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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL


CURSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: MATÉRIAS PRIMAS ALIMENTÍCIAS

ALANNY VITÓRIA ARAÚJO PAMPLONA


JÉSSICA DAIANE DOS ANJOS SERRA
KEVELEN BRAGA DA SILVA
MARIA CLARA DA SILVA LOURINHO
MATEUS SOUSA COSTA
RAYARA SANDIN MENDES

ATIVIDADE DE MATÉRIAS PRIMAS ALIMENTÍCIAS

Docente: Prof. Dr. Gustavo Fontanari

BELÉM - PA
2024
● Tabelas de rendimento da produção por área:
● Cacau no estado do Pará
O cacau (Theobroma cacao) é um fruto originário da América do Sul e da América
Central popular pela sua rica concentração de compostos fenólicos, seu sabor e por
ser matéria prima do chocolate. Há relatos de que o cacau tem propriedades
antioxidantes e anti-inflamatórias, atuando também na diminuição do LDL-colesterol
e na queda da prevalência e incidência de doenças cardiovasculares. Isso porque
contém altos níveis de compostos fenólicos.
Segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do
Sidra (Sistema de Recuperação Automática) do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), a produção de cacau do Pará atingiu 145 mil toneladas na
safra 2021/2022, com uma produtividade média de 977 quilos por hectare.
Quase o dobro da média nacional, de 520 kg/ha, e bem maior que a média mundial
de 550 kg/ha. As cidades Medicilândia, Uruará, Altamira, Placas, Anapu, Brasil
Novo, Novo Repartimento, Vale do Xingu, Tucumã, Tomé-Açu são os 10 municípios
que mais produzem cacau no estado do Pará, segundo dados da Ceplac.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap)


desenvolve um projeto de internacionalização de amêndoas que incentivo o
beneficiamento primário de cacau, com o objetivo de melhorar a qualidade das
amêndoas e assim conseguir melhores preços nos mercados nacional e
internacional.

● Algodão produzido em escala nacional:

O algodão em caroço é o produto maduro com suas fibras ainda presas, após o
beneficiamento, é obtido o algodão em pluma, o qual é contabilizado para as
estatísticas de produção. Depois de beneficiado, o algodão chega à fiação para ser
transformado em fios e, a partir daí, se torna matéria-prima industrial.

Na safra 2021/2022, o Brasil já está com a colheita e o beneficiamento finalizados


no Brasil, e o os números apontam uma melhora para o setor, com uma produção de
2,71 milhões de toneladas. A safra 2019/2020 contou com o recorde histórico de 3
milhões de toneladas, porém a safra 2020/2021 sofreu uma forte queda de
produção, colhendo 2,35 milhões de toneladas.

A forte tecnificação do setor e a produção em grandes propriedades nos Cerrados,


principalmente em Mato Grosso e no Oeste da Bahia, tem sido responsável pelo
recente progresso.

Com o embarque de 1,618 milhão de toneladas ao exterior de janeiro a dezembro, o


País movimentou uma receita de US$ 3,07 bilhões no ano.

O desempenho já era previsto pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão


(Abrapa). “A safra 2022/2023 foi impactada por efeitos climáticos adversos, e com
isso tivemos um volume menor para exportar. A conjuntura mundial também foi
desafiadora para o algodão”, observa o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.

Dois conflitos armados, ainda em curso, afetaram a economia mundial:


Rússia/Ucrânia e Israel/Palestina. Com a instabilidade nos mercados internacionais,
manteve-se a tendência de alta tanto na inflação como nas taxas de juros,
desacelerando a economia em vários países. O resultado foi uma queda na
demanda por algodão, com as indústrias têxteis operando em ritmo menor ao longo
de 2023 e, consequentemente, importando menos.

● Produção de Mandioca no estado do Pará:

Originária da América do Sul, a mandioca (Manihot esculenta Crantz) constitui o


segundo alimento energético (atrás apenas do arroz) para 1 bilhão de pessoas,
principalmente nos países em desenvolvimento. Cerca de 100 países produzem
mandioca, sendo que o Brasil participa com 5,7% da produção mundial. O País é o
quinto maior produtor do mundo, atrás da Nigéria, República Democrática do
Congo, Tailândia e Gana, segundo dados mais recentes (2022) da Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Para a agricultura familiar da Amazônia brasileira, a mandioca é uma das mais


importantes culturas, destacando-se o Pará como o maior produtor regional e
nacional há 27 anos. Da cultura da mandioca não se perde nada, todas as partes da
planta podem ser beneficiadas e transformadas em produtos de elevado valor
agregado. Suas folhas podem ser utilizadas na alimentação humana e animal pela
riqueza em proteínas; a base do caule pode ser aproveitada para geração de
energia, o terço médio do caule seleciona-se para novos plantios e pode ser
triturado para forragem na alimentação animal. Das raízes, extrai-se a fécula, que
tem mais de mil aplicações, sendo utilizada em diversos produtos na indústria têxtil,
cosmética, alimentícia e outros; das raízes trituradas se produz a farinha e também
se pode extrair o tucupi, líquido de cor amarelada, utilizado como molho na
composição de pratos típicos da culinária paraense, como o pato no tucupi e o
tacacá; as cascas das raízes podem ser utilizadas na composição de rações para
animais ou como adubo orgânico.

● Criação de búfalos no estado do Pará:

No ranking de rebanho de búfalos, o Pará permanece na liderança, com 750.301


animais. O principal centro de produção bubalina é o Arquipélago do Marajó. O Pará
registra um crescimento superior a 30% do rebanho, em comparação a 2019,
quando totalizava 20.692.100 animais.

O crescimento é resultado de aporte tecnológico e ações de sustentabilidade, o que


pode ser observado na tecnificação da criação de animais, que inclui rotatividade e
adubação do pasto, que permite melhor aproveitamento da área e maior lotação de
animais; controle sanitário e melhoria genética dos animais.

Embora o Brasil tenha o maior rebanho de búfalos do ocidente, com


aproximadamente 1,4 milhão de animais (IBGE, 2019), o consumo de sua carne é
baixo no país. Segundo estudos recentes (MEYERDING et al., 2018; SHAN et al.,
2017), na compra de um ítem cárneo, o consumidor é influenciado por fatores
intrínsecos (cor, textura, suculência, sabor) e extrínsecos (informações no rótulo,
design da embalagem, preço e outros) do produto.

O leite de búfala é considerado pelos especialistas um ótimo alimento para proteger


o organismo contra doenças cardiovasculares. Com o apoio da Secretaria de
Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a produção leiteira bubalina
ganha cada vez mais destaque no cenário estadual e no Brasil, principalmente pelos
seus derivados, em especial o queijo do Marajó, que em março deste ano ganhou o
selo da Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional de Propriedade Industrial
(INPI).

O Arquipélago do Marajó concentra todo o leite das fazendas de criadores de


búfalas nos campos da região. Os municípios de Chaves, Soure e Cachoeira do
Arari se destacam na produção leiteira da búfala. Segundo a Agência de Defesa
Agropecuária do Pará (Adepará) – vinculada à Sedap e encarregada da inspeção
fitossanitária do rebanho – a produção dos laticínios locais alcançou a média mensal
de 4,170 toneladas.
● Referências bibliográficas:
DE OLIVEIRA RIBAS, Heloisa; GONÇALVES, Danyellen Staut; MAZUR,
Caryna Eurich. Benefícios funcionais do cacau (Theobroma cacao) e seus
derivados. Visão Acadêmica, v. 19, n. 4, 2018.
www.embrapa.br/visao-de-futuro/trajetoria-do-agro/desempenho-recente-do-a
gro/algodao
/abrapa.com.br
Brasil produziu 6,9 milhões de toneladas de algodão em 2019 (www.gov.br)
A produção de algodão no Brasil | Agrichem
COÊLHO, Jackson Dantas. Algodão: produção e mercados. 2021.
Mandioca - Portal Embrapa
LV-Sinergias-312-340.pdf (embrapa.br)

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