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EEEFM ALICE HOLZMEISTER

3° M1EM AGRONEGÓCIO

GIRLENY ALVES

PESQUISA SOBRE: A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA


NO BRASIL E NO MUNDO

Profs.: Vinicius Carlesso, Derliane Ribeiro,


Elisângela Knoblauch e Nádia Couto

Santa Leopoldina - ES
2023
A Modernização da Agricultura
As atividades agrícolas estão em constante processo de inovação para alcançar maior
produtividade. Nesse sentido, a década de 1950 foi marcada por um processo mais intenso
de modernização agrícola. Isso inclui variedades de plantas geneticamente modificadas em
laboratório, espécies agrícolas desenvolvidas para alcançar alta produtividade e amplo
equipamento técnico com um conjunto de engenheiros de processo trabalhando com
pesticidas e máquinas.
Todo esse processo ficou conhecido como Revolução Verde na década de 1960. Este é um
programa financiado pelo Rockefeller Group, com sede em Nova York. Sob o pretexto de
aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo, o Grupo Rockefeller
fortaleceu a empresa expandindo seu mercado consumidor e vendendo embalagens físicas
de seus produtos.
O programa foi concebido para aumentar a produção agrícola por meio do desenvolvimento
de pesquisas em sementes, fertilização do solo e uso de máquinas no campo para
aumentar a produtividade. Isso é feito por meio do desenvolvimento de sementes
adequadas para tipos de solo e climas específicos, adaptação do solo para semeadura e
desenvolvimento de máquinas.
Apesar de aumentos significativos na produtividade agrícola, a Revolução Verde não
resolveu o problema da fome. Isso porque os principais produtos de cereais cultivados nos
países em desenvolvimento (Brasil, México, Índia, etc.) eram exportados principalmente
para os ricos e industrializados. Países como Estados Unidos, Canadá e União Européia.

Principais pontos positivos:


● Grande aumento da produtividade de alimentos;
● Aumento da produtividade agrícola em países não industrializados;
● Desenvolvimento agrícola;
● Expansão da fronteira agrícola;
● Desenvolvimento tecnológico.

Principais pontos negativos:

● O aumento das despesas com o cultivo e o endividamento dos agricultores;


● O crescimento da dependência entre os países;
● Esgotamento do solo;
● Ciclo vicioso de fertilizantes;
● Perda de biodiversidade;
● Erosão do solo;
● Poluição do solo causada pelo uso de fertilizantes;
● Redução da mão de obra rural.

Agricultura brasileira

A agricultura no Brasil é uma das atividades econômicas mais importantes do país. O seu
desenvolvimento deu-se através de diferentes ciclos de produção, desde a cana-de-açúcar
ao café e ao algodão, praticada com o auxílio de técnicas tradicionais.
O avanço da Revolução Verde facilitou uma transformação produtiva no Brasil desde o final
do século XX, quando ocorreu a modernização da agricultura brasileira. No processo, novas
formas de agricultura se estabeleceram e expandiram as fronteiras agrícolas em regiões
como o Centro-Oeste e o Nordeste do Matopiba, hoje as duas principais regiões produtoras.
O Brasil consolidou-se como o maior produtor e exportador agrícola do mundo. A soja
destaca-se como a cultura mais importante da agricultura brasileira e também o principal
produto de exportação do setor. Além da soja, o Brasil é um grande produtor de milho, café,
cana-de-açúcar e algodão.

Resumo sobre agricultura brasileira


● A agricultura brasileira é uma das atividades econômicas mais importantes do país.
● Representa um quarto do PIB nacional e tem apresentado crescimento expressivo.
● Desenvolve-se sob uma estrutura fundiária concentrada e desigual.
● É praticada por meio de diferentes modalidades: tradicional, moderna, familiar,
patronal e orgânica.
● A modernização da agricultura brasileira, na segunda metade do século XX, resultou
na mecanização do campo, no aumento da produtividade e no crescimento da
produção de commodities agrícolas.
● A modernização marcou o avanço da fronteira agrícola e o surgimento de novas
regiões produtoras, como o Matopiba.
● A agricultura familiar é a principal responsável pelo abastecimento do mercado
interno brasileiro com alimentos e matérias-primas.
● A soja é, atualmente, o principal produto da agricultura brasileira, liderando as
exportações do setor.
● Destacam-se também as produções de milho, café, cana-de-açúcar e algodão.

Principais características da agricultura brasileira


Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a
agricultura é uma das atividades econômicas mais importantes do Brasil, contribuindo com
24,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
A cesta agrícola brasileira é muito diversificada e voltada tanto para o consumo interno
quanto para o mercado externo. Muitos dos produtos agrícolas do Brasil estão entre as
exportações mais importantes do país, incluindo soja, milho, café e produtos derivados da
cana-de-açúcar. Esses produtos são vendidos na forma fresca sem processamento e são
chamados de produtos agrícolas.
Existem diferenças importantes entre a produção de produtos agrícolas e outros itens
consumidos no mercado interno: B. Alimentos. Os produtos agrícolas brasileiros são
monoculturas produzidas em grandes lotes chamados latifúndios, mas a maior parte dos
alimentos é cultivada em pequenos e médios lotes. Esse fato evidencia uma estrutura
fundiária caracterizada pela concentração fundiária, outra característica da agricultura
brasileira.
A agricultura no Brasil se desenvolve em terras agrícolas desiguais, caracterizadas por má
distribuição de terras. Regiões maiores concentram-se em grupos menores de produtores,
geralmente empresários do setor do agronegócio, mas um número significativo de
pequenos e médios agricultores possui a menor parcela de terras agrícolas do país. Essa
configuração provoca sérios conflitos no campo e uma luta acirrada pela redistribuição de
terras no país. Existem diferenças regionais na agricultura no Brasil. Isso se deve tanto aos
aspectos climáticos e edáficos de cada grande região quanto ao desenvolvimento das
fronteiras agrícolas e à garantia de incentivos governamentais para o avanço da agricultura
e da produção.
Em geral, a agricultura brasileira está estabelecida em cinco grandes regiões:

Região Norte: tem vivenciado a expansão mais recente da fronteira agrícola brasileira, com
cada vez mais áreas plantadas com commodities agrícolas como a soja. É uma grande
produtora de mandioca, milho, açaí, cacau, banana e fibras.

Região Nordeste: possui áreas inseridas na região agrícola do Matopiba (formada pelos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde se produz soja, milho e algodão.
Destaca-se também na produção de cana-de-açúcar, cacau e frutas (banana, manga,
maracujá, laranja, melancia, abacaxi, uva).

Região Centro-Oeste: é a principal região do agronegócio brasileiro. Destaca-se pela


produção de commodities agrícolas, principalmente soja e milho, desenvolvendo também
outros cultivos, como algodão, arroz e cana-de-açúcar.

Região Sul: importante produtora de soja, arroz, milho e fumo. Concentra mais de 90% da
produção de trigo do Brasil, pois esse cultivo se desenvolve melhor em áreas de clima
ameno e de clima frio.

Região Sudeste: é a principal região produtora de café do país. Destaca-se também pelos
cultivos de cana-de-açúcar, soja, tomate, laranja e milho.

Tipos de agricultura no Brasil


A agricultura no Brasil é praticada para diferentes fins, através do emprego de diferentes
formas de trabalhadores, mais ou menos através do uso de insumos técnicos. Confira os
tipos de agricultura identificados no Brasil rural.

Agricultura moderna: praticada mediante o uso intensivo de maquinários e tecnologia


moderna em todas as etapas do processo produtivo, desde a seleção de sementes até a
colheita. Surgiu com a Revolução Verde (conjunto de inovações tecnológicas no campo da
agricultura), e, no Brasil, ganhou espaço no meio rural a partir das décadas de 1970 e 1980.
É o tipo de agricultura associado ao agronegócio e aos monocultivos, praticados em
grandes extensões de terra, com objetivo comercial. A agricultura moderna se faz presente
nas lavouras de commodities agrícolas principalmente.

Agricultura tradicional: praticada sem o uso intensivo de tecnologias modernas ou


maquinários, utilizando métodos tradicionais de plantio e colheita. Essa é a modalidade
mais antiga de agricultura, praticada em pequenas propriedades, com grande diversidade
de cultivos. É voltada para a subsistência, mas pode haver a comercialização no circuito
inferior da economia, como individualmente, em feiras e hortifrútis. No Brasil, esse tipo de
agricultura é comum na produção de hortaliças e alimentos.

Agricultura familiar: é a principal modalidade de agricultura praticada no Brasil.


Caracterizada pelo emprego de mão de obra de pessoas de uma mesma família, além da
gestão da propriedade ser feita por esse núcleo familiar. Segundo o IBGE, 73% do pessoal
ocupado no campo brasileiro têm algum laço de parentesco com o proprietário de terras e
produtor rural. É praticada em pequenas propriedades, com grande diversidade de cultivos.
Abastece o mercado interno com os alimentos mais consumidos pelo brasileiro, como feijão,
arroz, mandioca, café, hortaliças e outros. Fornece também matérias-primas para a
indústria.

Agricultura empresarial ou patronal: tem a sua produção voltada para a comercialização


de produtos, em especial para o mercado externo. A mão de obra empregada não possui
relação com o proprietário de terras, e a produção faz uso intensivo de capitais e de
técnicas modernas da agricultura. É comum nas áreas de fronteira agrícola e nas
propriedades produtoras de commodities.

Agricultura orgânica: modalidade que tem apresentado crescimento expressivo no Brasil


nos últimos anos. Atualmente existem mais de 17 mil propriedades certificadas que se
enquadram na agricultura orgânica. É caracterizada pelo manejo sustentável do solo e pela
não utilização de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e outros insumos que possam trazer
prejuízos ao meio ambiente e ao organismo humano. Baseia-se na produção de alimentos,
e é muito encontrada em propriedades de agricultura familiar.

Principais produtos da agricultura brasileira


Levando em consideração os dados mais recentes do IBGE e o último Censo Agropecuário,
de 2017, listamos a seguir os cinco principais produtos da agricultura brasileira.

Soja: é o principal produto da agricultura brasileira atualmente, e corresponde a mais de


40% da produção agrícola nacional. Em 2021, o valor produzido foi de 341,7 bilhões de
reais, oriundos de mais de 236 mil estabelecimentos. A soja é a commodity agrícola que
lidera as exportações do setor agropecuário, sendo a China o maior comprador. A área
plantada com soja no país se expandiu com a modernização da agricultura brasileira, tendo
hoje como principais produtores os estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná.

Milho: o milho em grão é uma importante commodity agrícola brasileira, cujo valor da
produção chegou a 116,3 milhões de reais. É produzido em 1,6 milhão de estabelecimentos
rurais no Brasil, e tem como principais estados produtores Mato Grosso, Paraná e Goiás.

Cana-de-açúcar: representa a terceira maior produção em termos de valor, tendo gerado


75 bilhões de reais em 2021. É produzida em mais de 171 mil estabelecimentos rurais no
campo brasileiro, destacando-se os cultivos dos estados de São Paulo, Goiás e Minas
Gerais.

Café: importante produto agrícola desde o século XIX e consumido tanto no mercado
interno quanto no externo. O café brasileiro teve uma produção de quase 35 bilhões de
reais, sendo desenvolvida em mais de 200 mil estabelecimentos, quando se considera os
mais diversos tipos de grãos de café. Os maiores produtores são os estados de Minas
Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Atualmente o Brasil é o maior exportador de café do
mundo.

Algodão: é uma commodity brasileira que, embora presente desde muito cedo na
economia agrícola do país, expandiu sua área produtiva a partir das décadas de 1970 e
1980. Atualmente o valor da produção é de 26,5 bilhões de reais, e tem como principais
estados produtores Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul.

Importância da agricultura no Brasil


A agricultura é a atividade econômica mais importante para a economia brasileira. O setor
agrícola não é apenas a base para a formação da estrutura econômica do País, mas
também o setor de maior crescimento, o que tem ajudado o Brasil a manter seus
indicadores positivos em muitos períodos de crise econômica. Sobre a balança comercial e
PIB.
A agricultura produz os alimentos que comemos todos os dias e fornece matérias-primas
para a indústria. No contexto brasileiro, os pequenos agricultores, assentados da reforma
agrária e agricultores familiares são os principais responsáveis ​pelo abastecimento
doméstico e pelos alimentos que chegam à maioria das famílias brasileiras. Estima-se que
70% dos produtos agrícolas absorvidos pelo mercado interno sejam provenientes de
produtores familiares, tanto de alimentos quanto de matérias-primas. A agricultura é
fundamental para a subsistência da parcela da população que vive no campo e cultiva para
seu próprio sustento e de suas famílias. Além disso, o setor é responsável pelo emprego
direto de cerca de 20 milhões de pessoas, sem considerar a força de trabalho nos circuitos
espaciais produtivos que giram em torno da produção agrícola.
Consequências da agricultura no Brasil
A agricultura é fundamental para o abastecimento do mercado interno, geração de
empregos e, em maior escala, para as relações internacionais do Brasil. O país é um dos
maiores fornecedores mundiais de commodities como a soja, fato que tem gerado debate
sobre a dependência da economia brasileira da indústria primária. O resultado da
agricultura brasileira é, portanto, a reprimarização da economia, processo que concentra os
investimentos nas atividades primárias em detrimento da indústria.
Os avanços tecnológicos na agricultura levaram à intensificação do uso da terra à medida
que a demanda por produtos agrícolas aumentou. Isso pode levar ao esgotamento de
nutrientes devido ao manejo inadequado. Além disso, o uso de pesticidas e outros
repelentes agrícolas na produção leva à contaminação da água, do ar e do solo. Outro
aspecto negativo associado à modernização tecnológica é o fato de que a mecanização do
campo tem resultado na perda de empregos no campo, embora seja benéfica para o
aumento da produtividade das lavouras.
O desenvolvimento de novas terras agrícolas em áreas dominadas pelos biomas Amazônia
e Cerrado, muitas vezes usando técnicas como a incineração, está causando sérios
problemas ambientais, como desmatamento e poluição. Em escalas maiores, há
desequilíbrios ecológicos e perda de biodiversidade nesses ecossistemas.

História da agricultura no Brasil


As atividades de plantio e colheita eram praticadas pelos nativos do Brasil muito antes da
chegada dos colonizadores portugueses. Com o estabelecimento das colônias de
exploração, desenvolveu-se uma das atividades econômicas do cultivo da cana-de-açúcar.
Isso foi feito usando trabalho escravo em grandes extensões de terra (latifúndios). Em
menor escala, desenvolveu-se também a cotonicultura (cultivo de algodão) e culturas de
subsistência.
Com a interiorização da ocupação do território brasileiro, surgiram novas áreas
agropastoris. A maioria deles também pretendia ganhar a vida. A economia do ouro que se
desenvolveu nas regiões Sudeste e Centro-Oeste a partir do século XVIII propiciou o
surgimento de centros urbanos que dependiam diretamente da atividade rural para o
abastecimento alimentar. Isso criou uma dependência de demanda entre áreas rurais e
urbanas.
O algodão e o café impulsionaram a economia do Brasil nos séculos XVIII e XIX. Deve-se
notar que até agora o tipo de agricultura desenvolvida tem sido tradicional. Esses produtos
eram para o mercado interno e externo, mas em menor escala. Os planos elaborados pelo
governo brasileiro na década de 1930 para ocupar e colonizar o interior do Brasil levaram à
consolidação de novas regiões agrícolas no estado, principalmente no Centro-Oeste. No
entanto, desde meados do século 20, a agricultura brasileira mudou e abraçou os aspectos
mais importantes que vemos hoje.
Nas décadas de 1960 e 1970, a atividade agropecuária caracterizou-se pelo incentivo
oferecido aos produtores rurais de áreas como o sul do Brasil para que se fixassem em
terras do interior, respeitando o princípio da alteração dos limites agrícolas do País. Assim
foi feito. Ao mesmo tempo, as tecnologias da Revolução Verde, como mecanização,
técnicas de ajuste do pH do solo e seleção de sementes, introduziram novas variedades em
áreas de difícil desenvolvimento e estabeleceram novas áreas de produção.
A modernização do campo brasileiro e a expansão das fronteiras agrícolas para o Nordeste,
região do Matopiba e Centro-Oeste ocorreram em conjunto com a implantação do modelo
produtivo do agronegócio, que é hoje a principal atividade econômica do Brasil. Essas
mudanças e a crescente demanda internacional por alimentos e commodities levaram à
internacionalização da agricultura brasileira durante as décadas de 1980 e 1990,
consolidando o país como um dos principais fornecedores mundiais de produtos agrícolas.
Agricultura brasileira no Enem
A agricultura no Brasil é uma atividade fundamental para a economia do país e passou por
grandes mudanças nos últimos anos, refletidas na organização territorial da produção, mão
de obra e estrutura fundiária. Esse tema é bastante abordado no Enem e as questões
abordam diversos temas que exigem dos alunos uma análise crítica dessa atividade
econômica e seus impactos.

Confira os principais assuntos de agricultura brasileira que podem ser


cobrados no Enem:

● Causas e consequências da modernização da agricultura brasileira;


● Expansão da fronteira agrícola;
● Importância da atividade agropecuária;
● Produção agrícola brasileira, podendo ter enfoque em uma cultura, como a soja;
● Internacionalização da agricultura brasileira;
● Desenvolvimento e importância do agronegócio brasileiro;
● Modalidades da agricultura praticadas no Brasil;
● Impactos ambientais provocados pela agricultura;
● Conflitos agrários e problemas no campo.

Uma viagem ao passado para pensar no futuro


Nos últimos 40 anos, o Brasil saiu da condição de importador de alimentos para se tornar
um grande provedor para o mundo. Foram conquistados aumentos significativos na
produção e na produtividade agropecuárias. O preço da cesta básica, no Brasil, reduziu
consideravelmente e o país se tornou um dos principais players do agronegócio mundial.
Hoje, se produz mais em cada hectare de terra, aspecto importantíssimo para a
preservação dos recursos naturais.
A agricultura se modernizou, mas ainda existem desafios. Há grande concentração de
riqueza em pequena parcela de propriedades rurais, existem milhões de hectares de solos e
pastagens degradados, há grande ineficiência no uso de água na irrigação, e o uso
inadequado de agroquímicos oferece riscos à saúde e ao meio ambiente, entre outros
problemas.
Para compreender o Brasil do presente, vamos voltar 50 anos no tempo e viajar pela
trajetória da agricultura brasileira. Alguns fatos e números nos ajudam a identificar os
acertos, a enxergar problemas como oportunidades e a pensar em ações futuras rumo à
sustentabilidade.

4 mudanças do meio rural nos últimos anos


Enquanto o campo se moderniza e se torna mais tecnológico, o perfil dos trabalhadores
também muda significativamente.
Todas as indústrias mudaram ao longo dos anos, mas poucas áreas mudaram tão
rapidamente quanto o ambiente rural. Novas tecnologias, novos perfis de trabalhadores,
requisitos em mudança e desafios sem precedentes estão surgindo na indústria. Você deve
sempre prestar atenção e manter-se atualizado com essas mudanças.
Abaixo você pode ler sobre algumas das mudanças mais gritantes nas áreas rurais, e
começar a abordá-las agora.
Expansão da agricultura e otimismo
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a agricultura produziu
23% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2016 e foi responsável por 46% das
exportações do país. O agronegócio está cada vez mais valorizado no país, e essa
crescente notoriedade se deve a diversos fatores, entre eles o bom desempenho
econômico.
E as grandes empresas não são as únicas que contribuem para esse número. Ao longo dos
anos, a agricultura rural tornou-se cada vez mais importante na produção do país e deve ser
valorizada hoje. O Censo Agropecuário de 2017, realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a maioria dos municípios do Brasil, com até 20
mil habitantes, concentrava grande parcela da população devido ao seu papel primordial no
fornecimento de alimentos básicos para a população. População brasileira Está
comprovado que é este produto que sustenta 90% da economia. , feijão, arroz, milho, leite,
trigo, etc.

Tecnologia na agricultura
Um dos principais contribuintes para os números positivos do setor tem um nome:
tecnologia. A modernização da área dinamizou novos trabalhos, acelerou processos,
dobrou resultados e melhorou a qualidade do que foi produzido. E, segundo o relatório da
Embrapa, 59% do aumento no valor total da produção agrícola de 1975 a 2015 deveu-se ao
progresso tecnológico.
Onde isso é mais perceptível? Os equipamentos são modernizados e otimizados em quase
todas as etapas, desde a semeadura até a colheita e o ensacamento dos produtos. A
mecanização de alguns processos de trabalho aumenta muito a produtividade. Além disso,
a necessidade de manter e operar máquinas continuará a criar empregos.

Pesquisa e desenvolvimento no campo


Também foram feitos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com resultados
bastante tangíveis. Novas formulações de fertilizantes e técnicas de fertilização do solo
melhoram as culturas cada vez mais protegidas de pragas.
As parcerias com universidades já são valiosas para levar às últimas descobertas do setor a
empresários e produtores locais, que podem aplicar as novidades o mais rápido possível.

Mudanças no perfil da população rural


Finalmente, o perfil das populações rurais mudou significativamente ao longo do tempo.
Houve um despovoamento das áreas rurais à medida que a população migra para as
cidades e uma diminuição na ocupação de áreas hoje utilizadas para agricultura e pecuária.
Isso também levou a um aumento na idade média da população rural, de acordo com o
Censo Agropecuário de 2017. Pessoas com 65 anos ou mais representam 21,4% da
população nestas regiões, contra 17,5% em 2006. Por outro lado, a proporção de jovens
entre 25 e 45 anos está diminuindo, e manter a comunidade e ter interesse em trabalhar na
comunidade é um dos desafios para quem atualmente trabalha nessa área.

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