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EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

Aproveitamento de Resíduos Sólidos Para Produção de Mudas


Nativas do Cerrado.
Orientadora: Fábia Silva de Oliveira Lima

Autores: Renata Gomes do Couto Ribeiro, Rosimeire da Silva Borges,


Fabrício Queiroz, Breno Marinho, Douglas Battistella, Lazaro Lemes
da Silva.

RESUMO

O presente estudo propõe como atividades de educação ambiental em


Unidades de Conservação ações de reutilização de resíduos sólidos na
produção de mudas de espécies nativas do bioma Cerrado. Com énfase
nesse tema o grupo propós procura a Saneatins na estação de tratamento
de esgoto (ETE 06) na cidade de Palmas-TO para adquirir o lodo para
adubação das mudas. Além disso, outra proposta é a reutilização de
embalagens como caixas de leite e suco como recipiente para a produção.
Dessa forma procuramos contribuir na recuperação de áreas degradas com
menor custo e com agilidade na recuperação. O estudo identifica a
necessidade das unidades de conservação tem com essas praticas. Sendo
assim, a proposta de Educação Ambiental nas Unidades de Conservação
vem ao encontro das necessidades atuais da preservação dos recursos
naturais na promoção de ações educativas voltadas ao Meio Ambiente.
Com ênfase em recuperação de área degradada, através de
reflorestamento ou povoamento de espécie florestal essa pesquisa tem
como interesse a conscientização dos visitantes e moradores do entorno
do parque. O trabalho prático foi realizado no viveiro de mudas florestais da
Faculdade Católica do Tocantins onde se Ca demonstração pratica da
viabilidade técnica na produção de mudas de espécies florestais do bioma
cerrado. E foi utilizado lodo de esgoto como matéria orgânica junto com o
solo orgânico como uma mistura homogenia com as porcentagens de 10%,
20% e 30% que foi transferida para as embalagens comerciais de caixas
de leite longa vida. Em seguido após receber o substrato dói adicionado à
semeadura. Assim diminuindo os resíduos sólidos deixados em locais
desapropriados.

Palavra – chave: Unidade de Conservação, Educação Ambiental, Lodo de


Esgoto e Produção de Mudas.

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1. INTRODUÇÃO

A perda da biodiversidade é um fato incontestável e vem se


agravando a cada dia com mais intensidade. A destruição de ecossistemas
e a consequente extinção de espécies da flora e da fauna constituem-se
em um grave e irreversível problema. Nesses casos, cabe ao ser humano
utilizar-se de alternativas que propicie a preservação do meio ambiente em
condições de equilíbrio. Que depende, por sua vez, da conservação dos
ecossistemas, associado a estratégicas que vise o controle dos impactos
das ações do ser humano. O estabelecimento de áreas protegidas visa
dentre vários objetivos, a proteção à biodiversidade.
O Estado do Tocantins possui quatro parques Estaduais de
Proteção Integral: dentre eles o Parque Estadual do Lajeado (PEL)
apresenta importantes atributos ambientais. O exemplo das cachoeiras,
nascentes, pinturas rupestres e importantes representantes da fauna e
flora, por isso a existência da conservação se torna tão relevante.
Entretanto, trata-se de um ambiente muito frágil e necessita de
constante monitoramento para que sua utilização seja sustentável. O
equilíbrio ambiental vem por meio das interações entre os diferentes
grupos bióticos. Como animal, plantas, fungos, microorganismos em plena
relação com os fatores físicos (água, solo, clima, temperatura, pressão,
relevo).
A área de preservação ambiental do Parque Estadual do
Lajeado encontra-se bastante antrópica. Com indícios de desmatamentos,
inclusive queimadas, que foram a atividades voltadas à pecuária, e houve
ainda introdução de espécies vegetais exóticas.
Entretanto foi uma propriedade rural com manejo inadequado
que ocasionou voçorocas e erosões, portanto fora desapropriada para a
criação do Parque Estadual do Lajeado. É necessário, portanto, proteção
adequada a todos os componentes que ali se encontram. Para que não
haja migração, perturbação ou desaparecimento da fauna e flora nativa,
mantendo a integridade da paisagem.
O correto equacionamento dos problemas ambientais passa pela
instauração de processos para despertar de uma nova consciencia e de
uma nova postura ética em cada cidadão diante da natureza se dá através
de políticas de preservação e conservação do meio ambiente. Os
problemas ambientais devem continuar como pauta de todos os segmentos
da sociedade preocupados com a qualidade de vida, e consequentemente,
com o ambiente (Bastos e Freitas, 2000).
Diante dos problemas ambientais que o ser humano está
enfrentando, faz se necessário o estabelecimento de programas de
Educação Ambiental. Com ênfase na redução do desperdício, da poluição
e do uso racional dos recursos naturais, transformando-se, em agentes das
boas práticas ambientais.
Atualmente, tem sido preconizada a redução de agentes
poluentes nos solo, água e ar, bem como a reciclagem e reutilização de
materiais. Visando uma forma de reduzir a quantidade dos resíduos sólidos
gerados e combatendo o desperdício de produtos. Alem do fator decisivo
na preservação de recursos naturais e implicara na estrutura de coleta
menos e reduzir os custos e disposição final.
O objetivo do presente trabalho é demonstrar a viabilidade
técnica da reutilização de resíduos sólidos solúveis para produção de

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mudas nativas do Cerrado. Essa é uma proposta que poderá ser apresenta
nas unidades de conservação como atividade e ações de educação.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Unidades de Conservação Brasileiras


A história das Unidades de Conservação brasileiras iniciou-se
em fins do século XIX. Ainda durante o Império, em 1876, o político e
engenheiro brasileiro André Rebouças fez a proposta de criação de
Parques Nacionais. Nas áreas de Sete Quedas (PR) e Ilha do Bananal, nos
rios Tocantins e Araguaia (TO), inspirado na criação do Parque Nacional de
Yellowstone (EUA), quatro anos antes.
Quase 70 anos após o projeto inicial de André Rebouças, surge
o Parque Nacional de Itatiaia (RJ). Este Parque foi criado com base no
Código Florestal de 1934 (Costa, 2002).
De acordo com a autora supracitada, em 13 de fevereiro de
1848, o Decreto Legislativo nº 3 foi aprovado. Fazendo vigorar a
Conservação para proteção da Flora, da Fauna e das Belezas Cênicas dos
Países Da America Latina e definindo as categorias de áreas de
preservação. Como Parque Nacional, Reserva Natural, Monumento Natural
e Reserva de Região Virgem.
Segundo o IBAMA, as unidades de conservação são definidas
como porções do território nacional, incluindo as águas territoriais. Com
características naturais de relevante valor, de domínio público ou
propriedade privada.
De acordo com o Ministério de Meio Ambiente (MMA), “o Brasil
dispõe, hoje, de um quadro de Unidades de Conservação (UCs) extenso.
Sendo 2,61% constituídas de Unidades de Proteção Integral (de uso
indireto) e 5,52% de Unidades de Uso Sustentável (de uso direto),
totalizando 8,13% do território nacional.
Mesmo o Brasil sendo um país ambicioso com grandes avanços
no desenvolvimento para energia, infra estrutura e agropecuária, muitos
tem sido os esforços para manter a proteção dos recursos naturais.
No mundo todo, existem pessoas lutando para que alguma
parcela dos recursos naturais não se perca por completo e para que,
perante sua conservação e uso sustentável. Propiciem às pessoas vida
digna e de qualidade. Buscando de esta forma resguardar reservas deste
patrimônio para as gerações futuras. Segundo Legislação Ambiental (2010)
No Brasil, ações de grupos organizados da sociedade civil e do poder
público, preocupados em garantir a proteção e a manutenção dos recursos
naturais. Resultaram na instituição do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação - SNUC, através da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000,
após longos anos de articulação.
Agora os governos federal, estadual e municipal dispõem de um
instrumento legal que orienta e dá as diretrizes para a criação de áreas
protegidas no país. Em locais onde se verifica a necessidade de uma maior
proteção dos recursos naturais e onde é urgente ordenar o uso a ocupação
e o manejo adequado do solo.
Segundo o Sistema de Unidade de Conservação (SNUC 2000);
Define e regulamenta as categorias de unidades de conservação nas
instancias federal, estadual e municipal. Separando-as em dois grupos: de

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proteção integral, a conservação da biodiversidade como principal objetivo,
e áreas de uso sustentável, que permitem varias formas de utilização dos
recursos naturais, com a proteção da biodiversidade como um objetivo
secundário. Elas correspondem aos termos unidade de conservação de
uso indireto (proteção integral) e de uso direto (uso sustentável) utilizados
anteriormente ao SNUC.
Os objetivos do SNUC, de acordo com o disposto na Lei, são os
seguintes. Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos
recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais.
Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e
nacional; contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de
ecossistemas naturais. Promover o desenvolvimento sustentável a partir
dos recursos naturais; promover a utilização dos princípios e práticas de
conservação da natureza no processo de desenvolvimento.
Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza
cênica; proteger as características de natureza geológica, geomorfológica,
espeleológica, paleontológica e cultural. Proteger e recuperar recursos
hídricos e edáficos; recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica,
estudos e monitoramento ambiental.
Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;
favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a
recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico. Proteger os
recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais,
respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-
as social e economicamente.

3. CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO


BRASILEIRAS

3.1. Unidades de Proteção Integral:


De acordo com (Costa (2002), O objetivo básico das Unidades
de Proteção Integral é preservar a natureza. Sendo admitido apenas o uso
indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos em
lei segue-se uma breve descrição de cada uma das categorias,
pormenorizada nas categorias de maior interesse turístico. De acordo com
o artigo 8º da Lei 9.985, o grupo das Unidades de Proteção Integral é
composto pelas seguintes categorias de Unidade de Conservação.

3.1.1 Reserva Biológica:


As Reservas Biológicas tem como objetivo a preservação
integral da biota e dos demais atributos naturais existentes em seus limites,
sem interferência humana direta ou modificações ambientais. Excetuando-
se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações
de manejo necessário para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a
diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. É, também, de
posse e domínio publico. É proibida a visitação pública, exceto aquela com
objetivo educacional, de acordo com regulamento especifico.

3.1.2 Estação Ecológica:


A categoria “Estação Ecológica” tem como objetivo a
preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. Toda

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Estação Ecológica é de domínio público, sendo que as áreas particulares
incluídas em seus limites deverão ser desapropriadas. Não é uma
categoria atrativa para o seguimento do turismo, pois é proibida a visitação
pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que
dispuser o Plano de manejo ou o regulamento especifico. É preciso
ressaltar que não há proibição legal expressa quanto à visitação turística,
mas sim restrições, posto que não deva existir infra estrutura direcionada
ao atendimento ao turista.

3.1.3 Parque Nacional:


É uma espécie de unidade básica do SNUC, é o principal
elemento dentre as áreas naturais protegidas brasileiras, pois foi por meio
desse modelo que surgiram as demais categorias. Os Parques Nacionais
representam um grande atrativo turístico para o País e são responsáveis
pelo marketing do segmento de ecoturismo.

3.1.4 Monumento Natural:


O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios
naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Pode ser constituído
por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos
da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos
proprietários. A visitação pública está sujeita às condições e restrições
estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas
pelo órgão responsável por sua administração e as prevista em
regulamento próprio.

3.1.4 Refúgio de Vida Silvestre:


O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger
ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou
reprodução de espécies ou comunidades da flora local e fauna residente ou
migratória. Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja
possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e
dos recursos naturais do local pelos proprietários. A visitação pública é
permitida e, está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de
Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por
sua administração, e as prevista em regulamento.

3.1.5 Unidades de Uso Sustentável:


Onde se permite o uso direto sustentável de parte dos recursos
naturais. São permitidas atividades de produção e criação, desde que
devidamente licenciadas pelo órgão ambiental responsável. Neste grupo as
terras podem ser de domínio público ou privado. As categorias de
unidades de conservação deste grupo são as seguintes:

3.1.6 Área de Relevante Interesse Ecológico:


A Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) é uma área em
geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana.
Com características naturais consideradas extraordinárias ou que abrigue
exemplares raros da biota regional. Essa categoria tem como objetivo
manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular.
O uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os

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objetivos de conservação da natureza. A ARIE pode ser constituída por
terras públicas ou privada.

3.1.7 Floresta Nacional (Estadual ou Municipal):


A Floresta Nacional é definida como uma área com cobertura
florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo
básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa
científica. Com ênfase em métodos para exploração sustentável de
florestas nativas. A unidade dessa categoria, quando criada pelo Estado ou
Município, será denominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta
Municipal. A Flora é de posse e domínio público, sendo que as áreas
particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. Neste
tipo de unidade é admitida a permanência de populações tradicionais que a
habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em
regulamento e no Plano de Manejo da UC. A visitação pública nessa UCs
é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da
unidade pelo órgão responsável Por sua administração.

3.1.7 Reserva da Fauna:


A Reserva da Fauna é a categoria que abrange uma área natural
com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas,
residentes ou migratórias. Adequada para estudos técnico-científicos sobre
o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. É de posse e
domínio públicos, em que a visitação pública pode ser permitida, desde que
compatível com o manejo da unidade. Nessas áreas é proibido o exercício
de caça amadorística ou profissional.

3.1.9 Reserva Extrativista:


A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações
extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e,
complementarmente, agricultura de subsistência e na criação de animais
de pequeno porte. E tem como objetivos básicos proteger os meios de vida
e a cultura dessas populações, bem como assegurar o uso sustentável dos
recursos naturais da unidade. A Resex é de domínio público, com uso
concedido às populações extrativistas tradicionais. Existem duas
modalidades de Resex: Reserva Extrativista da Amazônia e Reserva
Extrativista Marinha. A Resex da Amazônia, com sua denominação já
informa, e são localizadas dentro do território da Amazônia legal. A
visitação pública é permitida nas Resex, desde que compatível com os
interesses locais e de acordo com o disposto em seu plano de Manejo.

3.1.10 Reserva de Desenvolvimento Sustentável:


A categoria Reserva de Desenvolvimento Sustentável
compreende uma área natural que abriga populações tradicionais. Cuja
existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos
naturais, desenvolvidos ao longo de gerações assim como adaptados às
condições ecológicas locais. Que desempenham um papel fundamental na
proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. Tem
como objetivo básico preservar a natureza. E ao mesmo tempo, assegurar
as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos
modos e da qualidade de vida e a exploração dos recursos naturais das
populações tradicionais, e as técnicas de manejo do ambiente

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desenvolvido por essas populações. É de domínio público, sendo que as
áreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário,
desapropriadas.

3.1.11 Reserva do Patrimônio Particular Natural (RPPN):


A Reserva do Patrimônio Particular Natural é uma área
particular, gravada com perpetuidade, cujo objetivo é conservar a
diversidade biologia desse determinado território. Por iniciativa do seu
proprietário, uma área pode vir a se tornar RPPN mediante reconhecimento
do Poder Público (em nível federal, pois requer o aceite do IBAMA). Se
considerada de relevante importância pela sua biodiversidade, seu aspecto
paisagístico ou por características ambientais que justifiquem ações de
recuperação.

3.1.12 Área de Proteção Ambiental:

É uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação


humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das
populações humanas. E tem como objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

4. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DO TOCANTINS

4.1 Das Categorias de Unidades de Conservação


Das Unidades de Conservação existentes no Tocantins. Regidas
pela Lei nº 1.560 de 5 de Abril de 2005 que instituiu o Sistema Estadual de
Unidades de Conservação da Natureza- SEUC. A Lei vem a auxiliar o
ordenamento das categorias integrantes desta lei.

4.1.1 Unidades de Conservação de Proteção Integral


O Estado do Tocantins atualmente possui quatro Parques
Estaduais de Proteção Integral: Parque Estadual do Jalapão, situado no
município de Mateiros, com uma área de 158.885,46 hectares. Parque
estadual do Cantão, localizado no município de Pium e Caseara, com uma
área de 88.928,88 hectares, encontra-se a uma distância de 260 km da
Capital do Estado. Monumento Natural das Árvores Fossilizadas situado no
município de Filadélfia, com uma área de 32.152,00 hectares, e Parque
Estadual do Lajeado onde o presente estudo foi realizado.

4.1.2 Parque Estadual do Lajeado no Tocantins

Origem do nome: O nome PEL foi escolhido em decorrência de


o parque estar totalmente localizado na Serra do Lajeado, que também deu
origem ao nome da APA do lajeado.
O Parque Estadual do Lajeado está inserido no contexto de
Unidade de Proteção Integral, tem como objetivo básico a preservação de
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica.
Possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em
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contato com a natureza e de turismo ecológico. Segundo o artigo 11 da Lei
do SNUC para Parques Estaduais e Municipais.
De acordo com a lei 1.224, de criação do PEL, o Parque tem
como objetivo de proteger a fauna, a flora e os recursos naturais, em
ordem a garantir o aproveitamento sustentável do potencial turístico. A
visitação pública deverá estar sujeita as normas e restrições estabelecidas
no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão
responsável por sua administração.
O PEL cumpre estes objetivos, pois contempla uma área do
bioma do cerrado que além de ter representantes deste bioma tem
elementos da Amazônia e Mata Atlântica, contêm também, representantes
da fauna ameaçados em extinção.
O Parque Estadual do Lajeado se localiza na região centro-
oeste do Estado do Tocantins, próximo a Palmas. A sua criação foi datada
em 11 de maio de 2001 pela Lei Nº 1.224. Possui uma área
correspondente a nove mil hectares de cerrado.
De acordo com a compartimentarão geoambiental do Estado do
Tocantins (SEPLAN, 1999), o parque está inserido na unidade
geomorfológica regional denominada Planaltos de Ponte Alta do Tocantins.
A área onde se encontra o Parque Estadual do lajeado foi
detalhada através do conhecimento a pé, segundo perfis estrategicamente
posicionados, de forma a se seccionarem as principais estruturas e
litológicos presentes. Situação Jurídica das Terras que compõem o PEL:
Através do Decreto Estadual de 23 de Novembro 1998, as três fazendas
que compõem hoje o PEL.
Anteriormente com exploração agropecuária, foram declaradas
de utilidade pública para fins de desapropriação, para criação do Parque
Estadual do Lajeado (PEL). A área encontra-se hoje desapropriada. Com
relação à zona de amortecimento foi adotada a área da APA Serra do
Lajeado.

Figura 01: Entrada do Parque Estadual do Lajeado

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4.1.3 Educação Ambiental do Parque Estadual do Lajeado:

A educação ambiental visa desenvolver a consciência da


sociedade em escala mundial, com relação ao meio. A educação é
considerada como atividade de grande relevância no PEL, uma vez que
contribua para o desenvolvimento da consciência ecológica dos
freqüentadores, o que diminuirá os riscos de destruição no futuro. O
programa de educação ambiental o visa não só sensibilizar os visitantes e
comunidades quanto à importância da conservação do meio ambiente e do
desenvolvimento sustentável. Mas também fornecer ferramentas para que
tais atividades venham a ser incorporadas pelas comunidades que
coexistem com o parque. Dessa forma, o programa de educação ambiental
foi subdividido em vários subprogramas, de acordo com as peculiaridades
que compõem a comunidade referida. ( Naturatins, a Rio 92 p. 32)
A idéia é que, por exemplo, se executamos uma data atividade
de educação ambiental, cujo objetivo seja oferecer conhecimentos, esse
conhecimento adquirido possa levar o individuo ou grupo a desenvolver
uma data habilidade. A aquisição dessa habilidade pode sensibilizá-lo e
levá-lo a participar de algumas iniciativas. Essa participação traz novos
conhecimentos e desenvolvimentos e desenvolve novas habilidades.
Programar atividades que propiciem o respeito ao meio ambiente e ao
desenvolvimento sustentável.
Com as seguintes atividades: Apresentar as normas de conduta
do PEL; Apresentar palestras e exposições que contribuam na
conscientização de aspectos ligados à conservação do meio ambiente.
Resultados Esperados: Visitação sem degradação do meio ambiente
dentro da área do PEL. Redução da degradação ambiental na região de
influência do parque, moradores mais preocupados com a preservação do
parque, reutilização dos resíduos sólidos gerados nas atividades do mesmo
ou nas residências vizinhas.

5. METODOLOGIA

O trabalho foi conduzido na área experimental da Unidade II –


do Campus de Ciências Agrárias e Ambientais da Faculdade Católica do
Tocantins (FACTO) no segundo semestre de 2010. Inicialmente, o material
utilizado, o lodo de esgoto foi recolhido na Estação de Tratamento (ETE
06), Saneatins, na cidade de Palmas-TO. Logo após levado para o Viveiro
de Produção de Mudas Florestais da FACTO, onde foi triturado. Em
seguida, pesado em balança digital para se obter as proporções do lodo
estabelecidas anteriormente, e o mesmo foi realizado com solo orgânico.
As proporções do lodo foram de 76g, 140g e 220g associados
com o solo orgânico, nas proporções de 924g, 860g e 780g,
respectivamente.
Posteriormente o substrato foi misturado de forma homogênea e
transferido para embalagens comerciais de leite e suco com capacidade de
um litro. Estas que são fabricadas com a utilização de papel, alumínio e
polietileno, para acondicionamento das mesmas.
Logo após o substrato ser acondicionado nas embalagens, para
que as mesmas recebessem a semeadura, assim iniciando o processo de
germinação. Ao todo foram utilizadas cinquenta sementes de jatobá

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(Hymenea courbaril) e cinquenta de tingui (Magonia pubescens), já que os
mesmo não necessitam de escarificação para acelerar seu
desenvolvimento.
Feita todas as etapas necessárias para o bom desempenho do
projeto, as mesmas foram levadas para a casa de vegetação, e feito o
acompanhamento periódico de acordo com o cronograma proposto.

Figura 02: Viveiro de Mudas da Faculdade Católica do Tocantins

Figura 03: Acondicionamento das mudas nas Caixas de leite longa vida

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Figura 04: Mudas de Tingui e Jatobá

Figura 05: Acondicionamento da mudas

6. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇOES FINAIS

No presente estudo sobre unidades de conservação e educação


ambiental, utilizamos resíduos sólidos e lodo de esgoto, para desenvolver
experimento com mudas nativas do cerrado em embalagens comerciais de
leite e suco longa vida para acondicionamento das mudas.
O estudo é considerado como atividade de grande relevância no
Parque Estadual do Lajeado. Uma vez que contribua para o
desenvolvimento da consciência ecológica dos frequentadores e
moradores das áreas de entorno do parque, o que diminuirá os riscos de
destruição no futuro.

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As ações de educação ambiental visam demonstra a viabilidade
técnica e fornecer ferramentas para que tais atividades venham a ser
incorporadas pelas comunidades que coexistem com o parque. Dessa
forma, o programa de educação ambiental foi subdividido em vários
subprogramas, de acordo com as peculiaridades que compõem a
comunidade referida.
Pois a aplicação do mesmo em terras agrícolas tem-se tornado
cada vez mais atraente. Pelos baixos custos de impactos ambientais
relacionados com os demais métodos de disposição, e a viabilidade na
produção de mudas florestais e recuperação de áreas degradadas. Com
grande presença de nutriente e matéria orgânica o lodo auxilia na
recuperação ágil das áreas em degradação.
Assim diminuindo o acumulo de resíduos sólidos diante desse
estudo percebemos um problema, pois as caixas não estava na sua
utilização final. Diante disso pesquisamos e identificamos que as mesmas
podem se torna matéria prima novamente, fazendo parte na produção de
telhas MDC.
Segundo o departamento ambiental treta park é feito a
utilização das caixinhas de leite e suco na fabricação das telhas MDC
assim determinado o processo de utilização final delas. Utilizando-se
menos água, energia alumínio e cobre na confecção das mesmas.

7. REFERENCIAS

BASTOS, A. C. S.; Almeida, J. R. de. Licenciamento Ambiental


Brasileiro no contexto da Avaliação de Impactos Ambientais. In:
CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. (Orgs.).

Coletania de Legislação Ambiental, Constituição Federal Organização


Odete Medauar. São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2010, p-1087 a
1093.

Costa, P, Cortes, Unidades de Conservação. São Paulo: Aleph, 2002, p-


30 a 37.

Eco, Aspectos do Solo, Disponível no site


<http://eco.ib.usp.br/cerrado/aspectos_solo.htm>. Acesso em 9 de
novembro de 2010.

Rita M, Boeira, Utilização de lodo de esgoto como adubo nitrogenado:


risco ou benefício ao meio ambiente. Embrapa, Meio Ambiente, 2010.

ROSS, Jurandyr L. Sanches. Geomorfologia ambiente e Planejamento.


São Paulo: Contexto, 1996.

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