Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As vacinas são substâncias como, por exemplo, proteínas, toxóides (toxinas inativadas), bactérias ou
vírus (partes, inteiros, atenuados ou mortos), que ao serem introduzidos no organismo do homem, ou de
outro animal, proporcionam uma reação do organismo semelhante à que existiria no caso de uma
infeção real provocada por uma agente infecioso. Assim, começam a ser produzidos anticorpos contra
esse agente infecioso ficando o organismo resistente à doença que esse microorganismo provoca. As
vacinas constituem um meio eficaz e seguro para prevenir determinadas doenças. Se a imunidade não é
total, o organismo consegue melhor resistência se estiver vacinado. Em geral é necessário ser vacinado
periodicamente contra determinadas doenças ou então receber doses de reforço ao longo da vida para
se manter a imunidade. O que está em causa é a proteção individual eficaz e também a proteção da
comunidade.
Há campanhas de vacinação a nível global e programas locais nos diferentes países. Em 1965, entrou
em vigor em Portugal o Programa Nacional de Vacinação – PNV.
Esta exposição pretende mostrar de uma forma sintética e pedagógica, a história da descoberta das
vacinas, a importância do Programa de Vacinação em Portugal e dar a conhecer vários aspectos das
vacinas nele incluídas em 2015.
Depois de ter concluído que estava perante uma descoberta com enormes
benefícios para a humanidade, Jenner publicou em 1798 os resultados da sua
investigação e das conclusões a que havia chegado. Ainda sem conhecer
imunologia e sem haver conhecimento de vírus e de bactérias, Jenner propôs
uma vacina.
Publicou os resultados no estudo An inquiry into the causes and effects of the
Variolae Vaccinae, a disease discovered in some of the western counties of
England, particularly Gloucestershire, and known by the name of the cow-pox
(1798).
Existem hoje mais de 50 vacinas para diferentes doenças. Nos últimos 50 anos
as diferentes vacinações têm sido organizadas em campanhas e programas,
tanto a nível nacional como internacional. A campanha de erradicação da
varíola foi um dos grandes triunfos da vacinação e da sua organização em
campanhas considerada erradicada em 1978. Há a consciência por parte dos
profissionais de saúde e das autoridades sanitárias que este trabalho tem que
ser constante. Há doenças novas que necessitam de vacinas e há doenças
antigas para as quais ainda não se descobriram vacinas. O incentivo à
vacinação é permanente e a sua organização em programas organizados é uma
realidade.
O que é uma vacina?
A vacina faz com que o sistema imunitário reaja como se tivesse sido infetado
pelo agente causador da doença. A vacina suscita imunidade no organismo.
Imunidade significa proteção contra a doença, em particular contra as doenças
infeciosas.
portuguesa e, por isso, tinha taxas de sucesso inferiores. Em 1965, foi instituído
o Boletim Individual de Saúde onde se registavam as vacinas.
A vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR), é uma Vacina contra sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR)
vacina combinada trivalente constituída por vírus atenuados das 3 doenças. É
administrada aos 12 meses e aos 5-6 anos.
Vacina contra o vírus do Papiloma humano (HPV)
Até à data foram identificados mais de 200 tipos de HPV, dos quais cerca de 40
infetam preferencialmente o trato anogenital: vulva, vagina, colo do útero, pénis
e áreas perianais. De acordo com o seu potencial oncogénico, os HPV podem
ser classificados em vírus de “baixo risco” e de “alto risco”. Dos cerca de 15
HPV de alto risco que podem infetar o trato anogenital, os genótipos 16 e 18 Várias lesões do cólo do útero provocadas pelo HPV
são responsáveis por 70-75% dos casos de cancro do colo do útero, estando
também associados a alguns casos de cancro vulvar, vaginal, peniano e anal.
Os HPV de baixo risco estão associados ao desenvolvimento de verrugas
genitais, em 90% destas situações estão identificados os genótipos 6 e 11.
anafilática”.
Sempre que for viajar para fora da Europa devem adotar-se medidas No que diz respeito à vacinação dos viajantes, o Regulamento Sanitário
preventivas e ter em atenção alguns cuidados para evitar doenças. O risco de Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos
adoecer durante uma viagem depende de fatores como a susceptibilidade do viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre-amarela.
indivíduo - influenciada por antecedentes vacinais e de doenças, doenças
concomitantes e utilização de medicamentos - e as características da viagem Os países que exigem a vacinação contra a febre-amarela são 18 e situam-se
programada - roteiro, época do ano, duração, tipo de actividade, condições de no continente africano:
alojamento, disponibilidade de assistência médica. Benim, Burkina Faso, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana,
Guiana Francesa, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Ruanda, República Centro
A melhor forma de conhecer os riscos, bem como as medidas profilácticas Africana, República Democrática do Congo, República de Angola, São Tomé e
obrigatórias do local para onde viaja é procurar uma das muitas consultas do Príncipe e Togo.
viajante e/ou centros de vacinação internacional existentes em todo o país.
Deve procurar orientação médica especializada com antecedência de pelo A vacina contra a febre-amarela tem o prazo de dez anos e não é
menos 30 dias. Após o regresso dos viajantes, estes centros prestam ainda recomendada para crianças com idade inferior a 9 meses.
assistência médica e fazem o diagnóstico de problemas possivelmente
contraídos durante a viagem. No entanto, alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o
comprovativo de vacinação contra outras doenças, como é o caso das vacinas
Assim, as consultas de saúde do viajante são efectuadas por médicos contra a meningite meningocócica e da febre tifóide, impostas pela Arábia
especialistas em doenças infecciosas e em medicina tropical (componente Saudita e exigidas a todos os que passem a fronteira entre o Sudão e o Egipto.
viagens) e, durante a consulta são avaliados os riscos associados à viagem de Também a vacina contra a cólera é exigida em determinados países.
acordo com as características individuais de cada viajante, o meio de
transporte, a actividade programada e o roteiro detalhado da viagem. Quanto a outro tipo de vacinação, está depende do país para o qual se viajar,
sendo que as vacinas mais indicadas são as que protegem contra a cólera,
Servem igualmente para administrar as vacinas necessárias (obrigatória) e difteria, encefalite japonesa, hepatite A, hepatite B, gripe, poliomielite,
outros medicamentos profilácticos (por exemplo, para a malária) e também para raiva, tétano e febre tifóide.
a importância de possuir alguma informação acerca da higiene individual,
cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem em determinados
países, a utilização de repelentes, etc.
Centros de vacinação da consulta do viajante em Portugal
Região de Saúde do Norte N.º 4 - Castelo Branco - Serviço de Sanidade Internacional Região de Saúde do Algarve
N.º 1 - Centro de Vacinação Internacional do Porto - Batalha/Guindais Centro de Saúde Castelo Branco N.º 1 - Centro de Saúde de Faro
Centro de Saúde da Batalha, Unidade de Saúde dos Guindais Avenida António Sérgio, n.º 10 - Apartado 72 - 6000-152 Castelo Branco Urbanização Graça Mira, Lejana de Cima - 8009-003 Faro
Rua Arnaldo Gama, n.º 64 - 4000-094 Porto Telefone: 272 340 290 / Fax: 272 341 658 Telefone: 289 830 300 / Fax: 289 830 372
Telefone: 222 002 540 / Fax: 222 001 998
Região de Lisboa e Vale do Tejo N.º 2 - Unidade de Saúde Pública de Portimão
N.º 2 - Centro de Vacinação Internacional de Braga N.º 1 - Centro de Saúde de Sete Rios Rua Poeta António Aleixo - 8501-856 Portimão
Centro de Saúde de Braga Largo Prof. Arnaldo Sampaio - 1549-010 Lisboa Telefone: 282 405 300
Largo 12 de Dezembro, n.º 5 - Ponte Pedrinha/Lomar - 4705-259 Braga Telefone: 217 211 836 / Fax: 217 211 802
Telefone: 253 208 260 / Fax: 253 208 261 Região Autónoma da Madeira
N.º 2 - Centro de Saúde de Almada N.º 1 - Funchal - Serviço de Sanidade Internacional
N.º 3 - Centro de Vacinação Internacional do Hospital Joaquim Urbano Unidade de Saúde Pública Centro Saúde do Bom Jesus (Módulo da Sé), Unidade Operativa de Saúde Pública
Hospital Joaquim Urbano Rua Luís António Verney, n.º 35 - 1805-169 Cova da Piedade Rua das Hortas, n.º 67, 3.º Piso - 9050-526 Funchal
Rua Câmara Pestana, n.º 348 - 4369-004 Porto Telefone: 212 721 635/6 / Fax: 212 721 631 Telefone: 291 208 738 / Fax: 291 208 888
Telefone: 225899550 – Ext: 340 / Fax: 225194460
N.º 3 - Hospital Dona Estefânia Região Autónoma dos Açores
N.º 4 - Centro de Vacinação Internacional de Viana do Castelo Rua Jacinta Marto - 1169-045 Lisboa N.º 1 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha de São Miguel
Centro de Saúde de Viana do Castelo Telefone: 213 126 600 / Fax: 213 126 823/779 Delegação Saúde P. Delgada, R. Agostinho Pacheco nº14, 9500-015 Ponta Delgada
Rua S. José, n.º 317 - 4900-308 Viana do Castelo Telefone: 296 201 760
Telefone: 258 801 900 / Fax: 258 801 909 N.º 4 - Hospital São Bernardo
Serviço de Infecciologia, Rua Camilo Castelo Branco -2910-446 Setúbal N.º 2 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha de Santa Maria
N.º 5 - Centro de Vacinação Internacional do Hospital São João Telefone: 265 549 558 / Fax: 265 231 124 Delegação de Saúde de Vila do Porto, Avenida de Sta Maria - 9580-501 Vila do Porto
Consulta de Medicina de Viagem e Centro de Vacinação Internacional Telefone: 296 820 100
Alameda Professor Hernâni Monteiro - (Piso 2 do Pav. Radioterapia) N.º 5 - Hospital Curry Cabral
4200-319 Porto Rua da Beneficência, 8 - 1069-166 Lisboa N.º 3 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha Terceira
Telefone: 225 512 243 / Fax (Geral): 225 025 766 Telefone: 217 924 322 Delegação de Saúde de Angra do Heroísmo
Canada dos Melancólicos - 9701-869 Angra do Heroísmo
N.º 6 - Centro de Vacinação Internacional de Bragança N.º 6 – Hospital Santa Maria (Centro Hospitalar Lisboa Norte) Telefone: 295 402 950
Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros Avenida Professor Egas Moniz - 1649-035 Lisboa
Avenida Dr. Urze Pires - 5340-263 Macedo de Cavaleiros Telefone: 217 805 000 / Fax: 217 805 610 N.º 4 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha da Graciosa
Telefone: 278 420 140 Delegação de Saúde de Santa Cruz da Graciosa
N.º 7 - Hospital Garcia de Orta Rua Mouzinho de Albuquerque - 9880-320 Santa Cruz da Graciosa
N.º 7 - Centro de Vacinação Internacional do Porto de Leixões Avenida Professor Torrado da Silva - 2801-951 Almada Telefone: 295 730 070
Porto de Leixões, Doca 2 Sul - 4450-000 Matosinhos e-mail: secretariadoconsexterna@hgomin-saude.pt; Telefone 212 727 239
Telefone: 229372497 e 918174606 / Fax: 229386144 e 912882385 N.º 5 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha do Faial
N.º 8 - Instituto de Higiene e Medicina Tropical Delegação de Saúde da Horta, Bairro Vista Alegre - 9901-853 Horta
Região de Saúde do Centro Rua da Junqueira, n.º 96 - 1349-008 Lisboa Telefone: 292 207 200
N.º 1 - Coimbra - Serviço de Sanidade Internacional Telefone: 213 652 600
ACES Baixo Mondego I - Unidade de Saúde Pública N.º 6 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha de São Jorge
Rua Capitão Salgueiro Maia - Topo Norte Região de Saúde do Alentejo Delegação de Saúde das Velas, Rua do Corpo Santo - 9800-541 Velas
Edifício Centro de Saúde Santa Clara - 3040-006 Coimbra N.º 1 - Consulta do Viajante do Hospital do Litoral Alentejano Telefone: 295 412 122
Telefone: 239 802 111 Monte do Gilbardinho EN 261 - 7540-230 Santiago do Cacém
Telefone: 269 818 100/269 818 125 / Fax: 269 818 127 N.º 7 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha do Pico
N.º 2 - Leiria - Serviço de Sanidade Internacional Delegação de Saúde da Madalena do Pico
Centro de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio N.º 2 - Centro de Saúde de Sines Praceta Dr. Caetano Luís Mendonça - 9959-361 Madalena – Pico
Rua Egas Moniz, n.º 7 - 2414-005 Leiria Rua Júlio Gomes da Silva, n.º 1-A - 7520-219 Sines Telefone: 292 628 800
Telefone: 244 859 140 / Fax: 244 849 001 Telefone: 269 870 440 / Fax: 269 636 012
N.º 8 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha das Flores
N.º 3 - Aveiro - Serviço de Sanidade Internacional N.º3 - Centro de Saúde de Évora - Unidade de Saúde Portas de Avis Delegação de Saúde de Santa Cruz das Flores, Rua do Hospital - 9970-303 Flores
Centro de Saúde de Aveiro Rua Ferragial do Poço Novo - 7000-747 Évora Telefone: 292 590 2
Praça Rainha D. Leonor - R/C do Laboratório - 3810-042 Aveiro Telefone: 266 760 010 / Fax: 266 743 383
Telefone: 234 891 191 N.º 9 - Centro de Vacinação Internacional da Ilha do Corvo
Delegação de Saúde do Corvo, Avenida do Corvo - 9980-039 Corvo
Telefone: 292 596 153
Referências
DENO, Richard A.; ROWE, Thomas D.; BRODIE, Donald C. — The profession of pharmacy. An introductory textbook. Philadelphia-Montreal: J.B.Lippincontt Company, 1959.
FELICIANO, João — “A vacinação e a sua história”. Caderno da Direcção Geral de Saúde. 2(2002) 3-7.
FREITAS, Maria da Graça — “Programa Nacional de Vacinação e reforma dos cuidados de saúde”. Revista Portuguesa de Clínica Geral. 23(2007) 409-415.
GRACIA GUILLÉN, Diego et al. — Historia del medicamento. Barcelona: Ediciones Doyma, 1986
MARGOTTA, Roberto – História ilustrada da medicina. Lisboa: Publicações e Artes Gráficas, Lda, 1996.
PINTO, S.M.; SANTOS, I.G.; RODRIGUEZ SANCHEZ, J.A.; PITA, J.R.; PEREIRA, A.L. — “De las campañas de vacunación al calendario vacunal: el programa nacional de vacinação
portugués y las campañas nacionales de vacunación antipoliomielítica en España (1963-1976)”. In: CAMPOS MARÍN, R. et al. — Medicina y poder politico. XVI Congreso de la Sociedad
Española de Historia de la Medicina.. Madrid: SEHM y FMUCM, 2014, pp. 203-209.
PITA, João Rui — História da Farmácia. 3ª ed. Coimbra: MinervaCoimbra, 2007.
PITA, João Rui — “Manuel Joaquim Henriques de Paiva: um luso-brasileiro divulgador de ciência. O caso particular da vacinação contra a varíola”. Mneme. Revista de Humanidades.
10:26(2009) 91-102
PLOTKIN, Stanley A.; ORENSTEIN, Walter A. — Vaccines. 3ª ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1999.
PORTER, Roy (Ed.) — Medicina. A história da cura. Das antigas tradições às práticas modernas. Lisboa: Livros & Livros, 2002
SOURNIA, Jean-Charles — Histoire de la médecine et des médecins. Paris: Larousse, 1991.
SUBTIL, Carlos Lousada; VIEIRA, Margarida — “Os primordios da organização do Programa Nacional de Vacinação em Portugal”. Revista de Enfermagem Referência. 4(2011) 167-174
Sites consultados
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22607
http://www.tuasaude.com/alimentos-que-aumentam-a-imunidade/
http://saude.umcomo.com.br/articulo/como-funcionam-as-vacinas-10927.html
https://www.dgs.pt/
http://www.saudemedicina.com/
http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/historia-das-vacinas
http://www.roche.pt/hepatites/hepatiteb/virus.cfm
http://escola.britannica.com.br/assembly/134472/A-foto-mostra-uma-imagem-ampliada-do-virus-da-hepatite
http://www.manualmerck.net/?id=67&cn=745
http://www.huffingtonpost.com/2014/01/13/deadly-viruses-beautiful-photos_n_4545309.html
https://www.oist.jp/groups/molecular-cryo-electron-microscopy-unit-matthias-wolf
http://bioquell.asia/technology/microbiology/neisseria-meningitidis/
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/vacinacao/virus+vacina.htm
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/10/10/pneumonia/
http://www.centrocienciajunior.com/miudos_graudos/vamosfalar01.asp?id=2113
Ficha técnica da exposição
Coordenação
Célia Cabral e João Rui Pita
Agradecimentos
Enfermeira Susana Sanches e Enfermeira Sandra Godinho
Unidade de Saúde Familiar CelaSaúde, Coimbra
Apoios
PEST-OE/HIS/UI0460/2014
Bolsa de Pós-Doutoramento SFRH/BPD/68481/2010
Próximas exposições