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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


DEPARTAMENTO DE PESQUISA
RELATÓRIO FINAL PIBIC/PAIC 2019-2020
RELATÓRIO FINAL

RECURSOS HUMANOS
Nome do(a) orientador(a):
Moisés Santos de Souza
Nome do(a) aluno(a): Bolsa:
Juliana Formiga Botelho ( ) CNPQ ( ) UFAM (X) FAPEAM ( ) VOLUNTÁRIO
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título: Código do Projeto:
Diversidade inventarial de famílias de besouros (Insecta: Coleoptera) PIB-B/0010/2019
em sistema RAPELD de área florestal nativa na região de Humaitá,
Amazônia Ocidental.
Área de Conhecimento:
( ) Exatas e da Terra ( ) Agrárias ( X ) Biológicas ( ) Sociais Aplicadas ( ) Engenharias
( ) Saúde ( ) Ciências Humanas ( ) Linguística, Letras e Artes ( ) Multidisciplinar
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM HUMANOS (CEP) OU ANIMAIS (CEUA)

( ) Aprovado - Número do protocolo: _______


(X) Não se aplica
Caso o projeto ainda não esteja aprovado, justifique:
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RELATÓRIO FINAL PIBIC/PAIC 2019-2020
1. RESUMO
A ordem coleóptera é a maior entre todas as classes Insecta, representando 40% de todas
as espécies de animais do planeta. São conhecidos por sua grande diversidade alimentar e por
ser encontrados praticamente em todos os tipos de hábitats. Esses animais são usados como
bioindicadores, além de estar envolvidos em processos de decomposição de matéria orgânica,
ciclagem de nutrientes e outras formas. Objetivou-se verificar a diversidade e abundância de
famílias de coleópteros, nas parcelas do módulo 12 do PPBio do núcleo de Humaitá. Realizou-
se três coletas em agosto/2019 (seca) e novembro/2019 (início da chuva), e fevereiro/2020
(Ápice da chuva) e. Capturou-se os insetos de maneira passiva, com uso de armadilhas iscadas.
As armadilhas foram distribuídas aletoriamente em cada parcela com equidistância de 50m. Em
cada parcela, utilizou-se dois tipos de armadilhas de impacto de voo adaptadas com atrativo: i)
metanol e etanol (1:1); ii) acetato de acetila. Utilizou-se ainda três tipos de armadilhas do tipo
pitfall com os respectivos atrativos: i) Esterco bovino; ii) mistura açucarada de frutas e iii)
vísceras de peixes. Totalizando 10 armadilhas por coleta. Os espécimes coletados foram levados
para o Laboratório de Fitossanidade da Universidade Federal do Amazonas- IEAA/UFAM,
onde realizou-se os procedimentos de triagem e montagem para identificação taxonômica, os
besouros foram separados por semelhanças morfológicas e analisados com uso de chave
descritiva. Foram identificados 169 espécimes, pertencentes a família Scarabaeidae,
distribuídos nos gêneros: Ontherus, Eurysternus, Deltochilum, Dichotomius, Coprophanaeus e
Cetonia. Após análise dos dados, fazendo uma comparação com os dados climatológicos e o
local de estudo, observou-se uma baixa diversidade encontrada no local. No período de ápice
da enchente constatou-se índice de Shanonn mais baixa (0,46) em relação ao período de seca
(0,70) e o início da chuva (0,88). Nesses dois últimos períodos do ano há mais disponibilidade
de alimento para os insetos. A baixa diversidade está relacionada com a presença de pastagens
ao longo da rodovia da BR 319 e a fragmentação da floresta devido à ação antrópica próximas
ao local de estudo. Isso pode fazer com que ocorra uma redução na abundância e diversidade
de espécimes de insetos no ecossistema.
Palavras-chaves: Coleópteras; diversidade; PPBio; Sul do amazonas.
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2. INTRODUÇÃO
A ordem Coleoptera, descrita por Linnaeus em 1758, constitui o maior agrupamento de
animais que se tem conhecimento, sendo a maior ordem da Classe Insecta, com cerca de 40%
do total de insetos, a ordem é composta por mais de 176 famílias, aproximadamente 29.500
gêneros e cerca de mais de 390.000 espécies catalogadas e muitas ainda a serem descritas
(ZHANG,2013). Os coleópteros são insetos conhecidos como besouros, e possuem uma grande
variedade de cores, formas e tamanhos. São insetos holometábolos, possuindo as fases de ovo,
larva, pupa e adulto em seu ciclo de desenvolvimento (BROWN,1987).
Os animais pertencentes dessa ordem podem ser encontrados praticamente em todos os
tipos de hábitats, a maioria vive sobre vegetação ou em superfície do solo, alguns também
vivem enterrados no chão, outros são aquáticos ou semiaquáticos. (TRIPLEHORN &
JOHNSON, 2011). Os coleópteros se alimentam praticamente de tudo com exceção de sangue.
A maioria dos besouros são filófagos que consome os tecidos de plantas vivas, alguns são
saprófagos que consome as matérias orgânicas em decomposição, outros são micrófagos que
consome fungos e bolores, outros são coprófagas que se alimentam de excrementos, tendo
também os necrófagas que se alimentam de carniça, podendo ter também os predadores de
larvas ou de ovos de outros insetos ou de pequenos artrópodes, parasitas ou podem infestar
produtos armazenados de origem animal ou vegetal. (CASARI & IDE, 2012; CAMARGO et
al, 2015).
No Brasil, são registradas aproximadamente 28 mil espécies pertencentes a 105 famílias
(CASARI & IDE,2012). Onde podemos encontrar grandes coleções de coleópteras espalhadas
por quase todos os estados Brasileiros, por causa de seus hábitos alimentares e habitats
diversificados, possuem vários estudos dessa ordem. Os coleópteros estão envolvidos em
processos de decomposição de matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, polinização, dispersão
de sementes e auxiliam como conservadores da biodiversidade devido à sua relação trófica entre
animais e vegetais (MORAES & KOHLER, 2011). De acordo com Hutcheson (1990) e Freitas;
Francini & Brown (2003), diversos fatores ecológicos e físico-químicos podem atuar
diretamente sobre os besouros, onde respondem às mudanças estruturais dos ecossistemas,
relacionando-se intimamente com outras espécies e recursos. As diferenças na composição das
espécies bem como a abundância dos indivíduos entre os ecossistemas são explicadas pela
preferência de parte dos espécimes por ambientes específicos, sendo utilizados como
bioindicadores da qualidade ambiental devido a sua fidelidade ecológica (HALFFTER, 1991).
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Os levantamentos da fauna entomológica permitem o conhecimento da diversidade de
espécies e podem servir de apoio para avaliação de condições ambientais (HUMPHREY et al.,
1999). As florestas tropicais com apenas 7% da superfície terrestre contêm mais da metade das
espécies da biota mundial (WILSON, 1997).
Apesar da grande diversidade de ecossistemas presente na Amazônia poucas são as
informações disponíveis sobre a entomofauna, sendo que não há registro de levantamento no
Sul do Amazonas. A maioria dos trabalhos realizados estão concentrados em outras partes da
região Amazônia. (IANTAS e et al em 2010; CAJAIBA e et al em 2017 e 2018; PECCI-
MADDALENA & LOPES-ANDRADE, 2018).
Portanto, este projeto pretende-se registrar de maneira inédita, o levantamento da
comunidade de coleópteros no Sul do Amazonas, na área do PPBio em sistema de RAPELD.
O delineamento amostral deste sistema permite acesso a áreas remotas e permitem a realização
de estudos nas trilhas, parcelas terrestres, ripárias e aquáticas (MAGNUSSON et al., 2013).
O município de Humaitá está localizado na Amazônia Ocidental, se destaca pela alta
biodiversidade, sendo que toda a calha do rio Madeira é considerada de grande importância
para a conservação da biodiversidade (CAPOBIANCO, 2001). Dessa forma, o presente estudo
tem como finalidade contribuir com informações sobre a diversidade de coleópteras
encontrados na região Sul do Amazonas, investigando o comportamento de acordo com a seca
e a cheia da região, contribuindo assim com levantamentos científicos do município. Objetivou-
se fazer o levantamento da abundância e diversidade da fauna coleóptera nas parcelas do
módulo do PPBio. Realizou-se através de uma parceria entre o Laboratório de Ictiologia e
Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira-LIOP, apoio do Laboratório de Fitossanidade
do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente e o Programa de pesquisa em Biodiversidade-
PPBio no Módulo 12 do núcleo regional de Humaitá-AM do PPBio
3. OBJETIVOS
⮚ Geral
Levantar a diversidade de coleópteros localizadas no Módulo 12 da BR-319 do Núcleo
Regional do PPBIO em Humaitá, Sul do Amazonas.
⮚ Específico
1. Identificar em nível de família os besouros coletados nas parcelas do Módulo 12 do PPBio;
2. Analisar a diversidade, distribuição e dominância das famílias de besouros inventariadas;
3. Verificar a bioecologia de cada família mediante dados meteorológicos;
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4. Depositar os espécimes coletados em caixas entomológicas no Laboratório de Ictiologia e
Ordenamento Pesqueiro, LIOP.
4. METODOLOGIA
Área de estudo
A área de estudo está localizada no Módulo 12 do Núcleo Regional do PPBio de
Humaitá/AM, localizado a aproximadamente 40 km da zona urbana de Humaitá-AM na BR-
319, sentido Manaus. O módulo está delineado em sistema RAPELD possuindo duas trilhas de
5 km, tendo 1km distância uma da outra. Essas trilhas são nomeadas trilha norte (TN) e trilha
sul (TS). Em cada uma das trilhas há 5 parcelas com 250m de cumprimento, traçadas por curvas
de níveis, totalizando 10 parcelas dentro do módulo.
A princípio, as coletas ocorreriam nas 10 parcelas, mas devido o módulo 12 do PPBio
se encontrar inativo, houve dificuldades para encontrar acesso as trilhas e as parcelas. Assim,
decidiu-se realizar a abertura e limpeza de duas parcelas a cada coleta. Desta forma realizou-se
as coletas nas parcelas 1, 2, 3, 4 da TN e as parcelas 10 e 9 da TS. Optou-se por realizar cada
coleta em duas parcelas diferentes, para desta forma conseguir analisar a diversidade decorrente
neste local de estudo.
Coletas de insetos
As coletas seriam realizadas em quatro períodos: i) ápice de seca; ii) início das chuvas;
iii) ápice de enchente e iv) início da seca. Mas conforme o atual cenário do país, devido à
pandemia da Covid-19. Não foi possível realizar a última coleta que aconteceria no início da
seca (maio/2020). Desta forma, realizou-se paenas as três primeiras coletas.
A primeira coleta que marca o ápice da seca, foi realizada no mês de agosto na parcela
1 (07° 27’ 42.08” S e 63° 13’ 21.11” O) e na parcela 2 (07° 27’ 48.96” S e 63° 12’ 50.98” O)
da TN. A segunda coleta que marca o início das chuvas, foi realizada no mês de novembro na
parcela 3 (07° 27’ 56.02” S e e 63° 12’ 19.48” O) e na parcela 4 (07° 28’ 03.32” S e 63° 11’
47.29” O) da TN. A terceira e última coleta que marca o ápice da enchente, foi realizada no
mês de fevereiro na parcela 10 (07° 28’ 13.84” S e 63° 13’ 30.58” O) e na parcela 9 (07° 28’
21.22” S e 63° 12’ 58.57” O) da TS. A quarta coleta que seria realizada no mês de Maio que
marca o início da seca, aconteceria na parcela 8 (07° 28’ 28.09” S e 63° 12’ 26.71” O) e na
parcela 7 (07° 28’ 35.44” S e 63° 11’ 54.92” O ) da TS.
As capturas dos insetos foram realizadas de maneira passiva com armadilhas iscadas,
utilizou-se dois tipos de armadilhas (figura 1) do tipo impacto de voo adaptada que foram
instaladas numa altura de 1,50m com atrativo de duas classes, correspondentes á mistura

A B
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alcoólica de metanol e etanol (1:1) e o éster acetato de acetila P.A. Os outros três tipos de
armadilhas foram do tipo pitfall com três atrativos: i) esterco fresco bovino, ii) mistura
açucarada frutas e iii) vísceras de peixes.

A B
Figura 1. Armadilhas iscadas utilizadas nas coletas realizadas no módulo 12 do PPBio, Humaitá-AM.
(A) armadilhas de impacto de voo do tipo “iscada com alcoois”; (B) Armadilhas de queda do tipo
“pitfall” com iscas com frutas, fezes bovinas e vísceras de peixe.

Foram distribuídas cinco armadilhas em cada parcela com uma equidistância de 50m
uma da outra (50, 100, 150, 200 e 250m), há cada equidistância colocou-se uma armadilha
iscada com um distinto atrativo, colocando-se os cincos tipos de atrativos dentro de uma parcela
para maximização de capturas de diferentes famílias de besouros.
Realizou-se as coletas dos besouros após 24h da instalação das armadilhas, os besouros
encontrados foram colocados dentro de um recipiente, identificado a quantidade de espécime e
o tipo de atrativo coletado (figura 2). Os espécimes foram depositados dentro de um isopor
pequeno para conservação e para que os mesmos não endureçam facilmente.

A B

Figura 2. Procedimentos realizados nas coletas dos besouros no módulo 12 do PPBio, Humaitá-AM. (A) Coleta
dos besouros das armadilhas (B) Separação dos besouros encontrados em um recipiente, identificado a
quantidade de espécime e o tipo de atrativo coletado
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Identificação taxonômica e caixas entomológicas
A identificação taxonômica ocorreu no Laboratório de Fitossanidade do Instituto de
Educação, Agricultura e Ambiente. Primeiramente realizou-se a lavagem dos espécimes
coletados com água destilada, depois no álcool 70% e depois ficaram um minuto no formol,
após isso realizou-se a montagem dos mesmos (Figura 3). Os besouros foram acondicionados
em estufa, para desidratação dos espécimes e para posteriormente começar a identificação.
Os besouros foram separados por semelhanças morfológicas, realizou-se fotografia na
visão frontal e dorsal (figura 3) dos exemplares diferentes para auxiliar na hora da identificação
dos espécimes e com ajuda do “Guia de identificação das espécies de Scarabaeinae
(Coleoptera: Scarabaeidae) do município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil” e “
Diversidade de Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae), coletados em armadilhas de
solo com isca, na reserva natural vale, Linhares - Espírito Santo, Brasil”. Os mesmos foram
identificados a nível de família e gênero.

A B

C D
D
C

Figura 3. Procedimento utilizados na montagem e identificação dos besouros. (A) Processos de lavagem; (B)
Montagem com auxílio de agulhas entomológicas; (C) Identificação com auxílio do microscópio estereoscópico
visão dorsal ; (D) Identificação com auxílio do microscópio estereoscópico visão ventral

Após a identificação dos exemplares, os mesmos foram dispostos na caixa


entomológica. Onde cada exemplar recebeu sua devida etiqueta, contendo as seguintes
informações: Ordem, família, local de coleta, data de coleta e coleto (figura 4).
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Figura 4. Caixa entomológica de acordo com a distribuição dos gêneros coletados no módulo 12 do PPBio,
Humaitá- AM.

Fatores climáticos
Considerar-se-á os dados climatológicos: temperatura, umidade relativa do ar e
precipitação pluviométrica para inferências ecológicas da comunidade de coleópteros. Esses
dados climáticos foram retirados da estação meteorológica de observação de superfície
automática do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET.
Analises dos dados
Para diversidade dos gêneros coletados foram utilizado o índice de Shannon (H’=-Σ
pi.log pii) e para avaliar a uniformidade da distribuição de indivíduos por gênero coletados, será
aplicado o índice de Pielou (J’ = H’/log S). Como complementaridade aplicar-se-á o índice de
dominância de gênero de Simpson (D = Σ pi2). Os índices foram calculados por meio do
software DivEs- Diversidade de Espécies v4.

5. RESULTADO E DISCUSSÃO
Sabe-se que uma das principais causas da perda da biodiversidade amazônica é oriunda
do desflorestamento. Conforme Fearnside (2005), o desflorestamento converge impactos
climáticos que são as maiores preocupações nesse contexto. A área de estudo situa-se onde a
taxa de perda da floresta é mais intensa, no “arco do desmatamento” ao longo da região sul do
Amazonas (Figura 5).
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2 1
3

Figura 5. Áreas antrópicas no entorno do Módulo 12 do Núcleo Regional do PPBio, 1- Rodovia BR 319; 2-
Áreas desmatadas de chácaras e 3- Áreas de Fazendas. Fonte: Google Earth Pro.
De acordo com Bierregaard Junior et. al. (1992) a ação antrópica, envolvendo
desmatamentos ao longo das rodovias, acarreta um determinado grau de fragmentação florestal
com a formação de diferentes ecossistemas como pastagens em diversos níveis de degradação,
capoeiras e fragmentos de mata nativa. Essas alterações podem resultar no isolamento de
populações e até extinção de espécies, reduzindo a biodiversidade. A fragmentação dos hábitats
naturais pode induzir mudanças na abundância e na riqueza de espécies de escarabeídeos e
consequentemente na atuação destes organismos nos ecossistemas (RONQUI & LOPES, 2006)
Foram capturados 169 indivíduos, pertencentes a família Scarabaeidae, distribuídos nos
gêneros Ontherus, Eurysternus, Deltochilum, Dichotomius, Coprophanaeus e Cetonia (Figura
6). Dichotomius foi o mais abundante (37,87%), seguido do Coprophanaeus (29,59%) e do
Ontherus (15,38%) em ambos os períodos coletados. Provavelmente, devido à presença de
muitas pastagens ao longo da Rodovia BR 319, a comunidade de besouros rola-bosta seja um
indicativo do impacto dessas áreas antrópicas sobre a diversidade de besouros na área de estudo.

Ontherus 3 7 16
Euysternus 2 9
3
Abundância total

Deltochilum 2 5 7

Dichotomius 2 27 35
Coprophanaeus 12 38

Cetonia 0
1
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número de insetos capturados

Ápice da enchente Inicio das chuvas Seca


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Figura 6. Distribuição de abundância dos gêneros encontrado durante os períodos de seca (Agosto) e início da
chuvas (Novembro) no módulo 12 do PPBio, Humaitá-AM.

A maior abundância de Dichotomius registrada está associada a ampla distribuição deste


gênero em formações florestais, pastagens, Cerrado, Caatinga brasileiras, adentrando áreas de
savana, margens de rios amazônicos (TISSIANI et al., 2017). Em geral, essas espécies
apresentam importância em razão da elevada massa corporal e eficiente atividade de
enterramento de massas fecais no solo, ocorre praticamente todo ano, principalmente durante a
primavera e verão em ecossistemas florestais mais preservados (SILVA; VAZ-DE-MELLO &
MARE, 2011).
O gênero Coprophanaeus é uma espécie coprófaga encontrada principalmente em
excrementos de herbívoros, ela ocorre principalmente no sudeste e sul do Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai (Edmonds & Zídek, 2010) Sendo alguns encontrados na Amazônia
Ocidental (Vaz de Mello, 1999). O gênero Ontherus são espécies coprófaga, muito comum e
com uma ampla distribuição pela região neotropical, sendo encontrada principalmente em
excrementos de herbívoros e fezes humanas, podendo também ser atraída por carcaças e luz
artificial ( Martínez, 1959) este gênero auxiliam na ciclagem de nutrientes e podem vir
proporcionar alimento para níveis tróficos superios (Bugoni, 2012). O gênero Eurysternus é
uma espécie coprófaga, sendo distribuídas pela região neotropical, pelo sudeste e sul do Brasil,
Argentina e Paraguai (Génier, 2009). O gênero Deltochilum é uma espécie generalista, a
maioria das espécies ocorre em florestas tropicais, sendo bastante distribuído no centro- sul do
Brasil e da Argentina (Silva e et al, 2011).
A menor abundância do gênero Cetonia relaciona-se à sua biologia. Normalmente são
besouros herbívoros relacionados com a fenologia de plantas em relação às suas florações e
frutificações (NECULISEANU, 2017). Alguns estudos sobre padrões de floração e frutificação
de árvores amazônicas revelam pico de floração de outubro a dezembro e picos de frutificação
de março a julho e de outubro a dezembro (MUNIZ, 2008). Os resultados demonstram que a
menor abundância deste gênero ocorre devido ao período de seca e início de chuva as plantas
ainda não estarem na etapa fisiológica de floração e frutificação.
Em relação à diversidade, observou-se baixa biodiversidade de besouros em todas as
coletas realizadas (Figura 7). No período do ápice da enchente é relativamente mais baixa
(1,08) em relação aos outros dois períodos, seca (1,63) e o início da chuva (2,05). Acredita-se
que o menor índice tenha ocorrido devido, os dias que foram realizados a coleta, choveu
bastante, que pode ter causando um repouso entre os coleópteros. A maior biodiversidade
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observada é o período que favorece a disponibilidade de alimentos para os insetos, já que o
período de seca ocorrer uma redução na oferta de alimento ou aumento na competição
(LAURANCE et al., 2011).
1
0,9
0,8 0,8845
Diversidade total

0,7
0,7032
0,6
0,5
0,4 0,4663
0,3
0,2
0,1
0
Seca Inicio das chuvas ápice da enchente
Período do ano

Figura 7. Índice de diversidade total obtidos com os dados das coletas de besouros em armadilhas
de impacto de voo do tipo “iscada com alcoois” e armadilhas de queda do tipo “pitfall” com iscas
com frutas, fezes bovinas e vísceras de peixe. No módulo 12 do PPBio, Humaitá-AM.
Normalmente de maio a setembro para a região do Amazonas, são observadas as maiores
temperaturas, baixa umidade relativa do ar e baixo índice pluviométrico (Figura 8 e 9). Sabe-
se que dentre os fatores abióticos a temperatura é um dos mais importantes que podem interferir
na ecologia dos organismos (SILVEIRA NETO et al., 1995). A umidade relativa do ar está
relacionada de forma direta com a exposição dos insetos ou seu resguarde, o baixo teor de
umidade pode afetar a fisiologia, longevidade, desenvolvimento e oviposição dos insetos
(GULLAN & CRANSTON, 2007).

30,5 30,21 95,00


30
Umidade relativa do ar (%)

90,83 90,00
29,5
Temperatura (°C)

29 28,55 85,00
28,5
80,08
28 80,00
27,5 76 27,08
75,00
27
26,5
70,00
26
25,5 65,00
Agosto Novembro Fevereiro

T °C UR %

Figura 8. Temperatura e Umidade relativa do ar dos dias 17 de agosto (1° Coleta), 15 de novembro
(2° Coleta) e 28 de fevereiro (3° Coleta). Dados climáticos da estação A112-Humaitá do Instituto
Nacional de Meteorologia (INMET).
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0,6
Precipitação pluviométrica (mm)

0,4

0,2

0
Agosto Novembro
-0,2

-0,4

-0,6
Seca ínicio da chuva

Figura 9. Precipitação pluviométrica dos dias 17 de agosto (1° Coleta) e 15 de novembro (2° Coleta).
Dados climáticos da estação A112-Humaitá do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

A maior diversidade encontrada a partir do início das chuvas em novembro/2019 (figura


5 e 7) observada neste estudo é corroborado por Koller et al. (2007), em estudo realizado no
planalto (Campo Grande, MS), quando registraram maior abundância de besouros coprófagos
no período compreendido entre outubro e maio (estação chuvosa). Flechtmann et al. (1995)
também verificaram uma maior captura de besouros coprófagos na armadilha luminosa durante
a estação chuvosa. De acordo com Silva e et al (2007) a maior riqueza de espécies coincidi com
as maiores precipitações. No qual isso corrobora a afirmação de que a atividade das espécies de
Scarabaeinae é maior nos meses mais úmidos, reforçando que alterações ambientais podem ter
grande influência na atividade das espécies e na estruturação da comunidade de diferentes
regiões.
Observa- se que houve diferença entre os índices de diversidade entre os períodos “seca”
“início da chuva” e “ápice da enchente” (Fi = 1,63; 2,05 e 1,08 p<0,05), respectivamente
(Tabela 1). Maior diversidade foi constatada no gênero Dichotomius, em ambos os períodos
amostrais (Tabela 1). Estudos explicam que a maior biodiversidade de besouros da família
Scarabaeidaea, principalmente copronecrófagos devido a disponibilidade de alimento
proporcionada por rebanhos de grandes mamíferos (MARINHO FILHO et al., 2002).
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Tabela 1. Índices de diversidade de Shannon (Fi), de base logarítmica 2 (J’) obtidos com os dados de coleta de
besouros em armadilhas de interceptação de vôo do tipo “iscadas” e armadilhas de queda do tipo “pitfall” com
iscas de frutas, fezes bovina e vísceras de peixe, no módulo 12 do PPBio, Humaitá- AM.
Base logarítmica
Valor
Gênero Coleta Quantidade Valor log Valor Fi x log
Fi
(Fi) (Fi)
Cetonia Seca 01 0,0161 -5,9542 -0,096
Dichotomius Seca 35 0,5645 -0,8249 -0,4657
Deltochilum Seca 07 0,1129 -3,1468 -0,3553
Eurysternus Seca 03 0,0484 -4,1692 -0,2114
Ontherus Seca 16 0,2581 -1,9542 -0,5043
Coprophanaeus Início das chuvas 12 0,2 -2,3219 -0,4684
Dichotomius Início das chuvas 30 0,5 -1,0 -0,5
Deltochilum Início das chuvas 05 0,0833 -3,585 -0,2987
Eurysternus Início das chuvas 09 0,15 -2,737 -0,4105
Ontherus Início das chuvas 04 0,667 -3,9069 -0,2605
Coprophanaeus Ápice da enchente 38 0,8085 -0,3067 -0,2479
Dichotomius Ápice da enchente 02 0,0426 -4,5546 -0,1938
Deltochilum Ápice da enchente 02 0,0426 -4,5546 -0,1938
Eurysternus Ápice da enchente 02 0,426 -4,5546 -0,1938
Ontherus Ápice da enchente 03 0,0638 -3,9696 -0,2534

Dessa forma, como já relatado, é possível que os impactos de áreas de pastagens


próximo à unidade de conservação (Figura 5), contribuam com a desestruturação da
comunidade de besouros na área de estudo, contribuindo com a baixa diversidade (Figura 7).
Mas sabe se que a família Scarabaeinae é muito frequente em pastagens naturais ou
introduzidas em agroecossistemas pecuários (Silva et al. 2007, Koller et al. 2007, Almeida &
Louzada, 2009), onde as espécies contribuem com o combate a parasitos, como dípteros e
nematódeos que se desenvolvem nas massas fecais (Ridsdill-Smith & Hayles 1990), além de
incorporar material orgânico ao solo, auxiliar na aeração e hidratação edáfica através da
construção de suas galerias, e na reciclagem de nutrientes (Milhomem et al. 2003, Bang et al.
2005, Nichols et al. 2008).
A comunidade dos besouros copro-necrófagos demonstrou, ser a mais abundante,
possuindo características de comportamento alimentar e nidificante que contribuem
positivamente para conservação do local.
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6. CONCLUSÃO
O estudo em questão, contribuiu para o conhecimento da entomofauna presente no
modulo 12 do PPBio, pertencente a região de Humaitá, onde o conhecimento da fauna de inseto
ainda era escasso. Os valores encontrados podem ter sido influenciados pela limpeza das
parcelas realizadas antes da coleta, no qual mexer no ambiente estudo pode ter causado uma
diminuição da diversidade do inseto, sendo também influenciado pela quantidade de coletas e
o intervalo das armadilhas pertencente no local.
Contudo, o levantamento dos espécimes foi de grande importância principalmente por ter
encontrado um grupo considerado como bons bioindicadores de qualidade e do estado de
conservação do hábitat.
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