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Foram esses cientistas Xavante que esclareceram os mistérios da germinação de cada uma das sementes.
Eles tinham o conhecimento para quebrar a dormência. O fogo era fundamental para muitas; para outras, o
caminho para despertar passava pelo sistema digestivo dos animais silvestres. “Essa planta nasce depois que
fazemos a caçada com fogo, diziam eles, esta outra quando a anta caga a semente, aquela precisa ser comida
pelo lobo”. Aliando os conhecimentos dos cientistas da aldeia e da cidade, essa área do Cerrado foi recuperada
totalmente.
PAPPIANI, A. Tecnologias indígenas: esplendor e captura.
Disponível em: https://outraspalavras.net. Acesso em: 10 out. 2019 (adaptado).
Foram esses cientistas Xavante que esclareceram os mistérios da germinação de cada uma das sementes.
Eles tinham o conhecimento para quebrar a dormência. O fogo era fundamental para muitas; para outras, o
caminho para despertar passava pelo sistema digestivo dos animais silvestres. “Essa planta nasce depois que
fazemos a caçada com fogo, diziam eles, esta outra quando a anta caga a semente, aquela precisa ser comida
pelo lobo”. Aliando os conhecimentos dos cientistas da aldeia e da cidade, essa área do Cerrado foi recuperada
totalmente.
PAPPIANI, A. Tecnologias indígenas: esplendor e captura.
Disponível em: https://outraspalavras.net. Acesso em: 10 out. 2019 (adaptado).
Para melhorar a produção agrícola nas regiões mencionadas, as técnicas referidas no texto buscaram adaptar o
cultivo aos(às)
O processo característico do espaço rural responsável pela forma descrita de ocupação produtiva do Centro-
Oeste brasileiro foi o(a)
A partir da década de 1990, parte significativa da agricultura brasileira sofreu grandes transformações com
a adoção de novas tecnologias de informação, menor intervenção estatal e maior regulação das empresas
mundiais de insumos e comércio agrícola. Trata-se da emergência de uma agricultura científica e globalizada.
FEDERICO, S. Agricultura científica globalizada e fronteira agrícola no mundo moderno.
Disponível em: www.confins.revues.org. Acesso em: 11 fev. 2015 (adaptado).
Os agrotóxicos estão entre os principais instrumentos do atual modelo da agricultura brasileira, centrado em
ganhos de produtividade. Tendem a acumular-se no solo e na biota, e seus resíduos podem chegar às águas
superficiais, por escoamento, e às subterrâneas, por lixiviação. O uso intensivo dos agrotóxicos está associado a
agravos à saúde da população, tanto dos consumidores dos alimentos quanto dos trabalhadores que lidam
diretamente com os produtos, à contaminação de alimentos e à degradação do meio ambiente.
IBGE. Indicadores de desenvolvimento sustentável:
Brasil 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2015 (adaptado).
Os seringueiros amazônicos eram invisíveis no cenário nacional nos anos 1970. Começaram a se articular
como um movimento agrário no início dos anos 1980, e na década seguinte conseguiram reconhecimento
nacional, obtendo a implantação das primeiras reservas extrativas após o assassinato de Chico Mendes. Assim,
em vinte anos, os camponeses da floresta passaram da invisibilidade à posição de paradigma de
desenvolvimento sustentável com participação popular.
ALMEIDA, M. W. B. Direitos à floresta e ambientalismo: seringueiros e suas lutas.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 55, 2004.
De acordo com o texto, a visibilidade dos seringueiros amazônicos foi estabelecida pela relação entre
Nesse contexto, o processo apresentado revela contradições no espaço agrário brasileiro decorrentes da
expansão da
a) produção familiar.
b) reforma fundiária.
c) lavoura comercial.
d) pastagem extensiva.
e) segurança alimentar.
TEXTO I
De modo geral, para a Região Norte, o fato contundente é a expansão dos padrões motivados pela pecuária.
Hoje, as pastagens se estendem como uma frente pecuarista para o interior do Pará, com São Félix do Xingu
contabilizando um dos maiores rebanhos do país.
IBGE. Censo agropecuário. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
TEXTO II
As várzeas dos rios são os principais espaços de aproveitamento para o cultivo de uma lavoura rudimentar
dedicada ao consumo local, com produção de pouca extração e baixo nível tecnológico, induzindo a aquisição
monetária à complementaridade através da pesca e da extração vegetal.
IBGE. Censo agropecuário. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
De acordo com os textos, observa-se na Região Norte a coexistência de dois modelos agrários baseados,
respectivamente, no(a)
Vive-se a Revolução Verde. Trata-se da disseminação de novas práticas, permitindo um vasto aumento na
produção. O modelo baseia-se na intensiva utilização de sementes melhoradas (particularmente das híbridas),
assim como no uso sistemático de insumos industriais (fertilizantes e agrotóxicos), no recurso à irrigação e na
mecanização do trabalho.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma história da vida rural no Brasil.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 (adaptado).
No Brasil, uma desvantagem para o pequeno produtor provocada pela expansão do modelo agrícola descrito é a
A soja é a cultura agrícola brasileira que mais cresceu nas últimas três décadas e corresponde a 49% da área
plantada em grãos do país. O aumento da produtividade está associado aos avanços tecnológicos, ao manejo e à
eficiência dos produtores. O grão é componente essencial na fabricação de rações animais e, com uso crescente
na alimentação humana, encontra-se em franco crescimento.
Disponível em: www.agricultura.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
Uma causa para o crescimento, no Brasil, da produção agrícola especificada no texto é o(a)
A trilha de expansão traçada pela soja brasileira nas últimas duas décadas começa a ser seguida pelo trigo.
Com o cultivo consagrado e concentrado na Região Sul, agora o cereal se ampara na pesquisa para conquistar
áreas de cultivo no Centro-Oeste brasileiro. Nas últimas cinco safras, a triticultura cresceu 33% em área e 76%
em volume de produção na região. O quadro desperta otimismo do setor para investir em inovação, mirando
uma expansão ainda maior do plantio nos próximos anos.
Disponível em: http://sfagro.uol.com.br. Acesso em: 30 nov. 2017.
O fator que explica a expansão do cereal em destaque no texto pelo território nacional é a
Somada à produção voltada para o mercado interno está a expansão das culturas de exportação, via de regra
financiadas com incentivos fiscais oriundos das políticas territoriais do Estado. Combinando mercado interno e
externo, o Estado atuou no sentido de incrementar a produção, principalmente de grãos.
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil.
São Paulo: Edusp, 2008 (adaptado).
A atuação do Estado brasileiro na atividade descrita ocasionou mudanças socioespaciais marcadas pela
a) o Brasil e a União Europeia apresentam políticas públicas semelhantes com respeito às permissões de
agrotóxicos.
b) o aumento recente no número de agrotóxicos autorizados no Brasil está relacionado com a adoção de
políticas ambientais mais rígidas pelos órgãos estatais brasileiros.
c) as commodities apresentam o menor número de agrotóxicos autorizados no Brasil e proibidos na União
Europeia.
d) os dados do gráfico refletem a visão de desenvolvimento adotada pelo Brasil, com ênfase em commodities
e agrocombustíveis que demandam o uso intensivo de agrotóxicos.
e) a adoção de uma política permissiva ao uso de agrotóxicos está ausente no plantio de espécies arbóreas
exóticas para exportação brasileira.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Questão-18 - (UFSC/2019)
A mídia nacional e internacional noticiou, em agosto de 2018, que a multinacional Monsanto foi obrigada a
pagar US$ 290 milhões num processo judicial, como publicou o Diário Catarinense em 12/08/2018: Monsanto
é condenada a pagar US$ 290 milhões à vítima de câncer por não alertar sobre o perigo em herbicida e o
UOL em 10/08/2018: Monsanto culpada em caso de herbicida com glifosato nos EUA. A decisão está atrelada
ao uso de agrotóxico na agricultura.
Sobre a agricultura do Brasil e agrotóxicos, é correto afirmar que:
01. o Brasil está entre os países que menos consomem agrotóxicos no mundo e o seu uso está rigidamente
regulamentado e controlado pelo governo federal, que tem posição explicitamente contrária ao seu uso.
02. o uso indiscriminado desses agrotóxicos e a exposição prolongada a eles no longo prazo podem provocar
doenças e poluir o meio ambiente, sendo que os trabalhadores rurais, os moradores do campo
consumidores de água e de alimentos são grandemente afetados, assim como a população em geral.
04. a crescente mecanização das atividades agrícolas no Brasil, especificamente no Centro-Sul, provocou uma
intensa atração de trabalhadores rurais de outras regiões do país em busca de trabalho.
08. a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários, o elevado índice de áreas desmatadas e
improdutivas, as más condições de trabalho e de vida dos trabalhadores rurais são alguns dos problemas
agrários no Brasil.
16. a questão agrícola no Brasil decorre de uma política de Estado persistente ao longo do tempo que se
mantém longe das influências do mercado externo ou do momento político-econômico.
32. o péssimo estado de conservação das rodovias e do setor de armazenagem, o roubo de cargas e os preços
excessivos dos combustíveis são fatores que causam sérios problemas como, por exemplo, a greve dos
caminhoneiros, em maio deste ano, que trouxe imensos transtornos à população brasileira.
64. a atual produção de alimentos no Brasil é feita de forma preponderante pelo aumento da produtividade e
pela brusca diminuição da produção por meio da incorporação de novas áreas no Norte do país como
forma de evitar o desmatamento da região.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está investigando o
extermínio de abelhas por intoxicação por agrotóxicos em colmeias de São Paulo e Minas Gerais. Os estudos
com inseticidas do tipo neonicotinoides devem estar concluídos no primeiro semestre de 2015. Trata-se de um
problema de escala mundial, presente, inclusive, em países do chamado primeiro mundo, e que traz, como
consequência, grave ameaça aos seres vivos do planeta, inclusive ao homem.
IBAMA. Polinizadores em risco de extinção são ameaça
à vida do ser humano. Disponível em: www.mma.gov.br.
Acesso em: 10 mar. 2014.
Localizado a 160 km da cidade de Porto Velho (capital do estado de Rondônia), nos limites da Reserva
Extrativista Jaci-Paraná e Terra Indígena Karipunas, o povoado de União Bandeirantes surgiu em 2000 a partir
de movimentos de camponeses, madeireiros, pecuaristas e grileiros que, à revelia do ordenamento territorial e
diante da passividade governamental, demarcaram e invadiram terras na área rural fundando a vila. Atualmente,
constitui-se na região de maior produção agrícola e leiteira do município de Porto Velho, fornecendo, inclusive,
alimentos para a Hidrelétrica de Jirau.
SILVA, R. G. C. Amazônia globalizada — o exemplo de Rondônia.
Confins, n. 23, 2015 (adaptado).
Assinale a alternativa que indica a correta relação, ilustrada pelos dois quadros.
a) O êxodo rural causou a redução dos empregos no campo, intensificou a urbanização do Brasil e gerou o
crescimento desorganizado das cidades.
b) A mecanização das áreas rurais gerou desemprego no campo, mas propiciou melhores ofertas de trabalho
e condições de vida nas áreas urbanas.
c) Os latifúndios contribuíram para uma melhor distribuição das terras nas áreas rurais, redistribuindo a
população nas áreas urbanas.
d) As cidades atraíram os trabalhadores rurais que optaram por oportunidades de trabalho mais vantajosas.
e) A política agrária modernizou o trabalho no campo, concentrou a posse da terra e gerou, em condições
precárias, o êxodo rural dos migrantes para as cidades.
A agricultura ecológica e a produção orgânica de alimentos estão ganhando relevância em diferentes partes
do mundo. No campo brasileiro, também acontece o mesmo. Impulsionado especialmente pelaexpansão da
demanda de alimentos saudáveis, o setor cresce a cada ano, embora permaneça relativamente marginalizado na
agenda de prioridades da política agrícola praticada no país.
AQUINO, J. R.; GAZOLA, M. SCHNEI-
DER, S. In: SAMBUICHI, R. et al. (Org.)
A política nacional de agroecologia e pro-
dução orgânica no Brasil: uma trajetória de
luta pelo desenvolvimento rural sustentável.
Brasília: Ipea, 2017 (adaptado).
Que tipo de intervenção do poder público no espaço rural é capaz de reduzir a marginalização produtiva
apresentada no texto?
Considerando as diferenças entre extrativismo vegetal e silvicultura, a variação das curvas do gráfico pela
tendência de
Anualmente, são usadas no mundo, aproximadamente, 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. O consumo
anual de agrotóxicos no Brasil tem sido superior a 300 mil toneladas de produtos comerciais, representando um
aumento no consumo de agrotóxicos de 700% nos últimos quarenta anos, enquanto a área agrícola aumentou
78% nesse período.
SPADOTTO, C. A. Disponível em:
www.fmr.edu.br. Acesso em: 7 nov. 2014.
A manutenção da produtividade de grãos por hectare tem sido obtida, entre outros, graças ao aumento do
uso de fertilizantes. Contudo, a incapacidade de regeneração do solo no longo prazo mostra que, mesmo
aumentando o uso de fertilizantes, não é possível alcançar a mesma produtividade por hectare.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A
globalização da natureza e a na-
tureza da globalização. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira,
2006 (adaptado).
No contexto descrito, uma estratégia que tem sido utilizada para a manutenção dos níveis de produtividade é
o(a)
Atualmente não se pode identificar o espaço rural apenas com a agropecuária, pois no campo não há
somente essa atividade, embora ela possa ser a mais importante na maioria das regiões situadas no interior do
país. Não é procedente se pensar no campo dissociado das cidades.
HESPANHOL, A. N. O desenvolvimento do
campo no Brasil. In: FERNANDES, B. M.;
MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C. (Org.).
Geografia agrária: teoria e poder. São Pau-
lo: Expressão Popular, 2007 (adaptado).
a) de áreas cultivadas.
b) do setor de serviços.
c) da proporção de idosos.
d) de regiões metropolitanas.
e) da mecanização produtiva.
A rotação de culturas é um método que consiste na alternância de uma cultura de uma leguminosa com uma
outra cultura de não leguminosa, por exemplo, a alternância de uma plantação de cana ou milho com uma de
amendoim ou feijão, periodicamente. Assim, em uma safra planta-se uma não leguminosa e na entressafra uma
leguminosa, deixando os restos das leguminosas nas áreas onde se pretende plantar outra cultura.
REZENDE, M. O. O. et al.
Importância da compre-
ensão dos ciclos biogeoquí-
micos para o desenvolvimento
sustentável. São Carlos: Instituto
de Química de São Carlos/USP,
2003 (adaptado).
Ao longo dos últimos 500 anos, o Brasil viu suas fronteiras do litoral expandirem-se para o interior. É
apenas lógico que a Amazônia tenha sido a última fronteira a ser conquistada e submetida aos ditames da
agricultura, pecuária, lavoura e silvicultura. A incorporação recente das áreas amazônicas à exploração
capitalista tem resultado em implicações problemáticas, dentre elas a destruição do rico patrimônio natural da
região.
NITSCH, M. O futuro da Ama-
zônia: questões críticas, cenários
críticos. Estudos Avançados,
n. 46, dez. 2002.
Na situação descrita, a destruição do patrimônio natural dessa área destacada é explicada pelo(a)
I. A relação entre total de estabelecimentos e área ocupada pelas duas tipologias mostra a extrema
concentração de terras no Brasil.
II. A predominância de estabelecimentos de agricultura familiar demonstra equilibrada distribuição de terras
no Brasil.
III. A predominância de estabelecimentos familiares fica evidente pela ocupação de mais de 50% da área total
dos estabelecimentos agropecuários.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra com pagamento
em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para os trabalhadores escravos que
conquistavam a liberdade.
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira:
transformações recentes. In: ROSS, J. L. S.
Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.
a) reforma agrária.
b) expansão mercantil.
c) concentração fundiária.
d) desruralização da elite.
e) mecanização da produção.
Está cada vez mais difícil delimitar o que é rural e o que é urbano. Pode-se dizer que o rural hoje só pode
ser entendido como um continuum do urbano do ponto de vista espacial; e do ponto de vista da organização da
atividade econômica, as cidades não podem mais ser identificadas apenas com a atividade industrial, nem os
campos com a agricultura e a pecuária.
SILVA, J. G. O novo rural brasileiro.
Nova Economia, n. 7, maio 1997.
A expansão da fronteira agrícola chega ao semiárido do Nordeste do Brasil com a implantação de empresas
transnacionais e nacionais que, beneficiando-se do fácil acesso à terra e água, se voltam especialmente para a
fruticultura irrigada e o cultivo de camarões. O modelo de produção do agro-hidronegócio caracteriza-se pelo
cultivo em extensas áreas, antecedido pelo desmatamento e consequente comprometimento da biodiversidade.
Disponível em: www.abrasco.org.br.
Acesso em: 22 out. 2015 (adaptado).
As atividades econômicas citadas no texto representam uma inovação técnica que trouxe como consequência
para a região a
De alcance nacional, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) representa a incorporação à
vida política de parcela importante da população, tradicionalmente excluída pela força do latifúndio. Milhares
de trabalhadores rurais se organizaram e pressionaram o governo em busca de terra para cultivar e de
financiamento de safras. Seus métodos – a invasão de terras públicas ou não cultivadas – tangenciam a
ilegalidade, mas, tendo em vista a opressão secular de que foram vítimas e a extrema lentidão dos governos em
resolver o problema agrário, podem ser considerados legítimos.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Argumenta-se que as reivindicações apresentadas por movimentos sociais, como o descrito no texto, têm como
objetivo contribuir para o processo de
a) inovação institucional.
b) organização partidária.
c) renovação parlamentar.
d) estatização da propriedade.
e) democratização do sistema.
Questão-36 - (UFSC/2016)
01. a legislação garante, desde 1850, que todo trabalhador rural com interesse em ter sua terra deve procurar o
Estado para comprá-la, sendo garantida a ele a posse definitiva.
02. predominam os minifúndios, em sua grande maioria áreas improdutivas que são constantemente
disputadas na justiça pelos trabalhadores sem terra.
04. ao longo do tempo, o sistema de Reforma Agrária teve diversas configurações, sendo tema de muitas
divergências no que diz respeito à sua execução.
08. o país possui uma das maiores áreas rurais disponíveis e mais bem aproveitadas do mundo para a
produção agropecuária, na qual se empregam milhares de trabalhadores com salários comparáveis aos dos
trabalhadores do espaço urbano.
16. a Lei de Terras no Brasil, Lei n. 601, de 1850, trouxe uma perspectiva completamente nova com relação
aos direitos e deveres dos proprietários de terra, pois naquele momento o país estava se preparando para
uma economia de mercado, em que a terra passa a ser também mercadoria.
32. o estado de Santa Catarina possui como principal característica de sua estrutura agrária a pequena
propriedade familiar, resultado de um processo de colonização e de estruturação do campo.
Sobre os conflitos de terra que envolvem os povos indígenas brasileiros, é correto afirmar que
a) a expansão das grandes empresas rurais esbarra no processo de demarcação de terras indígenas, o que tem
motivado violentos confrontos armados no Centro-Oeste do país.
b) as áreas destinadas aos povos indígenas no Mato Grosso do Sul, estado que possui a segunda maior
população indígena do país, representam mais da metade do território do estado.
c) os conflitos do Centro-Oeste são recentes, fruto da expansão da agroindústria nos anos 2000.
d) os conflitos na região norte praticamente não existem mais, uma vez que as empresas rurais estão
concentradas nos estados do Centro-Oeste.
e) menos da metade dos índios brasileiros vive em terras indígenas reconhecidas pelo governo.
Uma scena franco-brazileira: “franco” — pelo local e os personagens, o local que é Paris e os personagens que
são pessôas do povo da grande capital; “brazileira” pelo que ahi se está bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz
a verdade apregoando que esse é o melhor de todos os cafés. (Essa página foi desenhada especialmente para A
Illustração Brazileira pelo Sr. Tofani, desenhista do Je Sais Tout.)
A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado).
A página do periódico do início do século XX documenta um importante elemento da cultura francesa, que é
revelador do papel do Brasil na economia mundial, indicado no seguinte aspecto:
Participei de uma entrevista com o músico Renato Teixeira. Certa hora, alguém pediu para listar as
diferenças entre a música sertaneja antiga e a atual. A resposta dele surpreendeu a todos: “Não há diferença
alguma. A música caipira sempre foi a mesma. É uma música que espelha a vida do homem no campo, e a
música não mente. O que mudou não foi a música, mas a vida no campo”. Faz todo sentido: a música caipira de
raiz exalava uma solidão, um certo distanciamento do país “moderno”. Exigir o mesmo de uma música feita
hoje, num interior conectado, globalizado e rico como o que temos, é impossível. Para o bem ou para o mal, a
música reflete seu próprio tempo.
BARCINSKI, A. Mudou a música ou mudaram os caipiras?
Folha de São Paulo, 4 jun. 2012 (adaptado).
A questão cultural indicada no texto ressalta o seguinte aspecto socioeconômico do atual campo brasileiro:
a) Crescimento do sistema de produção extensiva.
b) Expansão de atividades das novas ruralidades.
c) Persistência de relações de trabalho compulsório.
d) Contenção da política de subsídios agrícolas.
e) Fortalecimento do modelo de organização cooperativa.
A característica fundamental é que ele não é mais somente um agricultor ou um pecuarista: ele combina
atividades agropecuárias com outras atividades não agrícolas dentro ou fora de seu estabelecimento, tanto nos
ramos tradicionais urbano-industriais como nas novas atividades que vêm se desenvolvendo no meio rural,
como lazer, turismo, conservação da natureza, moradia e prestação de serviços pessoais.
SILVA, J. G. O novo rural brasileiro.
Revista Nova Economia, n. 1, maio 1997 (adaptado).
a) terceirização.
b) pluriatividade.
c) agronegócio.
d) cooperativismo.
e) associativismo.
Durante as três últimas décadas, algumas regiões do Centro-Sul do Brasil mudaram do ponto de vista da
organização humana, dos espaços herdados da natureza, incorporando padrões que abafaram, por substituição
parcial, anteriores estruturas sociais e econômicas. Essas mudanças ocorreram, principalmente, devido à
implantação de infraestruturas viárias e energéticas, além da descoberta de impensadas vocações dos solos
regionais para atividades agrárias rentáveis.
AB’SABER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003 (adaptado).
A transformação regional descrita está relacionada ao seguinte processo característico desse espaço rural:
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
A demanda mundial para a produção de alimentos aumenta progressivamente a taxas muito altas.
Atualmente, na maioria dos países, continentes e regiões, a água consumida na agricultura é de cerca de 70% da
disponibilidade total.
TUNDISI, J. G. Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções.
Estudos Avançados, n. 63, 2008 (adaptado).
Para que haja a redução da pressão sobre o recurso natural mencionado, a expansão da agricultura demanda
melhorias no(a)
A produtividade ecológica articula-se com uma produtividade tecnológica, porque não se deve renunciar a
todas as possibilidades da ciência e da técnica, e sim reencaminhar muitas delas para a construção desse novo
paradigma produtivo. Essa construção social, porém, não pode ser guiada por um planejamento centralizado da
tecnologia normatizada pela ecologia. A alma dessa nova economia humana são os valores culturais. Cada
cultura dá significado a seus conhecimentos, a sua natureza, recriando-a e abrindo o fluxo de possibilidades de
coevolução, articulando o pensamento humano com o potencial da natureza.
LEFF, E. Discursos sustentáveis. São Paulo: Cortez, 2010 (adaptado).
O paradigma produtivo apresentado no texto tem como base a harmonização entre tecnologia e ecologia e
propõe uma sustentabilidade pautada no(a)
A segurança alimentar perseguida por cada agrupamento humano ao longo da história passa a depender
atualmente de algumas poucas corporações multinacionais que passam a deter uma posição privilegiada nas
novas relações sociais e de poder. Essa concentração de dependência no ano de 2001 se aplica a cada um dos
quatro principais grãos — trigo, arroz, milho e soja, — de forma que cerca de 90% da alimentação da
população mundial procede de apenas 15 espécies de plantas e de 8 espécies de animais.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza,
fome e meio ambiente. In: OLIVEIRA, A. U.: MAR-
QUES, M. I. M. (Org.). O campo no século XXI: terri-
tório de vida, de luta e de construção da justiça social.
São Paulo: Casa Amarela; Paz e Terra, 2004 (adaptado).
A crescente conscientização sobre os efeitos do modelo intensivo de produção, adotado de forma geral na
agricultura, tem gerado também uma série de reações. De fato, a agricultura está cada vez mais pressionada
pelo conjunto de relações que mantém com a sociedade em geral, sendo emergente o que comumente se
denomina “questão ambiental”. Essas relações, às vezes de dependência, às vezes de conflito, são as que
determinam uma chamada ampla para mudanças orientadas à sustentabilidade, não só da atividade agrícola em
si, senão que afete de maneira geral a todo o entorno no qual a agricultura está inserida.
GOMES, J. C. C. Desenvolvimento rural, transição de formatos tecnológicos, elaboração social da qualidade,
interdisciplinaridade e participação. In: PORTO, V. H.; WIZNIEWSKY, C. R. F. ; SIMICH, T. (Org.).
Agricultor familiar: sujeito de um novo método de pesquisa, o participativo. Pelotas: Embrapa, 2004.
No texto, faz-se referência a um tipo de pressão da sociedade contemporânea sobre a agricultura. Essa pressão
objetiva a seguinte transformação na atividade agrícola:
GABARITO:
2) Gab: C
2) Gab: C
3) Gab: D
4) Gab: E
5) Gab: E
6) Gab: C
7) Gab: D
8) Gab: C
9) Gab: C
10) Gab: A
11) Gab: D
12) Gab: E
13) Gab: E
14) Gab: D
15) Gab: D
16) Gab: D
17) Gab: D
18) Gab: 42
19) Gab: C
20) Gab: E
21) Gab: A
22) Gab: E
23) Gab: A
24) Gab: C
25) Gab: B
26) Gab: D
27) Gab: B
28) Gab: C
29) Gab: D
30) Gab: A
31) Gab: C
32) Gab: D
33) Gab: C
34) Gab: A
35) Gab: E
36) Gab: 52
37) Gab: A
38) Gab: D
39) Gab: B
40) Gab: B
41) Gab: D
42) Gab: C
43) Gab: D
44) Gab: C
45) Gab: C
46) Gab: D