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Breve histórico:

Legislação
Ambiental no Brasil

Aluna: EDUARDA CERETTA


DIREITO AMBIENTAL, 8° semestre
Professora: SERLI GENZ BÖLTER
INTRODUÇÃO

Desde os tempos mais longínquos, da organização dos grupos humanos em sociedades, existe a necessidade de regular as atividades
humanas em torno do Direito e da justiça. Diferentes povos ao longo da história, para que a ordem imperasse e os desvios de conduta
fossem penalizados, criaram, sob formas distintas, regras ou leis para melhor organizar o convívio social nos mais diversos assuntos.

Para os dias de hoje, no Brasil, por exemplo, muitos são os ramos em que o direito se divide, como o penal, civil, administrativo,
tributário...e também direito ambiental. Nesse sentido, será feita uma breve abordagem histórica dos principais marcos da legislação
ambiental no Brasil, com vista a explicitar algumas das leis mais importantes para o trabalho de um profissional da engenharia ambiental,
que, assim como qualquer outro cidadão, tem o auxílio de normas para orientar o desenvolvimento das questões relacionadas a sua área de
atuação.

É importante ressaltar que a abordagem será sucinta e tentará trazer algumas das legislações sobre o tema, de modo a mostrar um
panorama geral do assunto até o presente momento (final de setembro de 2023) e não uma gama completa de leis, resoluções e normativas,
uma vez que há um enorme contingente delas e estas sofrem atualizações constantes. O critério usado para seleção das leis foi escolha
pessoal com base nos quatro eixos do saneamento básico (Tratamento e distribuição de água potável; Coleta e tratamento de esgoto;
Drenagem urbana das águas pluviais; Coleta e destinação correta dos resíduos sólidos), e também baseada nos materiais e discussões com
os professores do curso.

Outro aspecto a ser levado em consideração é que o presente trabalho foi pensado para o contexto da disciplina de Direito
Ambiental do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal da Fronteira Sul, no intuito de proporcionar aos alunos
uma pesquisa sobre a relação entre o direito e o profissional da área ambiental.
HISTÓRICO
As Ordenações Manuelinas (a legislação do reino até a instituição do Governo Geral, em 1548) citava no Livro
V, no título LXXXIII a proibição da caça de perdizes, lebres e coelhos e, no título “C”, tipificava o corte de
árvores frutíferas como crime (MEIRA,2008)

Sob o comando espanhol, as Ordenações Filipinas, em 11 de janeiro de 1603, foram criadas para disciplinar
sobre a matéria ambiental no Livro I, título LVIII; livro II, título LIX; livro IV, título XXXIII; livro V, títulos
LXXV e LXXVIII. (A Evolução da Legislação Ambiental no Brasil, 1998, Ed. Oliveira Mendes, págs. 26/27).
Ao agente que cortasse árvore ou fruto era atribuída pena gravíssima (açoite e ao degredo para a África por
quatro anos, se o dano fosse mínimo, caso contrário, o degredo seria para sempre” (MEIRA, 2008).

Quais são as 10 principais leis ambientais no Brasil?

● lei da Política Nacional do Meio Ambiente.


● lei dos Crimes Ambientais.
● lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
● lei de Recursos Hídricos.
● novo Código Florestal Brasileiro.
● lei da Política Nacional de Saneamento Básico.
Regimento do Pau-Brasil, 1605 A primeira lei de proteção florestal, exigia autorização real para o corte dessa
árvore.

Carta Régia de 13 de março de 1797 Destacava a importância da defesa da fauna, das águas e dos solos.

Regimento de Cortes de Madeiras, 1799 Estabeleceu rigorosas regras para a derrubada de árvores.

Decreto de 13 de junho de 1808 Criação do Jardim Botânico, 1808, área de preservação ambiental, considerada
nossa primeira unidade de conservação, destinada a preservar espécies e estimular
estudos científicos

Lei nº Derrubada de matos ou o ateamento de fogo: crime punível com prisão, de 2 a 6


601, a primeira Lei de Terras do Brasil, meses, e multa.
1850

Decreto nº 8.843, de 26 de junho de Foi criada a primeira reserva florestal do Brasil, no antigo Território do Acre.
1911
Serviço Florestal do Brasil, 1921 Originou o que se conhece hoje como IBAMA (Instituto do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis)

Decreto n.º 23.793/34, Código Florestal Regulação do uso dos recursos e a proteção das florestas, impôs limites ao exercício do
direito de
Propriedade. Fala sobre as florestas, infrações, crimes florestais

Código das águas, Decreto Federal n° Regrava o uso das águas, álveos e margens; direito de propriedade das águas pelo
24.643/ 1934 Estado regulamentando o aproveitamento dos recursos hídricos e estabelecendo, como
prioritário, o abastecimento público, reforçando a manutenção da qualidade dos corpos
d’água.

Código da Pesca, Decreto-Lei n.º 794/38 As embarcações estrangeiras e às nacionais guarnecidas por estrangeiros é proibido o
exercício da pesca em águas territoriais brasileiras

Código Penal Brasileiro – Decreto Federal Inclui a proteção dos ambientes aquáticos através de seu Art. 270 no qual está previsto
n° 2.848/1940 que os responsáveis por envenenar água de uso comum ou particular estarão sujeitos a
pena de reclusão, de dez a quinze anos.
Decreto Federal n° 50.877/1961- Foi Primeira legislação federal específica sobre a poluição das águas. Estabeleceu a
revogada pelo DECRETO DE 05 DE exigência mínima de tratamento dos resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, domiciliares
SETEMBRO DE 1999 ou industriais, antes do seu lançamento às águas interiores ou litorâneas.
Previu a classificação das águas de acordo com os seus usos preponderantes, com
respectivas taxas de poluição permissíveis.

Lei 4.504/64, o Estatuto da Terra


Regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de
execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola. : Define Reforma Agrária
e Política Agrícola

LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE


1965 Código Florestal de 1965. Art. 1° As florestas existentes no território nacional e as
(Revogada pela Lei nº 12.651, de 2012.) demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens
de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de
propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei
estabelecem.

Lei n.º 5.197/67


Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.

Decretos-Lei n.º 221/67, e n.º 227/67 Código de Pesca e Código de Mineração


Conferência Internacional de Estocolmo (Não se trata de uma legislação nem de um evento somente do Brasil, mas por ser a
em 1972 primeira das grandes conferências com representantes de diversas nações, vale o
destaque). Ela foi motivada para se discutir os problemas ambientais. Teve como
desdobramentos a elaboração da Declaração de Estocolmo, com 26 princípios e a
criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)-
Princípios relacionados à cooperação internacional acerca das questões
ambientais,sobre ordenamentos dos recursos naturais e não poluição dos mesmos;
sobre o homem ser “obra’ e “construtor” no ambiente; de uso comum a todos os
povos; não uso de armas nucleares…

Decreto-Lei n.º 1.413/75


Dispunha acerca do controle da poluição do meio ambiente provocada por atividades
industriais.

Art. 1º As indústrias instaladas ou a se instalarem em território nacional são obrigadas


a promover as medidas necessárias a prevenir ou corrigir os inconvenientes e
prejuízos da poluição e da contaminação do meio ambiente.

Parágrafo único. As medidas a que se refere este artigo serão definidas pelos órgãos
federais competentes, no interesse do bem-estar, da saúde e da segurança das
populações.
Lei nº 6.766/1979 (Lei do Parcelamento
do Solo Urbano); Divisão das cidades em zonas, de acordo com Planos Diretores. Também conhecida
como Lei de Zoneamento, é a legislação municipal que define regras para organização
da cidade estabelecendo, por exemplo, onde as atividades mais incômodas para os usos
habitacionais devem se localizar (indústrias de grande porte e potencialmente
poluidoras), como e onde os usos habitacionais de maior densidade construtivas podem
ser incentivados ou não (condomínios de apartamento), preservar paisagens e bens
históricos ou culturais, estimular a atividade econômica de pequeno e médio porte,
principalmente nos bairros mais distantes do centro, entre outros.

Lei nº6.938/1981 (Lei da Política Nacional


do Meio Ambiente) Trouxe diversos conceitos ambientais importantes, instituiu o Sistema Nacional do Meio
Ambiente – SISNAMA –, e os Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.
Entre as medidas adotadas está a exigência do estudo de impacto ambiental e o
respectivo relatório (EIA/RIMA) para a obtenção de licenciamento em qualquer
atividade modificadora do meio ambiente. Dispõe sobre a (PNMA), seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. A PNMA visa
compatibilizar o desenvolvimento econômico e social com a preservação da qualidade
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico, com vistas a sua utilização racional e
disponibilidades permanentes. Destaca que a defesa do meio ambiente não é atribuída
apenas ao Estado, mas a toda a Sociedade. Define Recursos ambientais. Estipula valores
acerca de vistorias técnicas quanto: i) desmatamento para uso alternativo do solo de
projetos enquadrados no Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF) ou no
Programa de Financiamento à Conservação e Controle do Meio Ambiente (FNE
VERDE) (área a ser explorada); ii) desmatamento para uso alternativo do solo e
utilização de sua matéria-prima florestal.
Lei nº7.347/1985 (Lei da Ação Civil
Pública); Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao
meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico (VETADO PARCIALMENTE) e dá outras providências.

Decreto Federal N° 91.305/1985


O Conselho Nacional do Meio Ambiente possui dentre outras funções: baixar normas
para implantação da Política nacional de Meio Ambiente e estabelecer normas e critérios
para licenciamento de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras.

Constituição Federal Brasileira (1988)


Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Decreto N° 99.274/ 1990


Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de
1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de
Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras
providências. Art. 1º - Estações Ecológicas são áreas representativas de ecossistemas
brasileiros, destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas de Ecologia, à
proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista. Art.
8º - O Poder Executivo, quando houver relevante interesse público, poderá declarar
determinadas áreas do Território Nacional como de interesse para a proteção ambiental, a
fim de assegurar o bem-estar das populações humanas e conservar ou melhorar as
condições ecológicas locais
Política Nacional de
Recursos Hídricos - Lei Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de
Federal N° 9.433/1997 Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da
Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que
modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Com vetos parciais.

RESOLUÇÃO CONAMA nº 237 de 1997 Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para
o licenciamento ambiental. Definições sobre Licenciamento, Estudos ambientais:
ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOS SUJEITOS AO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL

Resolução CONSEMA 01/1998 - Sobre o Sistema de Automonitoramento de Atividades


Poluidoras - SISAUTO

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO


DE 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. (infrações, crimes contra o meio
ambiente e penas). A ausência de licença caracteriza crime.
Política Nacional de Educação Ambiental
Lei Federal N° 9.795/1999 Define a Educação Ambiental como um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal, sendo um direito
de todos. Art. 1º. Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Lei nº 9.985/2000 (Lei do Sistema


Nacional de Unidades de Conservação). Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. A
Lei do SNUC especifica as características de cada uma das 12 categorias de unidades
de conservação e traz as regras de criação, implantação e administração delas.

Decreto Federal N°
4.297/2002 Critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE, e dá outras
providências. Objetiva organizar projetos e atividades que, direta ou indiretamente,
utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços
ambientais dos ecossistemas.

Resolução N° 303/2002 do CONAMA


Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Art.
1º, II - nascente ou olho d’água: local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma
intermitente, a água subterrânea. Art. 3o Constitui Área de Preservação Permanente a
área situada: II - ao redor de nascente ou olho d’água, ainda que intermitente, com raio
mínimo de cinquenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia
hidrográfica contribuinte.
RESOLUÇÃO CONAMA N° 357 DE 2005
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
O Art 2° traz definições importantes, como “águas doces, salobras e salinas”, “efeito tóxico
agudo e crônico”, “carga poluidora”, “virtualmente ausente”, “classificação”,
“enquadramento”. Os Art. 4º , 5° e 6° classificam e definem o destino das águas doces, em:
especial, I, II, III e IV e especial, e as águas salobras e salinas em especial, I, II e III.

ALTERADA PELAS RESOLUÇÕES CONAMA N° 393/2007, N° 397/2008, N° 410/2009 e


N° 430/2011

LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE


2007. (ALTERADA- (Redação pela Lei nº Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico; cria o Comitê Interministerial de
14.026, de 2020). Saneamento Básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de
junho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de
1978. Saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
drenagem de águas pluviais urbanas.

Resolução N° 396/2008 CONAMA


Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas
subterrâneas e dá outras providências. As águas subterrâneas são aquelas que ocorrem
naturalmente ou artificialmente no subsolo. Art. 3o - As águas subterrâneas são classificadas
em: I - Classe Especial; II - Classe 1; III - Classe 2;

IV - Classe 3; V - Classe 4; VI - Classe 5


Resolução CONAMA N° 420/2009
Qualidade do Solo: Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto
à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de
áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Em seu
capítulo III define que para o atendimento desta Resolução nas amostragens, análises e
controle de qualidade para caracterização e monitoramento do solo e das águas subterrâneas,
deve-se adotar procedimentos de coleta, manuseio, preservação, acondicionamento e
transporte de amostras de acordo com normas nacionais e internacionais, respeitando-se os
prazos de validade; ii) Realizar as análises físicas, químicas e biológicas, utilizando-se
metodologias que atendam às especificações descritas em normas reconhecidas
internacionalmente; Os resultados das análises de investigação e monitoramento devem ser
reportados em laudos analíticos.

Lei Federal n° 12.305/2010 PNRS- Política Nacional de Resíduos Sólidos


Art. 1° Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus
princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos
aplicáveis.
§ 1° Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que
desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.

§ 2° Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação
específica.
Definições, Princípios e objetivos, instrumentos,Diretrizes aplicadas aos resíduos sólidos,
planos de resíduos (nacionais, estaduais e municipais); responsabilidade dos geradores e do
poder público; resíduos perigosos; instrumentos econômicos;
RESOLUÇÃO CONAMA N° 430 DE Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes complementa e altera a
2011 Resolução N° 357 de 2005, do CONAMA. O Art 4° traz definições importantes, como
“capacidade de suporte do corpo receptor”, “zona de mistura”. Art. 11. Nas águas de
classe especial é vedado o lançamento de efluentes ou disposição de resíduos
domésticos, agropecuários, de aquicultura, industriais e de quaisquer outras fontes
poluentes, mesmo que tratados.

ABNT NBR N° 12209 DE 2011 - Elaboração de projetos de ETE

Código Florestal - Lei Federal N° Esta lei revoga o antigo código florestal instituído através da Lei 4.771 de 1965 e dentre
12.727/2012 os objetivos do novo código florestal, destaca-se: Proteção e uso sustentável de florestas,
consagrando o compromisso do País com a compatibilização e harmonização entre o uso
produtivo da terra e a preservação da água, do solo e da vegetação.
Portaria de Consolidação Nº 5/2017 do Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de
Ministério da Saúde Saúde. Seção II - Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo
Humano e seu Padrão de Potabilidade (Origem: PRT MS/GM 2914/2011). Seção IV –
Art. 13 - VII - monitorar a qualidade da água no ponto de captação, conforme estabelece
o art. 40 (Origem: PRT MS/GM 2914/2011, Art. 13, VII); VIII - comunicar aos órgãos
ambientais, aos gestores de recursos hídricos e ao órgão de saúde pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios qualquer alteração da qualidade da água no ponto de
captação que comprometa a tratabilidade da água para consumo humano; (Origem: PRT
MS/GM 2914/2011, Art. 13, VIII); IX - contribuir com os órgãos ambientais e gestores
de recursos hídricos, por meio de ações cabíveis para proteção do(s) manancial(ais) de
abastecimento(s) e das bacia(s) hidrográfica(s); (Origem: PRT MS/GM 2914/2011, Art.
13, IX).
Resolução CONSEMA 355/2017 Sobre os padrões de emissão de efluentes líquidos para as fontes geradoras que lancem
seus efluentes em águas superficiais no Estado do Rio
Grande do Sul.
Resolução CONSEMA n° 372/2018 Dispõe sobre os empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva
ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental, passíveis de licenciamento ambiental no Estado do Rio Grande do Sul,
destacando os de impacto de âmbito local para o exercício da competência municipal no
licenciamento ambiental.
Lei nº14.026/2020- Marco Legal do O novo Marco Legal do Saneamento Básico prevê a universalização dos serviços de água
Saneamento Básico e esgoto até 2033 e viabiliza a injeção de mais investimentos privados nos serviços de
saneamento. Atualiza o marco legal do saneamento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
competência para editar normas de referência sobre o serviço de saneamento, a Lei nº
10.768, de 19 de novembro de 2003, para alterar o nome e as atribuições do cargo de
Especialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, para vedar a
prestação por contrato de programa dos serviços públicos de que trata o art. 175 da
Constituição Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimorar as condições
estruturais do saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, para
tratar dos prazos para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei nº
13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de
aplicação às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017, para autorizar a
União a participar de fundo com a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos
especializados.
Portaria Nº 888/2021 do GM/MS Altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017,
para dispor sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade.
CONCLUSÃO

Há uma variedade de leis que normatizam e regulamentam as atividades e questões ambientais ao longo do tempo
no Brasil. Foram trazidos aspectos de algumas normativas que norteiam o trabalho do engenheiro ambiental e alguns
vetos em leis, o que permite perceber que muitas alterações nas legislações ocorreram conforme o tempo e o conhecimento
científico se ampliaram. Essas modificações refletem em tentativas de melhorar o arcabouço legal no contexto de nosso
país, que é considerado um dos mais avançados em termos de leis ambientais. Todas as leis, diretrizes

Destaco leis como a PNMA (Política Nacional de Meio Ambiente, 6938/81), que traz sobre o licenciamento
ambiental; PNRS- Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/, além de resoluções sobre as classes de água (CONAMA
357), qualidade do solo (resolução CONAMA 420) e o lançamento de efluentes (Resolução CONAMA Nº 430/2011) como
algumas (muitas mais são importantes) das mais decisivas no trabalho de um engenheiro ambiental, por contemplarem
sobre os quatro eixos do saneamento básico: Tratamento e distribuição de água potável: Coleta e tratamento de esgoto,
Drenagem urbana das águas pluviais, Coleta e destinação correta dos resíduos sólidos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto Federal N° 88.351 DE 1981. Regulamenta a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e a Lei nº 6.902, de 27 de abril de
1981, que dispõem, respectivamente, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de
Proteção Ambiental, e dá outras providências.
BRASIL. Resolução Nº 420 do Conselho Nacional de Meio Ambiente. 2009. BRASIL (2008). CONAMA - Conselho Nacional de Meio
Ambiente Resolução nº 396, de 03/04/2008. Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas
subterrâneas e dá outras providências.
BRASIL. Resolução Nº 303 do Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA. RESOLUÇÃO Nº 303, DE 20 DE MARÇO DE
2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente.
BRASIL. Decreto Federal N° 24.643 de 1934. Decreta o Código de Águas.
BRASIL. Decreto Federal N° 91.305/1985. Altera dispositivo do Regulamento do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
BRASIL. Decreto Federal Nº 4.297, de 10 de Julho de 2002. Regulamenta o art. 9o, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981,
estabelecendo critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE, e dá outras providências.
BRASIL, Lei N° 12.305 de 02 de agosto de 2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
BRASIL. Lei Federal nº 9.985/2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.
BRASIL. Lei Federal N° 9.795/1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá
outras providências.
BRASIL. Lei Federal Nº 6.225/1975. Dispõe sobre discriminação, pelo Ministério da Agricultura, de regiões para execução
obrigatória de planos de proteção ao solo e de combate à erosão e dá outras providências.
MEIRA, José De Castro– Direito Ambiental, Informativo Jurídico da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva, v. 19, n. 1, jan./jun. 2008.
Disponível em: https://www.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/informativo/article/download/447/405
MARINHO, Yuri Rugai. A Lei de Crimes Ambientais frente à evolução do Direito Ambiental: sanções versus incentivos. Disponível
em:
chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/comunicado/11
0224_comunicadoipea81_apresentacao02.pdf. Acesso em: 28 set. 2023.
MARQUES, Carlos Alexandre Michaello. O meio ambiente e a atuação da Administração Pública no Brasil. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/20949/o-meio-ambiente-e-a-atuacao-da-administracao-publica-no-brasil. Acesso em: 19 set. 2023.
SITE OFICIAL DO PLANALTO: http://www4.planalto.gov.br/legislacao/
https://cetesb.sp.gov.br/posgraduacao/wp-content/uploads/sites/33/2016/09/Declara%C3%A7%C3%A3o-de-Estocolmo-5-16-de-jun
ho-de-1972-Declara%C3%A7%C3%A3o-da-Confer%C3%AAncia-da-ONU-no-Ambiente-Humano.pdf

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