Você está na página 1de 9

Plano de Manejo.

Parque Ecológico do Tiête.


Organizadores

Beatriz Mayra Lourenço.


Julia Rodriguez de Oliveira.
Julhiana Inocêncio da Silva .
Mariana Rodriguez de Oliveira.
Nicoly Menezes Santana.
Raphaela Vitória Ramos da Silva.

Projeto e edição
Julia Rodriguez de Oliveira.
Mariana Rodriguez de Oliveira.
Nicoly Menezes Santana.

Administração
Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA).

Foto da capa://saopaulosecreto.com/parque-ecologico-do-tiete/
1.0 Informações Gerais
Plano de Manejo Florestal Comunitário.
Titularidade da floresta: Pública.
Tipo de vegetação predominante: Floresta Estacional Semi decidual.
Estado de floresta manejada: floresta secundária.

2.0 Objetivos do Plano de Manejo


 Conservação e preservação do meio ambiente.
 Proteger os seres vivos da região, a fauna e a flora.
 Manter paralelamente as atividades de lazer, ou seja, interação direta do ser
humano com essas Unidades de Conservação obtendo a sustentabilidade.

3.0 Informações sobre a Propriedade


Localização da Área: Localizado na zona Leste de São Paulo, o Centro de Lazer
Engenheiro Goulart (Parque Ecológico do Tietê) foi inaugurado no dia 17 de março de
1982, ocupa uma área de 14 milhões de m² nas margens do Rio Tietê, entre os bairros
de São Miguel Paulista e o município de Guarulhos.

Região e Municípios abrangidos: Ao todo a área preservada ocupa 14 milhões de


metros quadrados que vai desde a Barragem da Penha e São Miguel Paulista , na zona
leste até ao município de Guarulhos.

Marcos Limites da Área: 14 milhões m²


Núcleo Engenheiro Goulart, no distrito de Cangaíba, na Zona Leste de São Paulo.
Núcleo Ilha do Tamboré, em Barueri.
Núcleo Vila Jacuí, no distrito de São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo.

Coordenadas: 23° 29’ 46’’ S


46° 31’ 10’’ O
Forma de acesso a área: Segunda-feira a domingo das 08:00 às 17:00 horas.

Área a ser manejada: Via Parque, 8055 – Vila Santo Henrique, São Paulo – SP, 03719-
000.

4.0 Descrição do Ambiente


4.1 Meio Físico:

Clima: O clima predominante no Estado de São Paulo é o clima tropical, que se


caracteriza por apresentar verões quentes e chuvosos e inverno seco e pouco frio.
Entretanto as temperaturas variam de acordo com o relevo (altitude), a proximidade
com o mar e a latitude.

Geomorfologia: Planalto Oriental. A Depressão Periférica Paulista Recoberta com


Relictos de Cerrado e Mata Galeria corresponde à uma área do Estado de São Paulo
relativamente rebaixada em relação aos arredores, com altitudes geralmente entre
500 e 700 m, onde predomina o relevo de colinas amplas e suaves, com pequena
declividade, ocupada inicialmente por matas ciliares, cerrados e campos. Marca uma
acentuada mudança de movimentação do relevo em relação aquela presente nas
províncias adjacentes. No caso das cidades de Itu e Salto, nota-se a maior suavidade
das formas de relevo a partir da área central das cidades rumo ao norte e oeste,
contrastando com os setores mais colinosos ou montanhosos do Planalto Atlântico.

Hidrologia: Lago presente na área a ser manejada.

4.2 Meio Biológico:

Descrição da vegetação presente na área a ser manejada: As características do


parque que ressaltam tal qualidade são a presença de 1 milhão de m² de vegetação
remanescente da Mata Atlântica e o Centro de Recuperação de Animais Silvestres
(CRAS).

Descrição da fauna presente na área a ser manejada: Os animais que vivem no


parque são provenientes da mata do Rio Tietê. Há uma grande profusão de quatis, que
cercam as trilhas e constantemente as invadem. Há anu-pretos, biguás, gavião
carcarás, chupins, sabiá-pocas, irerês, abelhas, borboletas brancas, teiús e capivaras.

Inter relação entre flora-fauna:

Fauna: Os animais que vivem no parque são provenientes da mata do Rio Tietê. Há
uma grande profusão de quatis, que cercam as trilhas e constantemente as invadem.
Há anu-pretos, biguás, gavião carcarás, chupins, sabiá-pocas, irerês, abelhas,
borboletas brancas, teiús e capivaras.
Destaque para a existência do CRAS, que foi criado em 1986, inicialmente para
repovoar o Parque Ecológico do Tietê. O CRAS funciona como um refúgio pioneiro para
recepção e tratamento de animais silvestres, provenientes de apreensões do tráfico
ilegal realizados pela Polícia Militar Ambiental e pelo Ibama. Recebe atualmente uma
média de 7.000 animais por ano, entre aves, répteis e mamíferos. A grande maioria
são aves, cerca de 80% de várias espécies: araras, corujas, periquitos, bem-te-vis, beija-
flores, gaviões, carcarás, falcões, tucanos, entre outras. Em seguida, vem os répteis –
lagartos, cágados, iguanas e cobras. Em menor proporção, os mamíferos, com
predomínio dos primatas. Depois disso os veterinários e técnicos do centro tratam e
recuperam os animais para devolvê-los à natureza. Somente quando não há mais
como readaptá-los ao habitat natural é que eles são enviados ao criadouro, para
reprodução em cativeiro.

Flora: O parque produz e planta árvores para recuperar áreas degradadas,


contribuindo na qualidade do ar e no bem-estar da população. Encontramos no local
plantas aquáticas, aguapés, salvínias, jerivás, suinãs, embaúbas, pitangueiras,
jaboticabeiras, goiabeiras, maracujás, cássia-aleluias e helicônias, entre outras. Podem
ser encontrados restaurantes e lanchonetes no interior do parque, que funcionam
todos os dias da semana. Inúmeras e boas atividades culturais e esportivas são
programadas e realizadas no parque.

4.3 Meio Socioeconômico:

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,783 em uma escala de 0 a 1.


5.0 Uso atual da Terra

Macro zoneamento da área a ser manejada. Elaboração do mapa da área com:


– Hidrografia;
– Altitude;
– Divisão das Unidades de Produção Anual (UPA).

6.0 Identificação e elaboração dos impactos ambientais e sociológicos:

Parque Ecológico é uma Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável que tem
como objetivo conservar amostras dos ecossistemas naturais, propiciar a recuperação
dos recursos hídricos e recuperar áreas degradadas, promovendo sua revegetação com
espécies nativas. Além de incentivar atividades de pesquisa, monitoramento ambiental
e educação ambiental, os parques ecológicos também estimulam atividades de lazer e
recreação da população em contato harmônico com a natureza.

Por serem áreas de posse e domínio públicos, a visitação pública é permitida e


incentivada, desde que sejam seguidas as normas e restrições estabelecidas no plano
de manejo da unidade ou regulamento. No caso de pesquisa científica, estas são bem
vindas e devem ser autorizadas pelo gestor da unidade.

Um parque ecológico deve possuir, no mínimo, trinta por cento de sua área total
composta por áreas de preservação permanente, veredas, campos de murundus ou
mancha representativa de qualquer fitofisionomia do Cerrado. Estudos estão em
andamentos para que a conservação e uso publico possam ser realizados
simultaneamente na área, sem maiores impactos ambientais.

7.0 Plano de Manejo Parque Ecológico do Tiête.


A Área de Proteção Ambiental (APA) de Tietê foi criada em 08 de junho de 1.983,
através do Decreto Estadual nº 20.959, considerando “o sítio em que está localizado o
município de Tietê e a ameaça de degradação ambiental que sobre o mesmo existe,
bem como a necessidade de proteção de seus ecossistemas; a necessidade de se
aprofundar, de modo sistemático e com critérios ambientais, os planos de
desenvolvimento e crescimento de sua comunidade; o potencial de seu relevante
patrimônio ambiental urbano; as características históricas e culturais da comunidade
local, bem como o potencial turístico do município; o objetivo principal de assegurar a
preservação da qualidade ambiental das zonas urbana e rural desse município”. Assim,
além de declarar “área de proteção ambiental as regiões urbana e rural do município
de Tietê” (artigo 1º) e dispor sobre providências pertinentes (artigos 2º e 3º), no artigo
4º estabeleceu-se “uma zona de vida silvestre abrangendo todos os remanescentes da
flora original existente nesta área de proteção ambiental e as áreas definidas como de
preservação no Código Florestal”.

Em 27 de dezembro de 1.995, através da Lei Estadual nº 9.330, em seu artigo 2º, foi
criado o município de Jumirim, com área desmembrada do município de Tietê. A partir
de então, sem que a área original dessa unidade de conservação (45.100 hectares)
tenha crescido, a APA passou a abranger integralmente os territórios dos municípios
de Tietê e Jumirim. Pelo mesmo motivo, em alguns documentos ela é referida como
APA TIETÊ-JUMIRIM.

O Instituto Sócio Ambiental (ISA), em seu cadastro UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO


BRASIL, inclui uma pequena porção do município de Rafard (67,21 ha) como integrante
da APA. Isso se deve, provavelmente, a problemas de divisas municipais não
definitivamente demarcadas. Outro aspecto que chama a atenção é que o ISA
apresenta a APA como possuindo 46.315,18 hectares, ou seja 1.215,18 hectares a mais
do que o constante no decreto que a criou. Não há qualquer esclarecimento sobre
essa diferença no site do ISA. Deve-se observar que, embora o ISA possa ter utilizado
dados obtidos por georeferenciamento e outros meios modernos não disponíveis em
1.983, quando da criação da APA, há incoerências em sua tabela de áreas.

Proteção contra invasões: A Câmara analisa o Projeto de Lei 6758/10, do Senado, que
estabelece pena de detenção de um a três anos e multa para quem invadir unidade de
conservação parte do território nacional sob regime especial de administração, ao qual
se aplicam garantias de proteção de seus recursos ambientais. As unidades de
conservação podem ser privadas ou públicas e se distribuem em reservas biológicas,
estações ecológicas, parques, monumentos naturais, áreas de proteção ambiental,
florestas públicas, reservas extrativistas, reservas de fauna, reservas de
desenvolvimento sustentável e reservas particular do patrimônio natural. No Brasil, 4%
do território estão protegidos por algum tipo de unidade de conservação., área de
reserva legal Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada
a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à
conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade
e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. O tamanho da reserva varia de acordo
com a região e o bioma: - Na Amazônia Legal: 80% em área de florestas, 35% em área
de cerrado, 20% em campos gerais; - Nas demais regiões do País: 20% em todos os
biomas. ou de preservação permanente São faixas de terra ocupadas ou não por
vegetação nas margens de nascentes, córregos, rios, lagos, represas, no topo de
morros, em dunas, encostas, manguezais, restingas e veredas. Essas áreas são
protegidas por lei federal, inclusive em áreas urbanas. Calcula-se mais de 20% do
território brasileiro estejam em áreas de preservação permanente (APPs). As APPs são
previstas pelo Código Florestal. Os casos excepcionais que possibilitam a intervenção
ou supressão de vegetação em APP são regulamentados pelo Ministério do Meio
Ambiente. A pena atualmente prevista é de detenção de um a seis meses e multa. O
projeto altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), na parte que trata da usurpação
do patrimônio.

Prevenção e combate de incêndios: A prevenção e combate de incêndios é de extrema


necessidades em áreas intituladas como UC ( Unidades de conservação), a partir de
medidas como o mapeamento de instalações e locais de riscos, orientações sobre
instalação de hidrantes e extintores de incêndio, recomendações de sistema de
iluminação de emergência, localização das saídas de emergência, portas corta-fogo,
entre outros fatores protetivos.

8.0 Plano de Manejo de Unidades de Conservação


A Lei n.º 9.985/2000, que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação,
define o Plano de Manejo como um documento técnico mediante o qual, com
fundamento nos objetivos de gerais de uma Unidade de Conservação, estabelece-se o
seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos
recursos naturais.

Após a criação de uma Unidade de Conservação, o plano de manejo deve ser


elaborado em um prazo máximo de cinco anos e deve abranger a área da UC, sua zona
de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de
promover sua integração à vida econômica social das comunidades vizinhas.
O processo de elaboração de Planos de Manejo é um ciclo contínuo de consulta e
tomada de decisão com base no entendimento das questões ambientais,
socioeconômicas, históricas e culturais que caracterizam uma Unidade de Conservação
e a região onde está inserida.

O Plano de Manejo tem enfoque multidisciplinar, com características particulares


diante de cada objeto específico de estudo. Ele deve refletir um processo lógico de
diagnóstico e planejamento. Ao longo do processo devem ser analisadas informações
de diferentes naturezas, como dados bióticos e abióticos, socioeconômicos, históricos
e culturais de interesse sobre a Unidade de Conservação e como eles se relacionam.

A interpretação do diagnóstico se relacionará com a definição de objetivos específicos


de manejo, definições de zonas para as diferentes modalidades de usos, normas gerais
e programas de manejo. Nesse contexto, o ICMBio dispõe de uma coordenação
responsável pelo processo de elaboração, revisão e monitoramento de Planos de
Manejo.

Você também pode gostar