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E
IMPROVISAÇÃO
NIVEL II
MANOCA BARRETO
INDICE
2.2- Dominante 10
3- Alterações de dominantes 14
4- O Sub V 17
5- Acordes diminutos 19
6- Harmonia negativa 24
Exercícios 27
1- EMPRÉSTIMOS DOS TONS PROXIMOS: São acordes vindos das regiões próximas ao tom. Com a
introdução destes acordes teremos mais opções para a criação de composições, bem como
maiores possibilidades de rearmonização.
C – Tom Central
F e G – Tons próximos
Am, Dm e Em – Relativos Menores
1.1- DOMINANTES SECUNDÁRIOS: São dominantes emprestados dos tons próximos para o tom
central.
DOMINANTES SECUNDÁRIOS A7 B7 C7 D7 E7
Emprestimo de: Dm(h) Em(h) F G Am(h)
Análise em relação ao tom central V/II V/III V/IV V/V V/VI
Obs: Em “empréstimos de”, a letra (h) significa escala menor harmônica, pois estes dominantes
de tons menores não poderiam vir da menor natural que possui um (Vm). Ex: Tom – Lám → Vm =
Em.
3
EX:
- Em cada um dos dominantes é introduzida uma “nota diferencial” não pertencente ao tom.
Somente o V/III introduz duas.
EX: em Dó.
Ex:
Mib #2 V/III D7
Lá b7 V/IV A7
4
Outras relações das notas diferenciais:
Resoluções
Naturais
Com a fundamental
3 3e5 b7 3 3
da dominante
Com o acorde de
Dm(7-8) Em(7-8) F(4-3) G(7-8) Am(7-8)
resolução
(2-b3)
RESOLUÇÕES
- Existe uma exceção a este tipo de resolução no acorde V/IV, pois ele não resolve naturalmente
na fundamental do acorde proposto.
Obs: Para melhor fluência neste tipo de resolução, é comum enfatizar a nota diferencial,
deixando-a na ponta do acorde.
5
b.1) Se for 3ª ou 5ª do acorde escolhido como resolução:
3ª de BØ 3ª de C7M 3ª de F 3ª De Em 3ª de F
5ª de G 5ª de Am 5ª de Dm* 5ª de C7M 5ª de Dm
* Observa-se, com exceção do V/IV, que todas as resoluções diatônicas desta natureza estarão
sempre uma segunda maior ou menor acima ou abaixo da dominante secundária.
b.2) Se for a sétima como resolução, cria-se em geral um movimento de quarta descendente, que
tem justamente o efeito contrário ao da principal resolução que seria a quarta ascendente.
Portanto é usado mais como efeito de repetição (reiteração).
Ex:
Exs:
b.4) Uma das maneiras de se driblar a tendência da nota diferencial, é aproveitar quando ela
se desloca da nota de resolução, trilhando o caminho inverso do que seria a resolução
natural.
Ex:
(EXERCÍCIO 1)
6
1.2- EXTENSÃO DOS DOMINANTES SECUNDÁRIOS
Obs: Como regra geral, temos que um II grau de um tom menor é um acorde meio-diminuto
(m7(b5)), portanto os II cadenciais dos graus menores (II, III e VI) seguirão esta tendência,
enquanto os II cadenciais dos graus maiores (IV e V) serão acordes menores (m7). Entretanto, é
permitido fugir à regra e ter o II cadencial de forma mais livre.
- Para se achar o II cadencial mais rapidamente, é só andar uma quinta acima do dominante
secundário.
Obs.: Podemos assim fazer o ciclo de dominantes consecutivas provocando uma série de
trítonos que se cromatizam descendentemente.
7
- As vezes esse efeito é usado rapidamente, em pequenas ligações entre um determinado grau e
outro.
EX:
// C7M / B7 / E7 / A / D7 / G7 / C7 / F7M //
Ø Ø Ø
// C7M / F# B7 /B E7/ E A7 / Am7 D7 / Dm7 G7 / Gm7 C7 / F7M / G7/F //
1.3- DOMINANTES SECUNDÁRIOS E II CADENCIAIS NO TOM MENOR: Como acontece no tom maior,
podemos fazer uso dos dominantes secundários e de seus segundos cadenciais.
Observações:
1- É possível usar o IV7 no lugar de IVm7, bem como o V7 para Vm7. O IV7 vem da menor melódica, e
o V7, da menor harmônica e melódica.
2- No exemplo acima o Bb7 aparece com duas funções em situações diferentes. No 2º compasso com
função dominante de V – bIII e no 11º sem função dominante como bVII7.
8
(EXERCÍCIOS 2 e 3)
2- ACORDES DE EMPRÉSTIMO MODAL (TONS PRÓXIMOS): Dos tons próximos menores nos
restringiremos ao uso do II – V graus. Mas dos maiores, alguns acordes são de fácil penetração no
tom central. Analisaremos os acordes dos tons maiores de empréstimo, sob a perspectiva do tom
central e questionaremos suas possibilidades de utilização.
2.1- SUB-DOMINANTE
Vm: Sua utilização é mais frequente quando está em alternância com o I grau e as vezes com o
VIm, pois recai sobre um grau de sonoridade forte e importante na tonalidade. O V7 dominante.
4
Ex: Rearmonização de Asa Branca : || C | F | C Gm7 | C ||
4
Ex: em músicas
(1ª parte) 4
III Ø : Possui uma ligação estrutural com um V7(9)/IV sem a presença da fundamental, da mesma
forma existente no tom maior com os graus VIIØ e V7, que no caso estão na mesma área.
- Pode ser usado como substituto do V/IV c/ nona ou como II cadencial do V/II.
9
Obs: O uso dos empréstimos da SD será favorável quando a melodia não estiver centrada na 7M
do tom, pois assim, não haverá choque com a nota característica (b7).
2.2- DOMINANTE
* O V7M não funciona como empréstimo, pois anula por completo a função dominante do V7,
passando a ser fundamental instantaneamente.
VIIm: É usado com pouca frequência, pois tende a modular para o tom da dominante. É mais
comum que faça linhas cromáticas descendentes.
Illm(9): É uma boa tentativa de mudança para o IIIm frígio, dando-lhe uma (9).
#IVØ: Tem uma relação dominante direta com o D7 (9) V/V, mas é prático vê-lo, devido a sua
formação estrutural, como um substituto direto do IV grau.
- Nota característica → #4
10
2.3- HOMÔNIMO MENOR: Os tons homônimos possuem a mesma fundamental variando em
maior e menor.
A b6 , nota característica do IVm, retirou do sistema menor os outros acordes que a possuem,
usados como variantes deste acorde (IVm).
Obs: Além desses acordes, temos um outro denominado, devido a referências de sua origem,
como napolitano. Esse acorde (bII7M) não vem do tom homônimo menor, mas participa do
grupo devido a sua semelhança com o IVm tríade.
Ex:
b II7M (napolitano): A entrada da b2 (do tom) produz um efeito extremamente cadencial sobre a
fundamental.
Este acorde completamente cromático ao I grau, pode substituir tanto o IV como o V grau do tom.
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II Ø : Mantém sua condição de similaridade estrutural com o IVm, podendo também aparecer
como II cadencial. Tem a sonoridade mais branda do que o bII, por não ser cromático ao I.
C7M / D Ø / D7 / G7 / C7M //
Obs: Este modo lócrio original pode sofrer um ajuste da nota instável b2 para tensão 9. Assim
teremos uma maior aproximação com o tom central.
IVm: É tido como o acorde padrão dos (SDm) , podendo ser aplicado com facilidade no âmbito da
música popular.
bVI7M: Sua fundamental é a nota característica dos SDm, fator que o diferencia dos outros. Por
isso tem uma sonoridade bem definida e é usado com muita frequência.
Ex. Música: C7M / Ab7M / C7M / Ab7M / Refrão de Faz parte do meu show
bVII7: Por sua fundamental ser uma nota diferencial muito importante nos SDm, e por possuir
qualidade dominante, este acorde é de grande valor, podendo até ser uma opção para o uso do
bVII7M do tom SD. Como o II Ø , sofre um ajuste de sua (4) para (#11) ficando assim mais próximo
ao tom central. Neste caso, o modo, que originalmente seria o mixolídio, se transforma em lídio
b7.
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Resumo dos (SDm):
Obs: Como a b6 é constante, todos os SDm terão a propriedade de harmonizar uma melodia em
proeminência no I, IV e V graus. Estamos descartados para melodias no VI e VII graus, devido à
presença constante da b6 e b7.
b) TÔNICOS MENORES: Como já propõe tem o primeiro grau menor como pivô. Abreviação –
(Tm)
Im: Altamente desestabilizador do tom maior, pois recai sobre o I grau. Por isso é encontrado
quase que exclusivamente “colorindo” o próprio I.
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Pode ser construído com: 7M, 6 , 7 (Segue o mesmo padrão do IVm)
bIII7M: Soa tão livre quanto qualquer SDm. Sofre também um ajuste no (4) para (#11).
Obs: Como a b3 é constante, procuramos evitar a 3ª maior do tom na melodia para uso dos Tm
(tônicos menores).
- No tom menor podemos ter também empréstimos do tom homônimo maior. Esses empréstimos precisam
conter a 3M do tom maior para soarem como tal. Portanto teremos I, VIm e IIIm
bIII II V7 I V7 II V bIII Im
II Eb7M I Dm7(b5) I G7 I C7M I C7 I Fm7 I Bb7 I Eb7M I Cm7 I
(EXERCÍCIO 4)
Tipos:
3.1- ALTERAÇÃO DE NONA: A transformação da (b9) em (9) nos modos [mixo b9b13] é possível, mas seu
uso é pouco comum em relação a transformação da própria (9) em (b9 ou #9) nos modos mixolídios.
Ex:
1 – II F#m7(b5) B7(b9) I Em7 II
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Alterando para B7(9) [pouco usado]
Se a (13) estiver omissa no acorde Quando vier com (b9) mixo b9b13
Quando vier com (#9) esc. Alterada
(ainda não estudada)
3.2- ALTERAÇÃO DE QUINTA (com (9) no acorde ou modo): Essa alteração nos oferece uma escala
simétrica, de sonoridade neutra por não conter semitons entre suas notas. Tal escala não supõe
fundamental alguma e é chamada de “hexafônica ou tons inteiros”.
-Por serem simétricas, dividindo uma oitava em seis partes iguais com intervalos de 2ª maior, existem
apenas duas escalas de tons inteiros.
Resumo: Dó Maior
- Se houver (#5) nos dominantes secundários V/II, V/III ou V/VI, estará somente expressando a (b13) já
contida no modo original [mixo b13 ou mixo b9, b13]. E denominaremos esta situação de cifra equivocada.
Ex: em dó. V/III – B7(#5) cifra equivocada / cifra correta para o V/III B7 (b13).
Obs: É importante ressaltar que fugindo do modo convencional de aplicação, pode-se aplicar tons inteiros
mais livremente, principalmente em dominantes que não contenham a (b9 e #9), bem como se a 5º for
omitida, o que facilitará ainda mais a sua sonoridade.
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3.3- ALTERAÇÃO SIMULTÂNEA DE QUINTA E NONA (O acorde alterado): O requisito do acorde alterado é
que possua na sua formação uma (b9 ou #9) ou uma (b5 ou #5) alterados.
- Na escala ficam estáveis somente a fundamental e o trítono do acorde, todas as outras notas são
alterações.
Observações:
- É possível visualizá-la em duas partes, ou seja: metade dim. st-t e outra em tons inteiros.
-Podemos definir a escala alterada como sétimo modo da menor melódica, ou que ela seja a menor
melódica um semitom acima do acorde alterado.
- O uso da alterada pode ser mais livre, principalmente quando o acorde vier com 5ª omitida e sem a 9ª.
OBSERVAÇÕES GERAIS
1- Para efeito de uma escrita correta veremos a situação do acorde de B7 (#5b9) no tom de dó.
Na verdade esse acorde está com uma cifra equivocada, pois sua (#5) corresponde exatamente a
(b13) já existente no modo original [mixo b9 b13]. A prática nos mostra que na improvisação
podemos usar a alterada no lugar do modo convencional e é claro que se o acorde não estiver com
(b9) e (b13), as possibilidades de outras escalas serão maiores.
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3- Quando temos um dominante construído apenas com 1º,3º e 7º graus, podemos ficar bastante livres
para as alterações no improviso, visto que não haverá o choque com a 9ª e a 5ª, no caso ausentes
deste acorde.
4- De modo geral as alterações de um dominante são muito livres e dependem de quem as executa e
de quem as escuta, pois é preciso uma certa concepção para entender e absorver certos tipos de
sonoridades dissonantes e paralelas.
(EXERCÍCIO 5)
4- O SUB V: Os requisitos de um acorde alterado são totalmente preenchidos por um outro acorde
dominante a um trítono de distância. É o substituto do V. “O Sub V”.
Ex
Ex:
- Se colocarmos a escala alterada sob a ótica do sub V, teremos o modo (lídio b7) – 4º modo da melódica
menor. Em suma teremos o modo G7(alt) visto com fundamental em Db que vai ser o 4º grau (modo) de Láb
menor melódico.
- Possibilidades para o sub V: Db7(9), Db7(#11), Db7(13), Db7(9 #11), Db7(9 13), Db7(#11 13) etc.
Obs: A #11 é extremamente efetiva, pois representa a fundamental da dominante original. Podemos
localizar o Sub V considerando-o sempre um acorde dominante um semitom acima do acorde de
resolução.
-Como qualquer das dominantes secundárias pode ser dominante alterado, o conceito de sub V se
estende a todos eles.
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Ex:
Exs:
a) - A simples substituição de um V por um sub V.
II subV/I I II do sub V V I
*É mais comum tê-lo como (m6), visto que funciona como se fosse uma inversão do V7(#5) com o b9 no
baixo e também como o Db7(9) com 5ª no baixo. Isso o deixa mais próximo da dominante real.
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Quadro das alterações e relações entre V e sub V.
V7 (alt) Sub V
1 #11
b9 5
#9 13
3 b7
b5 1
#5 9
b7 3
(EXERCÍCIOS 6 e 7)
Acorde diminuto -
Fôrmas básicas
- É bom salientarmos que na composição do acorde diminuto, existem dois trítonos. Se cada tritono tende
igualmente a resolver-se sobre dois acordes maiores e dois menores, o acorde diminuto pode ter oito
resoluções. É só considerar cada nota como se fosse uma sensível.
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Ex: F#º
E ou Em
Db ou Dbm
Logo F#º {resoluções}
Bb ou Bbm
G ou Gm
- Todas as notas de um acorde diminuto podem ser consideradas como fundamentais , já que é formado por
intervalos iguais de terças menores. Portanto qualquer uma de suas inversões nos dá um novo diminuto.
Obs.: O diminuto pode ser visto também como um V7(b9) com a fundamental omitida, pois possui o
mesmo trítono que este.
Ex: F#º
Obs.: Para identificar os dominantes (b9) que um diminuto pode substituir, considera-se as notas
desses diminutos como a b9 dos dominantes. É prático também visualizar a terça do dominante como
fundamental do diminuto.
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RESUMO
st st
É a própria fundamental
do ac. Diminuto
Obs: Podemos também ver na terça do dominante a fundamental do dim. substituto Ex: Para I A7(b9) I
Dm7 I teremos I C#º I Dm7 I.
I II III IV V VI
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É bom frisarmos também que um diminuto pode ser rearmonizado pelo respectivo V7(b9) e possivelmente
acompanhado de seu II cadencial.
- Podemos ter uma resolução ascendente não dominante onde o baixo sobe meio tom alcançando
um acorde invertido.
Obs: Observe quando o baixo do diminuto alcançar o próximo acorde por um salto, pois isto pode definir uma
inversão disfarçada. Quando isto acontecer devemos nos referir a cifra analítica de acordo com a intenção
original da resolução.
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c) FUNÇÃO AUXILIAR (dim – aux): É como uma forma de auxílio ou um recurso de resolução de um
acorde diminuto para um outro de mesma fundamental. É mais comum encontramos este tipo de
função nos acordes 7M e 7.
É bom lembrarmos que uma escala diminuta contém as duas estruturas acima, dependendo apenas
de quem escolhemos como fundamental. Ex: Dó dim [st-t] tem as mesmas notas de Réb dim [t-st].
Como o acorde dominante aceita facilmente alterações, podemos redefinir o uso das alterações da
[st-t] em quatro tríades maiores presentes em sua estrutura intervalar.
Solb - Gb Bb Db Lá - A C# E
(EXERCÍCIOS 8 e 10)
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6- HARMONIA NEGATIVA
Nesse capítulo serão abordados tópicos introdutórios acerca da harmonia negativa. A harmonia
negativa segue um princípio que todo acorde que está dentro de uma tonalidade tem um
correspondente negativo a ele, um acorde refletido que é como uma imagem espelhada.
Podemos utilizar os acordes negativados para rearmonizar os acordes originais de uma música,
assim como negativar uma melodia também. Existem várias formas de se negativar uma
harmonia, e abordaremos uma das formas mais usadas, seguindo a imagem base abaixo, onde se
indica a nota de uma tonalidade, e sua respectiva nota negativada.
Imagem BASE:
Por exemplo em dó maior, a nota Dó (I) tem a nota Sol (V) como sua respectiva nota negativada, a
nota Dó sustenido (ou ré bemol) é negativada pela nota Fá sustenido ou Sol bemol, e assim
sucessivamente.
Dessa forma, para negativar um acorde devemos negativar todas as notas desse acorde.
Ex. Em dó maior, o acorde de C é formado pelas notas dó, mi e sol. Logo, o acorde negativado
será composto por sol, mi bemol e dó, que corresponde ao acorde de Cm. A figura abaixo aponta
todos os graus da escala maior em tríades negativados.
Podemos então utilizar alguns ou todos os acordes negativados para substituir a harmonia
original e vermos quais dessas substituições soam interessantes. A melodia da música também
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tem que ser levada em consideração, para evitar que ocorram choques entre notas da melodia e
notas dos novos acordes negativados.
Acrescentando uma sétima ao acorde, e seguindo à risca a imagem base mostrada no início do
capítulo, teremos acordes negativados com sexta conforme consta na imagem abaixo:
Na prática, às vezes essas sextas podem soar estranhas e podemos substituir por sétimas em prol
da musicalidade.
Para negativar uma música em tom menor, basta seguir o mesmo princípio e a mesma imagem
base, portanto os principais graus de um tom menor negativados são mostrados na imagem
abaixo:
c) Melodia negativada
Uma melodia também pode ser negativada e utilizará a mesma imagem BASE. Acompanhe no
exemplo abaixo como fica a negativação da escala de dó maior.
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(EXERCÍCIO 9)
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EXERCÍCIOS
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1) Completar o quadro a seguir:
Fá V/III Mi V/VI
Ré V/VI Ré V/VI
Fá V/IV Fá D7
Si V/II Sib G7
Lá G#7 Mi V/III
Réb Db7 Ré B7
Láb C7 Ré V/IV
Lá B7 Si A#7
Láb F7 Sol B7
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2) Preencher conforme o exemplo:
29
3) Harmonizando e rearmonizando melodias.
Ex:1
30
4) Harmonizar o trecho a seguir fazendo uso de alguns empréstimos estudados.
A7(alt)
E7(alt)
F7 (alt)
31
6) Preencha as lacunas com os sub V referentes:
Mi G7
Lá F7
Sol b Fb7
Dó# D7
Ré G7
Fá Db7
Bb F7
Sol F7
Réb Gb7
Si D7
A7
Eb7
F#7
32
8) Preencha o quadro abaixo:
G#°
Bb°
D#°
G°
a) D Em A Bm G Gm D
b) Em Am Bm B7 G D Em
AVIÃO (Djavan)
2
F#m7 | G#m7 | A7M | G#m7 C#7(b9) :|| F#m7 | G#m7 | A7M | B7(9 sus4) | E6(9) |
4 -----------------------3x-------------------------------
OLHA ( R.Carlos)
4 A
E7M | D#m7(b5) G#7 | C#m7 | Bm7 E7 | A7M A6(9#11) | G#m7 C#7 |
4
B
F#7 | F#m7 B7 :|| D#m7(b5) G#7 | C#m7 | F#m7 B7 | E7M | A#m7(b5) D#7 |
33
I GOT IT BAD (Duke Ellington)
4
G7M | Em7 | A7 | % | Am7 | B7 E7 A7 D7 | G6 Em7 |
4
A7 | Am7 | B7 E7 A7 D7 | G6 | Am7 D7 ||
2
F7M | F6 | Gm7 | % | Am7 | A7(b13) | Bb7M | Bbm6 | Am7 | Dm7 | Gm7 |
4
C7(9) | Am7 | D7(b9) | Gm7 | C7(b9) :|| Dm7 | Gm7 | C7(9) | F7M | Bbm7(6) | F6 ||
A FELICIDADE (A.C.Jobim)
2
C7M | % | % | % | Em7 | B7(b9) | Em7 A7 | Dm7 G7(b9) :||
4
34
PRECISO APRENDER A SER SÓ (Marcos e Sérgio Valle)
4
A7M | D#m7(9) G#7(13) | A7M | Em7(9) A7(13) | D7M |
4
Bm7 E7 | A7M ||
2
A | F#7(b13) | B7(9) | % | E7(9) | % | A | E7(9) :||
4
A | % ||
AÇAÍ (Djavan)
4
D7M | Fº | Em Em/D | C7M(9) Am7 | Bm Bm(7M) | Bm7 Bm6 |
4
35
BLUESETTE (Toots Thielemans)
3
Bb7M | % | Am7(b5) | D7(b9) | Gm7 | C7 | Fm7 | Bb7 |
4
TRISTE (A.C.Jobim)
2
F7M | F6 | Db7M | C7(#9) | F7M | F6 | Am7 | D7(b9) |
4
C7(#9) | % ||
2
A7M F#m7 | Bm7 E7(9) | Bm7 E7(9) | A7M | F#m7 | C#m7 | D7M Bm7 |
2
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TRABALHO DE COMPOSIÇÃO (PARTE DA NOTA DA SEGUNDA UNIDADE)
1. Itens/pré-requisitos:
Composição de no mínimo 16 compassos no padrão cifra melodia, em
outro tom que não seja dó maior.
Usar no mínimo três dominantes secundários e um segundo cadencial.
Resolver pelo menos um dos dominantes fora do padrão comum.
2. Avaliação (critérios)
Apresentação gráfica
Uso correto do conteúdo estudado, evitando cifra equivocada ou
melodia equivocada.
Apresentação do trabalho (performance).
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MATERIAL RECOMENDADO PARA APROFUNDAMENTO NO ASSUNTO
Sérgio Mello Benevenuto: Apostila do curso de Harmonia funcional e Improvisação. Rio Música.
38