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Revisão Enem

Ronnise Venâncio
Questão 1
As estatísticas mais recentes do Brasil rural revelam um paradoxo que interessa a toda sociedade:
o emprego de natureza agrícola definha em praticamente todo o país, mas a população residente
no campo voltou a crescer; ou pelo menos parou de cair. Esses sinais trocados sugerem que a
dinâmica agrícola, embora fundamental, já não determina sozinha os rumos da demografia no
campo. Esse novo cenário é explicado em parte pelo incremento do emprego não agrícola no
campo. Ao mesmo tempo, aumentou a massa de desempregados, inativos e aposentados que
mantêm residência rural.
SILVA, J. G. Velhos e novos mitos do rural brasileiro. Estudos Avançados, n. 43, dez. 2001.

Sobre o espaço brasileiro, o texto apresenta argumentos que refletem a

a) heterogeneidade do modo de vida agrário.


b) redução do fluxo populacional nas cidades.
c) correlação entre força de trabalho e migração sazonal.
d) indissociabilidade entre local de moradia e acesso à renda.
e) desregulamentação das propriedades nas zonas de fronteira.
Gabarito 1
Letra A
O texto se refere a questão das novas ruralidades, das novas
práticas do campo moderno, que por um lado exigem menos mão de
obra, o que pode gerar desemprego no campo, ao mesmo tempo que se
observa um fluxo de pessoas para essa região exercendo novas atividades
econômicas, como ecoturismo, hotel fazenda entre outras. Assim, a
heterogeneidade do modo de vida no campo marca esses sinais trocados.
Questão 2
A demanda mundial para a produção de alimentos aumenta progressivamente a
taxas muito altas. Atualmente, na maioria dos países, continentes e regiões, a
água consumida na agricultura é de cerca de 70% da disponibilidade total.
TUNDISI, J. G. Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções.
Estudos Avançados, n. 63, 2008 (adaptado).

Para que haja a redução da pressão sobre o recurso natural mencionado, a


expansão da agricultura demanda melhorias no(a)

a) fertilização química do solo.


b) escoamento hídrico do terreno.
c) manutenção de poços artesianos.
d) eficiência das técnicas de irrigação.
e) velocidade das máquinas colheitadeiras.
Gabarito 2
Letra D
A FAO indica que 60% da água utilizada em projetos de irrigação é perdida com fenômenos
como a evaporação. E acentua que uma redução de 10% no desperdício poderia abastecer o
dobro da população mundial atual.
Apesar disso, a ANA destaca que as culturas irrigadas resultam em aumento da oferta de
alimentos e preços menores que àquelas produzidas em áreas não irrigadas, pois aumentam
significativamente a produtividade.
como podemos contribuir com a redução do desperdício de água no cultivo?
A perspectiva da sustentabilidade é importante para a agricultura e para a preservação da
natureza em geral. É importante lembrar sempre da quantidade de água que uma planta exige e
das perdas que ocorrem nesse percurso.
Uma técnica mais simples e bastante difundida é a construção de reservatórios. O objetivo é
armazenar água para utilizar tanto na irrigação quanto para outros fins, como na hidratação de
animais.
Segundo a Embrapa, com políticas públicas adequadas, é possível incentivar o plantio direto e
a construção de terraços nas áreas de produção de grãos e terraceamento nas áreas produtivas
de fruteiras, florestas plantadas e pastagens. Essas ações intensificam a infiltração de água no solo
e auxilia nos níveis dos aquíferos e lençóis freáticos.
Outra técnica, por exemplo, é a utilização da cobertura morta (resíduos de cultivos) que
diminuem a evaporação da água. Uma solução mais tecnológica é o melhoramento genético das
plantas que busca variedades mais resistentes ao déficit hídrico.
Gabarito 2
É importante ressaltar que o uso excessivo de agrotóxicos e sem o devido controle
colaboram com a contaminação das águas. Isso torna o recurso impróprio para
consumo e prejudica também a própria irrigação das lavouras.
Um outro fator fundamental é o reflorestamento e a preservação das matas ciliares.
Garantir a disponibilidade dos recursos hídricos é de responsabilidade não somente dos
agricultores, mas da sociedade em geral. Além disso, é preciso prever e
planejar medidas para épocas de escassez de chuvas para garantir a produção dos
alimentos.
Muito além de tecnologias e métodos, capacitar os produtores pode ser a melhor forma
de buscar novas medidas na agricultura e obter uma melhor qualidade na produção. O
conhecimento do dia-a-dia do negócio aliado ao conhecimento técnico de manejo pode
resultar em inovações para o setor e contribuir com a economia de água no campo.
desenvolveram-se diversas tecnologias e métodos para reduzir o desperdício da água na
agricultura. Tal preocupação tange o objetivo da Lei nº 9.433/97, conhecida como Lei
das Águas, que visa o manejo sustentável dos recursos hídricos a fim de
preservar a quantidade e boa qualidade da água do disponível no país.
O Código Florestal também é uma legislação relevante quando o assunto é água.
Neleencontram-se diretrizes que pregam pela preservação das matas e também
dos recursos hídricos.
Questão 3
Os seringueiros amazônicos eram invisíveis no cenário nacional nos anos 1970. Começaram a se
articular como um movimento agrário no início dos anos 1980, e na década seguinte
conseguiram reconhecimento nacional, obtendo a implantação das primeiras reservas extrativas
após o assassinato de Chico Mendes. Assim, em vinte anos, os camponeses da floresta passaram
da invisibilidade à posição de paradigma de desenvolvimento sustentável com participação
popular.
ALMEIDA, M. W. B. Direitos à floresta e ambientalismo: seringueiros e suas lutas.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 55, 2004.

De acordo com o texto, a visibilidade dos seringueiros amazônicos foi estabelecida pela
relação entre
a) crescimento econômico e migração de trabalhadores.
b) produção de borracha e escassez de recursos naturais.
c) reivindicação de terra e preservação de mata nativa.
d) incentivo governamental e conservação de territórios.
e) modernização de plantio e comércio de látex.
Gabarito 3
Letra C
A partir de 1970 chegaram os fazendeiros na Amazônia, expulsando
os Seringueiros, derrubando a floresta e assim iniciando os conflitos de
terra.
Na década de 70, tem início uma nova fase na trajetória de lutas
dos seringueiros acreanos. Isso porque o governo federal, com apoio do
governo estadual passou a oferecer incentivos fiscais para a implantação da
pecuária na região. Fazendeiros, vindos do centro-sul do país adquiriam
terras a preços baixos e nela passaram a plantar pasto para a criação de gado.
Sob esta ameaça, os seringueiros começaram a se unir em cooperativas e
sindicatos, e surgiram as grandes lideranças dos seringueiros
Questão 4
A fome não é um problema técnico, pois ela não se deve à falta de alimentos,
isso porque a fome convive hoje com as condições materiais para resolvê-la.

PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza, fome e meio ambiente. In:


OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M. (Org.). O campo no século
XXI:
território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa
Amarela; Paz e Terra, 2004 (adaptado).

O texto demonstra que o problema alimentar apresentado tem uma


dimensão política por estar associado ao(à)
a) escala de produtividade regional.
b) padrão de distribuição de renda.
c) dificuldade de armazenamento de grãos.
d) crescimento da população mundial.
e) custo de escoamento dos produto.
Gabarito 4
Letra B
Os fatores que causam a fome no mundo são vários, dentre os quais estão a
desigualdade social, a pobreza, os conflitos e guerras, as crises econômicas, a má
distribuição de alimentos e o manejo inadequado dos recursos naturais.
Condições climáticas e fenômenos naturais, como as mudanças
climáticas, inundações e secas severas, podem também causar ou agravar a fome
no mundo. A fome pode ser classificada em aguda (temporária),
crônica (duradoura) e oculta (falta de nutrientes fundamentais).
É importante ressaltar que a fome não é causada somente por fatores antrópicos.
Questão 5
Preços justos e autorizações de uso da água devem garantir de forma adequada que a retirada
de água, bem como o retorno de efluentes, mantenham operações eficientes e
ambientalmente sustentáveis, de maneira que sejam adaptáveis às peculiaridades e
necessidades da indústria e da irrigação em larga escala, bem como às atividades da
agricultura em pequena escala e de subsistência.
UNESCO. Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos.
Água para um mundo sustentável. Unesco, 2015.

Considerando o debate sobre segurança hídrica, a proposta apresentada no texto está pautada
no(a)
a) distribuição equitativa do abastecimento.
b) monitoramento do fornecimento urbano.
c) racionamento da capacidade fluvial.
d) revitalização gradativa de solos.
e) geração de produtos recicláveis.
Gabarito 5
Letra A
De acordo com a ONU, o conceito de segurança hídrica é “assegurar o acesso
sustentável à água de qualidade, em quantidade adequada à manutenção dos
meios de vida, do bem-estar humano e do desenvolvimento socioeconômico;
garantir proteção contra a poluição hídrica e desastres relacionados à água.
Portanto, podemos dizer que a segurança hídrica é um conjunto de boas práticas
desenvolvidas pela sociedade para que a água não fique indisponível,
independentemente dos fatores diretamente relacionados a isso.
Questão 6
No semiárido brasileiro, o sertanejo desenvolveu uma acuidade detalhada para a observação dos
fenômenos, ao longo dos tempos, presenciados na natureza, em especial para a previsão
do tempo e do clima, utilizando como referência a posição dos astros, constelação e nuvens.
Conforme os sertanejos, a estação vai ser chuvosa quando a primeira lua cheia de janeiro
“sair vermelha, por detrás de uma barra de nuvens”, mas “se surgir prateada, é sinal de seca”.
MAIA, D.; MAIA, A. C. A utilização dos ditos populares e da observação do tempo para a
climatologia escolar no ensino fundamental II. GeoTextos, n. 1, jul. 2010 (adaptado).

O texto expõe a produção de um conhecimento que se constitui pela


a) técnica científica.
b) experiência perceptiva.
c) negação das tradições.
d) padronização das culturas.
e) uniformização das informações.
Gabarito 6
Letra B
Questão 7
O uso de novas tecnologias envolve a assimilação de uma cultura empresarial na qual haja a
integração entre as propostas de modernização tecnológica e a racionalização. Nem sempre o
uso de novas tecnologias é apenas um processo técnico na medida em que pressupõe uma nova
orientação no controle do capital, no processo produtivo e na qualificação da mão de obra. Dos
diversos efeitos que derivaram dessa orientação, a terceirização, a precarização e a flexibilização
aparecem com constância como características do paradigma flexível, em substituição ao
modelo taylorista-fordista.

HERÉDIA, V. Novas tecnologias nos processos de trabalho: efeitos da reestruturação produtiva.


Scripta Nova, n. 170, ago. 2004 (adaptado).
O uso de novas tecnologias relacionado ao controle empresarial é criticado no texto em razão da

a) operacionalização da tarefa laboral.


b) capacitação de profissionais liberais.
c) fragilização das relações de trabalho.
d) hierarquização dos cargos executivos.
e) aplicação dos conhecimentos da ciência.
Gabarito 7
Letra C
O avanço das novas tecnologias e a instabilidade das relações
trabalhistas dificilmente será mitigada, uma vez que representa o
avanço econômico e tecnológico, colocando a sociedade na posição
desconfortável de estar constantemente usufruindo das benesses
advindas de uma posição privilegiada ante a precarização das
relações de trabalho. É necessário reconstruir as bases que fomentam
o surgimento dessas relações, mas mais do que isso, pensar em
soluções para esses trabalhadores já que existe uma perspectiva de
que em breve, todos estaremos sujeitos ocupar essas posições.
Questão 8
Constatou-se uma ínfima inserção da indústria brasileira nas novas tecnologias ancoradas na
microeletrônica, capazes de acarretar elevação da produtividade nacional de forma sustentada.
Os motores do crescimento nacional, há décadas, são os grupos relacionados a commodities
agroindustriais e à indústria representativa do antigo padrão fordista de produção, esta última
também limitada pela baixa potencialidade futura de desencadear inovações tecnológicas
capazes de proporcionar elevação sustentada da produtividade.
AREND, M. A industrialização do Brasil ante a nova divisão internacional do trabalho.
Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 16 jul. 2015 (adaptado).
Um efeito desse cenário para a sociedade brasileira tem sido o (a)

a) barateamento da cesta básica.


b)retorno à estatização econômica.
c)ampliação do poder de consumo.
d)subordinação aos fluxos globais.
e)incentivo à política de
modernização.
Gabarito 8
Letra D
Questão 9
As grandes empresas seriam, certamente, representação de um exercício de
poder, ante o grau de autonomia de ação de que dispõem. O que se pretende
salientar é a ideia de enclave: plantas industriais que estabelecem relações
escassas com o entorno, mas exercem grande influência na economia extralocal.
DAVIDOVICH, F. Estado do Rio de Janeiro: o urbano metropolitano.
Hipóteses e questões. GeoUERJ, n. 21, 2010.
Que tipo de ação tomada por empresas reflete a forma de territorialização da
produção industrial apresentada no texto?

a) Criação de vilas operárias.


b) Promoção de eventos comunitários.
c) Recuperação de áreas degradadas.
d) Incorporação de saberes tradicionais.
e) Importação de mão de obra qualificada.
Gabarito 9
Letra E
Questão 10
O toyotismo, a partir dos anos 1970, teve grande impacto no mundo ocidental,
quando se mostrou para os países avançados como uma opção possível para a
superação de uma crise de acumulação.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do
trabalho.
São Paulo: Boitempo, 2009 (adaptado).

A característica organizacional do modelo em questão, requerida no contexto de


crise, foi o(a)
a) expansão dos grandes estoques.
b) incremento da fabricação em massa.
c) adequação da produção à demanda.
d) aumento da mecanização do trabalho.
e) centralização das etapas de planejamento.
Gabarito 10
Letra C
Questão 11
Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou
sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não
diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste
depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”;
“podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas, há um
fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982
(adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação
ao seguinte processo socioespacial:
a) Restrição da propriedade privada.
b) Expropriação das terras comunais.
c) Imposição da estatização fundiária.
d) Redução da produção monocultora.
e) Proibição das atividades artesanais.
Gabarito 11
Letra B
Questão 12
No sistema capitalista, as muitas manifestações de crise criam condições que
forçam a algum tipo de racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o
efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar as condições de
acumulação. Podemos conceber cada crise como uma mudança do processo de
acumulação para um nível novo e superior.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005
(adaptado).
A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo processo
produtivo descrito no texto é a
a) associação sindical.
b) participação eleitoral.
c) migração internacional.
d) qualificação profissional.
e) regulamentação funcional.
Gabarito 12
Letra D
Questão 13
Nos setores mais altamente desenvolvidos da sociedade contemporânea, o
transplante de necessidades sociais para individuais é de tal modo eficaz que a
diferença entre elas parece puramente teórica. As criaturas se reconhecem em
suas mercadorias; encontram sua alma em seu automóvel, casa em patamares,
utensílios de cozinha.
MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem
unidimensional.
Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
O texto indica que, no capitalismo, a satisfação dos desejos pessoais é
influenciada por
a) políticas estatais de divulgação.
b) incentivos controlados de consumo.
c) prescrições coletivas de organização.
d) mecanismos subjetivos de identificação.
e) repressões racionalizadas do narcisismo.
Gabarito 13
Letra D
Questão 14
A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que chega antes de lhe impor condições, antes
de saber e indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou um “documento” de
identidade. Mas ela também supõe que se dirija a ele, de maneira singular, chamando-o
portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio: “Como você se chama?” A hospitalidade
consiste em fazer tudo para se dirigir ao outro, em lhe conceder, até mesmo perguntar seu
nome, evitando que essa pergunta se torne uma “condição”, um inquérito policial, um
fichamento ou um simples controle das fronteiras. Uma arte e uma poética, mas também toda
uma política dependem disso, toda uma ética se decide aí.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo: Estação Liberdade, 2004
(adaptado). Associado ao contexto migratório contemporâneo, o conceito de hospitalidade
proposto pelo autor impõe a necessidade de
a) anulação da diferença.
b) cristalização da biografia.
c) incorporação da alteridade.
d) supressão da comunicação.
e) verificação da proveniência.
Gabarito 14
Letra C
Questão 15
A categoria de refugiado carrega em si as noções de transitoriedade, provisoriedade e
temporalidade. Os refugiados situam-se entre o país de origem e o país de destino. Ao
transitarem entre os dois universos, ocupam posição marginal, tanto em termos identitários —
assentada na falta de pertencimento pleno enquanto membros da comunidade receptora e nos
vínculos introjetados por códigos partilhados com a comunidade de origem — quanto em
termos jurídicos, ao deixarem de exercitar, ao menos em caráter temporário, o status de
cidadãos no país de origem e portar o status de refugiados no país receptor.
MOREIRA, J. B. Refugiados no Brasil: reflexões acerca do processo de integração local.
REMHU, n. 43, jul.-dez. 2014 (adaptado).
A condição de transitoriedade dos refugiados no Brasil, conforme abordada no texto, é
provocada pela associação entre
a) ascensão social e burocracia estatal.
b) miscigenação étnica e limites fronteiriços.
c) desqualificação profissional e ação policial.
d) instabilidade financeira e crises econômicas.
e) desenraizamento cultural e insegurança legal.
Gabarito 15
Letra E
Questão 16
O bônus demográfico é caracterizado pelo período em que, por causa da
redução do número de filhos por mulher, a estrutura populacional fica
favorável ao crescimento econômico. Isso acontece porque há
proporcionalmente menos crianças na população, e o percentual de idosos
ainda não é alto.
GOIS, A. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
A ação estatal que contribui para o aproveitamento do bônus demográfico é o
estímulo à
a) atração de imigrantes.
b) elevação da carga tributária.
c) qualificação da mão de obra.
d) admissão de exilados políticos.
e) concessão de aposentadorias.
Gabarito 16
Letra C
Questão 17
Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma do Conselho de Segurança Os representantes do G4 (Brasil,
Alemanha, Índia e Japão) reiteraram, em setembro de 2018, a defesa pela ampliação do Conselho de
Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) durante reunião em Nova York (Estados Unidos). Em
declaração conjunta, de dez itens, os chanceleres destacaram que o órgão, no formato em que está, com
apenas cinco membros permanentes e dez rotativos, não reflete o século 21. “A reforma do Conselho de
Segurança é essencial para enfrentar os desafios complexos de hoje. Como aspirantes a novos membros
permanentes de um conselho reformado, os ministros reiteraram seu compromisso de trabalhar para
fortalecer o funcionamento da ONU e da ordem multilateral global, bem como seu apoio às respectivas
candidaturas”, afirma a declaração conjunta.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 7 dez. 2018 (adaptado).

Os países mencionados no texto justificam sua pretensão com base na seguinte característica comum:
a) Extensividade de área territorial.
b) Protagonismo em escala regional.
c) Investimento em tecnologia militar.
d) Desenvolvimento de energia nuclear.
e) Disponibilidade de recursos minerais.
Gabarito 17
Letra B
Questão 18
A vida das pessoas se modifica com a mesma rapidez com que se reproduz a cidade. O lugar da
festa, do encontro quase desaparecem; o número de brincadeiras infantis nas ruas diminui — as
crianças quase não são vistas; os pedaços da cidade são vendidos, no mercado, como
mercadorias; árvores são destruídas, praças transformadas em concreto. Por outro lado, os
habitantes parecem perder na cidade suas próprias referências. A imagem de uma grande cidade
hoje é tão mutante que se assemelha à de um grande guindaste, aliás, a presença maciça destes,
das britadeiras, das betoneiras nos dão o limite do processo de transformação diária ao qual está
submetida a cidade.
CARLOS, A. F. A. A cidade. São Paulo: Contexto, 2011
(adaptado). No contexto das grandes cidades brasileiras, a situação apresentada no texto
vem ocorrendo como consequência da
a) manutenção dos modos de convívio social.
b) preservação da essência do espaço público.
c) ampliação das normas de controle ambiental.
d) flexibilização das regras de participação política.
e) alteração da organização da paisagem geográfica.
Gabarito 18
Letra E
Questão 19
Desde 2009, a área portuária carioca vem sofrendo grandes transformações realizadas no
escopo da operação urbana consorciada conhecida como Porto Maravilha. Parte importante na
tentativa de tornar o Rio de Janeiro um polo de serviços internacional, a “revitalização” urbana
deveria deixar para trás uma paisagem geográfica que ainda recordava a cidade do início do
século passado para abrir espaço, em seu lugar, à instalação de modernas torres comerciais,
espaços de consumo e lazer inéditos e cerca de cem mil novos moradores, uma nova
configuração socioespacial capaz de alçar a área portuária do Rio de Janeiro ao patamar dos
waterfronts de Baltimore, Barcelona e Buenos Aires.
LACERDA, L.; WERNECK, M.; RIBEIRO, B. Cortiços de hoje na cidade do
amanhã.
E-metropolis, n. 30, set.
2017.
As intervenções urbanas descritas derivam de um processo socioespacial que busca a
a) intensificação da participação na competitividade global.
b) contenção da especulação no mercado imobiliário.
c) democratização da habitação popular.
d) valorização das funções tradicionais.
e) priorização da gestão participativa.
Gabarito 19
Letra A
Questão 20
O planejamento deixou de controlar o crescimento urbano e passou a encorajá-lo
por todos os meios possíveis e imagináveis. Cidades, a nova mensagem soou em
alto e bom som, eram máquinas de produzir riquezas; o primeiro e principal
objetivo do planejamento devia ser o de azeitar a máquina.
HALL, P. Cidades do amanhã: uma história intelectual do planejamento e do
projeto urbanos no século XX. São Paulo: Perspectiva, 2016
(adaptado).
O modelo de planejamento urbano problematizado no texto é marcado pelo(a)
a) primazia da gestão popular.
b) uso de práticas sustentáveis.
c) construção do bem-estar social.
d) soberania do poder governamental.
e) ampliação da participação empresarial.
Gabarito 20
Letra E

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