Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Esse intervalo é chamado de terça menor, em oposição ao intervalo de terça maior (de dois
tons), característico da Escala maior.
Fica mais fácil compreender o princípio e a formação das escalas menores examinando
primeiro a maneira como a escala menor natural se relaciona com escala maior; e depois,
vendo de que maneira ela é alterada, para produzir as escalas menores harmônica e
melódica.
1
Como construir as escalas menores naturais
Assim como modo Jônico foi o predecessor da escala maior, a escala menor natural é
derivada de outro modo, o chamado modo eólio.
Ambos os modos eram escalas diatônicas executadas apenas nas notas brancas do teclado.
Porém, enquanto jônico começava com C (dó), o eólio começava na nota A (lá).
Isso significa que as notas de ambas as escalas são as mesmas. Entretanto, pelo fato de a
escala menor natural possuir um ponto de partida diferente, ela apresenta um padrão de
intervalo próprio: Tom (1ª para 2ª nota), Semitom (2ª para 3ª), Tom (3ª para 4ª) Tom (4ª para
5ª), Semitom (5ª para 6ª) Tom (6ª para 7ª) Tom (7ª para 8ª).
Compare a escala de C (dó maior) com a escala de Am (lá menor). Você perceberá que a 3ª
nota da escala menor é a 1ª nota da escala maior (um C, dó) e que é a 6ª nota da escala maior
é a 1ª nota da escala menor (um A, lá).
Essa relação é a chave para compreender a conexão entre as escalas maiores e menores.
Cada escala maior possui uma escala menor relativa, e, reciprocamente, cada escala
menor possui uma escala maior relativa.
É fácil localizar e construir uma escala menor relativa. A escala relativa menor fica três
semitons abaixo da escala maior; a escala relativa maior, consequentemente, fica três
semitons acima da escala menor.
A escala maior e a sua escala menor natural relativa compartilham a mesma “armadura de
clave”. Possuem, assim, as mesmas notas. Porém, pelo fato de começarem em pontos
diferentes, possuem um padrão e uma sonoridade diferentes.
Ela aparece aqui na 3ª corda, começando na nota A (lá) três semitons abaixo de C (dó) (2ª
corda, 1º traste).
2
Padrão de dedilhado para escala menor natural
3
Distinção entre a escala de C (dó maior) e a escala de Cm (dó menor natural)
No post teoria dos três acordes vimos que um acorde pode ser construído sobre qualquer
grau (nota) da escala, e que os acordes mais importantes são aqueles construídos sobre a 1ª
nota (o acorde de tônica, ou acorde I) e sobre a 5ª nota (o acorde de dominante, ou V acorde).
Uma das três notas que constitui o acorde dominante é a 7ª nota da escala.
Na escala maior, a 7ª nota encontra-se um semitom abaixo da tônica. Mas, na escala menor
natural, a 7ª nota está um tom abaixo da tônica.
Isso significa que os acordes dominantes construídos sobre o 5º grau das escalas maior e
menor natural não produzem o mesmo efeito.
Para contornar este problema, a 7ª nota da escala menor natural é elevada em um semitom.
4
Padrão de dedilhado para a escala menor harmônica
5
Construção das escalas menores melódicas
O único problema com escala menor harmônica é que, reduzindo-se o intervalo entre a 7ª e
a 8ª nota de um semitom, o intervalo entre a 6ª e a 7ª nota é aumentado para três semitons
(uma terça meno).
Isso constitui uma exceção do padrão de intervalos da escala, baseado apenas em tons e
semitons.
O resultado é um “fluxo” melódico mais suave. Esse método é utilizado na forma ascendente
da escala (quando ela se dirige para as notas mais agudas), e a escala resultante é chamada de
menor melódica.
Ao tocar uma melodia descendente, não é mais importante manter o intervalo de semitom
entre a 7ª e a 8ª nota. Emprega-se, assim, a escala menor natural comum.
6
Distinção entre escala de C (dó maior) e a escala de Cm (dó menor melódica)