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Direito

Ambiental
e o uso de plásticos
Princípios Ambientais e Constitucionais
*
Cartilha Ambiental

Exercício
Ordem da Apresentação

Sumário

○ Conceito de Meio Ambiente

○ Princípios Constitucionais Ambientais

○ Princípios Ambientais

○ Fluxograma da Legislação Ambiental


Brasileira
Meio Ambiente é o que cerca
ou envolve os seres vivos ou
as coisas, por todos os lados.

—Conceito de Meio Ambiente


CF/88 -
arts. 182,
186 e 225
Regras de procedimento
Lei no. 6.938/81: zoneamento e
licenciamento de atividades
Lei no. 9.605/98: punição às infrações da
regra material

Regras
materiais

Minerais
Fauna Flora e Solo Ar Subsolo Águas

Emissão de
Lei n. poluentes
5.197/67 na Decreto lei n. Dec. n.
Urbano Rural atmosfera 227/67 24.643;34
Dereto-Lei
n. 221/67 Lei n. Lei n. Lei no.
Lei n. 8.723/93 6.567/67 9.433;96
Lei n. 4.771/65
Lei n. Lei n.
6.766/79 Lei n. 7.805/78 9.984/00
6.902/81 Lei Estadual
Lei n. Lei no.
10.257/01 Lei n. 9.055/95
9.985/00
Lei n. 9.314;96
Residencial Industrial Lei n.
9.827/99
Lei n.
Lei 9.966/00
Municipal
de
Zoneament
o
Princípios Constitucionais Ambientais
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defende-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.

○ -- Constituição Federal (1988), Capítulo VI, Do Meio Ambiente,


artigo 225.
Princípios Constitucionais Ambientais
§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades
dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem a sua
proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias
que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente;
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.

○ -- Constituição Federal (1988), Capítulo VI, Do Meio Ambiente, artigo 225.


Princípios Constitucionais Ambientais
§ 2º. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degredado,
de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º. A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense
e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais.
§ 5º. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§6º. As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,
sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º. Para fins do disposto na parte final do inciso VII do §1º. deste artigo, não se consideram cruéis
as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o
§1º. do art. 215 deste Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante
do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o
bem-estar dos animais envolvidos (Parágrafo acrescido pela EC no. 96, de 2017) (BRASIL, 2017, p.
92)
○ -- Constituição Federal (1988), Capítulo VI, Do Meio Ambiente, artigo 225.
Princípios Constitucionais Ambientais

01 02 03
Solidariedade Legalidade e da Reserva
Dignidade Humana
Legal

04 05
Livre Iniciativa, Devido
Direito de Propriedade,
Artigo 5º., XII, CF/88 Processo Legal, Ampla
Defesa e Contraditório
O Direito Ambiental existe em
função do Ser Humano e
para que ele possa viver
melhor na Terra.
Princípio da Dignidade
Humana
O Direito Ambiental é um direito de 3ª.
Dimensão: ele é utilizado por todos,
não lhes pertence, pois nunca os terão
por completo, sendo permitido, no
máximo, assumir-lhe a gestão até o
limite legal.
Exemplo: Rio Amazonas e as populações
ribeirinhas.
Princípio da Solidariedade
Princípio da Legalidade e da Reserva
Legal
○ Artigo 225 da Constituição Federal de 1988, nos incisos III, IV e VII do § 1º., § 2º., §4º. e §6º

○ No inciso III do artigo 225, a lei diz quais espaços territoriais e seus componentes serão
“especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de
lei”.
○ No inciso IV do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, há a exigência “na forma da lei”
para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação
do meio ambiente”.
○ No inciso VII, §1º., do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, a proteção da fauna e da
flora é garantida, sendo vedadas “na forma da lei” “as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”. “A
forma da lei” também é evocada para especificar a recuperação do meio ambiente por
aqueles que explorem os recursos minerais; a utilização da Floresta Amazônica, da Mata
Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal Mato-Grossense e da Zona Costeira (§ 4º., inciso VII, art.
225, CF/1988) e a localização de usinas que operem com reatores nucleares.
Princípio da Legalidade e da Reserva
Legal
O artigo 8º., incisos VI e VII da Lei no. 9.638/81, que regula a
atividade normativa do Conselho Nacional de Meio Ambiente, “não
possuem validade no que ultrapassarem os princípios constitucionais
da legalidade e reserva legal, nas matérias em que são aplicáveis”
(MORAES, 2004, p.26).
Salvo isso, as atividades de licenciamento de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras, o estabelecimento de normas e
padrões nacionais de controle da poluição, o estabelecimento de
normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção
da qualidade do meio ambiente foram recepcionados pela
Constituição de 1998, sem maiores problemas.
O princípio do direito de propriedade, previsto
no artigo 5º., inciso XII da Constituição Federal
de 1988 garante a “indenização justa e sem
dinheiro” quando há a manutenção do
patrimônio pelo Estado. Quando há a
desapropriação de uma terra pelo Estado,
entende-se que há a manutenção de um bem
coletivo, colocado à disposição de todos
(MORAES, 2004, p. 36).

Princípio do Direito de
Propriedade
Princípio da Livre Iniciativa
○ Artigo 170 da Constituição Federal d 1988.
○ O meio ambiente “interfere na livre iniciativa, pois grande parcela das
atividades industriais e/ou comerciais necessitam de licenciamento para
serem realizadas”.
○ O §5º. Do artigo 173 da Constituição Federal de 1988 estipula a
desconsideração da pessoa jurídica que lesar o meio ambiente,
estabelecendo responsabilidade e punições compatíveis com sua
natureza.
○ A lei constitucional é amparada, ainda, pelos artigos 2º. e 3º., parágrafo
único, da Lei n. 9.605/98, responsabilizando diretores, administradores,
membros de conselho e de órgão técnicos que vierem a estabelecer
condutas criminosas.
○ O artigo 3º. responsabiliza a pessoa jurídica e também a pessoa física
autoras, co-autoras ou partícipes do fato.
Princípio do Devido Processo Legal, ampla defesa e Contraditório

○ Constantes nas cláusulas pétreas na Constituição


Federal de 1988 (artigo 5º., incisos LIV e LV)
participam do Direito Ambiental por meio dos artigos
19, parágrafo único, e 70, § 4º.
○ A Lei n. 9.605/98, que versa a respeito da perícia
produzida no inquérito civil ou no juízo cível e, ainda,
no artigo 70, §4º., quando define que as infrações
ambientais são apuradas em processo administrativo
próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o
contraditório.
Princípios Ambientais

Princípios

Princípio do Princípio da
Princípio da Prevenção
Desenvolvimento Responsabilidade

Princípio do Poluidor
Princípio Democrático Princípio do Equilíbrio
Pagador

Princípio da
Princípio do Usuário
Princípio da Precação Capacidade de
Pagador
Suporte
Princípio do Desenvolvimento

Objetivo Gerar maior nível de bem-estar social e renda da


população.

Origem Conferência Mundial do Meio Ambiente (1972), em


Estocolmo. ECO – 92. Relatório Brundtland, conhecido
como Nosso Futuro Comum.

Efeito da norma O desenvolvimento sustentável é aquele que atende as


necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas
próprias necessidades.
Princípio Democrático

Objetivo Direito à informação e participação

Origem Movimentos populares e sociais

Efeito da norma Direito à informação intimamente ligado ao princípio da


participação. Participação em discussões para a
elaboração das políticas públicas ambientais e a
obtenção de informações dos órgãos públicos sobre
matéria referente à defesa do meio ambiente e de
empreendimentos utilizadores de recursos ambientais e
que tenham significativas repercussões sobre o ambiente,
resguardado o sigilo ambiental.
Princípio da Precaução

Objetivo Avaliar as consequências sobre o meio ambiente dos


diferentes projetos e empreendimentos que se
encontravam em curso ou em vias de implantação.

Origem Artigo 15 da Declaração do Rio – 92 (ECO 92): “De modo a


proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve
ser amplamente observado pelos Estados, de acordo
com suas capacidades. Quando houver ameaças de
danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta
certeza científica não deve ser utilizada como razão para
postergar medidas eficazes e economicamente viáveis
para prevenir degradação ambiental.

Efeito da norma Redução da carga ambiental para qualquer


empreendimento
Princípio da Prevenção

Objetivo Redução de impactos ambientais futuros prováveis.

Origem Constituição Federal, artigo 255, §1º. IV ( estudo prévio);


Lei Federal 6938, de 31 de agosto de 1981; Lei Federal
11428 de 22.12.2006

Efeito da norma Avaliação da proporção entre os danos e os benefícios


gerados pelos empreendimentos a serem licenciados
Princípio do Equilíbrio

Objetivo Consequências previsíveis da adoção de uma


determinada medida, de forma que esta possa ser útil à
comunidade e não importar gravames excessivos aos
ecossistemas e à vida humana.

Origem Constituição Federal, artigo 255

Efeito da norma Balanços a respeito das diferentes repercussões dos


projetos a serem implantados, suas consequências
ambientais, econômicas, sociais, etc.
Princípio da Capacidade de Suporte / do Limite

Objetivo Limites aceitáveis pelo meio ambiente e fixados pelo


Poder Público para usufruto de um determinado bem

Origem Constituição Federal, artigo 255

Efeito da norma Utilizar os recursos do meio ambiente, sem que este


altere suas características básicas essenciais.
Princípio da Responsabilidade

Objetivo Sanção responsável pela quebra da ordem pública

Origem Constituição Federal, artigo 255

Efeito da norma Gerar responsabilidade civil, administrativa e penal


quando houver quebra da ordem jurídica.
Princípio do Poluidor Pagador

Objetivo Gerar políticas públicas que assegurem que os preços


dos produtos finais reflitam os custos ambientais. Afastar
o ônus do custo econômico das custas da coletividade e
dirigi-lo diretamente ao utilizador dos recursos
ambientais.

Origem Constituição Federal, artigo 255

Efeito da norma Não recupera um bem ambiental que tenha sido lesado,
mas estabelece um mecanismo econômico que impeça o
desperdício de recursos ambientais, impondo-lhes preços
compatíveis com a realidade.
Princípio do Poluidor -
Pagador
O princípio do poluidor pagador visa (a) evitar a ocorrência de
danos ambientais (caráter preventivo) e (b) ocorrido o
dano, visa a sua reparação (caráter repressivo) (FIORILLO,
2019, p. 85). Cabe ao poluidor o ônus de arcar com a
prevenção dos danos ao meio ambiente. “Num segundo
alcance, esclarece esse princípio que, ocorrendo danos ao
meio ambiente em razão da atividade desenvolvida, o
poluidor será responsável por sua reparação”.
Princípio do Usuário Pagador

Objetivo Cobrança de um valor econômico pela utilização de um


bem ambiental

Origem Constituição Federal, artigo 255

Efeito da norma Natureza meramente remuneratória pela outorga do


direito de uso de um recurso natural.
Referências Bibliográficas

ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. – 20ª. Edição – São


Paulo: Atlas, 2019.
BELTRÃO, Antônio F. G. Curso de Direito Ambiental. – Rio de Janeiro:
Forense: São Paulo: Método, 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto
constitucional promulgado em 5 de outubro de 188, com as
alterações adotadas pelas emendas constitucionais nos. 1/1992 a
99/2017, pelo Decreto Legislativo no. 186/2008 e pelas emendas
constitucionais de revisão nos. 1 a 6 de 1994. – 53 ed. – Brasília:
Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018.
BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Mandado de Segurança
número 22164-0 São Paulo. Relator Ministro Celso de Melo. Impetrante:
Antonio de Andrade Ribeiro Junqueira. Impetrado: Presidente da
República. Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=8
5691 Acessado em 26 e fevereiro de 2020.
Referências Bibliográficas

BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Plenário do STF, Ministro


Celso de Mello, relatório MS, n. 22.164 -0, 17/11/1995. Também citado
em: Ag. Reg. No Recurso Extraordinário 290.950 São Paulo. Relator Min.
Dias Toffoli. 04/11/2014. Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7
629984 Acessado em 27/02/2020
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO.
Nosso Futuro Comum. 2ª. Edição. Editora da Fundação Getúlio Vargas,
Rio de Janeiro, 1991.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental
Brasileiro. – 19ª. Edição. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
LAFER, Celso. A reconstrução dos Direitos Humanos, Companhia das
Letras: São Paulo, 1988.
MORAES, Luís Carlos Silva de. Curso de Direito Ambiental. – 2ª. Dição.
São Paulo: Atlas, 2004.
Gratidão!
Clara Santos

Email. clara.carolina@ifba.edu.br
Contato: (77) 99103 - 3491

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