tem origem a partir da microbiologia, ou seja, a partir das


doenças infecciosas e como o organismo reagia em relação aquelas infecções.

“Aqueles que sentiam mais pena pelos doentes e pelos que morriam eram aqueles que
haviam tido a praga eles próprios e não haviam morrido dela. ....eles se sentiam seguros,
uma vez que ninguém adquiriu a mesma doença duas vezes, ou, se adquiriu, o segundo
ataque nunca foi fatal. Estas pessoas se sentiam afortunadas ... e imaginavam que elas
poderiam nunca morrer de nenhuma outra doença no futuro.”
Tucídides, A guerra do Peloponeso, 430 a.C.
Descreveu a imunoproteção adquirida somente em indivíduos que haviam sido
previamente infectados.

Surgimento da Imunologia relacionada à “vacinologia” e o surgimento de


“sorologistas”.

Chineses - percepção que sobreviventes de varíola não contraiam a doença


novamente.

Difusão da técnica - Lady Mary Wortley Montagu (1689-1762) responsável pela


disseminação na Europa.

Variolização

A varíola era uma doença que dizimou populações deixando marcas físicas e sociais
indeléveis O que consistia a variolização que era promovida pelos chineses e turcos?
Consistia na inoculação deliberada das crostas secas das feridas de varíola nas narinas
ou pequenos cortes da pele de indivíduos sãos para se protegerem contra a varíola que
era fatal na época.
A eficiência de tal procedimento foi reconhecida e utilizada por Lady Mary que era esposa
de um embaixador inglês na China para imunizar os próprios filhos. E nessa época
começou a utilizar o termo vacinologia ou variolização e descobriu-se também o
surgimento dos sorologistas, que eram os estudiosos que estudam o soro do sangue

Mecanismo de tratamento - As técnicas diferiam: algodão, com pó de crostas ou pus


inserido no nariz, vestir roupas íntimas de doentes, incrustar crostas em arranhões, picar
a pele com agulhas contaminadas, fazer um corte na pele e colocar um fio de linha
infectado ou uma gota de pus.
Vírus reduzia seu nível de patogenicidade / virulência até certo ponto, tornando-se
relativamente atenuado, contribuindo para prevenção .

Criação - Vacina
EDWARD JENNER – percepção de ordenhadores imunes à varíola, mesmo quando
inoculados com o vírus em presença de com cowpox.
Em 14 de maio de 1798, Jenner inoculou James Phipps, um menino de 8 anos,
com o pus retirado de uma pústula de uma ordenhadeira que sofria de cowpox. O garoto
contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois,estava recuperado.
Meses depois, Jenner inoculou Phipps com pus varioloso. O menino não adoeceu. Era ,
assim, descoberta a vacina.
Baseado no conhecimento popular de que as mulheres ordenadoras de vacas
desenvolviam uma varíola branda, com sintomas mais fracos, pois se infectavam no
trabalho com o vírus da varíola da vaca, descreveu um processo de vacinação voluntário
em humanos.
Jenner inoculou o líquido de uma ferida de varíola da vaca em um menino saudável e,
posteriormente, o inoculou deliberadamente com o vírus da varíola humana, obtendo
como esperado, ausência da doença.
Apesar do procedimento por ele descrito sofrer fortes restrições éticas hoje, na ocasião
levou a grande avanço na profilaxia da varíola, pois foi utilizado por mais um século em
toda a Europa na busca contra proteção contra essa infecção viral.
A partir da pústula desenvolvida na vaca, jenner obteve o produto da pústula de vaca e
passou a chamar de vacina (que significa ‘da vaca’) que ao ser inoculada no homem,
fazia surgir no local das inoculações erupções que eram semelhantes a varíola.
Dessas erupções era retirada a linfa ou o pus variólico utilizado para novas inoculações.
Formava-se assim uma cadeia de imunização entre os homens, funcionando a pústula da
vaca como o primeiro agente imunizador e o homem como produtor e difusor da vacina.

Essa vacina ficou conhecida como vacina jenneriana ou vacina humanizada.

A diferença entre a variolização e a vacina jenneriana era que a primeira tentava implantar
a doença de forma benigna e a segunda tinha o objetivo de evitar a doença através do
acometimento da doença não letal

Reflexos da descoberta de Jenner


Vacinação, em 1800, do exército Britânico.
Imunização do exército de Napoleão.
Inoculação de D.Pedro em Portugal .
Em 1804, o marquês de Barbacena trouxe a vacina para o Brasil, transportando-a pelo
Atlântico, por seus escravos, que iam passando a infecção vacinal, um para o outro, braço
a braço, durante a viagem.
Essa vacina jenneriana ou vacina humanizada foi recebida na europa com descrédito e
receio pois se temia muito de acometer a doença de fato. Mas logo depois foi superada: a
vacina se difundiu em todo o mundo. Propagou-se pela europa, depois pela américa do
norte e chegou no brasil em meados de 1800.

Retrospecto - Vacina
A inoculação enfrentou muita repulsa, muitos tinham medo de serem vacinados e
acabaram contraindo outras doenças.

Em 1920 surgia uma epidemia de varíola e muitos daqueles que eram inoculados
acabaram adoecendo.

Apesar de toda a oposição, a vacinação aos poucos foi se generalizando.


1º Sendo assim, os vacinadores,muitas vezes, pagavam para um voluntário aceitar.
2º Além disso a conservação da linfa braço a braço não só adulterava o fluido vacinal,
como, com o tempo, fazia com que este perdesse sua potência. Logo, a solução foi
retornar ao vírus original (cowpox).
3º mesmo que sob pressão governamental e se tornou obrigatória em diversos países.

Criação da Vacina contra Raiva

Louis Pasteur, o primeiro a desenvolver uma vacina antirrábica.

Em 1885 Joseph Meister foi repetitivamente mordido por um cão raivoso.

Pasteur injetou na criança material proveniente de medula de um coelho infectado.

A 26 de outubro, o cientista francês comunicava à Academia de Ciências a descoberta do


imunizante contra a raiva.
Mas aí depois logo veio outra preocupação: a raiva.
A raiva é uma doença infecciosa que afeta os mamíferos causada por um vírus que se
instala e multiplica no sistema nervoso e é transmitida pelo contato da saliva por
mordedura de um animal doente para um não doente ou para o ser humano. A situação
da raiva na Europa no século 19 era ainda de manutenção das práticas primitivas, que
consistia em matar o cão raivoso ou lobo.

A medida profilática era a cauterização. Na tentativa de criar uma nova vacina para
esses animais, Pasteur conseguiu isolar o vírus da raiva de um cão doente.
Transferiu esse vírus entre coelhos e dissecou a medula espinal para conseguir um
vírus mais estável e que podia então ser reproduzido em laboratório.

E passou a administrar a doença em animais. Depois disso pasteur teve a chance de


efetuar seu primeiro ensaio em humanos.
Em julho de 1885 um pequeno garoto chamado Joseph Meister deu entrada no
laboratório de Pasteur acompanhado de sua mãe. Tinha sido atacado por um cão
ensandecido. Assim, pasteur decidiu aplicar a imunização que tinha sido eficaz em cães e
coelhos. Meister foi curado.

Conceito Imunológico – VACINA

Vírus atenuado levam esta denominação pois passam por um processo no qual sua
virulência é reduzida a níveis considerados seguros para a aplicação clínica. O método
pasteur é o mais utilizado para a obtenção do vírus atenuado. Nesse procedimento, vírus
patogênico são utilizados para promover infecções sequenciais em culturas celulares ou
em ovos embrionados.
O que se obtém nessas multiplicações, nessas infecções em série são cepas menos
virulentas, menos perigosas. Quando aplicado no corpo de um indivíduo, o vírus atenuado
é capaz de se replicar, porém de maneira lenta, sem causar maiores danos ao organismo.
A prolongada exposição ao vírus durante a lenta replicação viral induz uma resposta
imune.
Essa resposta imune leva a produção de grande quantidade de células de memória aos
quais garantem o estabelecimento de imunidade contra o vírus em questão.
Também chamado de imunização ativa.
Imunização ativa x imunização passiva

1883: Elie Metchnikoff demonstrou que células também contribuíam para o estado
imune do animal.

Descobertas de células fagocitarias

Notou também que essas células eram mais ativas em animais que tinham sido
imunizados do que em animais não imunizados;

Descoberta – Células Efetoras


Descobriu que células brancas, por ele denominadas fagócitos eram capazes de ingerir
micro-organismos e conferir proteção aos indivíduos

“O sangue é composto de numerosas partículas pequenas, chamadas de glóbulos, que,


na maioria dos animais, são de cor vermelha, nadando em um líquor, chamado pelos
médicos de soro... Estas partículas ou glóbulos são tão pequenas que se colocados lado
a lado 100 desses glóbulos não teriam o mesmo diâmetro que um grão de areia ...”
Leeuwenhoek A Van: Microscopical observations. Philos Trans R Soc Lond 1674; 9:121-128 ; citado por
Wintrobe MM Milestones on the path of progress in Wintrobe MM Blood, pure and eloquent – a story of
discovery, of people, and of ideas, 1980, 1a ed McGraw Hill Book Company, USA.

Todas essas descobertas das células sanguíneas só foi possível com o advento do
microscópio. Os cientistas da época tinham muita curiosidade de saber que líquido era
aquele que corria pelo corpo e porque que quando um ferimento no corpo era feito, esse
líquido escorria. O sangue por muito tempo foi chamado de humor e só depois de um
tempo é que recebeu esse nome.
SISTEMA IMUNE

O sistema imune, ou sistema imunológico, é um conjunto de órgãos, tecidos e células


responsáveis pelo combate a microrganismos invasores, impedindo, assim, o
desenvolvimento de doenças. Além disso, é responsável por promover o equilíbrio do
organismo a partir da resposta coordenada das células e moléculas produzidas em
resposta ao patógeno.

A melhor forma de fortalecer o sistema imune e fazê-lo responder bem frente a


microrganismos invasores é por meio da alimentação e prática de hábitos saudáveis.
Além disso, é importante que seja feita a vacinação, principalmente quando criança, para
estimular a produção de anticorpos e evitar que a criança desenvolva doenças que podem
interferir no seu desenvolvimento, como por exemplo a poliomielite, também chamada de
paralisia infantil, que pode ser prevenida por meio da vacina.

Células do sistema imune

A resposta imunológica é mediada por células responsáveis pelo combate a infecções, os


leucócitos, que promovem a saúde do organismo e da pessoa. Os leucócitos podem ser
divididos em polimorfonucleares e mononucleares, possuindo cada grupo alguns tipos de
células de defesa do organismo que desempenham funções distintas e complementares.
As células pertencentes ao sistema imune são:

● Linfócitos, que são as células que normalmente estão mais alteradas durante
infecções, uma vez que garante especificidade à resposta imunológica. Há três
tipos de linfócitos, o B, T e o Natural Killer (NK), que desempenham funções
diferentes;
● Monócitos, que estão circulantes temporariamente no sangue e que podem
ser diferenciados em macrófagos, que são importantes para o combate ao
agente agressor do organismo;
● Neutrófilos, que circulam em maiores concentrações e são as primeiras a
identificar e atuar contra a infecção;
● Eosinófilos, que normalmente estão circulantes em menores quantidades no
sangue, mas têm sua concentração aumentada durante reações alérgicas ou
em caso de infecções parasitárias, bacterianas ou por fungos;
● Basófilos, que também circulam em menores concentrações, porém podem
aumentar devido a alergias ou inflamações prolongadas.

A partir do momento que há entrada de algum corpo estranho e/ou agente infeccioso no
corpo, as células do sistema imune são ativadas e atuam de forma coordenada com o
objetivo de combater o agente agressor.
Como funciona

O sistema imune é responsável por proteger o organismo contra qualquer tipo de


infecção. Dessa forma, quando um microrganismo invade o organismo, o sistema
imunológico é capaz de identificar esse patógeno e ativar mecanismos de defesa com o
objetivo de combater a infecção.

O sistema imunológico é composto por dois tipos de resposta principais: a resposta imune
inata, que é a primeira linha de defesa do organismo, e a resposta imune adaptativa, que
é mais específica e é ativada quando a primeira resposta não funciona ou não é
suficiente.

Resposta imune inata ou natural

A resposta imune natural ou inata é a primeira linha de defesa do organismo, já estando


presente na pessoa desde o seu nascimento. Assim que o microrganismo invade o
organismo, essa linha de defesa é estimulada, sendo caracterizada pela sua rapidez e
pouca especificidade.
Esse tipo de imunidade é constituído por:

● Barreiras físicas, que são a pele, pêlos e muco, sendo responsáveis por
impedir ou retardar a entrada de corpos estranhos no organismo;
● Barreiras fisiológicas, como por exemplo a acidez do estômago, temperatura
do corpo e citocinas, que impedem o microrganismo invasor se desenvolver no
corpo, além de promover a sua eliminação;
● Barreiras celulares, que é constituída pelas células consideradas como
primeira linha de defesa, que são os neutrófilos, macrófagos e linfócitos NK,
responsáveis por englobar o patógeno e promover sua destruição.

Devido à eficiência do sistema imune inato, as infecções não ocorrem a todo tempo,
sendo os microrganismos rapidamente eliminados. No entanto, quando a imunidade
natural não é suficiente para combater o patógeno, a imunidade adaptativa é estimulada.

Resposta imune adaptativa ou adquirida

A imunidade adquirida ou adaptativa, apesar de ser a segunda linha de defesa do


organismo, possui grande importância, já que é por meio dela que são geradas as células
de memória, evitando que infecções pelo mesmo microrganismo ocorram ou, caso
ocorram, sejam mais brandas.

Além de dar origem a células de memória, a resposta imune adaptativa, apesar de


demorar mais para ser estabelecida, é mais específica, já que consegue identificar
características específicas de cada microrganismo e, assim, conduzir a resposta imune.

Esse tipo de imunidade é ativada pelo contato com os agentes infecciosos e possui dois
tipos:

● Imunidade humoral, que é uma resposta mediada pelos anticorpos produzidos


pelos linfócitos do tipo B;
● Imunidade celular, que é a resposta imune mediada pelos linfócitos do tipo T, que
promovem a destruição do microrganismo ou a morte das células infectadas, já que
esse tipo de imunidade é desenvolvida quando o patógeno sobrevive à imunidade
inata e humoral, ficando inacessíveis aos anticorpos.

Além da imunidade humoral e celular, a resposta imune adaptativa também pode ser
classificada em ativa, quando adquirida por meio da vacinação, por exemplo, ou passiva,
quando provêm de outra pessoa, como por exemplo por meio do aleitamento, em que
anticorpos podem ser transmitidos da mãe para o bebê.
Antígenos e anticorpos

Para que haja uma resposta do sistema imunológico, são necessários antígenos e
anticorpos. Os antígenos são substâncias capazes de desencadear uma resposta
imunológica, sendo específico para cada microrganismo, e que se liga diretamente ao
linfócito ou a um anticorpo para gerar a resposta imune, que normalmente resulta na
destruição do microrganismo e, assim, fim da infecção.

Os anticorpos são proteínas em forma de Y responsáveis por proteger o organismo contra


infecções, sendo produzidos em resposta a um microrganismo invasor. Os anticorpos,
também chamados de imunoglobulinas, podem ser adquiridos por meio da amamentação,
que é o caso do IgA, ainda durante a gestação, no caso do IgG, ou serem produzidos
como resposta a uma reação alérgica, no caso do IgE.
Imunoglobulinas Características

IgA Protege o intestino, trato respiratório e urogenital de


infecções e podem ser obtidos por meio da amamentação,
em que o anticorpo é transmitido da mãe para o bebê

IgD É expressa juntamente com a IgM durante a fase aguda de


infecções, no entanto sua função ainda é pouco esclarecida

IgE É expressa durante reações alérgicas

IgM É produzida na fase aguda da infecção e é responsável pela


ativação do sistema complemento, que é um sistema
formado por proteínas responsáveis por facilitar a eliminação
do microrganismo invasor

IgG É o tipo de anticorpo mais comum no plasma, é considerado


o anticorpo de memória e protege o recém-nascido, já que
consegue atravessar a barreira placentária

Na resposta às infecções, o IgM é o anticorpo primeiramente produzido. À medida que a


infecção se estabelece, o organismo passa a produzir IgG que, além de combater a
infecção, permanece na circulação, sendo considerado um anticorpo de memória. Saiba
mais sobre o IgG e o IgM.
Tipos de imunização

A imunização corresponde ao mecanismo do organismo de promover proteção contra


determinados microrganismos, podendo ser adquirida de forma natural ou artificial, como
no caso das vacinas, por exemplo.
Imunização ativa

A imunização ativa é aquela adquirida por meio da vacinação ou devido ao contato com o
agente de determinada doença, estimulando o sistema imune e levando-o a produzir
anticorpos.

A imunização ativa é capaz de gerar memória, ou seja, quando o corpo entra em contato
novamente com o agente causador de determinada doença, o corpo reconhece e
combate o agente invasor, impedindo que a pessoa desenvolva a doença ou a tenha de
forma mais grave. Dessa forma, esse tipo de resposta é duradoura, no entanto demora
para que seja estabelecida, ou seja, logo após a exposição ao agente nocivo, não há
formação de resposta imunológica adequada de forma imediata. O sistema imune leva um
tempo para processar e assimilar essa informação.

A exposição natural ao patógeno é uma forma de se obter a imunização ativa. Além disso,
é importante obter a imunização ativa de forma artificial, que é por meio da vacinação,
assim, previne-se infecções futuras. Na vacinação, é administrado na pessoa o
microrganismo morto ou com sua atividade diminuída com o objetivo de estimular o
sistema imune a reconhecer o patógeno e criar imunidade contra ele.
Imunização passiva

A imunização passiva acontece quando a pessoa adquire anticorpos produzidos por outra
pessoa ou animal. Esse tipo de imunização é normalmente obtido de forma natural
através da passagem de imunoglobulinas, principalmente do tipo IgG (anticorpo), pela
placenta, ou seja, por meio da transferência direta da mãe para o bebê.

A imunização passiva também pode ser adquirida de forma artificial, por meio a injeção de
anticorpos de outras pessoas ou de animais, como acontece na picada de cobra, por
exemplo, em que é extraído o soro do veneno da cobra e depois administrado
diretamente na pessoa.

Esse tipo de imunização gera uma resposta imune mais rápida, porém não é duradoura
como é o caso da imunização ativa.

Bibliografia
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