Você está na página 1de 42

Marli T.

Deon Sette 2012


2013
Instrumento da PNMA:
Ecossistemas – Biomas e
Unidades de Conservação

Professora: Ms. Marli Deon Sette – 2013.2


e-mail marli@ladesom.com.br
Web: www.marli.ladesom.com.br
Obs: Este Material não substitui a
bibliografia recomendada

2 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação
Legislação:
• CF, art. 225, § 1°, 1o, incisos I, II, III e VII.
• Lei 6.938/1981 – art. 9°, VI.
• Lei 9.985/2000.
• Decreto 4.340/2002.
• LC 38/95 (alterada pela LC 232/2005) - artigos 32 a
38.
• Lei 11.516, de 28/08/2007 – criou o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade.

3 Marli T. Deon Sette 2013


O que são os biomas?
• Como entender os biomas: Aqui definimos conceitos a partir de população:
a) População – grupo de indivíduos da mesma espécie vivendo no mesmo local ( ex: população de
garças);
b) Comunidade – conjunto de populações animais e vegetais em uma mesma área, formando um
todo integrado e uniforme;
c) Ecossistemas – complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microorganismos e seu
meio inorgânico, que interagem com uma unidade funcional (Os ecossistemas fazem parte de um
bioma e são definidos formalmente como: "unidade funcional de base em ecologia, porque inclui,
ao mesmo tempo, os seres vivos e o meio onde vivem, com todas as interações recíprocas entre o
meio e os organismos" (Dajoz, 1973);
d) Paisagem – mosaico de diversos e diferentes tipos de ecossistema;
e) Bioma – conjunto de ecossistemas naturais com características similares (É uma área geográfica
extensa, correspondendo às principais formações vegetais naturais).
- Não confunda: Muitas vezes, o termo bioma é utilizado como sinônimo de ecossistema, no
entanto ao contrário do ecossistema que implica nas inter-relações entre fatores bióticos e
abióticos, o bioma significa uma grande área de vida formada por um complexo de hábitats e
comunidades, ou seja, apenas o meio físico (área) sem as interações. Ex.: Bioma cerrado, bioma
mata atlântica.

4 Marli T. Deon Sette 2013


Biomas Brasileiros
No Brasil existentes os seguintes biomas:

• 1. Amazônia;
• 2. Caatinga;
• 3. Campos do sul (pampa);
• 4. Cerrado;
• 5. Mata Atlântica;
• 6. Pantanal.

• Também existe a Área costeira (ecossistemas marinhos).

5 Marli T. Deon Sette 2013


6 Marli T. Deon Sette 2013
Marli Deon Sette - 2011.2
• O bioma continental brasileiro de maior
extensão é a Amazônia e o de menor extensão
o Pantanal, ambos ocupam uma grande parcela
territorial do Brasil. O “Bioma Amazônia, com
49,29%, e o Bioma Pantanal, com 1,76% do
território brasileiro” (IBAMA, 2005, p. 1).

• Ambos estão em maior quantidade no Mato


Grosso.
7 Marli T. Deon Sette 2013
54 % é
ocupado por
Floresta
Amazônica.

O Mato Grosso
possui três Biomas 39 % é
ocupado por
Cerrado

7 % é ocupado por
Pantanal
Dados:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biomas_do_Brasil
8 Marli T. Deon Sette 2013
Unidades de Conservação

Fundamento, conceito e Natureza


Jurídica

9 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Fundamento Constitucional: art. 225, III,


CF/88: “III - definir, em todas as unidades da
Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção”.
10 Marli T. Deon Sette 2013
Unidades de Conservação

• As Unidades de Conservação - UCs dizem


respeito ao disposto no art. 9 º, da Lei 6.938,
que dispõe serem instrumentos da PNMA, VI:
a criação de espaços territoriais especialmente
protegidos pelo Poder Público federal,
estadual e municipal, tais como áreas de
proteção ambiental, de relevante interesse
ecológico e reservas extrativistas.

11 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Conceito de UC: “Art. 2o I - espaço territorial e


seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais
relevantes, legalmente instituído pelo Poder
Público, com objetivos de conservação e
limites definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias
adequadas de proteção”.

12 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Natureza Jurídica:

• Instrumento administrativo e preventivo.

• É forma de delimitar o direito de propriedade


e exercer o poder de polícia, em benefício do
público.

13 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• O art. 2o da Lei 9.985/2000, relaciona vários conceitos normativos


inerentes à compreensão de UC, por exemplo:

• recurso ambiental: águas interiores, superficiais e subterrâneas, os


estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da
biosfera, a fauna e a flora;

• uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou


destruição dos recursos naturais;

• uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos
recursos naturais;

14 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.
• manejo: usar de maneira a assegurar a conservação da diversidade biológica e
dos ecossistemas;

• extrativismo: exploração sustentável dos recursos naturais renováveis;

• zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, que exige


limitações;

• corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais,


ligando UC, possibilitando o fluxo de genes e o movimento da biota, com o
objetivo de facilitar a dispersão de espécies, recolonização de áreas
degradadas, manter populações que demandam para sua sobrevivência áreas
com extensão maior do que aquela das unidades individuais.

• Entre outros...

15 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Criação ou ampliação: ato do poder público - instrumento normativo (ex.


Decreto) – art. 22, § 6o.
• Em regra, obrigatoriamente precedido de Estudo Técnico, Consulta
Pública e Decreto.
• Exceção: Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é
obrigatória a consulta Pública que é prevista no § 2º, do art. 22 (§ 4º do
art. 22).

• Desafetação ou redução dos limites da UC: somente mediante Lei - art.


22, § 7o.

• Algumas parcelas têm regime jurídico diferenciado, instituído pela


própria CF, art. 225, § 4o.
• Exceção: caatinga e cerrado.

16 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Principais objetivos das UC ( art. 3º):


a) contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos
genéticos;
b) proteger as espécies ameaçadas de extinção;
c) contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de
ecossistemas naturais;
d) promover o desenvolvimento sustentável;
e) proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza
cênica;
f) proteger as características relevantes de natureza geológica(origem da
terra), geomorfológica (forma), espeleológica (cavernas), arqueológica
(civilizações), paleontológica (fósseis de animais e vegetais) e cultural;

17 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

g) proteger e recuperar recursos hídricos;


h) recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
i) proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa
científica, estudos e monitoramento ambiental;
j) valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;
k) favorecer a educação, interpretação e a recreação em
contrato com a natureza e o turismo ecológico;
l) proteger os recursos naturais necessários à subsistência de
populações tradicionais, respeitando e valorizando seu
conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e
economicamente.

18 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.
• Constituição do SNUC: Art. 3o - O Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza - SNUC é constituído pelo conjunto das
unidades de conservação federais, estaduais e municipais.

• Integram o SNUC: CONAMA, MMA, órgãos executores e ONGs.



• Hodiernamente vige a Lei 11.516, de 28/08/2007 - Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade, autarquia federal
responsável por executar ações da política nacional de unidades de
conservação da natureza, com atuação supletiva do IBAMA.

• Gestão: Poder Público e OSCIP (organização da Sociedade Civil de


Interesse Público)

19 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Compensação: Empreendimentos de significativo impacto ambiental


podem gerar a obrigatoriedade de o empreendedor incentivar a
criação e manutenção de UC’s de Proteção Integral (art. 36 e
parágrafos).

• Valor: era de 0,5% à 1 % (do valor de implantação do


empreendimento), até o julgamento da ADI nº 3378 ajuizada pela
Confederação Nacional das Indústrias, contra o disposto no art. 36,
§§ 1º, 2º e 3º da Lei 9985/2000, julgada parcialmente procedente.
• Carlos Ayres Brito entende constitucional;
• Marco Aurélio entende inconstitucional.
• Foi parcial pois revogou o texto que fala que não pode ser inferior a
0,5%. Hoje o valor depende do impacto.

20 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.
•  Categorias: As Ucs classificam-se em dois grandes grupos,
de acordo com a forma de uso dos seus recursos naturais.

• UCs de Proteção Integral, O Objetivo básico deste grupo é


preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto
dos seus recursos naturais. (pesquisas científicas, atividades
de educação, interpretação, recreação e turismo ecológico).
• UCs de Uso Sustentável, O objetivo deste grupo é
compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

21 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Proteção
Integral

22 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Categorias de UCs de Proteção Integral, art. 8°:


(somente utilização indireta dos recursos naturais -
áreas particulares podem ser desapropriadas, na
forma da Lei).
• Estação Ecológica - art. 9°;
• Reserva Biológica - art. 10;
• Parque Nacional, Parque Estadual e Parque Natural
Municipal – art. 11;
• Monumento Natural – art. 12;
• Refúgio de Vida Silvestre – art. 13.

23 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Estação Ecológica
• Objetivos: preservação da natureza e realização
de pesquisas científicas;
• Usos Permitidos: visitação pública com objetivo
educacional e pesquisa científica. Não aceita o
turismo.
• Posse e domínio: públicos. As áreas particulares
serão desapropriadas.
• Ex. Estação Ecológica Serra das Araras - MT

24 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Reserva Biológica
• Objetivos: preservação integral da biota e demais atributos
naturais existentes em seus limites, sem interferência humana
direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas
de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de
manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio
natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos
naturais.
• Uso permitido: visitação pública com objetivo educacional e
pesquisa científica. Proibido o turismo.
• Posse e domínio: Público. As áreas particulares serão
desapropriadas.
• Ex. Reserva Biológica de Chapada da Contagem – DF.

25 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Parque Nacional, Parque Estadual, Parque Municipal.


• Objetivos: preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica;
• Usos Permitidos: realização de pesquisas científicas,
atividades de educação e interpretação ambiental, recreação
em contato com a natureza e turismo ecológico. Aberta a
visitação pública.
• Posse e domínio: públicos. Áreas particulares serão
desapropriadas.
• Ex. Parque Mãe Bonifácia e Parque Nacional de Chapada dos
Guimarães - MT

26 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Monumento Natural.
• Objetivos: preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande
beleza cênica.
• Usos Permitidos: pesquisa científica e visitação pública sujeita as
restrições do Plano de Manejo.
• Posse e domínio: públicos e privados, quando for possível
compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos
recursos naturais do local pelos proprietários.
• Exemplos:
• Monumento Natural das Falésias de Beberibe - CE
• Monumento Natural dos Costões Rochosos - RJ
• Monumento Natural Monólitos de Quixadá - CE

27 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Refúgio de Vida Silvestre.


• Objetivos: proteger ambientes naturais onde se assegurem
condições para a existência ou reprodução de espécies ou
comunidades da flora local e da fauna residente ou
migratória.
• Usos Permitidos: pesquisa científica e visitação pública
sujeita as restrições do Plano de Manejo.
• Posse e domínio: públicos e privados, quando for possível
compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da
terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
• Exemplos: Molhe Leste – RS, Banhado dos Pachecos – RS,
Veredas do Oeste Baiano – Ba.

28 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Uso
Sustentável

29 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Categorias de UCs de Uso Sustentável, art. 14 (possibilidade de


uso direto, dentro dos limites da Lei - terras públicas e privadas).
Se na instituição da UC ficar demonstrado prejuízo, haverá
indenização pela desapropriação indireta.
• Área de Proteção Ambiental - APA, art. 15;
• Área de Relevante Interesse Ecológico – art. 16;
• Floresta Nacional, Floresta Estadual, Floresta Municipal – art. 17;
• Reserva Extrativista – art. 18;
• Reserva de Fauna – art. 19;
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável – art. 20;
• Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN – art. 21.

30 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.
• Área de Proteção Ambiental – APA.
• Objetivos: proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (área, em geral, de grande
extensão e com um certo grau de ocupação humana).
• Usos: pesquisa e visitação.
• As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob
domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade.Nas áreas sob
propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e
visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais.
• Posse e domínio: A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou
privadas.
• Exemplos: Área de Proteção Ambiental Serra Azul – MT,
• Área de Proteção Ambiental Meandros do rio Araguaia – MT (Proteção da tartaruga
da Amazônia)

31 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE.


• Objetivos: manter os ecossistemas naturais de importância
regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas
(área, em geral, de pequena extensão com pouca ocupação
humana e que abriga exemplares raros).
• Usos: visitação e respeitados os limites constitucionais,
podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização
de uma propriedade privada localizada em uma ARIE.
• Posse e domínio: públicos e/ou privados.
• Ex. Área de Relevante Interesse Ecologia Capetinga/Taquera -
Brasília

32 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Floresta Nacional ( FLONA), Floresta Estadual, Floresta Municipal.


• Objetivos: uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e
pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração
sustentável de florestas nativas.
• Usos Permitidos: visitação pública, pesquisa científica, admitida a
permanência de populações tradicionais que a habitavam quando
de sua criação (manejo).
• Posse e domínio: públicos, as áreas particulares devem ser
desapropriadas.
• Exemplos:
• Floresta Nacional de Silvânia – GO
• Floresta Nacional de Brasília - DF

33 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Reserva Extrativista (RESEX).


• Objetivos: proteger os meios de vida e a cultura de populações extrativistas tradicionais,
assegurando também o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.
• Usos Permitidos: agricultura de subsistência e criação de animais de pequeno porte, uso
sustentável dos recursos naturais pelas populações tradicionais (para os recursos
madeireiros, somente em situações especiais), visitação pública (restrita ao plano de
manejo), pesquisa científica. Proibidas a exploração de recursos minerais e a caça
amadorística ou profissional.
• Para a utilização dos recursos será realizada a concessão de direito real de uso, de forma
gratuita.
• Posse e domínio: domínio público, com uso concedido às populações extrativistas
tradicionais.
• Atualmente vige a “bolsa verde” (Lei n. 12.512/2011), R$ 2.400,00 por família (três
parcelas ou mais). Objetivo: fomento sustentabilidade e apoio à miséria.
• Ex. Reserva Extrativista Chico Mendes – Acre.

34 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000..

• Reserva de Fauna.
• Objetivos: estudos técnico-científicos sobre o manejo
econômico sustentável de recursos faunísticos.
• Usos Permitidos: visitação pública (restrita...), comercialização
dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas (proibido
o exercício da caça amadorística ou profissional).
• Posse e domínio: públicos. Áreas particulares devem ser
desapropriadas.
• Ex. Reserva de Fauna Dja Faunal Reserve (África) Sítio natural,
considerado Patrimônio Mundial, tombado pela UNESCO.

35 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável.
• Objetivos: preservar a natureza, assegurar condições e meios para reprodução
e melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos
naturais das populações tradicionais, valorizar, conservar e aperfeiçoar o
conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas
populações.
• Usos Permitidos: visitação pública, pesquisa científica voltada à conservação da
natureza, à melhor relação das populações residentes com seu meio e à
educação ambiental, exploração de componentes dos ecossistemas naturais em
regime de manejo sustentável, substituição da cobertura vegetal por espécies
cultiváveis.
• Posse e domínio: domínio público, posse e uso pelas populações tradicionais.
• Ex. Reserva Sustentável Amaná – AM, Reserva Sustentável Mamirauá – AM,
Reserva Sustentável de Piranha – AM.

36 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.
• Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN (regulamentada pelo Decreto nº 5.746,
de 5 de abril de 2006.)
• Objetivos: conservar a diversidade biológica.
• Usos Permitidos: pesquisa científica, visitação com objetivos turísticos, recreativos e
educacionais.
• Posse e domínio: privados com gravação de perpetuidade por meio de termo de
compromisso assinado perante o órgão ambiental, averbado à margem da inscrição no
Registro Público de Imóveis.
• Benefícios: o proprietário pode requer a isenção do ITR; as RPPNs reconhecidas
oficialmente terão prioridade na análise de concessão de recursos por parte do FNMA –
Fundo Nacional de Meio Ambiente, para projetos de implantação e gestão das áreas; tem
preferência na análise do pedido de concessão de crédito agrícola pelas instituições
oficiais de crédito, entre outros.
• Ex. RPPN – Estância Ecológica SESC – Pantanal – MT, RPPN Lote Cristalino – MT, RPPN Rio
Negro – MS.

37 Marli T. Deon Sette 2013


Unidades de Conservação - Lei 9985/2000.

• Generalidades sobre UCs:

• O poder público pode instituir cobrança com vistas a limitar o


acesso nas Ucs (art. 35 e parágrafo da LC 232/2005).
• O valor é revertido para a respectiva UC ou regularização
fundiária.

• As desapropriações devem observar o interesse público a fim


de evitar indenizações indevidas e monstruosas, inibindo a
máfia das desapropriações e os chamados parques de papel.

38 Marli T. Deon Sette 2013


Reserva da Biosfera

39 Marli T. Deon Sette 2013


Reserva da Biosfera

• Conceito de Biosfera - A terra é composta por


vários ecossistemas (aquáticos,terrestres ou
até mesmo aéreos).

• A soma de todos estes ecossistemas chamamos


de biosfera.

• Em síntese, a biosfera pode ser dita como a


parte na qual ocorre vida no planeta e na qual
a vida tem o poder de ação sobre o mesmo.

40 Marli T. Deon Sette 2013


Reserva da Biosfera

• A reserva da Biosfera é um modelo de proteção adotado


internacionalmente, de gestão integrada, participativa e
sustentável dos recursos naturais.

• Objetivo básico: preservar a diversidade biológica,


desenvolvimento de atividades de pesquisas, educação
ambiental, uso sustentável e melhoria da qualidade de vida
das populações.

• É reconhecida pelo Programa Intergovernamental “O Homem


e a Biosfera – MAB” estabelecido pela UNESCO, organização
da qual o Brasil é membro.
• Ex. Cerrado, Pantanal, Floresta Amazônica.

41 Marli T. Deon Sette 2013


• Pesquisas no Capítulo 8, subitem 8.6.6 do
livro:
• DEON SETTE, MARLI T. Manual de Direito
ambiental. 2ª Edição. Curitiba: Juruá, 2013.
624p. ISBN 978-85-362-4160-9.

42 Marli T. Deon Sette 2013

Você também pode gostar