Você está na página 1de 3

SALZER, Feliz.SCHARTER, Carl.

El Contrapunto em La Composicion: El Estudio de La Conduccion


de Las Voces

Técnicas de Contraponto elementar

1. A quarta espécie a duas vozes


Observações gerais Ex. 4.1.
 Na quarta espécie a voz adicionada consiste em mínias ligadas, na proporção duas
notas contra uma do CF.
 Começa com silencio de mínima e termina sem ligar a última mínima no penúltimo
compasso
 A atividade rítmica é deslocada para a segunda metade do compasso. Resumindo,
as duas mínimas correspondem às semibreves da primeira espécie deslocadas em
meio compasso
 O processo resultante do deslocamento rítmico é chamado de sincopação, que
caracteriza a quarta espécie embora algumas vezes, seja necessário abandonar o
ritmo sincopado ao longo do exercício.

A suspensão dissonante ex. 4.3

 O terceiro tipo básico de dissonância, difere marcadamente das notas de


passagem e da bordadura. Estas duas são resultado da atividade melódica
(conexão entre duas notas diferentes ou decoração de uma única nota) ao passo
que a suspensão é originada na atividade rítmica. Dos três tipos de dissonância, a
suspensão é sem dúvida a que tem o efeito mais contundente.
 Na composição aparece geralmente como figuração de superfície e pertence
particularmente ao contraponto prolongado.
 Os princípios básicos que regem o emprego das suspensões dissonantes na quarta
espécie são:
o A dissonância é resultante de uma consonância ligada. Esta nota è a
preparação da suspensão
o A dissonância aparecerá somente na primeira mínima do compasso. A
segunda será sempre consonante.
o A resolução da dissonância deve ser sempre por graus conjunto
descendente.
 O porquê da resolução descendente: o movimento ascendente está associado ao
incremento da tensão melódica e o descendente com a diminuição dela. A

1
suspensão, por ser muito contundente, precisa de uma resolução mais eficaz
possível. A resolução ascendente, deixaria um resíduo de tensão no movimento
melódico tornando as dimensões vertical e horizontal a se contradizerem, já que a
resolução harmônica coincidiria com o aumento da tensão melódica. Se a
suspensão resolve descentemente as duas dimensões se conectam.
 Mesmo assim, as suspensões de resolução ascendentes acontecem em
composições de estilos variados, mas mesmo onde aparecem mais
freqüentemente, no sec XX, são menos abundantes
 A suspensão de quarta espécie constitui uma parte importantíssima do
vocabulário da música tonal, desde o começo do renascimento até o século XIX em
forma tanto original como transformada por vários tipos de prolongamento.
Suspensões dissonantes no contraponto superior Ex. 4.7
 São quatro tipos possíveis na voz superior: 7-6; 4-3; 9-8 e 2-1.
 As de melhor efeito são 7-6 e 4-3. As 9-8 e 2-1 podem incorrer em oitavas e
uníssonos intermitentes. Esta última deve ser usada apenas em casos extremos.
Suspensões dissonantes no contraponto inferior Ex. 4.9
 São quatro possibilidades teóricas na voz inferior: 2-3, 4-5, 7-8, e 9-10.
 As de melhor efeito são 2-3 e 9-10, que resolvem em consonâncias imperfeitas.
 A 4-5 e 7-8 podem gerar perfeitas intermitentes e devem ser usadas em casos
extremos. A 7-8 deve ser excluída dos exercícios a duas vozes por causa da
antecipação da nota de resolução.
A suspensão consonante Ex. 4.10
 As suspensões consonantes não têm obrigação quanto à resolução descendente
ou grau conjunto, que portanto abrem possibilidades para o movimento
ascendente e disjunto no exercício.
 A suspensão consonante não deve predominar no exercício para não
descaracterizar a espécie. Seu uso principal reside na variação melódica.
 As possibilidades são: 5-6 e 6-5 na voz superior e inferior. É preciso, no entanto
cuidado com quintas intermitentes no uso desse recurso.
Suspensões em série
 Além das progressões 5-6 e 6-5, há também as progressões 4-3 e 7-6 nas voz
superior e 2-3 e 9-10 na voz inferior, que freqüentemente aparecem em série.
 Uma série ou cadeia de suspensões constitui a aproximação mais permissível
possível de uma seqüência no contraponto de espécies. É um fato importante,

2
ainda que pouco conhecido que a maioria das progressões seqüenciais se derivam
de uma série de sincopes consonantes ou dissonantes.
Quintas e oitavas
 As suspensões 9-8 e 4-5, 2-1 e 7-8 nunca deverão aparecer em série por causa das
perfeitas intermitentes.
Uníssonos
 Podem- se empregar o uníssono livremente na quarta espécie, mas devem ser
evitados como intervalo de resolução, da suspensão 2-1.
Linha melódica
 A predominância do movimento descendente na quarta espécie prejudica a
construção de uma boa linha melódica, porém deve-se aproveitar todas as
oportunidades para equilibrar a melodia.
Interrupção da sincopação
 Interromper a sincopação é uma maneira de melhorar a linha melódica. Essa
técnica é chamada de ruptura da espécie. Nesse caso, prevalecem as normas da
segunda espécie.
 O objetivo da ruptura pode ser um destes: interromper uma série que ultrapasse
três com o mesmo intervalo; proporcionar alívio melódico; evitar erros;
Como começar e finalizar o exercício
 Começar com silencio de mínima
 8ª ou 5ª na voz superior; 8ª ou 1ª na voz inferior.
 Terminar com semibreve; no penúltimo compasso são duas mínimas sem ligar a
segunda, que será da dominante.

Você também pode gostar