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WORKSHOP

Poupa tempo e dinheiro e


mantém a tua guitarra em
forma!
Workshop “Aprende a fazer o SETUP da tua
Guitarra/Baixo”

• Sejam Bem-vindos ao nosso workshop!

Objetivo do Workshop:
• Diagnosticar os problemas e desajustes do nosso instrumento.
• Aprender todos os passos para efetuar um bom ajuste do nosso instrumento
(setup).
• Saber que ferramentas necessitamos para efetuar com eficácia estes serviços.
• Métodos e técnicas para conseguir uma melhor ação (altura das cordas)
• Manutenção da Guitarra (Limpeza e lubrificação)

• Formador: José Pereira: Luthier há 10 anos em FRATERMUSIC


AVISO
SEGURANÇA E RESPONSABILIDADE
•  Como em qualquer atividade que implica ferramentas e desperdícios
recomendamos imenso cuidado.
• Algumas poeiras criadas através do processo de polimento, lixagem,
perfuração e pintura podem conter partículas prejudiciais à saúde.
Recomendamos que efetuem o trabalho em áreas ventiladas e o uso de
máscara de proteção. 
• Para determinados serviços, ou para pessoas muito sensíveis, recomendamos
também óculos de proteção.
• Nunca comprometas a tua segurança ao utilizar a ferramenta, em especial se
for de corte. Se não te sentes confortável não o faças, pede ajuda ao formador.
• Como deve compreender, não podemos responsabilizar-nos por qualquer
problema de saúde causado durante o processo de montagem. Tentaremos
sim, recordar as normas de segurança, e providenciar as melhores condições
para efetuar a formação.
“O que é um SETUP”
• Para os amantes de definições de dicionários podemos dizer que:
• “ Um setup não é mais que uma série de ajustes efectuados num instrumento
musical para poder retirar o melhor partido dele. Seja para conseguir uma
melhor sonoridade ou para facilitar a sua execução.”
• Contudo, temos de recordar que quando tocamos uma guitarra existe um elo
emocional, algo muito pessoal. Definir um setup como algo para “facilitar a
sua execução” não é tão simples como se descreve. O que está excelente para
uma pessoa, pode ser horrendo para outra. Da mesma maneira cada guitarra
aceita certas medidas e certos ajustes.
• Com milhares de marcas de guitarras no mercado não podemos esperar que
sejam todas iguais (nem seria desejável) Daí que temos de pensar que um
setup numa Fender Stratocaster Vintage series será totalmente diferente do
que uma ESP M2.
Vantagens de efectuar um SETUP
Vantagens?

• O tempo e dinheiro que se poupa no luthier, nas deslocações, etc.


• O nosso setup será mais personalizado e único. O luthier (como é natural) nem sempre
pode deduzir a 100% quais são as nossas espectativas e desejos.

• Não quero com isto dizer que os luthiers não são necessários…de maneira nenhuma!
Existem problemas que passam desapercebidos aos músicos e podem provocar
desconforto. Mas na hora de diagnosticados recomendo a todo custo que sejam
resolvidos por um profissional (e não por aquele amigo habilidoso)

• Como efectuar um bom setup é relativamente simples de se perceber, mas como em


qualquer arte, requer bastante experiência até atingir a mestria. Com o treino cada dia
será melhor até que o vosso ajuste seja igual ou melhor do que um profissional.
 
Partes de uma guitarra eléctrica
Diagnóstico de problemas/Desajustes
Antes de efetuar qualquer ajuste temos de avaliar o nosso instrumento, de preferência com cordas e
devidamente afinado.
 
• Verificar com que as notas soam limpas em todos as cordas sem carregar em algum traste. Se não
acontece temos de confirmar se será a pestana, o braço empenado ou se alguma coisa está a tocar na
corda (trastes soltos, pickups, sela)
• Confirmar se existem trastes desnivelados, seja por experimentação ou com um Fret rocker.
• Vejam se a escala se encontra relativamente plana, que não sofra com empenos substanciais, ou até
uma torsão sobre o seu próprio eixo. Confirmem se a escala está descolada em alguma zona.
• Confirmar se a electrónica funciona na sua totalidade. Por exemplo, no caso de guitarras género
Stratocaster é relativamente incómodo ter que reparar algum problema eléctrico depois do setup
estar feito.
• Constatem que todos os parafusos da ponte funcionam, se existem cabeças moídas ou enferrujadas.
• Pontes de Guitarras clássicas ou acústicas descoladas devem ser novamente coladas. 
• Se verificar que a sua guitarra tem algum problema, então tente resolvê-lo antes de continuar com os
ajustes. Se não o fizer, pode até comprometer o tempo de vida do instrumento.
• Caso não verifique alguma anomalia, é tempo de colocar mãos à obra!
Passos para um bom SETUP:
• Limpeza da escala e corpo da guitarra. (polimento de trastes incluído)
• Aperto de parafusos. Lubrificação de hardware.
• Confirmação da electrónica. Limpeza da mesma.
• Colocação das cordas.
• Ajuste de trussrod.
• Ajuste da altura das cordas (acção) Ajuste de Trémolo ou Floyd Rose
(se houver)
• Ajuste da pestana.
• Ajuste da intonação (harmónicos)
• Ajuste da altura dos pickups.
• Limpeza e teste final.
Ferramentas necessárias
Para efectuar um bom serviço é imprescindível utilizar boa ferramenta, assim como a ferramenta indicada para cada operação.
Recorda, estes pequenos detalhes vão-se reflectir no teu trabalho.
 
Antes de começar tenha à mão as ferramentas necessárias.
• Chaves de parafusos, tanto de fendas como de estrela. Por norma costumam ser usadas várias medidas. São usadas para
retirar pickguards ou tampas, ajustar parafusos de ajuste ou do braço, pickups.
• Réguas de precisão ou um apalpa-folgas para obter medições precisas.
• Chaves Allen de diversas medidas. Neste caso temos de recordar que em instrumentos americanos vamos necessitar de chaves
com medidas imperiais e não métricas.
• Chaves de cachimbo para alguns truss rods.
• Réguas com a longitude da nossa escala. De preferência uma régua com sulcos como a da imagem.
• Medidores de raios; Protectores de trastes; Fret Rocker.
• Alicate de pontas e alicate de corte.
• Capo; enrolador de cordas; Pano de limpeza 100% algodão.
• Limas para pestanas ou serras muito finas. Estas são ferramentas muito específicas e um bocado dispendiosas. Mas valem cada
cêntimo gasto nelas.
• Multímetro.
• Afinador: Neste caso recomendamos que o instrumento seja o mais preciso possível, na ordem de uma centésima de tom.
• Humidificador e desumidificador para guitarras acústicas.
• Suportes.
• Limas de diversos formatos. São usadas para ajustar as selas das guitarras acústicas, nivelar algum traste, ajustar um furo.
Materiais mais utilizados:
• Lixas finas (entre 320# e 1000#)
• Óleos lubrificantes.
• Spray de limpeza de contactos.
• Fita cola.
• Palha de aço 0000.
• Óleo de Limão ou de Linhaça.
• Cotonetes.
• Polish de Guitarra.
Limpeza:
A limpeza é uma das tarefas mais básicas que se pode fazer num instrumento musical. Contudo, não deixa de ser uma das
mais importantes. Não é apenas por uma questão de estética, mas porque a limpeza poupa anos de vida à uma guitarra.

• Reserve uns minutos para a limpeza na hora de trocar cordas.

• Os materiais necessários para esta tarefa são simples de se conseguir, baratos e fáceis de usar. Panos limpos. Recomendamos
que sejam 100% de algodão. Depois podemos usar polimento; fluido de isqueiro; óleo de limão ou outro género de óleo
polimerizante; cotonetes, um cartão de débito ou um plástico semelhante; palha-de-aço 0000; lixas muito finas.  

• Um exemplo de como devemos proceder será retirar as cordas à guitarra e confirmar que componentes ficaram soltos (é
muito comum haver pontes e atadilhos que se soltam quando as cordas deixar de fazer pressão) Para tal, retirem estas peças
do instrumento.

• De seguida, com um pano limpo vão retirando a sujidade que se encontra no corpo e braço. Caso esteja muito gorduroso ou
tenha uma camada grossa de sujidade podem aplicar nafta ou fluido de isqueiro. Recomendo, antes de aplicar qualquer
solvente deste género, testar numa área não visível da guitarra para não destruir o verniz. Tenham isto em atenção!
Pessoalmente, prefiro usar “polish” bastante leve para me ajudar na tarefa.
•  
• Em áreas mais difíceis use cotonetes em vez do pano. Se preferir, pode retirar as peças (os afinadores, por exemplo) para
facilitar o serviço de limpeza.
A Escala:
 
• Uma escala limpa produz um som limpo. 

• Neste caso temos de ter atenção que uma escala de madeira clara (por norma feita em Ácer, mais conhecido por
“Maple”) normalmente é envernizada e temos de ter cuidados redobrados na hora de limpar.

• Caso a sujidade tenha muito tempo pode ter formado uma camada tão dura que não sairá de maneira alguma com
um pano. Nestes casos sugiro raspar esta camada de lixo com um plástico duro, tal como um cartão de débito (uma
palheta pode ser suficiente) Raspe lentamente até à base de cada traste, mas evite deixar marcas na madeira.

• Caso seja necessário, pode amolecer o lixo com algum fluido ou um desengordurante. Um produto muito bom para
as escalas de madeira escura é a aguarrás. Esfregamos até conseguir uma superfície limpa.

• De seguida podemos passar palha-de-aço na madeira para limpar qualquer resto de sujidade efectuando um
movimento paralelo à direcção dos veios da madeira. Sabemos que é incómodo, pois os trastes dificultam esta
tarefa. Mas é a opção ideal, evitando assim riscos indesejados na madeira.

• Em escalas envernizadas jamais faça isto. Apenas aplique um polish. E caso a sua escala de “rosewood” se encontre
com um bom aspecto também poderá dispensar este passo.
Polimento e Hidratação da Escala:
POLIMENTO DOS TRASTES

• Muitas pessoas gostam de limpar os trastes juntamente com a escala, usando o mesmo movimento paralelo. Pessoalmente acho que não é o método mais correcto.
 
• O ideal será polir os trastes seguidamente à escala. Mas com um movimento perpendicular à própria escala.

• Para evitar riscar a madeira, será necessário proteger a escala. Existem ferramentas próprias para este serviço (protector de escalas) Mas bastará 2 bocados de fita-cola
para fazer este serviço. Uma recomendação, usem uma fita-cola com pouca aderência. Não são raros os casos em que ao descolar a fita sejam arrancados bocados de
verniz.

• Gosto de utilizar lixa #1000 em formato de esponja para polir os trastes. Mas servirá lixa em papel ou palha-de-aço. Basta umas pequenas passagens para deixar o
traste brilhante. Caso veja que existem sulcos ou riscos confirme se afecta o som dessa nota. Caso assim seja, será necessário um nivelamento de trastes.

• Depois da escala limpa e os trastes polidos é recomendável utilizar um aspirador para remover qualquer resíduo de palha-de-aço ou abrasivo que possam riscar o
acabamento da guitarra.

HIDRATAÇÃO DA ESCALA

• Finalmente podemos aplicar um óleo hidratante para a madeira. O mais comum é o óleo de Limão. Mas podemos usar outro tipo de óleos para o mesmo efeito, tal
como óleo de camélias, Tung oil ou de Linhaça. Muitas pessoas pensam que o óleo de limão é um produto de limpeza, mas não. Ainda que na prática possa amolecer a
sujidade, existem sem dúvida produtos mais baratos e eficientes.

• A aplicação do óleo é apenas necessária quando virmos que a madeira se encontra ressequida. Não é necessário exagerar. Uma aplicação por mês será suficiente.

• Volto a insistir que este procedimento, tal como o de passar palha-de-aço é feito apenas em madeiras escuras (tal como o Pau santo, Ébano ou Pau ferro) Madeiras
claras, tal como o “Maple”, costumam ser envernizadas e por conseguinte é desaconselhado aplicar óleos ou usar abrasivos.
Limpeza de partes metálicas:
 
Pontes e afinadores são locais onde a sujidade adora estabelecer-se. Em especial onde costumamos colocar a mão sobre a ponte. A pele
morta, juntamente com o suor, cria um caldo corrosivo que destrói os componentes metálicos. Não devemos menosprezar este problema,
pois como luthier, tenho visto ao longo dos anos muitos “casos perdidos” a nível de hardware. Principalmente pelo desleixo do utilizador.

• Idealmente o melhor será retirar os componentes metálicos que são para limpar e coloca-los num recipiente com nafta ou querosene. Se
achar necessário, desmonte a ponte e limpe as peças uma a uma Em casos menos extremos podemos utilizar os spray de limpeza e
lubrificação (como o WD40) De seguida, retire o excesso com um pano ou com um compressor de ar comprimido. Limpe vigorosamente
com um pincel ou uma escova de dentes.
 
• Caso a sujidade ou a ferrugem não saia, podemos tentar usar palha-de-aço em superfícies cromadas (nunca em dourados ou peças lacadas)
Não espere que a ferrugem saia totalmente. Muitas vezes, a peça estará tão corroída que jamais voltará a ter aparência de novo. Temos de
pensar que o mais importante é que esteja funcional.
 
• Nesta fase é óptimo confirmar se todos os parafusos estão funcionais. Basta aplicar a chave que lhe corresponde e ver se giram sem
dificuldade. Caso o parafuso não gire, recomendo aplicar um pequeno golpe com a própria chave ou girar em sentido inverso. Recomendo
que qualquer parafuso que esteja danificado ou demasiado enferrujado seja substituído por um novo.
 
• Posteriormente devemos lubrificar todos os componentes móveis, assim como as roscas. Para lubrificar podemos usar óleo de máquina de
costura, lubrificantes de teflon, parafina, grafite, etc. Quando estiver tudo lubrificado podemos voltar a colocar o componente na guitarra.
 
• RECOMENDAÇÃO: De cada vez que se substituam as cordas recomendamos aplicar lubrificante em todos os acessórios metálicos. Uma vez
por mês dedique-se a esta rotina Não custa nada e a sua guitarra agradece.
LIMPEZA DE COMPONENTES ELECTRÓNICOS:
 
• Quando nos referimos à limpeza de componentes electrónicos falamos dos
componentes móveis, tais como interruptores e potenciómetros. Geralmente
esta limpeza é efectuada com um limpador químico em formato de spray.
Basta aplicar generosamente este líquido para o interior do componente e
rodar algumas vezes para que a limpeza seja mais eficaz. Tenham em atenção
que alguns vernizes são sensíveis a este tipo de químicos.

• Pessoalmente gosto de utilizar o KONTAKT 60. Mas existem muitas marcas no


mercado.

• Em alguns casos devemos aplicar também um limpador de ferrugem (WD40)


para erradicar alguma sujidade mais resistente. No final da aplicação limpe
bem com um pano.
O TRUSSROD:
O braço tem de ser ajustável de acordo às
nossas necessidades. Dependendo da nossa
maneira de tocar, a espessura das cordas e/ou
para corrigir deformações que vão acontecendo
com a idade.
Dai a existência de um tensor.
ATENÇÃO!!!

ATENÇÃO: O ajuste do tensor é a parte mais delicada


do processo e requer o maior grau de experiencia em
relação ao “setup” Se não tens nenhuma experiência
em ajustar o tensor recomendo vivamente que
treines numa guitarra económica e com pouco valor
sentimental. Ainda assim, se respeitares todas as
instruções aqui descritas tudo correrá bem.
COMO FUNCIONA UM TENSOR?
Basicamente têm 2 opções: Desapertar ou
apertar a porca.
 
Funcionamento do Tensor
Quando desapertamos a porca a tensão das cordas
(ou do próprio tensor, no caso dos de acção dupla)
forçam o braço a curvar para cima, criando assim
uma ligeira curvatura em forma de depressão.
Funcionamento do Tensor
Quando apertamos a porca exercemos uma
força contrária à tensão das cordas, forçando
o braço para baixo. Isto ocasiona uma lomba
no meio do braço.
PROBLEMAS COM O TRUSSROD
Aqui enumeramos alguns:
•A porca pode estar colada ou enferrujada.
•A escala está separada do corpo ou tem alguma fratura na zona do
tensor.
•Ao apertar a porca esta gira livremente, seja pela rosca moída ou o
tensor partido no interior.
•Ao apertar a porca o braço não se movimenta.
•O truss rod se encontra solto dentro do braço.
•Não conseguimos rodar a porca pois a cabeça da mesma se encontra
moída.
Em qualquer destes casos devemos parar o setup e tentar corrigir o
problema num técnico especializado. Lamentavelmente, na maioria dos
casos, este género de reparações são dispendiosos. Em alguns casos
até compensará mais comprar um braço novo do que a substituição do
truss rod.
AJUSTE DO TENSOR
1º Afinar o instrumento na afinação pretendida.

2º Confirmar a curvatura do braço (seja com uma régua ou com a


própria corda)

3º Os valores de referencia são entre 0.1mm e 0.3mm para as


guitarras e 0.2mm e 0.5mm para os Baixos.

4º Caso o valor seja superior a pretendido devemos apertar a porca.


Apenas devemos apertar ¼ de volta de cada vez. Se sentimos que
estamos a exercer muita pressão não devemos continuar.

5º Caso os valores sejam muito baixos devemos desapertar a porca


½ volta.
AJUSTE DO TENSOR. cont
6º Depois devemos afinar novamente o instrumento e
verificar os valores.

7º Vamos analisando em todos os trastes se as


cordas não trastejam. Caso o faça nos primeiros
trastes (entre o 1º e 5º) devemos soltar um pouco o
tensor.

8º Caso as notas afectadas sejam à volta do 12º


traste devemos apertar um pouco mais o trussrod e
elevar as cordas na ponte.
AJUSTE DA ALTURA DAS CORDAS
A altura que existe entre as cordas e os trastes é também conhecida como acção, a altura que
existe entre os trastes.

Esta define a tensão que exercemos ao pressionar as cordas. Influencia o tom, a afinação e a
comodidade do instrumento.

Ter as cordas distanciadas vai ser benéfico para certos estilos que requerem um tom mais
percussivo, gerando assim um efeito rítmico, tal como o Blues, Jazz-Manouche, Funk. Excelente
para tocar slide. Mas temos a contrapartida de ser mais difícil de tocar. Sendo assim, as
guitarras para solistas, Jazz e Metal são ajustadas para ter as cordas muito baixas.
Dai que este ajuste ser efetuado em função ao gosto do músico e as possibilidades da guitarra.
AJUSTE DA ALTURA DAS CORDAS

Para medir com precisão recomendamos fazer o seguinte:


1)Bloquear as cordas no primeiro traste com um capo.
2) Com uma régua ou um apalpa-folgas medir no 12º traste
a distância existente entre o fundo da corda e o inicio do
traste.
AJUSTE DA ALTURA DAS CORDAS

Guitarra Baixo
 

1ª Corda 6ª Corda 4ª Corda 1ª Corda

Ajuste inicial
1,50mm 2,00mm 1,8 mm 2,5 mm
MEDIÇÃO do RAIO no BRAÇO

Recomendamos para tal saber com antecedência


qual é a curvatura que tem o nosso braço. O
ideal será efectuar esta medição sem as cordas
com um medidor de raios.
AJUSTE DE PONTE TREMOLO
(Stratocaster)
1) Retire a tampa traseira. Comprove a afinação e ajustar o espaçamento
que existe entre a ponte e o corpo da guitarra. A Fender recomenda
um espaçamento de 3mm. Eu pessoalmente prefiro encostar ao corpo
aumentando a estabilidade na afinação e de “sustain” Este ajuste é
efectuado soltando ou apertando as molas traseiras.
AJUSTE DE PONTE TREMOLO
(Stratocaster)
2) Depois vamos ajustando a altura das selas uma a uma com uma
chave allen. Em primeiro lugar vamos ajustar as cordas das pontas
(os 2 MI’s)
Uma medida standard para seguir é 2.00mm para a corda mais
grossa e 1.5mm para acorda mais fina. Para guitarras com raios
maiores podemos ajustar em 1.20 a corda mais fina.
AJUSTE DE PONTE TREMOLO
(Stratocaster)
3) Depois de confirmar que estas cordas se encontram na altura
ideal. Ou seja, que ao tocar as cordas soem sem problemas
ou que ainda se encontra demasiado alta para o nosso
propósito. Ajustaremos as restantes cordas respeitando o
raio do braço.
AJUSTE DE PONTE TUN-O-MATIC
(Les Paul)
O ajuste neste género de guitarras é muito simples. Temos 2 Parafusos na
extremidade da ponte.
Girando estes para fusos em sentido horário desceremos a acção. Se girarmos
em sentido contrário aos ponteiros do relógio subiremos a acção
.
AJUSTE DE PONTE FLOYD ROSE
Estas pontes são bem mais difíceis de ajustar. São basicamente uma mistura
das pontes anteriores, mas para encontrar o equilibrio entre o ângulo da
ponte e a afinação final é requerida uma boa dose de paciência.
1) Desapertamos os parafusos que prendem as cordas na pestana (Locknut)
AJUSTE DE PONTE FLOYD ROSE
2) Bloqueamos com uma cunha a ponte para poder ajustar a afinação. Esta cunha será para
manter a ponte o mais paralela ao corpo.

3)Depois de ter a guitarra afinada vamos soltando as molas até que a cunha deixe de fazer efeito.
Voltamos a ajustar afinação quantas vezes sejam necessárias.
AJUSTE DE PONTE FLOYD ROSE
4). Depois de ter conseguido o equilíbrio entre a afinação e a base da ponte podemos ajustar a
altura das cordas girando os parafusos que se encontram nas extremidades da ponte.

5) Repetir o processo quantas vezes seja necessário até atingir uma afinação quase “perfeita”
Recomendo que os parafusos de micro-afinação estejam desapertando o suficiente como
para dar margem de manobra depois de termos fechado o “Locknut”. Depois disto,
prendemos as cordas com o locknut.
AJUSTE DO TAILPIECE
O Tailpiece existe na maior parte das guitarras com
Pontes Tun-O-matic 
(género Gibson) ou Archtop. A sua função é de segurar as
cordas ao corpo. No caso de pontes Tun-O-Matic, o Tailpiece
tem um ajuste, que por acaso é muito simples: Apertando ou
desapertando os 2 parafusos, o Tailpiece sobe ou desce.
AJUSTE DO TAILPIECE

Para muitos, o Tailpiece tem de estar apertado ao máximo para


poder transmitir toda a vibração ao corpo. Contudo, muita gente
afirma que tal não é verdade. Tem de subir e descer até
encontrar o “sweet spot” Segundo a Gibson, as cordas devem ter
um grau de aproximadamente 30º
AJUSTE DO TAILPIECE
Concordo que estar totalmente apertado não é opção correta em muitos casos por 2
razões:
Primeiro: o ângulo das cordas é tão stressante que estas podem romper.
Segundo: As cordas batem no corpo da ponte para além de sela.
Terceiro: Se não exercer a devida pressão o som não será tão preciso, criandoa ssim
algum buzz.
Experimentem e sintam qual é o ajuste que vos oferece o maior Sustain ou a melhor
sonoridade.
WRAP AROUND
Existe uma maneira de colocar as cordas em guitarras com ponte Fixa+Tailpiece (como as Gibson
Les Paul) que tem ganho adeptos nos últimos anos. Refiro-me ao Tailpiece Wrap Around.
Esta técnica consiste em colocar as cordas da maneira inversa: Ou seja, em vez de passar as
cordas pelo furo traseiro do Tailpiece em direcção à Ponte, o fazemos pela frente, passando por
cima do Tailpiece.
Desta maneira conseguimos resolver um dos problemas mais comuns na realização de um setup
neste género de guitarras. O Tailpiece pode estar totalmente encostado ao corpo da guitarra sem
que as cordas batam na parte traseira da Ponte.
WRAPAROUND

SOBRE OS BENEFÍCIOS:
• Muitos dizem que para além da parte estética nada de significativo se nota. Porem,
outros afirmam que este sistema de colocar as cordas aumenta o Sustain da guitarra,
tornando o som mais quente e facilita a execução de Bendings.
• Os contras desta técnica são o desgaste na parte superior do Tailpiece, caso este seja de
má qualidade. Para além do possível salto das cordas nas selas da ponte, caso estas não
sejam muito fundas ou o ângulo seja muito reduzido.
• Não entanto, guitarristas como Zakk Wylde e Joe Bonamassa são adeptos desta técnica.
AJUSTE DA PESTANA

Guitarra 1ª Corda 6ª Corda


Ajuste Inicial 0,4mm 0,65mm

Baixo 4ª Corda 1ª Corda


Ajuste Inicial 0,55mm 0,75mm
AJUSTE DAS OITAVAS
Matematicamente a distância que existe desde a pestana até o 12º traste tem de ser igual que desde
o
12º até as selas na ponte. Na prática não é bem assim…Vejamos: Se a nossa sela estivesse na
distância
teórica, no momento que premirmos a corda vamos criar uma tensão na mesma, que nos vai
desafinar
o nosso tom, fazendo com que todas as notas fiquem mais sustenidas.

Para ajustar as selas de uma guitarra devemos estar cientes de que quase todos os outros processos
de ajuste devem estar concluídos (ajuste do trussrod, altura das cordas, pestana, nivelamento de
trastes, rádio)

Se estiver tudo ok então podemos ajustar as oitavas. Chamamos-lhe assim porque é costume usar
como ponto de referência o 12º traste, ou seja, uma oitava acima)

Se quiserem ajustar isto basta ter um afinador, uma chave de parafusos e uma boa dose de paciência.
Toquem uma corda na sua perfeita afinação, logo a seguir toquem no 12º traste. Raramente essa
afinação é perfeita.
AJUSTE DAS OITAVAS
No caso de ser mais sustenido temos de ajustar a sela para mais longe do braço.
AJUSTE DAS OITAVAS
No caso de ser mais bemol temos então de correr a sela em direção do braço.
AJUSTE DOS PICKUPS
Medidas Standard:

Normalmente carregarmos as 2 cordas MI’s no último traste, e, medimos desde os pólos até à corda.

Esta medida pode rondar entre o 1.5-3 mm.

Normalmente, as cordas agudas têm de ficar mais próximas que as graves e o Pickup da ponte
costuma estar mais alto do que o do braço (isto acontece porque o Pickup da ponte está mais próximo
do fim da corda, onde vibra com menos força).
AJUSTE DOS PICKUPS
Existem músicos que desejam um som mais potente e com muito Ganho.
Nestes caso recomendo aproximar o Pickup o mais possível à corda.

Em casos que se deseja um som mais limpo e cristalino, então pode-se


descer para os 3-4 mm. Atenção: Se os Pickups estiverem muito baixos
dar-nos-á um som bastante fraco e com um sinal de ruído elevado.
AJUSTE DOS PICKUPS

Outro assunto que se deve ter suma atenção é


com a tendência de aproximar demasiado o
Pickup. Os magnetos podem puxar a corda com o
magnetismo e influenciar desagradavelmente o
som. Por isso, tenham atenção ao som distorcido
que uma aproximação exagerada pode ocasionar.

Este fenómeno é conhecido como “Stratitis” pois é


bastante percetível em guitarras com Single Coils.

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