O documento descreve medidas de controle ambientais e relativas aos trabalhadores para reduzir riscos à saúde. As medidas ambientais incluem substituição de produtos tóxicos, melhorias de processo, enclausuramento, ventilação local e geral. As medidas para trabalhadores são equipamento de proteção, treinamento e exames médicos. A ventilação local é mais eficiente para controlar agentes químicos pois remove os contaminantes diretamente na fonte.
O documento descreve medidas de controle ambientais e relativas aos trabalhadores para reduzir riscos à saúde. As medidas ambientais incluem substituição de produtos tóxicos, melhorias de processo, enclausuramento, ventilação local e geral. As medidas para trabalhadores são equipamento de proteção, treinamento e exames médicos. A ventilação local é mais eficiente para controlar agentes químicos pois remove os contaminantes diretamente na fonte.
O documento descreve medidas de controle ambientais e relativas aos trabalhadores para reduzir riscos à saúde. As medidas ambientais incluem substituição de produtos tóxicos, melhorias de processo, enclausuramento, ventilação local e geral. As medidas para trabalhadores são equipamento de proteção, treinamento e exames médicos. A ventilação local é mais eficiente para controlar agentes químicos pois remove os contaminantes diretamente na fonte.
1- Descreva sete diferentes medidas de controle relativas ao ambiente e
quatro medidas de controle relativas ao trabalhador.
As medidas de controle podem ser separadas em duas classes distintas:
medidas relativas ao ambiente, nas quais o controle dos agentes é feito nas fontes (máquinas, processos, produtos, operações) e na trajetória desses agentes até o trabalhador; e medidas relativas ao trabalhador que é o receptor involuntário desses agentes. Medidas de Controle relativas ao ambiente: Substituição de Produto Tóxico ou Nocivo – o que nem sempre é possível, mas quando é, representa a maneira mais segura de eliminar ou reduzir o risco. Ex: substituição do quartzo granulado, que é usado (em jato sob pressão) na limpeza de peças metálicas, por granalha de aço, o que reduz de forma considerável o risco de silicoses (quando não se tratam de peças fundidas em areia). Mudança ou Alteração de Processo ou Operação – Quanto às mudanças, estas geralmente visam redução de custos e aumento da produção, mas este é o momento certo para incluir medidas que visem a melhorias no ambiente de trabalho e redução dos riscos. Dentre as operações, cujos riscos essas medidas eliminam ou reduzem significativamente, temos: Utilização de pintura por imersão ao invés de pintura a pistola; processos úmidos no lugar de operações “a seco”, para o controle de suspensões de partículas; mecanização e automatização de processos, como o ensacamento de pós e a mecanização do empastamento de placas de baterias. Encerramento ou Enclausuramento da Operação - consiste no confinamento da operação, com o objetivo de impedir a dispersão do contaminante por todo o ambiente de trabalho. Como exemplos têm: as câmaras de jateamento abrasivo e o manuseio de solventes altamente tóxicos. Quando o operador não está incluído no enclausuramento, tendo acesso à operação somente através de aberturas especiais, as chamadas “Glove Boxes” (caixas com luvas). As caixas, que envolvem a operação, são de material transparente ou dotadas de visores, e as aberturas de manuseio “vestem” luvas impermeáveis no operador, isolando totalmente o processo. Ex: o esmerilhado e gravação de cristais, caixas de jateamento abrasivo certos processos da indústria química. Em conjunto ao enclausuramento, a automatização ou semi-automatização de um processo nocivo, é das medidas mais eficientes. Segregação da Operação ou Processo - A segregação ou isolamento é útil para operações limitadas que requerem um número reduzido de trabalhadores, ou onde o controle por qualquer outro método é muito difícil. A tarefa é isolada do restante das operações, e assim, a maioria dos trabalhadores não é exposta ao risco específico; aqueles que realmente estão envolvidos na operação receberão proteção individual especial e/ou coletiva, economicamente viável pela própria ação de segregação. A segregação pode ser feita no espaço (significa isolar o processo à distância) ou no tempo (significa executar uma tarefa fora do horário normal, reduzindo assim o número de expostos. Como exemplos de segregação no espaço pode- se citar setores de jateamento de areia na indústria em geral e na construção naval; e de segregação no tempo, a manutenção e reparos que envolvem altos riscos. Ventilação Industrial Aplicada - Ventilação Geral Diluidora – Seu objetivo é baixar a concentração dos contaminantes no ambiente laboral a níveis aceitáveis, através da introdução de grandes volumes de ar, o que leva a diluição dos mesmos. A renovação do ar pode-se dar positivamente (insuflamento) ou negativamente (exaustão), e a decisão deve basear-se na possibilidade de que haja escape de ar contaminado a outros recintos. A ventilação geral ( natural ou forçada) apresenta algumas limitações, como p. ex., não recomenda-se seu uso nos casos onde o contaminante é disperso próximo a zona respiratória do trabalhador; economicamente a ventilação geral apresenta o inconveniente de requerer volumes de ar muito altos, quando se trata de diluir contaminantes de alta toxicidade. O volume de ar envolvido deve relacionar-se com o volume de contaminante gerado na unidade de tempo. Ventilação Local Exaustora - É dos sistemas mais eficazes para se prevenir a contaminação do ar na indústria. O princípio em que se baseia é o de capturar o contaminante no seu ponto de origem (ato contínuo à sua geração), antes que o mesmo atinja a zona respiratória do trabalhador, usando para isto, a menor quantidade de ar possível. O contaminante assim capturado é levado por tubulações ao exterior, ou ao sistema de coleta do contaminante. Manutenção – Constitui –se como parte e complemento importante das ações de controle anteriormente citadas. Deve-se observar os prazos e programas de manutenção recomendados para os equipamentos e instalações. Ordem e limpeza - É impossível manter-se um programa efetivo de saúde ocupacional, sem que se assuma a constante preocupação com os aspectos de ordem e limpeza. O asseio é sempre importante; onde há materiais tóxicos, é primordial. A limpeza imediata de quaisquer derramamentos de produtos tóxicos é importante medida de controle. Devemos também observar as particularidades que cada situação requer, como p. ex., Nunca o pó deve ser soprado, com bicos de ar comprimido, para “efeito” de limpeza e o uso adequado do EPI. Medidas de Controle relativas ao Pessoal: Equipamento de Proteção Individual (EPI) – Em situações especiais onde as medidas de controle ambientais são inaplicáveis total ou parcialmente, a única forma de proteger o pessoal será dotá-lo de equipamentos de proteção individual. Treinamentos específicos abordando o uso correto dos EPIs, por parte dos trabalhadores, assim como as limitações de proteção que eles oferecem, são aspectos que devem ser levados ao conhecimento do trabalhador Educação e Treinamento - Tais ações devem incluir, entre outros itens, a conscientização do trabalhador, quanto aos riscos inerentes às operações, aos riscos ambientais e às formas operacionais adequadas que garantam a efetividade das medidas de controle adotadas, além do treinamento em procedimentos de emergência, noções de primeiros socorros e medidas de urgência adequadas a cada ambiente de trabalho específico. Controle Médico – Os exames admissionais apresentam características importantes na seleção ocupacional, podendo se comparar aspectos desejados e não desejados. De acordo com a função ou atividade específica do trabalhador na empresa, aspectos operacionais, compleição física, habilidades de destreza, atenção e percepção, de susceptibilidade individual, alergênicos, etc., com os requerimentos e os fatores de risco de tais funções ou atividades. Os exames médicos periódicos dos trabalhadores possibilitam, além de um controle de saúde geral do pessoal, a detecção de fatores que podem levar a uma doença profissional, assim como serão uma forma de avaliar a efetividade dos métodos de controle empregados. Outros exames importantes são aqueles necessários à mudança de função, ao retorno ao trabalho após um longo tempo de afastamento e o exame demissional. Limitação da Exposição – Quando as outras medidas de controle possíveis se mostrarem não efetivas, impraticáveis (técnica, física ou economicamente) ou insuficientes no controle de um agente, por não obterem êxito , na eliminação ou redução do risco a níveis seguros a limitação da exposição torna-se uma opção efetiva em muitos casos.
2- Quais os elementos que constituem um sistema de ventilação local
exaustora? Qual é a diferença básica entre ventilação geral diluidora e ventilação local exaustora? Qual delas é mais eficiente no controle de agentes químicos?
1-Tomada de ar ou Captor: é o ponto de entrada dos poluentes a serem
exauridos pelo sistema. É a parte mais importante do sistema. Seu dimensionamento incorreto pode prejudicar todo o sistema. 2-Tubulações ou Sistema de dutos: os dutos são os responsáveis pelo transporte de poluentes captados. No projeto do sistema deve-se escolher os dutos, calcular perdas de carga, cotovelos, junções, entre outros. 3-Ventilador: fornece a energia necessária para movimentação dos poluentes nos dutos. Os mais usados são os axiais e centrífugos.Deve-se levar em conta alguns fatores, como: vazão requerida, a pressão estática, as características do fluído, espaço, ruído, eficiência desejada. 4-Equipamento de controle de poluição do ar: responsável pela retenção dos poluentes, impedindo seu lançamento na atmosfera e conseqüentemente a contaminação do meio ambiente. A escolha do equipamento de controle depende de vários fatores, tais como: estado físico do poluente, composição química grau de limpeza desejado, temperatura, umidade, entre outros. A razão dessa forma de instalação é que, desse modo, todo o sistema se encontrará em pressão negativa, evitando a fuga de ar contaminado à atmosfera. Esse arranjo também é favorável quando o contaminante tem ação erosiva ou corrosiva, o que poderia diminuir sensivelmente a vida útil do ventilador.
A diferença básica entre ventilação geral diluidora e ventilação local exaustora:
Ventilação Geral Diluidora:
Este método de ventilação consiste simplesmente em passar uma corrente de
ar externo não contaminado através do recinto a ser purificado, eliminando (reduzindo a concentração) de substâncias indesejáveis. O uso de ventilação geral diluidora é sempre mais econômico no caso de várias fontes contaminantes em baixas concentrações. No caso de ser produzido no ambiente um contaminante indesejável, mesmo a concentrações mínimas, o fator econômico deixa de ser o mais importante. A ventilação geral diluidora pode ser usada tanto para ambientes normais como para ambientes industriais. No caso de ambientes industriais é usada para remover contaminantes, calor ou ambos. A simples renovação de ar no ambiente não significa que este se tornará salubre, sendo necessário que o ar seja distribuído de forma que a taxa de contaminante seja a mesma em todos os pontos. A ventilação geral diluidora não é recomendada para substâncias altamente tóxicas (TLV ≤ 100 ppm).
Ventilação Local Exaustora:
A ventilação local exaustora capta os poluentes diretamente na fonte evitando a dispersão dos mesmos no ambiente de trabalho. Este tipo de ventilação é mais adequado à proteção da saúde do trabalhador.
Assim a diferença básica é: a ventilação geral diluidora não impede a emissão
dos poluentes para o ambiente de trabalho,como a ventilação local exaustora, (que capta os poluentes junto à fonte de emissão antes que sejam emitidos ao ambiente ocupacional), mas simplesmente os dilui. Assim, a ventilação geral, natural ou mecânica, não é tão satisfatória para o controle da saúde como nos sistemas de ventilação local exaustora (VLE). Só deverá ser utilizada quando a VLE não for possível.
3- De acordo com a legislação nacional, quais são as medidas de
prevenção que deverão ser adotadas quando um trabalhador está exposto a um determinado agente cuja concentração está acima do seu respectivo nível de ação?
O item 9.3.6. da NR 09 considera nível de ação o valor acima do qual devem
ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. Para agentes químicos o nível de ação de um agente ambiental, segundo a NR-9, é um valor de metade dos limites de exposição ocupacional estabelecidos pela NR 15 - Atividades e Operações Insalubres ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou ainda aqueles que venham a ser estabelecido em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos. As ações preventivas devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação e orientação dos trabalhadores sobre os riscos e o controle médico.
4. Qual é a hierarquia das medidas de controle? Apresente pelo menos um
exemplo de cada uma delas. Quanto mais cedo for eliminado o risco melhor, portanto a hierarquia dos controles deve ser: · controle na fonte do risco. São medidas que eliminam ou reduzem a utilização, ou a formação de agentes prejudiciais para a saúde, por exemplo, substituição de materiais ou equipamentos e modificações em processos. · controle na trajetória do risco (entre a fonte e o receptor). São medidas que previnem a liberação ou disseminação dos agentes no ambiente de trabalho. Ex.: Encerramento/enclausuramento da operação ou medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente trabalho. Ex.: Ventilação local exaustora. · controle no receptor (trabalhador). Por exemplo: Práticas de Trabalho Adequadas, Educação, Treinamento e Comunicação de Riscos, Equipamentos de Proteção Individual, Vigilância da Saúde, Higiene Pessoal e das Roupas, Outras Medidas (Limitação da Exposição; Rotação).
5- Qual é o papel do higienista na fase de controle dos riscos ambientais?
Higiene Ocupacional definição segundo a American Industrial Hygiene
Association (AIHA): “Ciência e arte devotada ao reconhecimento, à avaliação e ao controle dos fatores e estressores ambientais, presentes no local de trabalho ou oriundos deste, os quais podem causar doença, degradação da saúde ou bem-estar, ou desconforto significativo e ineficiência entre os trabalhadores ou cidadãos de uma comunidade”. Partindo desta definição, a fase de controle é parte de um processo. Como pode ser exemplificado no fluxograma abaixo: Assim o higienista deve ter conhecimentos teóricos profundos e uma atitude proativa, onde os conhecimentos teóricos podem ser aplicados em soluções eficientes.As ações de controle e prevenção devem ser integradas em programas bem planejados, bem gerenciados e que sejam sustentáveis ao longo do tempo, para isso uma boa integração com toda equipe de SSMET, diretoria, supervisores, gerentes, trabalhadores é fundamental.Algumas das ações do higienista na fase de controle seria: • adotar medidas de engenharia sobre as fontes e trajetória do agente, atuando sobre os equipamentos e realizando ações específicas de controle, como projetos de ventilação industrial; • intervir sobre operações, reorientando-as para procedimentos que possam eliminar ou reduzir a exposição; • definir ações de controle no indivíduo, o que inclui, mas não está limitado a proteção individual.
Técnicas de Controle de Agentes Físicos, Químicos e Biológicos Medidas Administrativas Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual (EPI)