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Método de Estudo para Violão

Professor Paulo André Klein

Licenciado em Música - UNOESC


paulo.a.klein@hotmail.com

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Música: arte de expressar os sentimentos através do som.

A voz humana é o mais completo dos instrumentos musicais, pois com ela
conseguimos uma variação impressionante de timbres sonoros.

MÚSICA: é a formada basicamente por quatro elementos.


Melodia: Sequências de notas isoladas. (Uma nota depois da outra).
Harmonia: Sequências de notas conjuntas. (Vários sons tocados ao mesmo tempo).
Contraponto: Conjunto de melodias.
Ritmo: Sequências de pulsações cadenciadas. Ordem e proporção em que os sons estão
dispostos.

O violão é o nosso instrumento, portanto, vamos conhecê-lo.

As notas musicais são sete (7) e seus acidentes, é com a mistura delas que se
originam os mais diferentes gêneros de música.
Nesse curso, aprendemos a usá-las em grupos e a individuais.

Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si.

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SUMÁRIO

1ª LIÇÃO .............................................................................................................................. 04
Prezado aluno .................................................................................................................... 04
Posição do violão ............................................................................................................... 05
Posição das mãos no violão ............................................................................................... 05
Dedilhado ........................................................................................................................... 08
Teoria básica ...................................................................................................................... 11
Afinação.............................................................................................................................. 12
Tempos musicais/ pulsação ............................................................................................... 12
Acidentes e Alterações ....................................................................................................... 13
Escalas ............................................................................................................................... 14

2ª LIÇÃO .............................................................................................................................. 15
Tabela de acordes .............................................................................................................. 15
Quadro de notas no braço do instrumento ......................................................................... 16
Marcação dos compassos .................................................................................................. 16
Francisco Tárrega - biografia ............................................................................................. 16

3ª LIÇÃO .............................................................................................................................. 17
Tonalidades ........................................................................................................................ 17
Exercícios ........................................................................................................................... 17
Acordes com Pestana......................................................................................................... 18
Velocidades/ metrônomo .................................................................................................... 18

4ª LIÇÃO .............................................................................................................................. 19
Estudo “Matteo Carcassi” ................................................................................................ PDF
Andantino – Fernando Sor ................................................................................................. 19
Caixinha de música – Isaias Sávio .................................................................................... 20

5ª LIÇÃO .............................................................................................................................. 21
Acompanhamento de Valsa................................................................................................ 21
Acompanhamento Guarânia ............................................................................................... 22
Acompanhamento Ritmos .................................................................................................. 23

6ª LIÇÃO .............................................................................................................................. 24
Inversões dos acordes....................................................................................................... 24
Acordes com 4ª .................................................................................................................. 25
Acordes com 5ª ................................................................................................................. 25
Acordes com 7ª .................................................................................................................. 26
Acordes com 9ª .................................................................................................................. 26

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1ª LIÇÃO
Prezado Aluno

Inicialmente queremos agradecer a preferência e dar-lhe as boas-vindas. A partir de


agora você, contará com uma equipe altamente preparada para acompanhar seus estudos e
solucionar suas dúvidas.
Na nossa 1ª aula veremos: posição do violão; posição da mão direita e da mão
esquerda; como pulsar as cordas, encordoamento, afinação, as notas musicais, as claves,
pentagrama, as cordas, pausas e silêncios, os compassos, os tempos, acidentes ou
alterações e as escalas.
Este curso por correspondência que nossa escola tem prazer de apresentar-lhe; é
baseado no método do maestro Isaias Sávio, nome reconhecido mundialmente e cuja a
experiência no ensino de violão aprimorou através de muitos anos essa arte, e é
apresentado pelo Professor Paulo André Klein, cujo o mesmo é Licenciado em Música pela
Unoesc, e vamos lhe proporcionar o prazer de estudar um instrumento cuja tradição vem
acompanhando a civilização do mundo.
Você sabia que o violão já existia há 3.000 anos antes de Cristo? Você sabia que o
violão foi o instrumento aristocrático dos reis? Você sabia que Luís XIV era violonista? E o
filósofo Massini e o pintor Goya, também? E podemos ainda citar uma grande lista de
personalidades históricas, que o violão sempre as acompanhou.
Se você não conhece música, no começo terá que estudar com muita atenção a parte
referente a teoria musical, para uni-la à parte instrumental.
As lições serão dadas de maneira gradativa, de modo a que esteja ao alcance de todo
aquele que possua o desejo manifesto de aprender esse Instrumento. Mãos à obra para um
estudo artístico que poderá ser uma carreira.
Sente-se numa cadeira comum, deixe pender o busto um pouco para a frente,
coloque o pé esquerdo em cima de um pequeno banquinho, 15 centímetros mais ou menos
de altura e afaste o joelho direito o quanto seja necessário para recostar a parte externa da
curva maior do instrumento, ao lado interno da coxa direita.
Segure o violão apoiando a parte côncava sobre a perna esquerda; abrace-o contra o
peito na direção do coração, ficando desta forma, o tampo harmônico perpendicular ao chão,
e a extremidade da paleta à altura do ombro esquerdo. (Fig. 1).

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2. POSIÇÃO DO VIOLÃO

Você pode apoiar o violão na perda direita (Fig. 1) ou na perna esquerda (Fig. 2).
Posicionar na perna esquerda é mais indicado para quem quer tocar música clássica, quem
toca música popular, segura o violão na perda direita, deixando-o levemente inclinado para
permitir uma boa postura das duas mãos.
Procure deixar seu peito reto para permitir uma boa respiração e movimentação livre
dos braços.

(FIG. 1) (FIG. 2)

3. POSIÇÃO DAS MÃOS NO VIOLÃO

É importante adotar uma boa postura de mãos no violão. Isto irá melhorar a sua
execução e pode prevenir lesões a longo prazo.

Mão esquerda
A mão esquerda percorrerá o braço do violão mantendo sempre o
polegar atrás, de forma que a ponta desse dedo não seja visível por alguém
que esteja à frente do guitarrista.

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As cordas devem ser pressionadas com os dedos bem curvos, exceto quando se
fizerem posições com BARRA (pestana), nas quais o dedo indicador premirá as cordas na
posição vertical. As unhas devem estar cortadas para os dedos premirem as cordas sem
dificuldade.

A posição correta dos dedos, assim como a força empregue para pressionar as cordas,
são de grande importância para obter uma boa sonoridade. A pressão do dedo polegar no
braço do violão deve estabelecer o equilíbrio com a pressão dos outros dedos que primem
as cordas. Com a prática aprenderá a empregar a pressão mais conveniente.

Mão direita

Coloca-se a mão direita junto à boca do violão, de forma a que o


dedo a (anelar) toque na primeira corda, o m (médio) na segunda e
o i (indicador) na terceira. Com estes três dedos curvados puxam-se as três
primeiras cordas em direção à palma da mão. Com este movimento as
cordas soltam-se e ficam a vibrar produzindo assim o som desejado.

As três primeiras cordas poderão ser tocadas


simultaneamente ou uma de cada vez (harpejado),
dependendo isto da forma que se deseje fazer o
acompanhamento. As outras três cordas (RÉ – LÁ –
MI) tocam-se com o dedo p (polegar) que pressionará
uma de cada vez com a parte exterior polposa de
falangeta. Se o dedo polegar pulsar a corda apoiando-

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se na corda inferior seguinte, a pulsação chama-se apoiada, se for feita da corda para o
exterior e o dedo ficar sem apoio a pulsação chama-se simples.

4. DEDILHADO

No dedilhado vamos usar os seguintes dedos da mão direita: Polegar, Indicador,


Anular e Médio. O Polegar, normalmente, toca as cordas mais graves, a sexta, a quinta e a
quarta corda. Os outros dedos, quase sempre, tocarão as três cordas de baixo, sendo que o
Indicador tocará a 3ª corda, o Médio a 2ª corda, e o Anular tocará a 1ª corda. Para a
digitação da mão direita nós vamos usar a seguinte nomenclatura:
P= polegar ; I= indicador; M= médio; A=anular

A 1ª figura ao lado mostra a posição que devem estar os dedos


na corda antes de toca-la. Observe que os dedos repousam sobre a
corda.

A 2ª figura mostra a posição dos dedos depois que as cordas


foram tocadas. Observe que o polegar foi para baixo e o indicador,
médio, anular para cima.

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Ex.1 – Digitação mão direita – P I M I A I M I

Ex.2 – Digitação mão direita – A P I M I

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Ex. 3- Digitação mão direita: P P M I A M I P

Ex.4 – Digitação mão direita – P M I M P I M I

Dicas do professor
1- Para montarmos uma pestana de maneira correta: o polegar deve se posicionar atrás do violão
em forma de positivo; o indicador deve ficar rígido e não deve prender as cordas com a lateral do dedo; o
indicador deve prender a corda próxima ao traste. 2- Para executarmos um dedilhado, a mão direita deve se
posicionar em forma de concha.
¹ Paulo André Klein – Licenciado em Música, atuando como professor de Educação musical, na Ed. Infantil
e Anos Iniciais. E-mail: paulo.a.klein@hotmail.com

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5. TEORIA BÁSICA

MÚSICA: É a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem,


equilíbrio e proporção, dentro do tempo.
• É a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante o som. As
principais partes que constituem a MÚSICA são:
1) MELODIA – É a combinação dos SONS SUCESSIVOS (dados uns após outros).
2) HARMONIA – É a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS (vários de uma só vez).
3) CONTRAPONTO – É o conjunto de melodias.
4) RÍTMO – É a combinação dos valores tempo.

Escreve-se a música sobre 5 linhas e 4 espaços horizontais paralelas e equidistantes.


A estas linhas e espaços dá-se o nome de PAUTA ou PENTAGRAMA.
________________________________________________
________________________________________________
Espaços ________________________________________________ Linhas
________________________________________________
________________________________________________

CLAVE é o sinal colocado no início da pauta, sobre determinada linha, para dar nome
às notas. As Claves são 3 (três):

CLAVE DE SOL Escrita na 2ª linha.

CLAVE DE FÁ É escrita na 3ª ou na 4ª linha.

CLAVE DE DÓ É escrita na 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª linha.

Nome das notas nas linhas (CLAVE DE SOL): MI SOL SI RÉ FÁ


Nome das notas nos espaços (CLAVE DE SOL): FÁ LÁ DÓ MI

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NOTAS NA PAUTA

6. AFINAÇÃO

O violão normalmente possui seis cordas. Elas são afinadas nas respectivas notas e
elas também são numeradas por números ordinais.

1ª corda: é a mais aguda das cordas e recebe o nome de MI (E).

2ª corda: recebe o nome de SI (B).

3ª corda: recebe o nome de SOL (G).

4ª corda: recebe o nome de RÉ (D).

5ª corda: recebe o nome de LÁ (A).

6ª corda: é a mais grave das cordas e recebe também o nome de MI (E).

7. TEMPOS MUSICAIS E PULSAÇÃO


Tabela de valores

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Muitas músicas baseiam-se num batimento regular, que chamamos de pulso.
Derivado dos ritmos naturais do movimento corporal, que serviram como padrão à dança, o
pulso é um ritmo elementar, de tempos iguais, que se caracteriza pela constância e
repetição.
Na canção “Parabéns pra você”, por exemplo, a pulsação (ou o pulso) é marcada
pelas palmas. Muitas vezes, contudo, a pulsação não é tocada nem cantada, mas apenas
sentida corporalmente pelos intérpretes e o público.

Andamento
Agora, o andamento da música pode ser rápido ou lento. Imagine que uma música
esteja pulsando na velocidade do relógio. Ela está pulsando, portanto, a sessenta segundos
por minuto, ou seja, se você estiver acompanhando a pulsação batendo palmas, serão 60
batidas de palmas por minuto.
Em seguida, tente encaixar uma batida a mais, entre cada uma das que já estão
sendo dadas pelo relógio. Nessa hora, portanto, você estará pulsando a 120 batidas por
minuto, ou seja, você estará pulsando no dobro da velocidade do relógio.
Assim, uma música, pode estar a 200 batidas por segundo (música rápida) bem como
pode estar a 40 batidas por segundo (música lenta), dependendo do andamento que se
queira dar.

8. ACIDENTES E ALTERAÇÕES

Acidente musical é toda a nota que não pertence a uma determinada escala ou
tonalidade.
Por exemplo, observe a escala de Dó maior:
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.
As notas Dó#, Ré#, Fá#, Sol#, Lá# são chamadas de acidentes, nesse caso, pois não
pertence a essa escala. Coincidentemente, como a escala de Dó maior não possui nenhuma
nota com sustenido (ou bemol), os acidentes todos aparecem com essas alterações.

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9. ESCALAS

Escalas musicais são sequências ordenadas de notas. Por exemplo: dó, ré, mi, fá,
sol, lá, si, dó… repetindo esse ciclo. Nessa escala, começou-se com a nota dó e foi-se
seguindo uma sequência bem definida de intervalos até o retorno para a nota dó novamente.
Essa sequência de distâncias foi: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom…repetindo o
ciclo.
Escala maior
Essa escala que mostramos é chamada de “escala maior”. Poderíamos utilizar essa
mesma sequência (escala maior) começando de uma nota que não fosse dó, por exemplo,
sol. A escala então seria sol, lá, si, dó, ré, mi, fá#, sol…note como a mesma lógica foi
seguida (tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom).
No primeiro caso, formamos a escala maior de dó. No segundo caso, a escala maior
de sol.
Seguindo a mesma lógica podemos montar a escala maior de todas as 12 notas que
conhecemos. Faça isso como exercício e depois confira abaixo. Mostraremos a escala
maior das 7 notas básicas:

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2ª LIÇÃO
1. TABELA DE ACORDES

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2. QUADRO DE NOTAS NO BRAÇO DO INSTRUMENTO

3. MARCAÇÃO DE COMPASSOS

Compasso musical é uma divisão da música em intervalos de tempo iguais, com o


objetivo de organizar a estrutura e facilitar a orientação para o leitor. Esse intervalo de tempo
é representado por barras verticais, como no exemplo abaixo (destacado com um círculo):

4. FRANSCISCO TÁRREGA – BIOGRAFIA


Francisco Tárrega, pianista, guitarrista e compositor espanhol, aluno de Julián Arcas, enriqueceu
consideravelmente o repertório de guitarra. Além das suas composições fez numerosas transcrições para este instrumento.
Foi professor de alunos que marcaram, eles próprios o seu tempo, como foram Miguel Llobet e Emílio Pujol. Francisco de
Asís Tárrega Eixea (21 de novembro de 1852 — 15 de dezembro de 1909) foi um importante violonista espanhol que
revolucionou a composição para violão. Tárrega também teve suas habilidades musicais questionadas quando defendeu
uma metodologia diferente da que era usada em sua época. Segundo ele, o toque realizado pela mão direita no violão
deveria ser feita num ângulo de 90º, e com a parte "macia" do dedo, ou seja, a unha não deveria ser utilizada. Tárrega
justificava essa metodologia afirmando que o toque do dedo "nu" causava uma sensação de maior "controle emocional" e
técnico da obra em execução. "Gran Vals" talvez sua mais famosa música. Ela não é conhecida integramelmente por
muitas pessoas porém todos já ouviram um pedaço. Sendo que essa música se chama "Gran Vals" (Grande Valsa) e é o
toque padrão da empresa de telefonia celular Nokia. Francisco de Asís Tárrega Eixea nasceu em Vila-real, em 21 de
Novembro de 1852, em uma casa situada junto ao santuário de San Pascual Baylón. Seus pais, Francisco Tárrega Tirado,
e sua mãe, Antonia Eixea Broch, trabalharam como caseiros para as Madres Clarissas. Devido a ocupação de seus pais, o
pequeno Francisco ficou aos cuidados de uma babá. Um dia, Francisco fugiu de sua ama, caindo em um riacho perto de
sua casa. Isto lhe causou um forte choque, danificando sua visão para sempre. Seu pai pensou que Francisco poderia
perder completamente a vista, de maneira que se mudaram para Castellón para que participasse de aulas de música e, em
caso de ficar cego, pudesse ganhar a vida tocando algum instrumento. Foi curiosamente um músico cego, Eugeni Ruiz,
quem ensinou a Tárrega suas primeiras lições musicais. E outro cego, Manuel González, também conhecido por "O cego
da Marina" foi quem o iniciou no mundo do violão. Este ganhava a vida tocando violão, e sabia muito bem todos os truques
para animar a generosidade do público, segredos que ensinou ao jovem Tárrega. Em 1862, o famoso concertista Julián
Arcas deu um concerto em Castellón e teve a oportunidade de escutar o jovem Tárrega tocar. Ficou tão impressionado por
sua habilidade que recomendou a seu pai que o enviasse a Barcelona para melhorar seus estudos musicais. Deste modo,
Tárrega mudou-se para Barcelona, mas logo abandonou a casa de seus familiares, onde residia e se uniu a um grupo de
jovens músicos, tocando em tabernas e cafeterías para ganhar algum dinheiro, em lugar de assistir as aulas no
conservatório. Seu pai, sabendo disso, foi a Barcelona para trazer Tárrega de volta para casa. A situação econômica força
Tárrega a contribuir no orçamento familiar, de maneira que realiza vários concertos em povoados vizinhos, consegue uma
vaga como pianista em Casino de Burriana. Durante este tempo, alterna seu trabalho de pianista com uma valente defesa
do violão. Um rico homem de negócios, Antonio Canesa, custeia uma viagem de Tárrega a Madrid para melhorar seus
conhecimentos no Conservatório Nacional de Música. Quando chega ali, adquiri seu primeiro violão de qualidade, fabricada
por Antonio Torres, de Sevilha,e que se converterá na sua preferida para sempre.

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3ª LIÇÃO
1. TONALIDADE E TOM

Tonalidade é um sistema específico de sons (escalas). Existe a tonalidade maior,


menor natural, menor harmônica e menor melódica. Quando falamos a palavra “tonalidade”,
estamos nos referindo a um desses sistemas, que são escalas associadas a campos
harmônicos.
Tom é a nota onde se realiza a tonalidade. Como existem várias notas diferentes,
podemos ter uma mesma tonalidade em diferentes tons; ou ter um mesmo tom com
diferentes tonalidades.
Veja os exemplos abaixo (observe que “campo harmônico” é uma junção de tom com
tonalidade):

Na prática, porém, essas duas definições se confundem. Ninguém diz: “Tom de Dó na


Tonalidade Menor”. As pessoas geralmente abreviam para “Tom de Dó menor”, ou
“Tonalidade de Dó menor”. Portanto, esses termos acabam tendo o mesmo significado na
prática. Não esquente a cabeça com essas sutilezas, a menos que queira prestar uma prova
para o vestibular de música ou algo parecido.

EXERCÍCIO: ELEVAR UM TOM ESSE ESTROFE DA MÚSICA.


Música “A Banda – Chico Buarque”

Tom: D

A( ) F#m( )
Estava à toa na vi__da o meu amor me chamou
B( ) E( ) A( ) D( )
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
A( ) F#m( )
A minha gente sofri__da despediu-se da dor
B( ) E( ) A( ) D( )
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor

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2. ACORDES COM PESTANA

Como você pode observar na cifra, no acorde original de Mi Maior, as cordas 6, 2 e 1


estão sendo tocadas soltas e no acorde de Fá elas precisam ser pressionadas na primeira
casa. É como se no acorde de Mi Maior uma pestana estivesse sendo feita na “casa zero”,
onde no violão fica aquela peça branca que prende todas cordas. Essa peça se chama,
justamente, pestana.

3. VELOCADE/ METRÔNOMO

O metrônomo é um tipo de relógio que, por meio de pulsos de duração regular,


marca o andamento musical, a “velocidade” em que um trecho musical é executado.
Geralmente pode ser encontrado sobre pianos de estudantes e profissionais, seja em sua
forma mais tradicional, ou em formas menos convencionais, como os eletrônicos e, até
mesmo, em softwares ou embutidos entre os recursos de equipamentos digitais.

Grave 40 a 43
Largo 44 a 47
Larghetto 48 a 51
Adagio 52 a 54
Andante 55 a 65
Andantino 66 a 69
Moderato 70 a 95
Allegretto 96 a 112
Allegro 113 a 120
Vivace 121 a 140
Presto 141 a 175
Prestissimo 176 a 208

O andamento é indicado pelo compositor no início da partitura ou do trecho musical e


toda vez que uma alteração é necessária. Geralmente, é indicada a figura a ser considerada
e o número BPM.

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4ª LIÇÃO

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5ª LIÇÃO
1. ACOMPANHAMENTO DE VALSA

Estudiosos dizem que a valsa surgiu na Alemanha e na Austrália no Século


XV onde sua música era utilizada e dançada em festas da Elite da época. Hoje
nos tempos contemporâneos a valsa continua sendo muito escutada e tocada em
vários países e o que há de interessante também é a mistura com outros gêneros
mais populares. Por ser um ritmo visto por mui tos como algo fácil de se tocar,
você que é um iniciante do violão provavelmente não terá dificuldades em
aprender a batida de valsa. Observe abaixo:

1 2 3

Olhinhos de Noite Serena


Chaves

A
Quero ver outra vez
E
Seus olhinhos de noite serena

Quero ouvir outra vez


A
Suas palavras acalmando a minha dor
A
Quero ser Outra vez
E
Quem inquieta a paz de seus sonhos

Com a voz amorosa


A
De um carinho embriagado de sonhos

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2. ACOMPANHAMENTO DE GUARÂNIA

A guarânia foi criada pelo músico José Asunción Flores, no final da década de 20. E
também teve uma influência muito forte na poética, um poeta muito conhecido no Paraguai
que chama Manuel Guerrero, que juntos fizeram aquela guarânia "Índia", tão conhecida no
mundo inteiro e aqui no Brasil ainda mais. Observe o Ritmo abaixo:

1 e 2 e 3 e

Caminhando e Cantando

Am G Am
Caminhando e cantando e seguindo a canção
G Am
Somos todos iguais braços dados ou não
G Am
Nas escolas nas ruas campos construções
G Am
Caminhando e cantando e seguindo a canção

G Am
Então vem vamos embora que esperar não é saber
G Am
E quem sabe faz a hora não espera acontecer

( Am G Am G )

G Am
Pelos campos a fome em grandes plantações
G Am
Pelas ruas marchando indecisos cordões
G Am
Ainda fazem da flor seu mais nobre refrão
G Am
E acreditam nas flores vencendo o canhão

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3. RITMOS E ACOMPANHAMENTO

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6ª LIÇÃO

1. INVERÇÃO DE ACORDE

Inversões de acordes são maneiras diferentes de se tocar um mesmo acorde.

ACORDE DE C – FUNDAMENTAL

Nesse caso, não se toca o bordão E, a corda mais grave

E A D G B E

ACORDE DE C/E – PRIMEIRA INVERÇÃO

Nesse caso, toca o bordão E, a corda mais grave,


deixando a acorde de Dó com baixo em Mi.

ACORDE DE C/G – SEGUNDA INVERÇÃO

Nesse caso, toca o bordão E pressionando a casa 3,


deixando a acorde de Dó com baixo em Sol.

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2. ACORDES COM 4ª

3. ACORDES COM 5ª

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4. ACORDES COM 7ª

5. ACORDES COM 9ª

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