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Temas:

2. Áreas de atuação
2.1 O perfil do profissional Engenheiro de Pesca;
2.2 Áreas de atuação e atribuições técnicas.

Obje vos
• Estabelecer as caracterís cas do profissional;
• Onde o profissional pode atuar e delimitar a atribuições;
Conteúdo programá co
1. Diretrizes curriculares do curso de graduação;
2. Formação dos parâmetros que definem o perfil;
3. As áreas de atuação do Engenheiro de Pesca;
4. Atuação na área pesqueira
Aula anterior…

Histórico do curso de Engenharia de Pesca, no Brasil e no mundo

Os primeiros registros sobre a formação de profissionais graduados em Engenharia de


Pesca datam de 1949 quando foi fundada a Faculdade de Pesca na Universidade de
Hokkaido Japão.

http://www.agr.hokudai.ac.jp/en/
Histórico do curso de Engenharia de Pesca, no Brasil e no mundo

Países de maior importância no Setor


Pesqueiro da América do Sul com Cursos
de Engenharia de Pesca:

www.google.com.br
Histórico do curso de Engenharia de Pesca, no Brasil e no mundo

Países de maior importância no Setor


Pesqueiro da América do Sul com Cursos
de Engenharia de Pesca:

→Brasil;
→ Peru;
→ Chile;
→ Argentina;
→ Colômbia.

www.google.com.br
Histórico do curso de Engenharia de Pesca, no Brasil e no mundo

► Resultado: por meio da Resolução nº 12-A de 13 de julho de 1970 do Conselho de


Ensino e Pesquisa, a Universidade Federal Rural de Pernambuco foi a primeira
universidade brasileira a criar o curso de Engenharia de Pesca, tendo sua implantação
ocorrido no primeiro semestre de 1971.

Com a Resolução nº 279 de 15 de junho de 1983 a profissão de engenheiro de pesca


foi oficialmente reconhecida pelo Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e
Agronomia –CONFEA, órgão que regulamenta a atuação dos engenheiros e
arquitetos no país e que define as atribuições e competências dos profissionais.

Em seu art. 1 preceitua que:
Compete ao Engenheiro de Pesca o desempenho das atividades que constam nos
itens de 01 a 18 do Art. 1 da Resolução nº 218 do Confea, publicada em 29 JUN 1973,
no que se refere ao aproveitamento dos recursos naturais aquícolas, à cultura e
utilização da riqueza biológica dos mares, ambientes estuarinos, lagos e cursos
d'água; à pesca e ao beneficiamento do pescado seus serviços afins e correlatos –
Confea 1983.
Histórico do curso de Engenharia de Pesca, no Brasil e no mundo


Em 2012:

Unesp – Registro – SP

Foi estabelecido considerando a inexistência de curso de graduação com
formação semelhante no Estado de São Paulo e na Região Sudeste do Brasil, o
potencial regional do Vale do Ribeira e o potencial do Brasil para produção de
recursos pesqueiros, visto que o mesmo apresenta uma variada gama de
ambientes de águas interiores e marinhas, entre represas, açudes, rios, lagoas,
estuários, águas neríticas e oceânicas;

Possibilitará ao futuro profissional um referencial teórico-prático na articulação
entre as ciências biológicas, exatas e humanas para compreensão dos
sistemas de produção aquícolas e a pesca extrativista, considerando aspectos
econômicos, sociais e ambientais.
Diretrizes curriculares
Perfil do Engenheiro de Pesca

Como definir o perfil?


Diretrizes curriculares

Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Engenharia de Pesca:

Componentes curriculares - abrangendo a organização do curso;

Projeto pedagógico;

Perfil desejado do formando

Competências e habilidades;

Conteúdos curriculares;

Estágio curricular supervisionado;

Atividades complementares;

Acompanhamento e a avaliação;

Trabalho de curso - componente obrigatório ao longo do último ano do curso


Diretrizes curriculares

Art. 3º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Engenharia de

Pesca são as seguintes:

§ 1º O projeto pedagógico do curso – tanto o aspecto do progresso social quanto da

competência científica e tecnológica, permitirá ao profissional a atuação crítica e criativa na

identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos,

sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas

da sociedade.

§ 2º O projeto pedagógico – assegurar a formação de profissionais aptos a compreender e

traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação aos

problemas tecnológicos, socioeconômicos, gerenciais e organizativos, bem como a utilizar

racionalmente os recursos disponíveis, além de conservar o equilíbrio do ambiente.


Diretrizes curriculares

Art. 3º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Engenharia de

Pesca são as seguintes:

§ 3º O curso deverá estabelecer ações pedagógicas com base no desenvolvimento de

condutas e de atitudes com responsabilidade técnica e social, tendo como princípios:

a) o respeito à fauna e à flora;

b) a conservação e recuperação da qualidade do solo, do ar e da água;

c) o uso tecnológico racional, integrado e sustentável do ambiente;

d) o emprego de raciocínio reflexivo, crítico e criativo; e,

e) o atendimento às expectativas humanas e sociais no exercício das atividades

profissionais.
Diretrizes curriculares

Art. 4º ...contemplar, em seu projeto pedagógico, os seguintes aspectos:

I - objetivos gerais do curso, contextualizados em relação às suas inserções institucional,

política, geográfica e social;

II - condições objetivas de oferta e a vocação do curso;

III - formas de realização da interdisciplinaridade;

IV - modos de integração entre teoria e prática;

V - formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;

VI - modos da integração entre graduação e pós-graduação, quando houver;

VII - incentivo à pesquisa, como necessário prolongamento da atividade de ensino e como

instrumento para a iniciação científica;

VIII - regulamentação das atividades relacionadas com trabalho de curso;

IX - concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado;

X - concepção e composição das atividades complementares.


Perfil do Engenheiro de Pesca

Art. 5º O curso de Engenharia de Pesca deve ensejar como perfil:

I - sólida formação científica e profissional geral que possibilite absorver e desenvolver

tecnologia;

II - capacidade crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando

seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e

humanística, em atendimento às demandas da sociedade;

III - compreensão e tradução das necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade,

com relação aos problemas tecnológicos, socioeconômicos, gerenciais e organizativos, bem

como utilização racional dos recursos disponíveis, além da conservação do equilíbrio do

ambiente;

IV - capacidade de adaptação, de modo flexível, crítico e criativo, às novas situações.


Perfil do Engenheiro de Pesca

Art. 6º O curso de Engenharia de Pesca deve, em seu projeto pedagógico, além de

contemplar a clara concepção do curso, com suas peculiaridades, garantir uma relação

estreita e concomitante entre teoria e prática e dotar o profissional das seguintes

competências e habilidades:

a) utilizar os conhecimentos essenciais na identificação e resolução de problemas;

b) diagnosticar e propor soluções viáveis para o atendimento das necessidades básicas de

grupos sociais e individuais, visando à melhoria da qualidade de vida das comunidades

envolvidas com a pesca e a aquicultura;

c) aplicar conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais, respeitando a linguagem,

as necessidades sociais, culturais e econômicas das comunidades pesqueiras litorâneas e

do interior;

d) conhecer a biodiversidade dos ecossistemas aquáticos, visando à aplicação

biotecnológica;
Perfil do Engenheiro de Pesca

... competências e habilidades:

e) planejar, gerenciar, construir e administrar obras que envolvam o cultivo de organismos

aquáticos;

f) desenvolver atividades de manejo e exploração sustentável de organismos aquáticos;

g) utilizar técnicas de cultivo, nutrição, melhoramento genético para a produção de

organismos aquáticos;

h) supervisionar e operacionalizar sistemas de produção aquícola;

i) aplicar técnicas de processamento, classificação, conservação, armazenamento e controle

de qualidade do pescado na indústria pesqueira;

j) possuir conhecimentos básicos sobre patologia e parasitologia de organismos aquáticos;

k) projetar e conduzir pesquisas, interpretar e difundir os resultados;


Perfil do Engenheiro de Pesca

... competências e habilidades:

l) elaborar e analisar projetos que envolvam aspectos de mercado, localização,

caracterização, engenharia, custos e rentabilidade nos diferentes setores da atividade

pesqueira e da aquicultura;

m) elaborar laudos técnicos e científicos no seu campo de atuação;

n) atuar no manejo sustentável em áreas de preservação ambiental, do cultivo e da

industrialização, avaliando os seus efeitos no contexto econômico e social;

o) dominar técnicas pedagógicas com vistas à atuação no ensino superior e em escolas

profissionalizantes de pesca;

p) conhecer, compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais.


Perfil do Engenheiro de Pesca

O que deve demonstrar o projeto

pedagógico do curso de

graduação em Engenharia de

Pesca?
Perfil do Engenheiro de Pesca

Parágrafo único. O projeto pedagógico do curso de graduação em

Engenharia de Pesca deve demonstrar claramente como o conjunto das

atividades previstas garantirá o perfil desejado de seu formando e o

desenvolvimento das competências e habilidades esperadas, bem como

garantir a coexistência de relações entre teoria e prática, como forma de

fortalecer o conjunto dos elementos fundamentais para a aquisição de

conhecimentos e habilidades necessários à concepção e à prática da

Engenharia de Pesca, capacitando o profissional a adaptar-se de modo

flexível, crítico e criativo às novas situações.


Áreas de atuação e atribuições técnicas

Como delimitar as áreas de atuação dos profissionais?


Áreas de atuação e atribuições técnicas

Art. 7º Os conteúdos curriculares do curso de Engenharia de Pesca serão distribuídos em

três núcleos:

I - O núcleo de conhecimentos – campos de saber que forneçam o embasamento teórico

necessário para que o futuro profissional possa desenvolver seu aprendizado:



Ciências Físicas e Biológicas;

Estatística;

Ciências da Computação;

Matemática;

Química;

Desenho e Meios de Representação e Expressão;

Metodologia Científica e Tecnológica;

Ciências Humanas e Sociais;

Ciências do Ambiente.
Áreas de atuação e atribuições técnicas

Art. 7º Os conteúdos curriculares do curso de Engenharia de Pesca serão distribuídos em

três núcleos:

II - O núcleo de conhecimentos profissionais essenciais – campos de saber destinados à

caracterização da identidade do profissional:



Aquicultura;

Biotecnologia Animal e Vegetal;

Fisiologia Animal e Vegetal;

Cartografia e Geoprocessamento;

Economia e Extensão Pesqueira, Ecossistemas Aquáticos;

Ética e Legislação;

Oceanografia e Limnologia;

Gestão Empresarial e Marketing;

Gestão de Recursos Ambientais;
Áreas de atuação e atribuições técnicas

Art. 7º Os conteúdos curriculares do curso de Engenharia de Pesca serão distribuídos em

três núcleos:

II - O núcleo de conhecimentos profissionais essenciais – campos de saber destinados à

caracterização da identidade do profissional:



Investigação Pesqueira;

Máquinas e Motores;

Meteorologia e Climatologia;

Microbiologia;

Navegação;

Pesca;

Tecnologia da Pesca;

Tecnologia de Produtos da Pesca.
Áreas de atuação e atribuições técnicas

Art. 7º Os conteúdos curriculares do curso de Engenharia de Pesca serão distribuídos em

três núcleos de conteúdos, recomendando-se a interpenetrabilidade entre eles:

III - O núcleo de conhecimentos essenciais específicos – livre para cada instituição organizar

seus currículos plenos a fim de enriquecer e complementar a formação do profissional,

proporcionando a introdução de projetos e atividades que visem à consolidação de suas

vocações e interesses regionais. Além disso, as IES poderão optar por um rol de disciplinas

ou atividades didáticas definidas pelos respectivos colegiados onde se localizam os cursos,

que virão a contribuir para a formação geral do profissional, inclusive suprindo áreas de

conhecimentos emergentes relacionadas às áreas da Pesca, da Aquicultura ou afins.


Áreas de atuação e atribuições técnicas

Ecologia aquática – estudos das comunidades aquáticas e do ambiente, estudos de

impactos ambientais e monitoramento e controle de qualidade da água;

Aquicultura – desenvolvimento das técnicas de produção de animais aquáticos em

cativeiro, com projeções de instalações e pesquisas sobre crescimento, nutrição e

reprodução;

Investigação pesqueira – estudo da dinâmica de populações e avaliações dos estoques

pesqueiros de uma região;

Tecnologia da pesca – emprego de técnica de localização e captura de animais

aquáticos e desenvolvimento de novos métodos e técnicas de captura;

Tecnologia do pescado – cuidado com a conservação e a industrialização dos produtos

e subprodutos pesqueiros e controle higiênico-sanitário;


Áreas de atuação e atribuições técnicas

Extensão pesqueira – apreensão, difusão e transferência de tecnologia, com o

planejamento participativo das comunidades pesqueiras, visando o desenvolvimento

econômico; e social da região;

Ensino e pesquisa – desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem e pesquisas

relacionadas a ciências pesqueiras;

Administração e economia pesqueira – administrar, regular e fazer o ordenamento das

atividades pesqueiras, pública ou privada, além da elaboração, execução, marketing,

comercialização e avaliação de programas e projetos;

Planejamento pesqueiro – elaborar e avaliar programas e projetos em pesca e

aquicultura.
Perfil do Engenheiro de Pesca
Exercício

Como Engenheiro de Pesca, defina uma área que


poderia ser explorada por você?
Referências

1. CONFEA. Código de Ética Profissional da Engenharia, da


Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da
Meteorologia. 2a edição, Ed. CONFEA, 2003, 40p.

2. SOARES, M.C.F. Engenharia de Pesca; a profissão, os cursos


e o Programa Especial de Treinamento (PET). Recife: UFRPE,
44,1%
Imprensa Universitária, 2004. 53p.55,9%

3. BRASIL. Resolução Nº 5, de 2 de fevereiro de 2006. Institui as


Diretrizes Curriculares para o curso de graduação em Engenharia
de Pesca e dá outras providências.

3. SOARES, M.C.F., HAZIN, F.H.V. a Engenharia de Pesca no


Brasil: trajetória de 40 anos. Recife: Ed. dos organizadores, 2010.
204p.

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