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Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Cerro Largo

Engenharia Ambiental e Sanitária - 8º fase


Professor: Serli Genz Bolter
Aluna: Eduarda Ceretta Disciplina: Direito Ambiental

O DIREITO AMBIENTAL E A ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO AMBIENTAL

CERRO LARGO
2023
INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais longínquos, da organização dos grupos humanos em
sociedades, existe a necessidade de regular as atividades humanas em torno do Direito e
da justiça. Diferentes povos ao longo da história, para que a ordem imperasse e os
desvios de conduta fossem penalizados, criaram, sob formas distintas, regras ou leis para
melhor organizar o convívio social nos mais diversos assuntos.
Para os dias de hoje, no Brasil, por exemplo, muitos são os ramos em que o direito
se divide, como o penal, civil, administrativo, tributário...e também direito ambiental.
Nesse sentido, será feita uma breve abordagem histórica dos principais marcos da
legislação ambiental no Brasil, com vista a explicitar algumas das leis mais importantes
para o trabalho de um profissional da engenharia ambiental, que, assim como qualquer
outro cidadão, tem o auxílio de normas para orientar o desenvolvimento das questões
relacionadas a sua área de atuação.
É importante ressaltar que a abordagem será sucinta e tentará trazer algumas das
legislações sobre o tema, de modo a mostrar um panorama geral do assunto até o
presente momento (final de setembro de 2023) e não uma gama completa de leis,
resoluções e normativas, uma vez que há um enorme contingente delas e estas sofrem
atualizações constantes. O critério usado para seleção das leis foi escolha pessoal com
base nos quatro eixos do saneamento básico (Tratamento e distribuição de água potável;
Coleta e tratamento de esgoto; Drenagem urbana das águas pluviais; Coleta e destinação
correta dos resíduos sólidos), e também baseada nos materiais e discussões com os
professores do curso.
Outro aspecto a ser levado em consideração é que o presente trabalho foi
pensado para o contexto da disciplina de Direito Ambiental do Curso de Engenharia
Ambiental e Sanitária da Universidade Federal da Fronteira Sul, no intuito de
proporcionar aos alunos uma pesquisa sobre a relação entre o direito e o profissional da
área ambiental.
DESENVOLVIMENTO
Muito se fala sobre o direito ambiental ser muito recente no Brasil. De fato,
grandes leis foram promulgadas com mais frequência a partir de 1960. Mas a
preocupação com temas envolvendo a temática ambiental, mesmo que de maneira
difusa, já era denotada em outros documentos legais de tempos mais antigos. Por
exemplo, na fase do Brasil Colonial, José De Castro Meira (Meira,2008), destaca de
Juraci Perez Magalhães, dois momentos em que se percebe uma preocupação de caráter
ambiental: As Ordenações Manuelinas (a legislação do reino até a instituição do
Governo Geral, em 1548) citava no Livro V, no título LXXXIII a proibição da caça de
perdizes, lebres e coelhos e, no título “C”, tipificava o corte de árvores frutíferas como
crime (MEIRA,2008).
Sob o comando espanhol, as Ordenações Filipinas, em 11 de janeiro de 1603,
foram criadas para disciplinar sobre a matéria ambiental no Livro I, título LVIII; livro
II, título LIX; livro IV, título XXXIII; livro V, títulos LXXV e LXXVIII. (A Evolução
da Legislação Ambiental no Brasil, 1998, Ed. Oliveira Mendes, págs. 26/27). Ao agente
que cortasse árvore ou fruto era atribuída pena gravíssima (açoite e ao degredo para a
África por quatro anos, se o dano fosse mínimo, caso contrário, o degredo seria para
sempre” (MEIRA, 2008).
Avançando no tempo, as informações que virão a seguir (em forma de tabela, e
em ordem cronológica, para facilitar a organização) retratam um histórico ambiental no
Brasil e são de diversas fontes, as quais estão citadas nas referências. As iniciais são
provenientes especialmente de MEIRA, 2008; as seguintes, de consultas ao site Jus.com,
Planalto entre outras.
Regimento do Pau-Brasil, A primeira lei de proteção florestal, exigia autorização
1605 real para o corte dessa árvore.
Carta Régia de 13 de Destacava a importância da defesa da fauna, das águas
março de 1797 e dos solos.

Regimento de Cortes de Estabeleceu rigorosas regras para a derrubada de


Madeiras, 1799 árvores.
Decreto de 13 de junho de Criação do Jardim Botânico, 1808, área de preservação
1808 ambiental, considerada nossa primeira unidade de
conservação, destinada a preservar espécies e estimular
estudos científicos
Lei nº Derrubada de matos ou o ateamento de fogo: crime
601, a primeira Lei de punível com prisão, de 2 a 6 meses, e multa.
Terras do Brasil, 1850
Decreto nº 8.843, de 26 de Foi criada a primeira reserva florestal do Brasil, no
junho de 1911 antigo Território do Acre.

Serviço Florestal do Originou o que se conhece hoje como IBAMA


Brasil, 1921 (Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis)
Decreto n.º 23.793/34, Regulação do uso dos recursos e a proteção das
Código Florestal florestas, impôs limites ao exercício do direito de
Propriedade. Fala sobre as florestas, infrações, crimes
florestais
Código das águas, Regrava o uso das águas, álveos e margens; direito de
Decreto Federal n° propriedade das águas pelo Estado regulamentando o
24.643/ 1934 aproveitamento dos recursos hídricos e estabelecendo,
como prioritário, o abastecimento público, reforçando a
manutenção da qualidade dos corpos d’água.

Código da Pesca, Decreto- As embarcações estrangeiras e às nacionais guarnecidas


Lei n.º 794/38 por estrangeiros é proibido o exercício da pesca em
águas territoriais brasileiras
Código Penal Brasileiro – Inclui a proteção dos ambientes aquáticos através de seu
Decreto Federal n° Art. 270 no qual está previsto que os responsáveis por
2.848/1940 envenenar água de uso comum ou particular estarão
sujeitos a pena de reclusão, de dez a quinze anos.
Decreto Federal n° Primeira legislação federal específica sobre a poluição
50.877/1961- Foi das águas. Estabeleceu a exigência mínima de
revogada pelo DECRETO tratamento dos resíduos líquidos, sólidos ou gasosos,
DE 05 DE SETEMBRO domiciliares ou industriais, antes do seu lançamento às
DE 1999 águas interiores ou litorâneas.
Previu a classificação das águas de acordo com os seus
usos preponderantes, com respectivas taxas de poluição
permissíveis.
Lei 4.504/64, o Estatuto
da Terra Regula os direitos e obrigações concernentes aos bens
imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma
Agrária e promoção da Política Agrícola. : Define
Reforma Agrária e Política Agrícola

LEI Nº 4.771, DE 15 DE
SETEMBRO DE 1965 Código Florestal de 1965. Art. 1° As florestas existentes
(Revogada pela Lei nº no território nacional e as demais formas de vegetação,
12.651, de 2012.) reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são
bens de interesse comum a todos os habitantes do País,
exercendo-se os direitos de propriedade, com as
limitações que a legislação em geral e especialmente esta
Lei estabelecem.

Lei n.º 5.197/67


Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.

Decretos-Lei n.º 221/67, e Código de Pesca e Código de Mineração


n.º 227/67
Conferência Internacional (Não se trata de uma legislação nem de um evento
de Estocolmo em 1972 somente do Brasil, mas por ser a primeira das grandes
conferências com representantes de diversas nações,
vale o destaque). Ela foi motivada para se discutir os
problemas ambientais. Teve como desdobramentos a
elaboração da Declaração de Estocolmo, com 26
princípios e a criação do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA)- Princípios
relacionados à cooperação internacional acerca das
questões ambientais,sobre ordenamentos dos recursos
naturais e não poluição dos mesmos; sobre o homem ser
“obra’ e “construtor” no ambiente; de uso comum a
todos os povos; não uso de armas nucleares…
Decreto-Lei n.º 1.413/75
Dispunha acerca do controle da poluição do meio
ambiente provocada por atividades industriais.

Art. 1º As indústrias instaladas ou a se instalarem em


território nacional são obrigadas a promover as medidas
necessárias a prevenir ou corrigir os inconvenientes e
prejuízos da poluição e da contaminação do meio
ambiente.
Parágrafo único. As medidas a que se refere este artigo
serão definidas pelos órgãos federais competentes, no
interesse do bem-estar, da saúde e da segurança das
populações.

Lei nº 6.766/1979 (Lei do


Parcelamento do Solo Divisão das cidades em zonas, de acordo com Planos
Urbano); Diretores. Também conhecida como Lei de Zoneamento,
é a legislação municipal que define regras para
organização da cidade estabelecendo, por exemplo, onde
as atividades mais incômodas para os usos habitacionais
devem se localizar (indústrias de grande porte e
potencialmente poluidoras), como e onde os usos
habitacionais de maior densidade construtivas podem ser
incentivados ou não (condomínios de apartamento),
preservar paisagens e bens históricos ou culturais,
estimular a atividade econômica de pequeno e médio
porte, principalmente nos bairros mais distantes do
centro, entre outros.

Lei nº6.938/1981 (Lei da


Política Nacional do Meio Trouxe diversos conceitos ambientais importantes,
Ambiente) instituiu o Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA –, e os Instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente. Entre as medidas adotadas está a
exigência do estudo de impacto ambiental e o respectivo
relatório (EIA/RIMA) para a obtenção de licenciamento
em qualquer atividade modificadora do meio ambiente.
Dispõe sobre a (PNMA), seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras providências. A
PNMA visa compatibilizar o desenvolvimento
econômico e social com a preservação da qualidade do
meio ambiente e do equilíbrio ecológico, com vistas a sua
utilização racional e disponibilidades permanentes.
Destaca que a defesa do meio ambiente não é atribuída
apenas ao Estado, mas a toda a Sociedade. Define
Recursos ambientais. Estipula valores acerca de vistorias
técnicas quanto: i) desmatamento para uso alternativo do
solo de projetos enquadrados no Programa Nacional de
Agricultura Familiar (PRONAF) ou no Programa de
Financiamento à Conservação e Controle do Meio
Ambiente (FNE VERDE) (área a ser explorada); ii)
desmatamento para uso alternativo do solo e utilização
de sua matéria-prima florestal.

Lei nº7.347/1985 (Lei da


Ação Civil Pública); Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por
danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico (VETADO PARCIALMENTE) e
dá outras providências.

Decreto Federal N°
91.305/1985 O Conselho Nacional do Meio Ambiente possui dentre
outras funções: baixar normas para implantação da
Política nacional de Meio Ambiente e estabelecer normas
e critérios para licenciamento de atividades efetivas ou
potencialmente poluidoras.
Constituição Federal
Brasileira (1988) Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Decreto N° 99.274/ 1990


Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem,
respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas
e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.
Art. 1º - Estações Ecológicas são áreas representativas de
ecossistemas brasileiros, destinadas à realização de
pesquisas básicas e aplicadas de Ecologia, à proteção do
ambiente natural e ao desenvolvimento da educação
conservacionista. Art. 8º - O Poder Executivo, quando
houver relevante interesse público, poderá declarar
determinadas áreas do Território Nacional como de
interesse para a proteção ambiental, a fim de assegurar o
bem-estar das populações humanas e conservar ou
melhorar as condições ecológicas locais

Política Nacional de
Recursos Hídricos - Lei Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Federal N° 9.433/1997 Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da
Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de
13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de
28 de dezembro de 1989. Com vetos parciais.

RESOLUÇÃO Dispõe sobre a revisão e complementação dos


CONAMA nº 237 de 1997 procedimentos e critérios utilizados para o
licenciamento ambiental. Definições sobre
Licenciamento, Estudos ambientais: ATIVIDADES OU
EMPREENDIMENTOS SUJEITOS AO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Resolução CONSEMA Sobre o Sistema de Automonitoramento de Atividades
01/1998 - Poluidoras - SISAUTO

LEI Nº 9.605, DE 12 DE
FEVEREIRO DE 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências. (infrações, crimes
contra o meio ambiente e penas). A ausência de licença
caracteriza crime.

Política Nacional de
Educação Ambiental Lei Define a Educação Ambiental como um componente
Federal N° 9.795/1999 essencial e permanente da educação nacional, devendo
estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não-formal, sendo um direito de todos. Art. 1º.
Entendem-se por educação ambiental os processos por
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Lei nº 9.985/2000 (Lei do


Sistema Nacional de Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da
Unidades de Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de
Conservação). Unidades de Conservação da Natureza e dá outras
providências. A Lei do SNUC especifica as
características de cada uma das 12 categorias de unidades
de conservação e traz as regras de criação, implantação e
administração delas.

Decreto Federal N°
4.297/2002 Critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do
Brasil - ZEE, e dá outras providências. Objetiva
organizar projetos e atividades que, direta ou
indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a
plena manutenção do capital e dos serviços ambientais
dos ecossistemas.

Resolução N° 303/2002
do CONAMA Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas
de Preservação Permanente. Art. 1º, II - nascente ou olho
d’água: local onde aflora naturalmente, mesmo que de
forma intermitente, a água subterrânea. Art. 3o Constitui
Área de Preservação Permanente a área situada: II - ao
redor de nascente ou olho d’água, ainda que intermitente,
com raio mínimo de cinquenta metros de tal forma que
proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte.

RESOLUÇÃO
CONAMA N° 357 DE Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
2005 diretrizes ambientais para o seu bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências. O Art 2° traz definições
importantes, como “águas doces, salobras e salinas”,
“efeito tóxico agudo e crônico”, “carga poluidora”,
“virtualmente ausente”, “classificação”,
“enquadramento”. Os Art. 4º , 5° e 6° classificam e
definem o destino das águas doces, em: especial, I, II, III
e IV e especial, e as águas salobras e salinas em especial,
I, II e III.

ALTERADA PELAS RESOLUÇÕES CONAMA N°


393/2007, N° 397/2008, N° 410/2009 e N° 430/2011
LEI Nº 11.445, DE 5 DE
JANEIRO DE 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento
(ALTERADA- (Redação básico; cria o Comitê Interministerial de Saneamento
pela Lei nº 14.026, de Básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de
2020). 1979, 8.666, de 21 de junho de 1993, e 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995; e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio
de 1978. Saneamento básico: conjunto de serviços,
infraestruturas e instalações de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas.

Resolução N° 396/2008
CONAMA Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para
o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras
providências. As águas subterrâneas são aquelas que
ocorrem naturalmente ou artificialmente no subsolo. Art.
3o - As águas subterrâneas são classificadas em: I -
Classe Especial; II - Classe 1; III - Classe 2;
IV - Classe 3; V - Classe 4; VI - Classe 5

Resolução CONAMA N°
420/2009 Qualidade do Solo: Dispõe sobre critérios e valores
orientadores de qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por
essas substâncias em decorrência de atividades
antrópicas. Em seu capítulo III define que para o
atendimento desta Resolução nas amostragens, análises e
controle de qualidade para caracterização e
monitoramento do solo e das águas subterrâneas, deve-
se adotar procedimentos de coleta, manuseio,
preservação, acondicionamento e transporte de amostras
de acordo com normas nacionais e internacionais,
respeitando-se os prazos de validade; ii) Realizar as
análises físicas, químicas e biológicas, utilizando-se
metodologias que atendam às especificações descritas
em normas reconhecidas internacionalmente; Os
resultados das análises de investigação e monitoramento
devem ser reportados em laudos analíticos.

Lei Federal n° PNRS- Política Nacional de Resíduos Sólidos


12.305/2010 Art. 1° Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e
instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à
gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos
sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades
dos geradores e do poder público e aos instrumentos
econômicos aplicáveis.
§ 1° Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas
físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,
responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de
resíduos sólidos e as que desenvolvam ações
relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de
resíduos sólidos.

§ 2° Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que


são regulados por legislação específica.
Definições, Princípios e objetivos,
instrumentos,Diretrizes aplicadas aos resíduos sólidos,
planos de resíduos (nacionais, estaduais e municipais);
responsabilidade dos geradores e do poder público;
resíduos perigosos; instrumentos econômicos;
RESOLUÇÃO Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de
CONAMA N° 430 DE efluentes complementa e altera a Resolução N° 357 de
2011 2005, do CONAMA. O Art 4° traz definições
importantes, como “capacidade de suporte do corpo
receptor”, “zona de mistura”. Art. 11. Nas águas de
classe especial é vedado o lançamento de efluentes ou
disposição de resíduos domésticos, agropecuários, de
aquicultura, industriais e de quaisquer outras fontes
poluentes, mesmo que tratados.

ABNT NBR N° 12209 DE Elaboração de projetos de ETE


2011 -

Código Florestal - Lei Esta lei revoga o antigo código florestal instituído
Federal N° 12.727/2012 através da Lei 4.771 de 1965 e dentre os objetivos do
novo código florestal, destaca-se: Proteção e uso
sustentável de florestas, consagrando o compromisso do
País com a compatibilização e harmonização entre o uso
produtivo da terra e a preservação da água, do solo e da
vegetação.
Portaria de Consolidação Consolidação das normas sobre as ações e os serviços
Nº 5/2017 do Ministério de saúde do Sistema Único de Saúde. Seção II - Do
da Saúde Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para
Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade
(Origem: PRT MS/GM 2914/2011). Seção IV – Art. 13
- VII - monitorar a qualidade da água no ponto de
captação, conforme estabelece o art. 40 (Origem: PRT
MS/GM 2914/2011, Art. 13, VII); VIII - comunicar aos
órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e
ao órgão de saúde pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios qualquer alteração da
qualidade da água no ponto de captação que
comprometa a tratabilidade da água para consumo
humano; (Origem: PRT MS/GM 2914/2011, Art. 13,
VIII); IX - contribuir com os órgãos ambientais e
gestores de recursos hídricos, por meio de ações
cabíveis para proteção do(s) manancial(ais) de
abastecimento(s) e das bacia(s) hidrográfica(s);
(Origem: PRT MS/GM 2914/2011, Art. 13, IX).
Resolução CONSEMA Sobre os padrões de emissão de efluentes líquidos para
355/2017 as fontes geradoras que lancem seus efluentes em águas
superficiais no Estado do Rio
Grande do Sul.
Resolução CONSEMA n° Dispõe sobre os empreendimentos e atividades
372/2018 utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental, passíveis de
licenciamento ambiental no Estado do Rio Grande do
Sul, destacando os de impacto de âmbito local para o
exercício da competência municipal no licenciamento
ambiental.
Lei nº14.026/2020- O novo Marco Legal do Saneamento Básico prevê a
Marco Legal do universalização dos serviços de água e esgoto até 2033
Saneamento Básico e viabiliza a injeção de mais investimentos privados nos
serviços de saneamento. Atualiza o marco legal do
saneamento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho
de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA) competência para editar
normas de referência sobre o serviço de saneamento, a
Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para alterar
o nome e as atribuições do cargo de Especialista em
Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de
2005, para vedar a prestação por contrato de programa
dos serviços públicos de que trata o art. 175 da
Constituição Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de
2007, para aprimorar as condições estruturais do
saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010, para tratar dos prazos para a disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei nº
13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da
Metrópole), para estender seu âmbito de aplicação às
microrregiões, e a Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de
2017, para autorizar a União a participar de fundo com
a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos
especializados.
Portaria Nº 888/2021 do Altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação
GM/MS GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, para dispor
sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade.
CONCLUSÃO
Há uma variedade de leis que normatizam e regulamentam as atividades e
questões ambientais ao longo do tempo no Brasil. Foram trazidos aspectos de algumas
normativas que norteiam o trabalho do engenheiro ambiental e alguns vetos em leis, o
que permite perceber que muitas alterações nas legislações ocorreram conforme o tempo
e o conhecimento científico se ampliaram. Essas modificações refletem em tentativas
de melhorar o arcabouço legal no contexto de nosso país, que é considerado um dos mais
avançados em termos de leis ambientais. Todas as leis, diretrizes Destaco leis como a
PNMA (Política Nacional de Meio Ambiente, 6938/81), que traz sobre o licenciamento
ambiental; PNRS- Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/, além de resoluções
sobre as classes de água (CONAMA 357), qualidade do solo (resolução CONAMA 420)
e o lançamento de efluentes (Resolução CONAMA Nº 430/2011) como algumas (muitas
mais são importantes) das mais decisivas no trabalho de um engenheiro ambiental, por
contemplarem sobre os quatro eixos do saneamento básico: Tratamento e distribuição
de água potável: Coleta e tratamento de esgoto, Drenagem urbana das águas pluviais,
Coleta e destinação correta dos resíduos sólidos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto Federal N° 88.351 DE 1981. Regulamenta a Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, e a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, que dispõem, respectivamente,
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sobre a criação de Estações Ecológicas e
Áreas de Proteção Ambiental, e dá outras providências.
BRASIL. Resolução Nº 420 do Conselho Nacional de Meio Ambiente. 2009. BRASIL
(2008). CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente Resolução nº 396, de
03/04/2008. Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento
das águas subterrâneas e dá outras providências.
BRASIL. Resolução Nº 303 do Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA.
RESOLUÇÃO Nº 303, DE 20 DE MARÇO DE 2002. Dispõe sobre parâmetros,
definições e limites de Áreas de Preservação Permanente.
BRASIL. Decreto Federal N° 24.643 de 1934. Decreta o Código de Águas.
BRASIL. Decreto Federal N° 91.305/1985. Altera dispositivo do Regulamento do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
BRASIL. Decreto Federal Nº 4.297, de 10 de Julho de 2002. Regulamenta o art. 9o,
inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelecendo critérios para o
Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE, e dá outras providências.
BRASIL, Lei N° 12.305 de 02 de agosto de 2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS).
BRASIL. Lei Federal nº 9.985/2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII
da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza e dá outras providências.
BRASIL. Lei Federal N° 9.795/1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
BRASIL. Lei Federal Nº 6.225/1975. Dispõe sobre discriminação, pelo Ministério da
Agricultura, de regiões para execução obrigatória de planos de proteção ao solo e de
combate à erosão e dá outras providências.
MEIRA, José De Castro– Direito Ambiental, Informativo Jurídico da Biblioteca
Ministro Oscar Saraiva, v. 19, n. 1, jan./jun. 2008. Disponível em:
https://www.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/informativo/article/download/
447/405
MARINHO, Yuri Rugai. A Lei de Crimes Ambientais frente à evolução do Direito
Ambiental: sanções versus incentivos. Disponível em: chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia
/images/stories/PDFs/comunicado/110224_comunicadoipea81_apresentacao02.pdf.
Acesso em: 28 set. 2023.
MARQUES, Carlos Alexandre Michaello. O meio ambiente e a atuação da
Administração Pública no Brasil. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/20949/ o-
meio-ambiente-e-a-atuacao-da-administracao-publica-no-brasil. Acesso em: 19 set.
2023.
SITE OFICIAL DO PLANALTO: http://www4.planalto.gov.br/legislacao/
https://cetesb.sp.gov.br/posgraduacao/wp-
content/uploads/sites/33/2016/09/Declara%C3%A7%C3%A3o-de-Estocolmo-5-16-de-
junho-de-1972-Declara%C3%A7%C3%A3o-da-Confer%C3%AAncia-da-ONU-no-
Ambiente-Humano.pdf

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