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CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR

ORIGEM
A cultura da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) é uma gramínea perene que teve
origem da ilha de Papua, Sudoeste Asiático, nas regiões concentradas entre a Nova Guiné e
Indonésia. Esta cultura além de crescer em meio silvestre era também utilizada como planta
ornamental para embelezar os jardins e moradias (LOPES SOBRINHO, 2019).
Para Miranda (2008), a cultura foi marcada pela expansão juntamente com as
migrações náuticas dos habitantes do Oceano Pacífico, disseminando-se nas ilhas do Sul do
Pacífico, no Arquipélago da Malásia, em Bengala e na Indochina, sendo certo na Índia o seu
surgimento e/ou aparecimento como planta produtora de açúcar. De acordo com Delgado e
Cesar (1977) os persas foram os primeiros a desenvolver as técnicas de produção do açúcar
sendo estabelecidas as rotas do açúcar entre os países africanos e asiáticos.
Cristovão Colombo trouxe a cana-de-açúcar para a América na segunda viagem ao
continente, em 1493, quando começou a ser plantada na atual república Dominicana e Haiti,
todavia, oficialmente, foi Martim Affonso de Souza, em 1532, quem trouxe a primeira muda
de cana ao Brasil e iniciou seu cultivo na Capitania de São Vicente. Lá, ele mesmo construiu
o primeiro engenho de açúcar. Mas foi no Nordeste, principalmente nas Capitanias de
Pernambuco e da Bahia, que os engenhos de açúcar se multiplicaram (TRINTIN, 2012).
Porém, a economia açucareira foi uma das que mais se destacou na história do Brasil e
continua em evidência até os dias atuais em virtude de vários fatores, dentre eles: a alta
qualidade do solo; clima favorável; terras férteis; mão-de-obra farta e barata e pela
valorização do produto no comércio externo (TRINTIN, 2012).

IMPORTÂNCIA
É uma das culturas agrícolas mais importantes do mundo tropical, gerando centenas de
milhares de empregos diretos. É uma importante fonte de renda e desenvolvimento. A cana-
de-açúcar é uma cultura que possui alto valor econômico tanto no Brasil quanto no mundo,
sendo utilizada na produção de açúcar, energia elétrica e álcool (SILVA et al., 2014).
As indústrias sucroalcooleiras têm um papel importante na economia brasileira, a
cana-de-açúcar é uma das culturas com extrema importância no mercado mundial, assim
gerando milhares de empregos e uma fonte de renda para o trabalhador. Tendo como principal
produtor a região sudeste, as regiões do interior paulista são as mais desenvolvidas do Brasil,

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com sua renda per capita acima da média nacional e com desenvolvimento urbano crescendo
ainda mais, com isso a cana-de-açúcar possibilitou ao Brasil ser um dos países maiores
produtores de álcool, também sendo maior produtor e exportador de açúcar (SILVA, 2012)

CANA-DE-AÇUCAR NO BRASIL
O Brasil hoje é o maior produtor de cana-de-açúcar, desde o plantio até a produção de
açúcar, etanol e bioeletricidade, esse aumento tem colaborado para novas tecnologias e
aumento de usinas em todo o país. Essa planta trouxe bastantes benefícios, como empregos,
rendas para a população e para empresas sucroalcooleiras. A expansão da área ocupada pela
cultura tem incrementado a adoção de tecnologias como a utilização de biomassa para a
produção de calor e eletricidade (bioeletricidade). A boa adaptação da cultura a diversas
regiões brasileiras fez surgir várias plantas industriais, gerando postos de trabalho e renda
(NUNES, 2017).
O autor ainda destaca que a cana-de-açúcar vem contribuindo para a melhoria do
cenário social e industrial brasileiro, propiciando o desenvolvimento e a criação de programas
tais como o relacionado ao etanol que ocupa importante espaço no setor automobilístico pelo
fato de ser mais sustentável. O açúcar, por sua vez, constitui-se em um importante produto na
pauta de exportação nacional.

PRODUÇÃO
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, sendo que São Paulo responde
por 63,7% da área plantada no país. Grande parte das usinas paulistas de processamento de
cana podem escolher produzir açúcar ou etanol. Conforme dados do Mapa (2022), a região
sudeste, produz o equivalente a 63,7% da safra nacional, terá um volume colhido 4,0%
superior ao obtido na safra anterior. A área colhida caiu para cerca de 5,1 milhões de hectares
devido à concorrência da cana-de-açúcar com outras culturas, mas a produtividade subiu,
alcançando 74.571 kg/ha. Seguindo este movimento, no Centro-Oeste também houve
pequenos ajustes na área e na produtividade em relação ao levantamento anterior, com um
total de área estimado em 1,78 milhão de hectares, aumento de 3% na produtividade e com a
colheita de 129,1 milhões de toneladas, incremento de 1,5% sobre o ciclo passado.
No Nordeste, devido a problemas climáticos na última safra, parte das lavouras foi
abandonada ou dedicada a outros fins. Nesta temporada, muitas destas áreas retornaram à
produção, observando-se um crescimento de 3,2% na área a ser colhida. Além disso, estima-

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se uma produtividade de 62.720 kg/ha, o que deve gerar uma produção de 54,82 milhões de
toneladas, 10,1% superior à safra 2021/22. Já a Região Sul, nos últimos anos, tem perdido
consistentemente área de cana-de-açúcar para outras culturas como soja, milho, mandioca e
pastagens. A área colhida estimada na presente safra é de 496 mil hectares, 5,2% abaixo da
safra anterior. A produtividade prevista de 59.572 kg/ha é 1,5% abaixo da safra passada e a
produção deve chegar a 29,55 milhões de toneladas. Com relação ao Norte do país, apesar do
incremento de área e de produtividade, a região é responsável por menos de 1% da produção
nacional, com colheita prevista de 3,95 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no ciclo
2022/23 (MAPA,2022).

UTILIZAÇÃO
A cana-de-açúcar é a principal matéria-prima para a indústria sucroalcooleira
brasileira. A agroindústria da cana envolve etapas, como: produção e abastecimento da
indústria com matéria-prima; gerenciado dos insumos, resíduos, subprodutos e da
versatilidade da produção - de açúcar ou álcool; processamento e distribuição dos produtos
finais (ALACARDE, 2022).
O melado elaborado a partir do caldo de cana é um produto que apresenta boa
aceitação no mercado. Para as pequenas propriedades rurais, a elaboração do melado é uma
das formas lucrativas de beneficiar a cana, uma vez que o processo envolve equipamentos
simples e em pequeno número, com possibilidade de trabalho com mão-de-obra da própria
família (CARVALHO, 2007).
O caldo de cana ou garapa é o nome que se dá ao líquido extraído da cana-de-açúcar
no processo de moagem. É um alimento muito energético, assim como a rapadura, que é feita
através de processamento após a concentração do caldo. Do caldo de cana também são feitos
melado e açúcar mascavo. O caldo conserva todos os nutrientes da cana-de-açúcar, entre eles
minerais (de 3 a 5%) como ferro, cálcio, potássio, sódio, fósforo, magnésio e cloro, além de
vitaminas do complexo B e C (FAVA, 2004).
A busca por uma alimentação mais saudável fez surgir novos nichos de mercado para
produtos naturais, inclusive como insumos para a indústria de alimentos. Um bom exemplo é
o açúcar mascavo, usado nas barras de cereais, mistura de cereais matinais e pães integrais.
Suas características nutricionais, superiores em relação ao açúcar branco e outros produtos
concorrentes, fazem do açúcar mascavo um alimento de grande potencial de crescimento no
consumo (CCP, 2014).

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A aguardente nada mais é do que uma das bebidas mais antigas em nosso país. Ela é
feita a partir da cana de açúcar, quando a mesma está madura, limpa, fresquinha e pronta para
ser espremida. Quando colhida, ela é moída e 70% da cana se transforma em um caldo que vai
para a fermentação (NETO,2023).
A destilação fracionada da cana de açúcar gera um resíduo pastoso, que possui um
odor forte e bem característico, chamado de vinhaça. De maneira geral, este resíduo é
utilizado como um adubo potente, na área de plantio, diminuindo o gasto com fertilizantes e
até mesmo outros tipos de adubos (NETO,2023).
A utilização da adubação verde com leguminosas na cana-de-açúcar é recomendada
quando se reforma o canavial. Essa prática não interfere na brotação da cana. Seu custo é
relativamente baixo e promove aumentos significativos nas produções de cana e de açúcar em
pelo menos dois cortes. Adicionalmente, protege o solo contra a erosão e evita multiplicação
de plantas espontâneas (AMBROSANO et al.,2005).

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A cana-de-açúcar é uma planta semi-perene, do gênero Saccharum, família Poaceae,
com metabolismo fotossintético C4 e que possui grande armazenamento de sacarose nos
tecidos dos colmos, tornando-a de extrema importância comercial nas lavouras canavieiras,
sendo cultivado como um híbrido interespecífico que recebe a denominação Saccharum spp.
(RIPOLI; RIPOLI, 2006).
As estruturas morfológicas da cana-de-açúcar que favorecem na sua identificação: o
desenvolvimento em forma de touceira, caule do tipo colmo, produção de inflorescência,
rizoma e raiz fasciculada (LOPES SOBRINHO, 2019).
De acordo com Segato et al. (2006), as folhas da cana-de-açúcar possuem a coloração
verde, são sésseis, lancetadas, lineares, largas e agudas. Sendo distribuídas em toda a extensão
do colmo, com inserção na região nodal, em fileiras opostas e alternadas.
O ciclo fenológico da cana-de-açúcar (primeira e segunda época) é constituído por oito
fases distintas; são elas: plantio do tolete; brotação do tolete; início do perfilhamento;
perfilhamento intenso; maturação; colmos industrializáveis; corte ou colheita e brotação da
soqueira (SEGATO et al., 2006).
O plantio da cana-de-açúcar é feito em duas épocas, dando origem à cana planta de
ano (12 meses) ou à cana-planta de ano e meio (18 meses), mas após o primeiro corte o ciclo
de ambas é anual e ela recebe a denominação de cana soca (BARBOSA, 2010).

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A planta de cana-de-açúcar apresenta reprodução sexuada, porém o estabelecimento de


lavouras ocorre a partir de segmentos do colmo denominados “toletes”. O tolete é composto
por nós e espaço entrenós. No nó estão presentes a gema (tecido meristemático), a zona
radicular com primórdios radiculares, o anel de crescimento, a cicatriz da inserção da bainha
da folha no colmo e a zona cerosa (SILVA et al., 2014).

ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO
Os estádios fenológicos da cana-de-açúcar são separados por (1) brotação e
estabelecimento – onde o crescimento é lento e depende da umidade do solo, levando de 20 a
30 dias para a ocorrência da brotação; (2) perfilhamento - que tem início em torno de 40 dias
após o plantio e pode durar até 120 dias; (3) crescimento dos colmos - começa a partir dos
120 após o plantio (ou corte) e dura por até 270 dias, em um cultivo de 12 meses, sendo o
estádio mais importante do cultivo, pois é quando se acumulam aproximadamente 75% da
matéria seca total e o estádio (4) maturação dos colmos - quando ocorrem reduções nas taxas
de crescimento da planta e aumento no acúmulo de sacarose nos colmos, tendo início de 270 a
360 dias após o plantio e podendo se prolongar por até 6 meses (DIOLA, SANTOS, 2010).

Figura 1. Estádios de desenvolvimento da cana-de-açúcar. Fonte: Yara Brasil, (2016).


No início do desenvolvimento, a maior parte da fitomassa produzida pela cana-de-
açúcar é destinada à formação e crescimento de folhas, o que simultaneamente leva à
formação de novos perfilhos que, por sua vez, depende da formação dos restolhos (parte do
colmo das gramíneas que fica enraizada após a colheita). O perfilhamento é o processo de
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emissão de brotações, colmos ou hastes laterais por uma mesma planta, os quais recebem a
denominação de perfilhos. O perfilhamento ocorre a partir das porções subterrâneas dos
colmos (restolhos) anteriormente formados, e é governado, inicialmente, pela temperatura e
pela radiação, porém, também é afetado pela variedade e a densidade de plantio, pelo ciclo
(cana-planta ou cana-soca) e pela disponibilidade de água e de nitrogênio no solo. A cana-de-
açúcar perfilha nos primeiros meses após o plantio (ou rebrota), e esse perfilhamento
intensifica-se à medida que as condições de temperatura e a disponibilidade hídrica são
favorecidas. Após este período, o número de perfilhos diminui até se estabilizar
(SUGUITANI; MATSUOKA, 2001).
A maturação da cana-de-açúcar inicia-se junto com o crescimento intenso dos colmos,
sobreviventes do perfilhamento da touceira, sendo que o excesso de açúcar permanece
armazenado na base de cada colmo. Quando as touceiras atingem altura igual ou superior a
dois metros, é possível observar amarelecimento e consequente seca das folhas que se
encontram na altura mediana da planta, indicando que está sendo depositado açúcar nessa
região (BATISTA, 2013).

CANA DE ANO; ANO E MEIO E INVERNO


A cana ano (cana de 12 meses), em algumas regiões, a cana-de-açúcar pode ser
plantada no período de outubro a novembro. Esse sistema de plantio precisa ser utilizado de
forma restrita, pois apresenta as seguintes vantagens e proteção. As vantagens são: quando se
tem grandes áreas para plantio, uma segunda época de plantio facilita o gerenciamento e
otimiza a utilização de máquinas e de mão-de-obra, que ficam subdivididas entre o período de
plantio de cana de ano-e-meio e cana de ano. Mas também possui desvantagens tais como:
menor produtividade que a cana de 18 meses, uma vez que a cana de ano tem apenas sete ou
oito meses de crescimento efetivo (um verão); o preparo do solo para o plantio da cana de ano
pode ser complicado, uma vez que há pouco tempo para o preparo, incorporação do calcário e
de outros corretivos etc. Logo após a colheita anterior é necessário arrancar as soqueiras para
um novo plantio. Com o início da estação chuvosa, ocorrem poucos dias úteis para operações
agrícolas e, se a área de plantio for muito grande, é necessária quantidade de mão-de-obra
nesse período; em algumas situações e para variedades floríferas, a utilização de inibidores de
florescimento pode ser necessária (ROSSETTO e SANTIAGO, 2022).
A cana de ano-e-meio (cana de 18 meses) é plantada entre os meses de janeiro e
março. Nos primeiros três meses, a planta inicia seu desenvolvimento e, com a chegada da

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seca e do inverno, o crescimento passa a ser muito lento durante cinco meses (abril a agosto),
vegetando nos sete meses subsequentes (setembro a abril), para, então, amadurecer nos meses
seguintes, até completar 16 a 18 meses. Este período (janeiro a março) é considerado ideal
para o plantio da cana-de-açúcar, pois apresenta boas condições de temperatura e umidade,
garantindo o desenvolvimento das gemas. Essa condição possibilita a brotação rápida, a
incidência de doenças nos toletes (ROSSETTO e SANTIAGO, 2022).
Para Duft (2015), a cana de inverno é uma modalidade que ganha cada vez mais
adeptos. A cana é plantada em junho ou julho, com a utilização de torta de filtro e/ou vinhaça
para auxiliar na brotação, em um período com poucas chuvas. Dessa forma, em 12 meses a
cana está pronta para ser colhida e tem mais tempo para se desenvolver. No entanto, a
produtividade é menor que a cana de ano e meio.
O sistema cana de inverno é adotado em propriedades em que há disponibilidade de
irrigação, pois o plantio é realizado na época seca do ano. O canavial apresenta altas
produtividades já no primeiro ano, já que é possível controlar a disponibilidade de água no
solo. Para Rossetto e Santiago (2015), com o uso da torta de filtro, que contém cerca de 70% a
80% de umidade, aplicada no sulco de plantio, é possível plantar a cana-de-açúcar mesmo no
período de estiagem. A torta fornece a umidade necessária para a brotação. Se ainda for feita
fertirrigação com vinhaça, ou mesmo irrigação, o plantio da cana-de-açúcar pode ocorrer
praticamente o ano todo.

CANA SOCA
Após a colheita da cana-planta, uma série de ciclos sucessivos são cultivados a partir
da rebrota, a chamada soqueira ou cana soca. A cada nova soqueira que se desenvolve, as
raízes mais velhas morrem e novas raízes são formadas. Também há a formação de novos
perfilhos e a partir desses, a nova safra de cana-de-açúcar é colhida. Após cada soqueira,
ocorre uma gradativa redução na produtividade (DUFT, 2015).

CANA BISADA
As canas que permanecem dois verões no campo recebem o nome de cana “bisada”.
Para algumas usinas tal matéria-prima é considerada apta ao processamento no início de safra
devido ao seu alto teor de sacarose e de fibra (CAROLO, 2009).
Então a cana bisada é a cana que deveria ser colhida em uma safra, mas por falta de
tempo será colhida apenas na safra seguinte. Essa cana passa por dois ciclos de

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desenvolvimento (meses chuvosos de outubro a março). Por conta disso é uma cana com
brotos laterais isoporizados, com mais açúcares invertidos e consequentemente com menos
potencial de produzir álcool e açúcar. O ideal é colher a cana 12 meses depois do corte da
soca para que ela tenha como crescer e maturar, a cana bisar é um efeito indesejado que
ocorre por problemas durante a safra ou falta de planejamento das usinas para fazer uma
colheita efetiva (DUFT, 2016).

CICLO PRECOCE, MEIO E TARDIO


Nos ciclos de colheita, as canas são classificadas em precoce ou de início de safra,
média e tardia ou de final de safra. As canas recomendadas para colheita entre os meses de
março e junho são consideradas precoces, entre julho e setembro são consideradas médias e as
colhidas entre outubro e dezembro são consideradas tardias (MARGARIDO, 2006).
As canas de início de safra têm como característica a colheita de matériaprima de
menor qualidade devido as condições desfavoráveis a maturação, recomendase o plantio de
variedades ricas em sacarose, alocação em solos de menor fertilidade e utilização de
maturadores. As canas médias têm ótima qualidade de matéria-prima por consequência de
condições climáticas favoráveis a maturação, como estresse hídrico, por isto é recomendável
o uso de variedades com capacidade superior de brotação e perfilhamento, uso de irrigação ou
fertirrigação. As variedades tardias apresentam maior variabilidade na produtividade, pois,
são canaviais que estão sujeitos a veranicos de janeiro a março e período de seca no outono-
inverno, recomenda-se a alocação em ambientes de produção edafoclimáticos favoráveis,
variedades de rápido crescimento, sem florescimento e utilização de matéria orgânica
(LANDELL e BRESSIANI, 2008).

PLANTIO (espaçamento, densidade, profundidade)


O plantio da cana-de-açúcar dever ser realizado com colmos livres de moléstias e
pragas, uma vez que a lavoura só será renovada após 5 ou 6 anos. O plantio mais tradicional
consiste no corte dos colmos no viveiro, distribuição dos mesmos nos sulcos, corte dos
colmos em pedaços menores (toletes) dentro dos sulcos e cobertura dos toletes com solo
(ROSSETTO e SANTIAGO, 2022).
O espaçamento adequado contribui para o aumento da produção, pois interfere
favoravelmente na disponibilização de recursos como luz, água e temperatura – variáveis
consideradas determinantes para que haja aumento de produção. O espaçamento do plantio

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deve variar de acordo com a fertilidade do terreno e conforme as características da variedade


recomendada. Rossetto e Santigo (2022), descreve que no caso da cana-de-açúcar, o
espaçamento entre sulcos pode variar de um metro a 1,8 metro, com as seguintes
recomendações:
 profundidade do sulco deve variar entre 20 e 30 centímetros;
 em solos arenosos, espaçamentos mais estreitos como 1 metro ou 1,20 metro são mais
indicados, pois permitem que o fechamento da entrelinha facilite mais rapidamente,
facilitando o controle do mato. Em solos férteis, o espaçamento mais comum é de 1,5
metro;
O espaçamento combinado é quando num mesmo talhão combinar-se faixas de
espaçamento uniforme com faixas de espaçamento alternado, a fim de propiciar condições
para o controle do trânsito. Para a cultura da cana é comum o chamado espaçamento abacaxi,
onde duas linhas de cana são plantadas a 0,30 centímetros de distância uma da outra, com
espaçamento da entrelinha de 1,50 metro, num total de 1,80 metro. Existe, também, o plantio
com sulcos largos. Neste caso, o sulcador faz o sulco com base larga, permitindo o plantio de
mudas para formar uma linha dupla. O espaçamento total também é de 1,80 metro
(ROSSETTO e SANTIAGO, 2022).

CLIMA E SOLO
As condições ambientais em que a cana-de-açúcar é cultivada podem influenciar a
cultura independente de sua finalidade: açúcar, aguardente, etanol, biomassa ou forragem.
Como há necessidade de alta produção de sacarose, a planta necessita encontrar condições de
temperatura e umidade adequadas para o seu pleno crescimento e desenvolvimento, seguida
de certa restrição hídrica e/ou térmica, para forçar o repouso e enriquecimento em sacarose na
época da colheita (MARCHIORI, 2004).
A cana-de-açúcar é considerada essencialmente uma planta tropical. A planta
sobrevive melhor em áreas ensolaradas quentes e tropicais. O clima “ideal” para maximizar a
produção de açúcar é caracterizado por: estação longa, quente, com alta incidência de
radiação solar e umidade adequada (período de crescimento); estação razoavelmente seca,
ensolarada e fresca, mas sem geada (período de amadurecimento) (PAES, 2007).

ALTITUDE, TEMPERATURA E AMPLITUDE TÉRMICA

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A cana-de-açúcar é uma espécie que apresenta metabolismo de incorporação de CO2


do tipo C4, onde a máxima eficiência fotossintética ocorre com grande disponibilidade de
radiação solar, umidade no solo e temperaturas do ar elevadas (SILVA et al., 2014). Em razão
da falta de resistência a baixas temperaturas, a cultura se adapta melhor na faixa de latitude
entre 35º N e 30º S e em altitudes que variam desde o nível do mar até 1.000 metros (PAES,
2007).
O desenvolvimento vegetativo é favorecido por temperaturas do ar entre 25°C e 35°C.
Já a maturação (acúmulo de sacarose no colmo) ocorre com temperaturas inferiores a 18-20°C
e/ou com deficiência hídrica prolongada. Temperaturas menores que 0°C provocam o
congelamento de partes menos protegidas como folhas novas e gemas laterais do colmo,
podendo levar a planta à morte (CASAGRANDE, 1991).
De modo geral, a cana-de-açúcar necessita de 6 a 8 meses com temperaturas elevadas,
radiação solar intensa e precipitações regulares, para que haja pleno crescimento vegetativo,
seguidos de 4 a 6 meses com estação seca e ou baixas temperaturas, condições desfavoráveis
ao crescimento e benéficas ao acúmulo de sacarose (PAES, 2007).

ZONEAMENTO AGRÍCOLA (Ponta Porã)


O Zoneamento Agrícola de Risco Climático, tem o objetivo de identificar as áreas
aptas e os períodos de plantio com menor risco climático para o cultivo de cana-de-açúcar.

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Figura 2. Zoneamento de Ponta Porã. Fonte: Agrolink, (2023).

RENOVAÇÃO DO CANAVIAL
Conforme Ruiz (2018), a renovação do canavial é realizada de 2 formas no Brasil,
com o sistema meiosi ou com o sistema cantosi. Em ambos, apenas uma parte da área é
destinada ao plantio de cana para a produção de mudas.
O Sistema de renovação do canavial meiosi (método inter-rotacional ocorrendo
simultaneamente), destaca-se por promover a produção das mudas para renovação do canavial
no mesmo talhão que será renovado, ao mesmo tempo em que ocorre a rotação de culturas na
área. Atualmente, uma das culturas mais utilizadas para fazer a rotação com a cana-de-açúcar
é a soja. Este sistema gera vantagens econômicas e logísticas, pois as mudas são produzidas
na mesma área onde serão plantadas, não havendo necessidade de transporte de um volume
grande de toletes de um talhão para o outro e ainda a área intercalar pode ser utilizada com
uma cultura rentável como a soja (RUIZ, 2018).
O sistema cantosi é o sistema de reforma do canavial que consiste em destinar os
cantos da propriedade (20% da área total) aos viveiros de cana-de-açúcar e os outros 80% da
área, para produção de grãos. Assim como no sistema meiosi, a soja é uma das culturas mais
utilizadas como cultura de rotação na renovação do canavial (RUIZ, 2018).

ADUBAÇÃO
O manejo da gestão do solo, envolvendo a correção da acidez e adubação, é um fator
determinante da produtividade das culturas. Entretanto, o emprego de fertilizantes e corretivos
deve ser criterioso e equilibrado, considerando que o uso do solo deve ser feito de forma a
manter sua fertilidade em equilíbrio com o meio ambiente. A cana-de-açúcar apresenta
sistema radicular diferenciado de outras culturas, uma vez que, não havendo impedimentos
físicos ou químicos, atinge níveis elevados do solo. Facilitar o crescimento das raízes em
profundidade contribui para o aumento da produtividade da cultura, já que aumenta o volume
de solo explorador para a retirada de água e nutriente (ROSSETTO e SANTIAGO, 2022).
Rosseto e Santigo (2022), descrevem que a época da adubação é muito importante
para o aproveitamento do fertilizante, levando-se em consideração o estágio da cultura, o
comportamento do elemento no solo e a idade do canavial (cana-planta e cana-soca).

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Ainda segundo esses mesmos autores, os fertilizantes e corretivos podem ser


classificados como os insumos de maior importância para a produção de cana-de-açúcar,
devido à capacidade que estes têm de influenciar a produtividade da cultura. Na adubação
mineral com NPK, em geral, o organismo é o nutriente que as plantas vivem em maior
quantidade. Entretanto, na cultura da cana-de-açúcar, o potássio é necessário nas maiores
doses do que o tomou, elemento que faz parte de muitos compostos, sobretudo das proteínas,
e é constituinte da clorofila, preparados e vegetais. O canavial bem nutrido em embora
apresenta-se verde e exuberante, uma vez que este nutriente estimula a brotação, o
enraizamento e o desenvolvimento de perfilhos.
A adubação fosfatada para a cana-de-açúcar é amplamente reconhecida como uma
prática eficaz para aumentar a produtividade dos canaviais, principalmente nos solos
brasileiros, que são, em geral, pobres em fósforo. O poder estimula a vegetação e o
perfilhamento; aumenta o teor de carboidratos, óleos, lipídeos e proteínas; promover o
armazenamento de açúcar e amido; ajuda na fixação do doente; regula a utilização da água e
aumenta a resistência à seca, geada e moléstias (ROSSETTO e SANTIAGO, 2022).

PRAGAS E DOENÇAS
Até hoje foram identificadas 216 doenças que atingem a cana-de-açúcar, sendo que
cerca de 58 foram localizadas no Brasil. Dentre estas 58 doenças, pelo menos dez podem ser
consideradas de grande importância econômica para a cultura (ROSSETTO e SANTIAGO,
2022).
Ainda conforme os autores, os causadores de doenças são vivos, eles podem produzir,
também, novas raças ou variantes que vencem essa resistência e passam a causar novo surto
de doença. Em função disso e das mudanças climáticas, podem surgir surtos epidêmicos,
havendo a necessidade de identificar novas doenças da cana e manter uma vigilância contínua
dentro dos canaviais, nos níveis estadual e nacional. As principais em destaque são:
escaldadura-das-folhas; estria vermelha; raquitismo-da-soqueira; mosaico; amarelinho;
ferrugem da cana; carvão da cana; mancha parda; podridão abacaxi; podridão de fusarium e
podridão vermelha.
Quanto à disseminação de patógenos ocorre principalmente pelos ventos e chuvas
onde se transporta os esporos quando esses são fungos, além de insetos vetores como pulgões
e brocas, maquinários agrícolas e ferramentas utilizadas no manejo da cultura como podões e
facões, mudas doentes que podem contaminar as demais. (ELIS, 2016).

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Para as medidas de controle como de aspecto geral o uso de variedades resistentes é a


principal, mas outras medidas em contrapartida se destacam: uso de mudas sadias, tratamento
térmico de mudas, escolha do local de plantio, manejo da época de colheita, adubação
balanceada, controle de pragas, roguing (eliminação de plantas doentes). No caso de bactérias
se recomenda a desinfestação de objetos com mencionado anteriormente. (ELIS, 2016).
As pragas também podem causar altas perdas na cultura da cana, aumentando o custo
de produção pelo manejo da praga e pela reforma precoce do canavial, além de reduzir
a qualidade da matéria-prima nas usinas de etanol e açúcar. Para reduzir essas perdas é
importante conhecer as pragas realizando o monitoramento, identificar todas as estratégias de
manejo, períodos ideais para o manejo e relacionar com o custo. As principais pragas que
atacam os canaviais são: Broca da cana-de açúcar; Cigarrinha; Bicudo da cana (Sphenophorus
levis); Broca gigante; Cupins; Elasmo; Hyponeuma taltula; Migdolus fryanus, entre outras
(CHINELATO, 2021).
Chinelato (2021), relata, um dos pilares do manejo integrado é o monitoramento da
lavoura para verificar as pragas, ou seja, realizar o levantamento contínuo da praga na
lavoura, estimando a densidade populacional, para então definir qual a melhor estratégia de
manejo. Por isso, algumas medidas de manejo para pragas da cana-de-açúcar são:
Monitoramento e levantamento das pragas no canavial, verificando a ocorrência de cada praga
e a densidade populacional; Sistema de cultivo/reforma do canavial que reduzem a presença
da praga; Limpeza de máquinas e equipamentos agrícolas, quando uma sai de uma fazenda e
entra em outra; Verificar a qualidade das mudas para a ocorrência de pragas, pois as mudas de
cana podem dispersar várias pragas a novas áreas; Variedades tolerantes ou resistentes.
Atualmente, já existem variedades resistentes (tecnologia Bt) para a broca da cana; Controle
químico com uso de inseticidas e Controle biológico com vários parasitoides para cada praga.

COLHEITA
O momento da colheita é definido em função da variedade, época de colheita, duração
do ciclo, manejo da maturação e condições climáticas (BARBOSA, 2010). A cana-de-açúcar
é colhida de forma escalonada, conforme os diferentes estágios de maturação das variedades,
o que permite uma melhor logística na colheita das áreas, que são bastante extensas
(MIRANDA, 2008).
A colheita do canavial é realizada anualmente e o aumento do número dos estágios de
corte ocasiona uma perda gradativa de produtividade, quando a lavoura não for viável

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economicamente, com relação aos custos da colheita e o rendimento do canavial, a área é


reformada com o plantio de novas mudas (SUGAWARA; RUDORFF, 2011).

VARIEDADES NO MS
As variedades de cana-de-açúcar são componentes importantes do sistema de
produção, isso porque é através delas que é possível elevar a eficiência produtiva do setor
sucroalcooleiro. No estado do Mato Grosso do Sul a variedade que continua sendo a mais
plantada nos é a RB867515, que ocupa 26,7% das áreas de plantio em 20/21. Já em segundo
vem a RB966928, com 14,5%, abaixo uma lista com as variedades mais plantadas no estado
sul mato-grossense (BRAGA JUNIOR, 2021).

Figura 3. Áreas de plantio e colheita, relação “%plantio-%colheita”, área total cultivada e


índices de qualidade no estado do Mato Grosso do Sul, na safra 2020/21.

A melhoria da qualidade da matéria prima para a produção de açúcar e álcool tem


relação direta com a oferta de variedades mais eficientes para determinados sistemas
produtivos, e o resultado das pesquisas com melhoramento genético proporcionam ao setor
canavieiro variedades adaptadas às condições especificas de produção. O que chama a atenção
de usinas e produtores são suas características, como alta sanidade, elevada produtividade,

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maturação tardia, ausência de florescimento e isoporização, e ótima brotação de soqueira em


colheita mecanizada (BRAGA JUNIOR, 2021).

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