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TRÊS CORAÇÕES, MG
2022
THIAGO PEREIRA DOS SANTOS
TRÊS CORAÇÕES, MG
2022
FOLHA DE APROVAÇÃO
Co-Orientador
TRES CORAÇÕES, MG
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 06
2 OBJETIVOS................................................................................................................. 08
2.1. Objetivo Geral....................................................................................................... 08
2.2. Objetivos específicos.............................................................................................. 08
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 09
4 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................... 10
4.1- Prática de Conjunto e a arte da regência..................................................... 10
5 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................... 17
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 18
1 INTRODUÇÃO
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prazer de “tocar com muitos amigos”. Esta identidade assenta-se em uma ideia de musicalidade que
busca as raízes da relação entre o elemento humano e a natureza.
A existência de uma ação de extensão desta natureza envolve o seu registro histórico em
todas as suas vertentes. Neste contexto, um levantamento histórico é um procedimento que visa
levantar e organizar todas as informações de importância que envolvem o objeto de estudo, visando
embasar todas as reflexões que possam surgir. Justifica-se desta maneira essa pesquisa por se
tratar de um resgate de suma importância para a memória artístico-cultural da Universidade e
da comunidade da cidade de Alfenas.
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2 OBJETIVOS
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3 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho surgiu da necessidade de trazer a tona os registros das ações devolvidas
dentro do Projeto de Extensão Orquestra Popular desenvolvido no campus sede da Universidade
Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).
O projeto de Extensão Orquestra Popular da UNIFAL-MG insere-se na área extensionista
da Cultura, trabalhando especificamente com música. O formato é de grupo musical voltado para
o estudo e a prática de instrumentos variados (cordas, sopro, percussão e vozes) e com maior ênfase
na execução de repertório dedicado à música popular brasileira. O projeto tem se desenvolvido no
atual formato desde 2015, contando com a participação de músicos profissionaise amadores. Há a
necessidade de se realizar um levantamento histórico desde de a idealização, criação,
desenvolvimento, repertorio e evolução musical deste grupo, contribuindo assim para sua
consolidação e memoria artístico cultural da UNIFAL-MG.
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4 REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo ERBISTE (2018) cujo o trabalho foi realizado com a orquestra que será alvo
do presente estudo, a música tem sentido para um grupo e abarca a todos cuja realidade é
expressada nas canções. Esse caráter de temporalidade da música verifica-se, principalmente,
pelo fato de a música abordar com frequência as variadas emoções e vivências humanas.
O caráter inclusivo da música é uma tônica em sua existência e, naturalmente flui para
a união de indivíduos que a apreciam. Assim, surgem os grupos musicais que se unem para a
prática de um determinado gênero musical em orquestras.
Ao entender que a música transmite uma mensagem, entendida e compartilhada
sincrônica e diacronicamente, resta observar como essa mensagem pode ser usada para entender
aspectos mais profundos do grupo que as executa (ERBISTE, 2018)
A prática do conjunto instrumental é uma estratégia metodológica eficaz para
educadores musicais, pois envolve diferentes formações musicais, o que é propício para
trabalhar em diferentes formações educacionais e trabalhar com alunos de diferentes faixas
etárias e níveis de conhecimento musical. Através desta prática em grupo, o ensino da música
instrumental torna-se mais animado e interessante, e torna-se uma disciplina obrigatória para
cursos de graduação em música (BASTIÃO,2012)
Com a ajuda da prática do conjunto instrumental (como a terminologia na técnica), os
educadores musicais podem usar diferentes formas, por exemplo: conjunto vocal, conjunto
instrumental solo, coro com acompanhamento instrumental solo/coro com execução o mais
importante é que os educadores devem compreender a gama de vários instrumentos e a
possibilidade de exploração sonora. Ele sempre traz arranjos prontos para a sala de aula, mas
trabalha com os alunos e leva em consideração suas ideias, o que não é necessário e nem
conveniente. De acordo com (SOUZA, 2005).
Para a educação musical, o arranjo tem um valor extraordinário porque ajuda a
compreender e vivenciar o processo de composição e a expandir a prática musical em conjunto.
Existem muitas maneiras de organizar a música: modificar a melodia ou harmonia, adaptar a
música a outros instrumentos, usar instrumentos diferentes, adicionar outros sons e / ou objetos
à melodia
Com a adição de novos materiais, geralmente é possível reproduzir músicas que soam
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melhor do que a original, da mesma forma, é necessário que um professor treinado desenvolva
habilidades como música, pedagogia e conhecimentos socioculturais, como o domínio do
conhecimento de diferentes estilos. E repertório musical, com atenção especial ao patrimônio
da música brasileira e às atividades culturais.
O regente de orquestra possui as seguintes características: saber conduzir (reger)grupos
vocais e/ou instrumentais, conhece as habilidades de composição e arranjo vocal e/ou
instrumental, e exerce liderança de equipe (como bom mediador, não atrapalhará ou inibirá os
alunos). Adaptar o conteúdo pedagógico ao contexto social e cultural dos alunos, preferências,
situação geral e características dos conhecimentos anteriores, saber expandir as possibilidades
criativas da sala de aula, aceitar as opiniões do grupo e tomar decisões musicais em conjunto,
ou seja, cada aluno faz suas próprias contribuições e acabará por criar um produto final único,
convidar outros músicos e mestres da cultura para tocar para os alunos, estimular a exploração
dos sons corporais e a construção de instrumentos musicais, como uma estratégia eficaz de
desenvolvimento da criatividade e ainda saber como (BASTIÃO,2012). Incluir em grupos
alunos iniciantes com alunos avançados ou que já estão inseridos na arte de tocar instrumentos
musicais.
O violão está sempre com o violonista ou a viola sempre com o violeiro, só pode cantar
e tocar violão aquele que domina a técnica do instrumento, então é claro que é uma relação de
lógica e diálogo. A conexão entre instrumento e o instrumentista gera um dialog ode grande
impacto que o violão fala nas mãos do violonista, e o violonista também fala sobreo violão.
(SCHAFHAUSER, 2018).
Na visão de Villera (2011, p. 30), na música, o sertanejo encontrou o seu caminho
continuou sua própria história, cultura e valores. É neste universo que surgiu o que chamamos
de musica caipira ou musica do cancioneiro popular onde o violeiro expõe sua felicidade, seu
cotidiano e suas adversidades.
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Para expor uma experiência da cultura caipira, a música " Porta do Mundo“ Peão
Carreiro e Zé Paulo de 1962 é descrita abaixo.
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Nesta música, o trabalho do artista que toca e canta é trazer identificação sentimentos e
emoções. Objeto envolvido pelo artista, a viola, não lhe é estranho e existe uma certa relação
entre o sujeito e o artista, pois é a sua ferramenta de trabalho. O artista vive da viola e a viola
vive do artista. Este trabalho é positivo, é endeusado porque vem do transcendente como vimos
na música "Porta do Mundo” de autoria de Peão Carreiro e Zé Paulo: “São coisas divinas do
mundo que vem num segundo a sorte mudar trazendo pra dentro da gente as coisas que a
mente vai longe buscar”. Vale destacar que o violeiro usou a viola na música em questão para
fazer a música, quando disse " Com minha viola no peito meus versos são feitos pro mundo
cantar”, provou que a relação do violeiro e a viola é tão forte que ele conhece bemos elementos
que os constituem (SCHAFHAUSER, 2018).
Observa-se que sempre há esses elementos e suas inter-relações: violeiro e viola;
violonista e violão o indivíduo e o campo, onde o instrumentista expõe seus sentimentos, seu
cotidiano, e a natureza. O músico do cancioneiro popular é aquele que sempre mantém sua
experiência de vida refletida nas canções, sendo o seu mundo diferente do mundo urbano. Ele
entende e vê o mundo de maneiras e formas diferentes, só quem está conectado ao mato pode
ser identificado. Memória e a forma de acessar essa dimensão da identidade é por meio da
música onde o cancioneiro da viola toca e mata a saudade do sertão, assim, o instrumento torna-
se um único mediador ao instrumentista e o instrumentista se torne-se um único mediador ao
instrumento.
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de vida do cantor do cancioneiro popular. Pode-se citar também Bossa Nova, que expressa em
canções amor, desgosto ou tristeza. Os exemplos citados acima tratam de temas como saudades de
casa, cansaço e desejo de melhorar a qualidade de vida.
A partir do momento em que nos propomos a estudar a etnomusicologia dos grupos
musicais, devemos lembrar de transformar a análise da estrutura sonora em uma análise dos
processos musicais e de suas particularidades. Nesse sentido, o principal objetivo deste trabalho
é mostrar a música como um processo socialmente significativo, e não apenas um produto da
experiência humana (PINTO, 2001). Dessa forma, a música será capaz de produzirestruturas
muito além de seu som. Os estudos de etnomusicologia tratam então de todas as atividades
musicais, sejam elas oportunidades ou papéis em comunidades ou grupos sociais (ERBISTE,
2018).
Por meio da prática social, entende-se a relação estabelecida entre pessoas, pessoas e suas
comunidades, entre pessoas e grupos, entre grupos, grupos e a sociedade em geral. Os objetivos
incluem: transmitir conhecimento musical, valores e tradições dos músicos diante da vida, buscar
a música e o reconhecimento social dos mais diversos comportamentos de gruposcomunitários
economicamente desfavorecidos; propor e/ou implementar mudanças na estrutura social,
expressá-las e mantê-las de forma racional de pensar e agir; proteger os direitos sociais e culturais;
corrigir distorções e a injustiça social; pensamento musical, reflexão, discussão e execução de
uma determinada obra.
No contexto de uma orquestra comunitária, o processo educacional é compreendido por
meio de uma série de aprendizagens: por meio da convivência e troca de experiências entre os
participantes, teoria musical e instrumental ministrados pelo Regente, arranjos primários com
harmonia e convenções simples e arranjos em nível técnico no contexto de harmonia, melodia e
ritmo. Assim, observa-se os arranjos simples e complexos, ambos em uma música, juntos como
de ‘mãos dadas” sendo executados por músicos iniciantes e profissionais, formando um todo
musical de extrema beleza.
As oportunidades de ensaio em grupos e concertos nos mais diversos aspectos de festival
também essa aprendizagem em grupo, treinando para a experiência de palco e ao mesmo tempo
exercitando a prática em conjunto, quesito de extrema importância para a formação em música.
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4.4 Orquestras populares
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palavras da canção “Tocando em frente” de autoria de Renato Teixeira e Almir Sater: “Ando
devagar, porque já tive pressa (...)”, como um exemplo do que entendemos ser esse estilo. Por
sua vez, o sertanejo, da forma como pensamos, identifica-se com o êxodo rural, provocado pelas
condições naturais (secas, enchentes, etc.) ou por questões de ordem socioeconômicas, como
se vê em “Lamento sertanejo” de Gilberto Gil e Dominguinhos: “Por ser de lá, dosertão,
lá do cerrado. Lá do interior do mato, da caatinga, do roçado” (...). Ou “Sobradinho”, de Sá e
Guarabyra: O homem chega e já desfaz a natureza, tira a gente, põe represa, diz que tudo vai
mudar (...)”.
A chamada “música caipira” relaciona-se muito estreitamente com as manifestações
religiosas e de trabalho ligadas ao mundo rural (Festas do Divino, Folias de Reis, mutirões de
colheitas ou de construção de igrejas, etc.). Conforme Roberto Corrêa, “música caipira” é
aquela produzida na região Centro-Sul do País e que preserva a essência do meio rural. É música
que, de algum modo, tem sua origem nas manifestações tradicionais típicas do povo desta
região. Assim, música caipira compreende desde a música das famosas duplas, com seusritmos
característicos, até músicas modernas e complexas, desde que essa essência ali esteja preservada
(CORRÊA, 2002).
Do ponto de vista acadêmico, o projeto vem se desenvolvendo desde 2016 no atual
formato com contribuições relevantes para a formação de estudantes e para a participação de
servidores em atividades de extensão que contribuem para o aprimoramento artístico,
oferecendo oportunidade para o exercício de uma atividade diferenciada para a comunidade
UNIFAL-MG. O projeto tem também contribuído para o conteúdo de disciplinas acadêmicas,
em especial, no curso de História, além de já ter sido objeto de pesquisa em um Trabalho de
Conclusão e Curso das Ciências Sociais.
Quanto ao seu impacto social, é nítida a influência do projeto na melhoria da qualidade
de vida dos integrantes, seja da UNIFAL-MG ou da comunidade externa, por serum amplo
espaço de lazer, descontração e prática da arte e da cultura dentro e fora da Universidade.
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5 MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo será de caráter documental, por meio de pesquisas em relatórios encaminhados
a Pró-reitoria de Extensão ao longo do período de existência do projeto (2012 – 2021).
Serão analisados alguns arranjos confeccionados inicialmente e sua evolução ao longo dos anos
de existência da orquestra nos aspectos de ritmo, harmonia e melodia, mostrando sua simplificidade
e complexidade.
De posse de todos estes dados coletados serão realizadas reflexões para a melhor
compreensão da dinâmica de funcionamento do grupo, suas inter-relações e evolução musical. A
partir daí, novas propostas de ações de melhorias futuras poderão surgir para continuidade do
projeto.
CRONOGRAMA
2022
ATIVIDADES
J F M A M J J A S O N D
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Levantamento bibliográfico acerca do tema
Realização de debates relacionados aos artigos científicos
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REFERÊNCIAS
BRITO, T. A. Música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003. Disponivel em:
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/450/1/01d14t07.pdf. Acesso em
21.03.2022.
JOLY, M.C.L; JOLY, I.Z.L. Práticas musicais coletivas: um olhar para a convivência em
uma orquestra comunitária. REVISTA DA ABEM, Londrina, v.19, n.26, 79-91, jul.dez,
2011. Disponivel em:
http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/ed26/revista26_artigo7.pdf.
Acesso em 11.06.2022.
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ROSA, Luciana Fernandes. BERG, Silvia Maria Pires Cabrera. Entre o erudito e o popular:
aproximações e distanciamentos na formação da música urbana brasileira. Rev. Tulha,
Ribeirão Preto, v. 4, n. 1, pp. 69-90, jan.–jun. 2018. Disponivel em:
https://www.escavador.com/sobre/8376728/silvia-maria-pires-cabrera-berg. Acesso em
04.04.2022.
SOUZA, Jusamara et al. Arranjos de músicas folclóricas. Porto Alegre: Sulina, 2005.
(Coleção Músicas). Disponivel em: https://buscaintegrada.ufrj.br/Record/aleph-UFR01-
00053935. Acesso em 01.03.2022.
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