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MUITO OBRIGADO por baixar esse e-book e confiar no
conteúdo que tenho pra te passar.  

Meu nome é Cauê Magrini, sou professor de violão há mais de 20


anos, e compartilhar conhecimento é minha maior paixão. Não tem
coisa melhor que ver alguém evoluir, crescer, desenvolver, e saber
que eu pude contribuir e fazer parte daquela história.

E é o que eu espero que aconteça COM VOCÊ!

Ao terminar de ler esse e-book, me retorne um e-mail me


dizendo se você entendeu tudo, se há erros de ortografia, mas
principalmente: se o conteúdo realmente agregou na sua jornada,
ok? É muito importante pra que eu possa melhorar e fazer materiais
cada vez mais interessantes pra você.

contato@cauemagrini.com.br

Importante também avisar que esse material é complementar ao


vídeo que postei sobre o assunto, e você pode assistir pelo link:

http://www.cauemagrini.com.br/powerchords

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O QUE É O POWER CHORD?

Power Chords são acordes que tem uma formação peculiar,


contando apenas com 2 graus da Escala: a TÔNICA e a QUINTA.

Se você tem um pouco de conhecimento teórico, sabe que o


fundamento básico para se formar um acorde, é termos no mínimo a
TRÍADE composta pelo 1º, 3º e 5º grau de uma Escala. Mas se você
não tem esse conhecimento, tudo bem, você pode aprender de
forma detalhada e prática, através de um vídeo que fiz e que pode
ser acessado pelo link:
www.cauemagrini.com.br/formandoacordes

Mas você não precisa entender afundo sobre formação de


acordes para executar os Power Chords. Então vamos adiante!

Quem é guitarrista e curte tocar com distorção, com certeza


conhece muito bem esse tipo de acorde, e já fez inúmeras vezes, de
repente até sem saber ou conhecer por esse nome. É o famoso
desenho de acorde que aparece na imagem a seguir:

No vídeo dessa aula eu demonstro com uma melhor visualização. Acesse pelo link que
eu deixei no início do PDF ou pelo meu canal do Youtube - www.youtube.com/cauemagrini

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COMO SURGIU O POWER CHORD?
O Power Chord começou a ser utilizado na Guitarra, lá nos anos
50, na expansão do Blues e do Rock. Nessa época os artistas e
músicos estavam iniciando os primeiros sons distorcidos.
Começou com saturações “improvisadas”, rasgando o alto
falante do amplificador ou colocando o volume exagerado, ou até
mesmo estragando uma válvula de propósito, e assim por diante...

A Gibson foi a primeira marca a produzir em série, UM PEDAL DE


DISTORÇÃO. O lendário MAESTRO FUZZTONE FZ-1

Os amplificadores com algum tipo de distorção também


começaram a ser produzidos nessa época...

Mas foi exatamente aí que começaram a surgir os problemas com


o som. Pois tocar os acordes de forma tradicional sob o efeito
distorcido causava uma sonoridade nada agradável!

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Foi então que os estudiosos de áudio perceberam que o fato se
dava pela quantidade de ressonâncias e harmônicos que o efeito da
distorção gerava no som.
Na imagem abaixo, percebemos como a onda sonora “amassa”
quando são aplicadas distorções, e isso faz com que harmônicos e
ressonâncias se multipliquem e se encontrem ao mesmo tempo, em
vez de seguir seu percurso natural.

Se por acaso você já tem alguma familiaridade com áudio, deve


saber que equipamentos analógicos ou valvulados são tão
valorizados, justamente por essa característica de trazer uma
leve saturação ao som, e isso faz com que cada equipamento
tenha seu próprio timbre característico.
Também é muito comum atualmente, plug-ins saturadores, para
usar virtualmente no computador e chegar em resultados
similares.

Figura que mostra a diferença na onda do áudio, aplicando dois tipos de saturação (leve e pesada).

Você pode estar se perguntando: “Tá Cauê, e o que isso tem a


ver com o Power Chord?”

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Pois bem. Com essa análise de áudio, concluiu-se que o
resultado do som dos acordes tradicionais, aplicados em uma
distorção, não ficava legal porque nem todas as notas de um acorde
tem combinações perfeitas em suas frequências. Porém, na TÔNICA
e na QUINTA é onde se tem a harmonia mais próxima disso! As
ressonâncias geradas por esses dois graus têm uma proporção
muito parecida.

E foi aí que o acorde começou a ser empregado, pois mesmo


com distorções muito pesadas, o som não deixa de ficar agradável.

De acordo com artigos americanos, o guitarrista de rock’n’roll


LINK WRAY (foto) foi o primeiro a usar publicamente a técnica de
Power Chord, ainda nos anos 50. Sua música instrumental, lançada
em 1958, chamada “RUMBLE”, que inclusive foi alvo de muitas
polêmicas, foi uma das primeiras músicas gravadas com Power
Chords.

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O POWER CHORD NO VIOLÃO
O Power Chord nunca foi um recurso exclusivamente da guitarra
distorcida. Com o tempo ele foi sendo usado de diversas formas: na
guitarra clean, no violão e até no contrabaixo. Mas atualmente ele
vem sendo EXTREMAMENTE empregado, e o Sertanejo é o
principal foco dessas utilizações.

O motivo, eu acredito que seja o mesmo: limpar ao máximo as


ressonâncias indesejadas!

Os arranjos são criados em cima de muitos instrumentos e muitas


dobras (gravações duplicadas) de um mesmo instrumento. Juntar
isso ao fato de que, atualmente se busca uma masterização absurda
no volume final (Loudness) de uma música, o que provoca mais
saturações e harmônicos, justifica o uso dos Power Chords no violão
e em outros instrumentos.
A Sanfona por exemplo, é um instrumento que também utiliza
muito o conceito de acordes apenas com Tônica e Quinta.

Acima vemos a onda sonora de uma música finalizada sem masterização


(imagem esquerda) e ao lado, a mesma música masterizada nos padrões atuais, com
muito Loudness (Volume). Perceba como “amassa” o áudio, muito parecido com o
que acontece quando aplicamos distorção em um som.

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Agora que você ja entendeu o que é o Power Chord, como ele
começou a ser introduzido na Música e porque ele tem sido tão útil,
está na hora de vermos na prática.

Eu separei os 3 modelos que mais utilizo em minhas execuções,


tanto em performances de show ao vivo, quanto em gravações.

1.   MODELO DE LÁ
Esse modelo talvez seja o mais antigo e tradicional de todos os
Power Chords. É o mesmo modelo da primeira imagem desse PDF.
Como exemplo, eu separei o acorde de DÓ executado nesse
modelo. E para isso, vamos começar pressionando o nosso dedo 1
(indicador) na casa 3 da corda LÁ (5a corda), o dedo 3 (anelar) na
casa 5 da corda RÉ (4a corda) e o dedo 4 (minguinho) na casa 5 da
corda SOL (3a corda). Pra ficar mais fácil, basta olhar o diagrama
abaixo

Obs: Geralmente vocês vão identificar Power Chords descritos com o


numeral “5” nas cifras, como no caso acima = C5 (Dó com Quinta), ou seja:
Power Chord de Dó

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Nessa formação vemos a TÔNICA (DÓ) na 5a corda. Logo abaixo,
o dedo 3 está executando a QUINTA (SOL) na 4a corda, e abaixo
temos uma TÔNICA novamente, isso é, outro DÓ.
Só por esse exemplo, já percebemos que não precisamos tocar
SOMENTE UMA Tônica e SOMENTE UMA Quinta. Podemos ir
repetindo quantas vezes quisermos esses dois graus ao longo do
braço do violão.

OBS: Quanto mais você dominar o conhecimento das notas ao


longo do braço do violão e o conceito de Escalas, mais facilidade
você terá em compreender esse conceito e criar os seus próprios
desenhos de Power Chords. E eu tenho vídeo-aulas falando sobre
isso no meu canal e no meu site, acessa aqui pelos links:
www.cauemagrini.com.br/notasnobraco
www.cauemagrini.com.br/escalas

Importante também dizer que você pode utilizar esse mesmo


desenho de Power Chord pra fazer qualquer outro acorde que tenha
a 5a corda como Tônica. Um Ré por exemplo (D5), você vai executar
tocando com o indicador na quinta casa. Um Sí (B5), a mesma coisa,
porém na segunda casa. E por aí vai... Por isso eu disse que vc não
precisa saber afundo sobre a teoria das notas do violão ou das
escalas, mas quanto mais você souber, mais você será
independente. O conhecimento te liberta, lembre-se sempre disso ;)

2.   MODELO DE RÉ
Um outro exemplo que eu utilizo bastante e que já é um pouco
menos convencional, é o Modelo de RÉ, onde o desenho e a
estrutura são parecidas. Apenas um dedo fica em uma posição
diferente, e esses acordes tem a quarta corda como tônica. Veja:

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Nesse caso, seria um Power Chord de Fá, ou um F5, pois a tônica
está na 4a corda (3a casa), que é um Fá. Nesse exemplo a estrutura é
igual a do modelo anterior: Tônica + Quinta + Tônica.

Chamo de Modelo de Lá ou Modelo de Ré, pois os acordes têm


os desenhos originados desses acordes. Eles seriam os “acordes-
referência”. Esse é o mesmo tipo de estudo que se baseia o
Sistema 5, que é um conceito onde mostra que TODOS os acordes
do violão são baseados apenas em 5.
E se você não conhece esse conceito, eu também tenho um
vídeo que pode esclarecer suas dúvidas J quero lembrar que você
pode entrar em contato comigo pelas redes sociais pra tirar
qualquer tipo de dúvida ok? Estou inteiramente a disposição e te
rcomendo fazer pelo instagram, que é onde mais estou online. É só
procurar por @cauemagrini.

Se você estagnar nesse mesmo desenho de acordes, e voltar


algumas casas pra trás, você vai chegar ao acorde de Ré, e vai
entender com mais clareza o que eu estou te falando:

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O mesmo vai acontecer com o modelo de LÁ. Se você pegar
aquele acorde de C5 que exemplifiquei e andar 3 casas pra trás,
você vai chegar no “ponto zero” do braço do violão e verá que é um
acorde de LÁ.

Outro ponto que é importante ressaltar, é que, os Power Chords


são acordes SUSPENSOS, isso é, eles não têm distinção entre
acorde MAIOR e acorde MENOR. “Como Assim?”
Você pode fazer o mesmo desenho de Power Chord de Ré, tanto
para tocar em cima de um Ré Maior quanto um Ré Menor!

Na aula que eu indiquei pra você lá em cima sobre Formação de


Acordes, eu explico melhor o porquê disso, e você aprenderá que a
TERÇA que faz essa função, de determinar se um acorde é maior ou
menor, e como nesse modelo não aplicamos a terça, o acorde é
indefinido. Na música dizemos que esses acordes são SUSPENSOS.
Você ja deve ter visto em cifras, acordes assim: Dsus4
Isso significa que é um acorde que não tem a TERÇA (suspenso)
e que inseriu o Quarto Grau no lugar dela. Por isso: Dsus4

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3.  MODELO DE SOL
O último modelo que separei não tem tanta fama de Power
Chord, mas não deixa de ser. É um modelo que é mais difícil de
transpor, você vai precisar utilizar pestanas. Mas nada que um
capotraste não resolva esse isso bem facilmente.

Esse modelo é praticamente igual ao acorde tradicional de SOL


que todos estamos acostumados, porém a gente vai eliminar a
TERÇA que está na 5a corda:

Muita gente até ja faz o SOL dessa forma, porém nunca deve ter
percebido que todas as notas envolvidas nesse modelo ou são
TÔNICAS ou são QUINTAS, o que caracteriza um Power Chord!
E como eu já disse, é um modelo difícil de transpor, mas
utilizando um capotraste você consegue esse mesmo desenho em
várias regiões do braço, e tirar a sonoridade dele em vários tons
diferentes!

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DICAS-BÔNUS
Agora que já te passei os 3 modelos que eu mais utilizo, quero te
dar 2 dicas muito legais e que você provavelmente não verá
circulando por aí, MUITO MENOS DE GRAÇA!

A primeira é um diferencial que coloco nos meus Power Chords


do Modelo de Ré. Eu insiro uma nota a mais para fazer o acorde
soar “mais pesado”.
Como esse acorde tem as bases em cordas mais agudas,
geralmente ele fica sem peso, e conforme a situação que você está,
pode ser desagradável ouvir aquele som “magrinho”. Por isso, eu
adiciono mais uma QUINTA ao acorde. Ela sempre vai estar situada
na mesma casa que a TÔNICA, porém na corda de cima.

Uma observação importante, é que pra fazer isso, você terá que
fazer uma “mini-pestana” nas cordas 4 e 5. Veja um exemplo de F5
nesse desenho especial:

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Na vídeo-aula em que é baseado esse e-book você pode
entender melhor o efeito que essa nota adicional causa!
http://www.cauemagrini.com.br/powerchords

A segunda dica que separei é mais simples, porém não menos


importante, e dedico ela principalmente para quem toca Sertanejo
(embora possa ser aplicada a qualquer estilo):

EVITE TOCAR A PRIMEIRA CORDA! (MIZINHA)

Ela geralmente é uma corda que incomoda os ouvidos, pois é


muito aguda, e como no sertanejo, especificamente, as batidas são
muito acentuadas e repetidas, acaba gerando um som enjoativo.

Acima vemos o mesmo Power Chord de SOL, do último modelo


que passei, porém, sem tocar a 1a corda.

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OBSERVAÇÕES
Quero reforçar que essas 2 últimas dicas são baseadas na MINHA
experiência e formas de aplicação em meus trabalhos, de acordo
com a linguagem que o mercado atualmente exige. Não são regras!
E todos sabemos que as coisas mudam muito rapidamente.
Então o que hoje pode ser legal, amanhã pode ser algo fora de
contexto.

Portanto todo conteúdo que você aprender, com qualquer


pessoa, tenha isso em mente: a Música é uma arte, e ela não tem
regras. Porém não deixa de ser um COMÉRCIO, e nesse quesito,
tem suas convenções, linguagem e contextos.
Saber diferenciar o que você faz por arte e o que você faz por
BUSINESS é a chave pra ser um bom músico e um profissional de
sucesso.

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NOTAS FINAIS
Muito obrigado por baixa e ler esse e-book. Eu espero de
coração ter ajudado e contribuído, nem que seja um pouquinho a
mais, no seu processo de evolução e conhecimento musical.

Vou deixar os meus contatos aqui para que você possa falar
comigo da maneira que for mais prática:

Email: contato@cauemagrini.com.br
Site: http://www.cauemagrini.com.br/falecomigo
Facebook: http://www.facebook.com/cauemagrini
Instagram: http://www.instagram.com/cauemagrini

Esse e-book foi construído a partir de sugestões da galera que


faz parte dos meus grupos de whatsapp, e eu vou gostar muito se
você também fizer parte desses grupos me ajudar com suas
sugestões! Aguardo o seu contato :)

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