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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Niterói
2011
ANDRÉ LUIZ MAGALHÃES BOTELHO
Niterói
2011
B748 Botelho, André Luiz Magalhães
Urbanização na Grande São Pedro, Vitória (ES) e a conservação
do manguezal: palco de contradições / André Luiz Magalhães
Botelho. – Niterói : [s.n.], 2011.
191 f.
CDD 333.7098152
ANDRÉ LUIZ MAGALHÃES BOTELHO
Aprovado em__________________________
BANCA EXAMINADORA
Ao Sr. Antonio Fernando Ribeiro, Gerente da Regional 7 que, por mais de uma
vez abriu as portas para mim, fornecendo dados valiosos para o
enriquecimento do estudo.
Ao Sr. Edivaldo Damaceno, um dos mais antigos moradores de São Pedro, que
enriqueceu o trabalho com informações históricas da ocupação e indicou-me
outras valiosas fontes de informações.
Dani Cabrera
Emmanuel Kant
RESUMO
1. Introdução .................................................................................................................. 13
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
do uso dos recursos naturais existentes à sua volta, os quais serviram para
Índia, Mesopotâmia, Egito, Roma e mesmo dos povos das culturas americanas
de tais alterações, a nível global, numa ampla escala temporal, foi a intensa
que nada menos que 40% da produtividade primária líquida total do ambiente
humanas.
Além disso, cálculos realizados sugeriram uma perda anual entre 0,2% e 0,3%
1
United Nations Environment Programme
2
Produtividade primária líquida é a taxa de armazenamento de matéria orgânica nos tecidos da
planta que excedam o uso respiratório durante certo período (ODUM; BARRETT, 2007).
15
interferências humanas.
povos costeiros dos trópicos, tanto que esta relação é denominada como
sobrevivência.
RODRIGUES, 2001).
o ritmo de expansão desenfreada das cidades que, segundo Dias (2002) são
“uma das maiores criações do homem”. O citado autor sugere ainda que, entre
cujas pernas são as estradas, com a Terra como sua presa, os fios do telégrafo
metrópoles.
18
(OLIVEIRA, 1975).
taxas de migração da zona rural para a região urbana, pela busca de empregos
A Ilha de Vitória com sua face ocidental quase totalmente ocupada pelo
4
As Unidades de Conservação (UCs), conforme o disposto na Lei nº 9.985, de 18 de julho de
2000, são espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais,
com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se
aplicam garantias adequadas de proteção. (BRASIL, 2000)
20
desenvolvimento.
tela a seguinte:
Geral
Específicos
diferentes dimensões.
do período estudado.
2. MÉTODOS E TÉCNICAS
ES, contudo, o objetivo do estudo não foi entender a situação territorial dos
manguezais e sua relação com o complexo urbano da Grande São Pedro com
1978, p. 209). Com base nesta argumentação, a pesquisa orientou-se por uma
institucionais.
sociais associados, poderá ser útil para futuras tomadas de decisão visando a
sociais locais.
27
região noroeste da baía de Vitória com destaque para o período entre os anos
com suas múltiplas características. Segundo Corrêa (1997), ele pode ser
adotando o conceito de espaço como algo mais do que uma área geográfica
estruturação do território.
produção e do território.
sem destacar a história do processo de urbanização, que, por sua vez, introduz
urbana”.
Silva (1989). Este autor considera que, há uma correspondência direta entre a
sociedade.
de força econômica (WRI, 1997). Neste contexto, a United Nations Centre for
agrícolas e manufaturados.
Portanto, as cidades são locais onde se gera renda havendo, sob esta
urbana' representa alta “qualidade de vida” e por isto o citadino tem uma vida
ambiental. Esta assertiva é corroborada pela UNCHS (2001) que indica como
cada vez mais acelerado das cidades e de suas populações. Neste contexto,
pagar pela terra e pela casa, expressa pelas classes ou parcela de classes.
seio do qual um sujeito se sente 'em casa' (GUATARI; ROLNIK, 1996), permite
renda, juros, lucro e, a maioria dos demais, dispendem esforços e dinheiro para
fronteiras.
segregação espacial.
da natureza; natureza que foi vista como uma simples coleção de serviços e
(O‟MEARA, 1999).
35
onde se materializa a história de um povo, pela via das suas relações sociais,
gestores e urbanistas.
Por mais utópica que seja a idéia de “cidade desejada” ela integra e
orçamento entre receita e despesa, segunda como uma nova visão do estado,
evolução da política keynesiana para uma política restrita aos gastos, e terceira
América Latina, que ainda não conseguem administrar bem os seus recursos
36
incluir os excluídos.
outro conceito, segundo o qual, uma política seria o curso de uma ação ou
termo política; os autores sugerem que política é gerada por uma série de
sociais (e não somente dos tomadores de decisão). Para eles, política envolve
tanto intenções quanto comportamentos, logo, tanto ação como não-ação; além
Cox (1998), que se integra e interage com a política global e reconhece uma
obriga a interagir com outros centros de poder social; seja governo local, a
cria uma política de escalas em que algumas localidades são mais ou menos
constroem espaços de participação. Por fim, Cox (1998) sugere que se deva
87).
Em termos gerais, política pública pode ser definida como "tudo o que o
e poderes locais, o que faz com que instrumentos normativos tradicionais como
os artigos 182 e 183. Nesses estão estabelecidas diretrizes que visam “ordenar
Mesmo nas áreas em que existe uma redução acentuada das taxas de
verdes e de lazer, praças e prédios públicos, e assim por diante. Todo esse
urbano.
5
Art.4 da Lei 6.766/79 Parcelamento do solo urbano no Registro Imobiliário. (BRASIL 1979)
42
esgotamento, o que cria o chamado “esgoto a céu aberto”, uma das principais
entre grupos devido às suas relações distintas com o meio natural (LITTLE,
2001).
2004). Para o autor, sob o ponto de vista econômico, o conflito pode ser de
pelo impacto não assume as suas conseqüências e; conflito pelo acesso e uso
(DRUMMOND, 2001).
evolui.
Caso não haja resolução, o conflito persiste de forma crônica, podendo gerar
está instalado o porto de Tigre de Bengala que sustenta 300.000 pessoas. São
degradante. A partir dos anos sessenta do século vinte, uma série de trabalhos
uma vez que estes apontavam para uma alta produção de biomassa e
papel ecológico do mangue passa por uma análise conceitual mais ampla, que
bens e serviços.
variabilidade salina, crescem em águas rasas que sofrem ação das marés de
quentes e ricas em sedimentos finos onde fixam suas raízes e abrigam uma
rios encontra uma verdadeira malha retentora nos manguezais, desta forma,
50
por marés são colonizadas por eles, a estrutura uma vez constituída fixa tais
áreas.
tais como florestas, fonte de água doce e o mar, organizando os elementos das
níveis. Por isto a relação direta da produção pesqueira em alto mar com a
6
Termo expandido por Sukachev (1944) englobando o ambiente ao redor dos organismos, a
partir de “biocenose” – descrição de uma comunidade de organismos. (MÖBIUS, 1877)
51
1975).
RODRIGUES, 2001).
que como qualquer ecossistema, tal como definido por Odum (1985, p.18)
próximo a eles, exercendo uma enorme pressão sobre estes sistemas naturais
1996).
55
Queimadas + +
perdidos.
decorrer dos anos, podem ser apontadas diversas intervenções humanas entre
170.000 ha entre 1967 e 1976 nas Filipinas. A derrubada de 74.000 ha, desde
MIDDENDORF, 2001).
58
ações, tais como aterramentos que visassem suprimir o ambiente dos vetores,
cerca de 25.000 km, estendendo-se desde a latitude norte de 2º, na foz do rio
Oiapoque, Estado do Amapá, até a latitude sul de 29º, na foz do rio Araranguá,
7
Mudanças nos conhecimentos e práticas médicas e alterações na abordagem dos problemas
relacionados à saúde graças às investigações do químico francês Louis Pasteur sobre o papel
dos microorganismos como causadores de diversas doenças. (INSTITUTO ADOLPH LUTZ,
[s.d.])
60
indiretamente como „florestas protetoras‟ (Art. 3º) que, por sua localização,
serviriam para conservar o regime das águas e evitar a erosão das terras pela
Foi através do Novo Código Florestal (Lei 4.771 de 1965, Art 2º, item f),
vitais, tais como fontes de água e de acordo com suas funções ecológicas.
aparato legal existente tenha tão pouca eficiência, pois se dissocia do tecido
politics and protected area”, que promove o diálogo entre as ciências sociais e
nelas habitam.
estritamente protegidas são interligadas por espaços com uso controlado como
conceito os autores apontam que existem muitos grupos sociais que mantêm
sua volta.
no Rio Amarelo na China, por exemplo, tiveram que desenvolver métodos para
condições impostas pela natureza, foi montada uma rede comercial que
8
Conceito criado no começo da década de 1980 por Lester Brown, que definiu a sociedade
sustentável como aquela que é capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as
chances de sobrevivência das gerações futuras (CAPRA, 2002).
64
estreitava as relações entre povos próximos, tal como entre egeus e fenícios,
século XVIII de acordo com White Jr. (1967). O primeiro deles foi o
dois terços dos moradores de áreas urbanas vivam em cidades com menos de
Neste contexto, a rede urbana foi estruturada sob a égide de dois fatores
geral também o café; e por fim, o controle do poder político pela oligarquia
rural.
Assim, Furtado (2006) indica como razão direta para tais mudanças, sob o
contava com 74 cidades maiores do que 20 mil habitantes, nas quais residiam
destas cidades estavam na região Sudeste, em São Paulo, Minas Gerais, Rio
a ele associadas.
única cidade: o Rio de Janeiro, nesta época então metrópole nacional, uma
série de funções e atividades urbanas. Lodder (1977) afirma ainda que esta
São Paulo. Esta dualidade manteve-se até a década de 1960, quando foi
sociedade brasileira torna-se cada vez mais urbana. Este “grande ciclo de
suavizado nos anos noventa. A expansão urbana atingiu seu limite no início
dos anos oitenta, associado tanto a redução das taxas de fecundidade urbana
FRANCO, 2001).
72
demográficos vigentes desde o século XIX (Figura 7). Neste período registra-se
A taxa de crescimento das cidades foi maior que a das vilas, o que aponta
rural-urbano nas principais cidades do estado com uma taxa média entre 1960
entre 1969 e 1979 da Cia. Vale do Rio Doce em Vitória; além de uma usina de
Aracruz Celulose
Siderúrgica Tubarão
Vitória
Samarco
(MENDONÇA, 2000).
Companhia Vale do Rio Doce, a estrada de ferro Vitória-Minas (Figura 11) foi
Escala 1:16.000
área drenada e aterrada (estimativa)
ma
ng
ue
do Estado em 1967.
JR; SANTOS NEVES, 1998). Neste período foi significativa a promoção pública
No limite com Linhares está o município de São Mateus, que possui a segunda
maior área de mangue do Estado, estimada em 11,85 km², sendo que a maior
Piraquê-Açu.
Vitória (Figura 15), onde desembocam os rios Santa Maria de Vitória, Bubu,
Marinho e Aribiri.
86
Área de estudo
9
Surgimento de rocha-mãe à superfície da Terra após ter sofrido algum processo erosivo,
facilitando o estudo e mapeamento geológico. (WICANDER; MONROE, 2009)
88
tipicamente alagável. Grande parte da Baía de Vitória, que era dominada pelo
10
Forma de relevo constituída por pequenos platôs, de altitude em geral modesta, limitados por
escarpas abruptas, denominadas barreiras. (AB‟SABER, 1979)
11
Grande área geográfica com leve ou nenhum tipo de variação de altitude. (WICANDER;
MONROE, 2009)
89
Lameirão.
as quais seis adjacentes aos bairros da Grande São Pedro (Figura 20) (VALE;
FERREIRA, 1998).
91
Figura 20 - Unidades de Conservação existentes no município de Vitória. Destaque para o Manguezal da UFES (3), a Ilha do
Campinho (9), a Ilha do Crisógono (29), Estação Ecológica Ilha do Lameirão (54), Parque Nat. Mun. Vale do Mulembá-Conquista
(56) e Parque Dom Luis Gonzaga Fernandes (Baía Noroeste) (61); todos em interface direta com a Grande São Pedro.
Fonte: Núcleo de Informação e Geoprocessamento da Secretaria de Meio Ambiente de Vitória (SEMMAM) (2009)
92
1986 criou-se uma Política de Meio Ambiente para o Estado do Espírito Santo
do Município e suas ilhas foi determinada pela Lei nº 3338/86 (Anexo B), uma
praias, baías e enseadas, pois a partir dela os contornos municipais não mais
no ano de 1986 foram sancionadas duas Leis, 3.333 e 3.336 (Anexos C e D),
adicional para atender as obras de aterro hidráulico no bairro São Pedro com
Sociais.
Plano Diretor Urbano (CMPDU), pelo Decreto nº 7317/86 (Anexo E), garantindo
O controle sobre estas áreas foi definido já em 1985 pela Lei 3267
3326 de 1986 (Anexo G) tendo sua categoria de manejo modificada pela Lei nº
Biológica para Estação Ecológica Municipal (EEMIL), pela Lei 3377/86, a Ilha
de Vitória.
12
Tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em
seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as
medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias
para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos
ecológicos. (BRASIL, 2000)
13
Tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É
proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional e a pesquisa científica depende
de autorização prévia do órgão responsável. (BRASIL, 2000)
95
embora a maior porção da Grande São Pedro já estivesse aterrada. (Figura 22)
primeira ruptura do cotidiano desse grupo social, pois uma nova forma de gerir
os recursos naturais lhes foi imposta por uma instância heterônoma, dentro de
o novo Plano Diretor Urbano instituído pela Lei nº 4.167, através de diversos
14
O objetivo mais abrangente do Projeto Terra é o de incorporar ao tecido urbano da cidade as
áreas ocupadas por população de baixa renda, dotando-as de infraestrutura e serviços e
assegurando aos seus moradores adequada qualidade de vida e garantia da cidadania pelo
pleno direito à cidade
15
Tem como objetivo promover o ecoturismo na baía noroeste de Vitória, preservando e
conservando o manguezal, os valores históricos, culturais e humanos da região, além de
promover o desenvolvimento social das comunidades, visando a geração de emprego e renda,
fortalecimento das comunidades locais, diminuição da poluição da baía e ordenamento das
atividades pesqueiras.
16
Os objetivos propostos pelo projeto são a mobilização e sensibilização da comunidade em
geral para a problemática do lixo no ecossistema manguezal, avaliando seus impactos
negativos nesse ecossistema com relação afauna e flora. Intensificando o trabalho já realizado
pelo Departamento de Educação Ambiental (DEA) ações educativas para alunos das escolas
do entorno dos manguezais no Parque Municipal Baía Noroeste.
100
Luiz Gonzaga Fernandes na Baía Noroeste de Vitória (Figura 24), com área de
brasileira.
oposta àquela dos naturalistas de fins do século XIX, que viam no homem um
plano de manejo.
17
Documento técnico mediante o qual, com fundamentos nos objetivos gerais de uma unidade
de conservação, se estabeleceseu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área
e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação de estruturas físicas necessárias à
gestão da unidade. (BRASIL, 2000)
103
problema.
imobiliário.
projetos industriais atraíram para a cidade tanto a população rural capixaba que
contribuiu para agravar ainda mais o quadro caótico que se instalara em Vitória
inadequadas.
107
áreas da cidade por parte dos órgãos públicos, tais como aquela destinada a
Figura 30 - Uso do bairro São Pedro como lixão municipal na década de 1970.
Fonte: Acervo do Jornal Gazeta On Line
lado, e por outro, através da repressão policial, sem que fossem gestadas
quadro, onde o mangue era palco de disputas, seja como espaço de moradia,
uso do solo (DIGRAZIA, 1997), fazendo com que recursos naturais disponíveis
111
diversos atores.
ali viviam, transformando o território que utilizavam para seu sustento em áreas
Vitória, que direcionou, ao longo das décadas de 1980 e 1990, uma série de
baloeiros18.
18
O termo baloeiros faz referência aos pescadores integrantes de barcos de arraste,
equipados com “rede de balão”, direcionados à captura de camarões. Os barcos fazem uso de
tangones, estruturas de madeira que se mantêm presas nos dois lados da popa da
embarcação, possibilitando a operação de pesca com duas redes em simultâneo, além do uso
de correntes espantadeiras, que vão batendo no fundo para espantar os camarões e tornar a
captura mais eficiente. (nota do autor)
112
situado no centro da Ilha faz o papel de barreira natural física que comprime o
de Vitória.
da baía teve suas maiores parcelas aterradas nas décadas de 1970 e 1980.
113
despejado para aterro da área, sua fonte de renda e alimento (Figura 32)
(NUNES, 1998).
de demanda por moradias foi um processo consentido pelo poder público, mas
depósito de lixo como uma solução que afastasse os ocupantes ilegais. Porém,
esta ação só serviu de estímulo para que esses permanecessem na área. Esta
ação da prefeitura começou a ser apontada como „de risco‟ pela Capitania dos
Portos do Espírito Santo e por ambientalistas que alertavam que o lixo poderia
ser arrastado para dentro dos mangues pelas águas da maré cheia e durante a
GAZETA, 1980).
Vale lembrar que, desde 1967 a União proíbe por meio da Lei 5.357, o
seu Artigo 1º, todo o litoral brasileiro, ou nos rios, lagoas e outros tratos de
atual bairro Maria Ortiz nos últimos anos da década de 1970 (P. M. V., 2001).
(NUNES, 1998).
das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) para facilitar a atuação dos grupos
doces.
19
Aliança Renovadora Nacional (ARENA) foi um partido político brasileiro criado em 1965
com a finalidade de dar sustentação política ao governo militar instituído a partir do Golpe
Militar de 1964. (nota do autor)
118
prevista não ocorreu de forma plena porém, ações arbitrárias, como a tomada
alternativo (P. M. V., 2009). Assim, a população, apoiada pelo Instituto dos
uma área de 150.000m2, porém, o processo foi divulgado pela mídia na época,
NOVAS, 2003).
121
outras áreas de manguezal originando quatro novos bairros: Santo André, São
Redenção
São José
Conquista
Figura 37 – Área aproximada (em laranja) dos atuais limites dos bairros São
Pedro III e Conquista
Fonte: Imagem adaptada do Programa Google Earth Pro mapas (2011)
acompanhando o trajeto do lixo, gerando nova ação judicial por parte destes.
município e este retorna a São Pedro III. O lixo como produto comercializável
pela população carente dos bairros da Grande São Pedro foi uma realidade
conflitos, sobretudo em razão das diversas ações públicas tomadas sobre ele
(DINIZ, 2006). No ano de 1982 o lixo tornou-se uma vez mais, objeto de
ligadas, cessassem.
ao povo.
produto pelos atravessadores, o que acarretou como retaliação, por parte dos
(Figura 38), a ser viabilizada com recursos do BNDES, torna-se prioridade para
Pedro, sob a ótica social, tem sido considerada como processo positivo, ainda
Santo André e Lixão, atual São Pedro III, com obras provenientes de recursos
(SOARES, 1998).
prefeitura, neste primeiro período de gestão, produziu uma política pública co-
projeto.
de vida da comunidade.
todas as famílias nos bairros beneficiados pelo Projeto São Pedro que, no
entanto, já estava com todo espaço ocupado (Figura 40) (ZECHINELLI, 2000).
do solo, com adoção de critérios tais como limitações no tamanho dos lotes e
Resistência.
composta pelos bairros São Pedro, Ilha das Caieiras, Redenção, Nova
qualidades que faltam a uma grande parte dos projetos urbanos e ambientais”.
gestão participativa.
resultado direto desta ação pode ser observado com a multiplicação das
das políticas sociais da região. Assim, a autora postula que o Projeto São
estrutura administrativa.
20
No caso de São Pedro, políticas sociais educacionais, de saúde pública, de esporte e lazer,
de assistência social, de geração de trabalho e renda e de transporte.
130
domínio municipal.
2010) a região administrativa VII, Grande São Pedro, continha uma população
abastecidos com água tratada, 92,8% tem seu esgoto coletado (condição
que a população foi beneficiada com a desativação da usina de lixo que criava
anos de idade, natural de Linhares, morador de São Pedro desde 1978 e Vice-
entrevista por ele cedida em 14/01/2011, apontou que houve uma reunião no
para ser transportado fica a céu aberto e produz chorume que drena
vídeoprodução era o uso deste lixo como meio de vida. Foi exatamente esta
situação que trouxe o Papa à Vitória, porém, quando o poder público soube da
vinda do pontíficie correu para cobrir o lixo com terra; e quando o papa chegou
à área, a condição apresentada e que atraiu sua atenção não existia mais.
133
desativação da usina foi uma perda para o bairro e que o lixo é uma ótima fonte
preocupação principal não é com o lixo lançado na orla. Para A. S., pescador
levado pela „maré‟ para o interior do bosque, pois este não é coletado e
que, para eles, é maior problema para o mangue e seus recursos, diversos
concordância com A. S., que estas águas alcançam pontos distantes dentro do
minguante, quando a maré estabiliza por até seis dias e o mau cheiro
permanece.
21
Entrevistas cedidas por pescadores de Resistência e Ilha das Caieiras em 18/01/2011.
135
cheia, fica leitosa e na maré vazante pode-se ver o sedimento branco pela nata
esgoto passa pelo bairro e não uma „rede de esgoto‟; logo, não é possível que
todos os moradores se conectem a ele, por isto a maioria lança seus esgotos
Ilha das Caieiras e Nova Palestina (Figura 46). Esta ação permite sugerir que
uma melhor compreensão dos processos que estão ocorrendo nesta área e
comprada.
Figura 46 - Drenagem do esgoto dos bairros Ilha das Caieiras, Nova Palestina e adjacentes e seu lançamento no mangue.
Fontes: Fotos do Autor (2011)
Imagem adaptada do Google Earth Pro (2011)
139
meio urbano e o manguezal. Estas ações por parte dos órgãos fiscalizadores
que pode vir a provocar a invocação de direitos e valores distintos criando uma
identidades.
dos animais.
pesca na área pelo menos temporariamente para que os estoques possam ser
uma forma de proteger a fauna e flora destes locais. W. lembrou que houve
vida é grande, mas “se o cidadão consegue uma casa por aqui ele quer mais é
baixo valor dos terrenos durante alguns anos atrás. Contudo, eles alegaram
sem moradia.
caranguejo.
São Pedro foi a mola propulsora para diminuição deste recurso e abandono da
atividade por parte, principalmente dos catadores mais antigos (NUNES, 1998).
recolhidas, visto que os catadores chegam a espalhar por dia mais de 100 e,
(AVESUI, 2008).
22
Método da “redinha” – trata-se de um emaranhado de fios desfiados de saco de polipropileno
que é colocado na entrada da toca do caranguejo, de forma que o animal fique preso quando
subir em busca de oxigênio e alimento. Esse método, embora proibido na região Sudeste-sul
do país (Portaria nº 52, de 30 de setembro de 2003 do IBAMA), vem sendo utilizado com
bastante frequência em mangues pelo Brasil.
143
dos novos bairros não se registrou apenas entre a população carente. Segundo
de critérios muito mais rigorosos que em outros espaços”. Vários dos novos
vida democrática”.
comunidade.
normas e regras criadas por técnicos do Estado, sem considerar o fato de que
Ilha das Caieiras (Figuras 49, 50 e 51), que no inicio da década de 1980
eles foram enquadrados por uma nova legislação, que os via como invasores e
147
uso dos recursos, outrora de livre acesso, mas sob a tutela do poder público
(MAUSS, 1972).
No estudo realizado por Diniz (2006) fica claro o conflito entre estes
conclui no que diz respeito ao conflito em pauta que, enquanto a posição dos
Quadro 1 – Síntese das contradições entre conservação e ocupação/degradação dos manguezais na Grande Vitória/ES
(instrumentos políticos e processos).
Período Conservação do manguezal Ocupação/degradação do manguezal
Lei (F) 4.771/65 – definiu as áreas de manguezais como APPs instituindo o Novo Lei (M) 1.397/65 – abertura da concorrência e isenção às propostas de
Código Florestal, descrevendo a importância das formas vegetacionais e definindo industrialização do lixo municipal coletado.
direitos de propriedade e limitações dos habitantes neste âmbito.
1960/69 Lei (M) 4.444/66 – regulamentou a venda e o aforamento de terrenos
Lei (F) 5.357/67 – estabeleceu penalidades para embarcações e terminais marítimos pertencentes ao patrimônio municipal.
ou fluviais que lançassem detritos ou óleo em águas brasileiras, e deu outras
Intensificação dos movimentos migratórios para a capital
providências
continua.....
152
Quadro 1 – Síntese das contradições entre conservação e ocupação/degradação dos manguezais na Grande Vitória/ES
(instrumentos políticos e processos). .....continuação
Período Conservação do manguezal Ocupação/degradação do manguezal
Lei (F) 6902/81 – dispõe sobre as Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental. Lei 2.899/81 – autorizou o poder executivo a realizar operação de crédito
destinada às despesas de execução do programa de Lotes Urbanizados do
Lei (F) 6.938/81 – estabeleceu a Política Nacional de Meio Ambiente e criou, o
bairro São Pedro
SISNAMA, Sistema Nacional de Meio Ambiente, estabelecendo responsabilidades e
punições aos poluidores do meio ambiente. Lei 2.847/81 – dispõe sobre a coleta de lixo na cidade de Vitoria e deu
Resolução nº 4/85, do CONAMA (F) – considera os manguezais como Reserva outras providencias.
Ecológica de preservação permanente Leis (M) 3.333 e 3.336 de 1986 – autorizaram o poder executivo a abrir,
Lei (M) 3.267/85 – definiu as zonas balneáreas de lazer praiais urbanas do município por decreto, créditos adicionais especiais, para atender as obras
do aterro hidráulico, infra-estrutura em geral e complementares no bairro
Lei (M) 3.312/86 – alterou a redação da Lei 3.267/85 redefinindo as delimitações das São Pedro
Zonas Balneárias do município
Urbanização desigual
1980/89 Lei (M) 3.315/86 – criou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAM) com
atribuições de proteção, conservação, recuperação, controle e fiscalização dos Intensa verticalização no município e valorização da porção nordeste
recursos naturais de Vitória. Ocupação de espaços menos valorizados pelos imigrantes na porção
Lei (M) 3.502/87 – permitiu que a SEMMAM operacionalizasse suas funções previstas noroeste
na lei de sua criação
Decreto (M) 7.317/86 – incluiu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente na
formação do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano
Lei (M) 3.326/86 – criou a Reserva Biológica Municipal da Ilha do Lameirão
Lei (M) 3.337/86 – transformou a Reserva Biológica Municipal da Ilha do Lameirão
em Estação Ecológica Municipal da Ilha do Lameirão
Lei (M) 3.338/86 – identificou e garantiu a preservação da forma atual e contornos
do município e suas ilhas, proibindo a alteração dos contornos por aterramento.
continua.....
153
Quadro 1 – Síntese das contradições entre conservação e ocupação/degradação dos manguezais na Grande Vitória/ES
(instrumentos políticos e processos). .....continuação
Período Conservação do manguezal Ocupação/degradação do manguezal
Plano Diretor Urbano (M) Lei 4.167/94 – visa realizar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade e o uso socialmente justo e ecologicamente
equilibrado de seu território [...] garantindo a participação popular no processo de
planejamento
continua....
154
Quadro 1 – Síntese das contradições entre conservação e ocupação/degradação dos manguezais na Grande Vitória/ES
(instrumentos políticos e processos). .....continuação
Período Conservação do manguezal Ocupação/degradação do manguezal
Resolução (F) CONAMA nº 29/94 – definiu a vegetação primária e secundária nos
estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica. Estabeleceu o
corte, a exploração e a supressão da vegetação secundária no estágio inicial de
regeneração da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo
Lei (E) 4.886/1994 – criou o Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) com
competência sobre a execução da política estadual do meio ambiente através de
estudos, controle, fiscalização, licenciamento e monitoramento dos recursos hídricos,
atmosféricos, minerais e naturais, e a condução das atividades relativas ao
zoneamento e educação ambiental.
grupos atuantes na região noroeste e o poder público que lhe impunha normas
8. CONCLUSÕES
relação à sua importância ambiental por parte do poder público até que o
lixo não foi, inicialmente uma barreira à ocupação já que, a população instalada
atividade tão importante para a população local deveria ter sido acompanhada
que têm sua história de vida vinculada a este espaço. Tais conflitos sociais
foram consequencias das ações arbitrárias por parte do poder púbico que, de
maneira positiva.
no município.
da ocupação.
geral, as ações do poder público, tais como a criação do Plano Diretor Urbano
importante.
porém de forma indireta com a implantação dos grandes projetos que atraíram
agravaram o problema. Mais tarde o poder público foi mais incisivo em suas
possível concluir que o poder público foi o principal responsável pela supressão
gerenciamento mais amplo dos recursos existentes, tais como Plano de Manejo
proibição.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXOS
180
Área
Nº Denominação / Enquadramento Instr. Legal de Criação
(ha)
1 Manguezal da Foz do Rio Bubu (PI) Lei Mun. nº 4438/97 11,58
2 Mang. Canal da Passagem (PI) Lei Mun. nº 4438/97 0,80
3 Manguezal da Ufes (PI) Lei Mun.nº 4438/97 94,10
4 Ilha Rasa (PI) Res. CMPDU nº 26/87 0,54
5 Ilha do Fato (PI) Lei Mun. nº 4167/94 1,40
6 Ilha do Pato (PI) Res. CMPDU nº 25/87 0,10
7 Ilha Maria Catoré (PI) Lei Mun. nº 4167/94 0,25
8 Ilha da Pólvora (PI) Res. CMPDU nº 13/87 1,41
9 Ilha do Campinho (PI) Lei Mun. nº 4438/97 26,64
10 Ilha do Bode (área acrescida de marinha) (PI) Lei Mun. nº 4167/94 1,43
11 Ilha da Baleia (PI) Res. CMPDU nº 15/87 13,44
12 Ilha da Fumaça (PI) Lei Mun. nº 4167/94 5,74
13 Ilha dos Práticos (PI) Lei Mun. nº 4167/94 3,86
14 Ilha das Tendas (PI) Lei Mun. nº 4167/94 0,02
15 Ilha Dr. Américo de Oliveira (PI) Res. CMPDU nº 12/87 6,42
16 Ilha da Baleia (PI) Res. CMPDU nº 15/87 0,01
17 Ilha dos índios (PI) Lei Mun. nº 4167/94 0,18
18 Ilha das Pombas ou do Araça (PI) Res. CMPDU nº 34/87 1,97
19 Ilha dos Itaitis (PI) Lei Mun. nº 4167/94 0,90
20 Ilha do Urubu (PI) Res. CMPDU nº 14/87 0,17
21 Manguezal de Estrelinha (PI) Lei Mun. nº 4438/97 10,79
22 Ilha das Cobras (PI) Res. CMPDU nº 15/87 5,38
23 Cortume Capixaba (PI) Decreto Mun. nº 9017/93 0,25
24 Ilha do Sururu (área acrescida de marinha) (PI) Lei Mun. nº 4167/94 0,91
25 Ilhas das Andorinhas (PI) Lei Mun. nº 4167/94 0,11
26 Ilha do Socó (PI) Res. CMPDU nº 27/87 0,48
27 Ilha do Igarapé (PI) Lei Mun. nº 4167/94 0,28
28 Ilha Galheta de Fora (PI) Lei Mun. nº 4167/94 1,78
29 Ilha do Crisógono (PI) Res. CMPDU nº 15/87 22,15
30 Ilha Galheta de Dentro (PI) Lei Mun. nº 4167/94 2,43
31 Área Verde Especial Morro do Suá (PI) Decreto Mun. nº10024/97 1,72
32 Área Verde Especial de Jucutuquara*** (PI) Decreto Mun nº 13380/07 7,01
33 Área Verde Especial de Santa Lúcia (PI) Decreto Mun. nº 13379/07 0,83
34 Área Verde Especial Morro do Romão* (PI) Decreto Mun. N 10024/97 4,26
35 Área Verde Especial Morro do Cruzamento* (PI) Decreto Mun. nº 10024/97 4,33
36 Área Verde Especial do Morro Bento Ferreira (PI) Decreto Mun. nº 10024/97 2,70
37 Parque da Fazendinha (PI) Decreto Mun. nº11896/04 2,29
38 Parque ítalo Batan Régis(Pedra da Cebola) (PI) Decreto Est. nº 4179/97 10,01
39 Parque Barão de Monjardim (PI) Decreto Mun. 13378/07 7,97
40 Parque Morro da Gamela (PI) Decreto Mun. nº 13376/07 9,68
Continua.......
181
.........continuação
Área
Nº Denominação / Enquadramento Instr. Legal de Criação
(ha)
41 Parque Municipal São Benedito (PI) Decreto Mun. nº 10025/97 9,58
42 Parque de Barreiros (PI) Decreto Mun. nº 10180/98 4,61
43 Parque Padre Afonso Pastore (Mata da Praia) (PI) Decreto Mun. nº 10027/97 4,49
44 Parque Horto de Maruípe (PI) Decreto Mun. nº 9758/95 6,40
45 Parque Municipal de Fradinhos* (PI) Decreto Munic. Nº 13688/08 1,72
46 Parque Tancredo de Almeida Neves (PI) Lei Mun. nº 6267/04 5,65
47 Parque Atlântico (PI) Decreto Mun nº 13377/07 13,19
48 Parque Moscoso (PI) Implantação 09/12 2,41
49 Parque Mangue Seco (PI) Decreto Munic. nº11881/04 2,01
50 Parque Municipal da Ilha do Papagaio (PI) Decreto Munic. Nº 13689/08 1,53
51 APA do Maciço Central (US) Decreto Mun. nº 8911/92 666,55
52 APA de Praia Mole** (US) Decreto Est. nº 99274/90 14,65
53 APA da Ilha do Frade (US) Lei Mun. nº 4167/94 35,32
54 Estação Ecológica Ilha do Lameirão (PI) Lei Mun. nº 3377/86 871,92
55 Parque Municipal Tabuazeiro* (PI) Decreto Mun. nº 9073/95 4,66
56 Parque Nat. Mun. Vale do Mulembá-Conquista* (PI) Decreto Mun. nº 11505/02 114,21
57 Parque Von Schilgen (PI) Decreto Mun. nº 12137/04 7,13
58 Parque Estadual Fonte Grande* (PI) Lei Est. nº 3875/86 217,18
59 Parque Pedra dos Olhos* (PI) Decreto Mun. nº11824/03 27,96
60 Parque Gruta da Onça* (PI) Lei Mun. nº 3564/88 6,67
61 Parque Dom Luis Gonzaga Fernande (Baía Noroeste) (PI) Decreto Mun. nº 10179/98 63,89
62 Reserva Ecológica Munic. Morro do Itapenambi (PI) Decreto Mun. nº 8906/92 13,27
63 Reserva Ecológica Munic. Mata Paludosa (PI) Decreto Mun. nº 10028/97 12,35
64 Reserva Ecológica Munic. Mata de Goiabeiras (PI) Decreto Mun. nº 10029/97 5,07
65 Reserva Ecológica Munic. São José* (PI) Decreto Mun. nº 10029/97 2,36
66 Reserva Ecológica Munic. Restinga de Camburi (PI) Lei Mun. nº 3566/89 12,98
67 Reserva Ecológica Munic. Pedra dos Olhos* (PI) Decreto Mun. nº 7767/88 0,66
68 Res. Eco. Munic. das Ilhas Oceânicas de Trindade e Dec. Munic. N° 8054/89 1178
Arquipélago de Martin Vaz (PI)
ANEXO H – 3377/86
191