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Treinamento auditivo 1
Treinamento auditivo 1
Vamos fazer um treinamento auditivo, distinguindo entre:
– Tétrade Xm7 (composta por 1-b3-5-b7) – no exercício abaixo chamada “Minor 7th”;
– Tétrade Xm(7M) (composta por 1-b3-5-7M) – no exercício abaixo chamada “Minor-
major 7th”:
http://www.musictheory.net/exercises/ear-chord
Por favor, lembre-se que conhecer os acordes “no papel” pode ser mais fácil que
reconhecê-los do ponto de vista auditivo. Se isso acontecer também com você, não se
preocupe, é normal. Aos poucos, vamos aprendendo a reconhecer seus sons.
Treinamento auditivo 2
Treinamento auditivo 2
No próximo treinamento auditivo, distinguimos entre:
– Tétrade meio-diminuta (1-b3-b5-b7) – no exercício abaixo chamada “Half-diminished
7th”;
– Tétrade diminuta (1-b3-b5-bb7) – no exercício abaixo chamada “Diminished 7th”:
http://www.musictheory.net/exercises/ear-chord
Este acorde possui 3 notas em comum com o acorde de subdominante o II grau pode ser
considerado como um acorde de subdominante com o sexto grau adicional, ou seja as
notas De Dm7 são as mesmas que F6, por isso dizemos que o II grau pertence a família
de subdominante em outras palavras ele pode substituir o IV
O III grau possui 3 notas em comum com o acorde de tônica, dali podemos dizer que o
III grau pertence a família de tônica, em outras palavras ele pode representar ou
substituir o I grau.
O VI grau possui 3 notas em comum com o acorde de tônica, ele pode ser considerado
como o acorde de tônica com o VI grau adicionado, podemos dizer que o VI grau
pertence a família de tônica, ele pode representar ou substituir o I grau.
O VII grau possui 3 notas em comum com o acorde de dominante e ainda ele contem o
intervalo de trítono que caracteriza sua função como dominante poderíamos dizer então
queo acorde sobre o VII grau da escala maior tem função de dominante, todavia seu
emprego no repertorio popular é praticamente inexistente, por tanto nos não vamos
considera-lo como uma boa alternativa ao V grau.
Fixando os conceitos:
Os acordes I7M, IV7M, V7 são os acordes principais de uma tonalidade, e encabeçam as
três funções harmônicas de Tônica, Subdominante e Dominante.
Vejamos a seguir as três classes de funções, que podemos chamar, também, de áreas
tonais.
Função de Tônica
O acorde I7M é o acorde que encarna a estabilidade, e nenhum outro acorde pode
realmente substituí-lo. De qualquer maneira, porém, os acordes IIIm7 e VIm7 são
considerados acordes substitutos da tônica, isto é, acordes com função de repouso. Isso é
devido a dois fatores: eles compartilham três notas em comum; não possuem a nota fá,
quarto grau da escala, que define a área da subdominante.
Função de Subdominante
O quarto grau da escala (em nossos exemplos Fá), é o que define o acorde de
subdominante.
O acorde IIm7 pode ser considerado um bom substituto do IV7M, tendo três notas em
comum com esse último.
Função de Dominante
No que diz respeito à função de dominante, observamos que o acorde sobre o VII grau
possui três notas em comum com o acorde de dominante. Ainda, ele contém o intervalo
de trítono, que poderia caracterizar a sua função como dominante.
Todavia, em todo o repertório popular, seu emprego como substituto do acorde de
dominante é praticamente inexistente. Portanto não o consideramos como uma boa
alternativa ao V grau.
O trítono e o movimento V7-I
O trítono e o movimento V7-I
A harmonização por tétrades da escala maior traz um acorde muito interessante: o assim
chamado acorde de sétima de dominante. Ele possui algumas características que vamos
observar.
O acorde de dominante tem uma relação de tensão e resolução isso se da por duas
rações:
A primeira é pelo movimento quintas descendentes entre as fundamentais dos
acordes é o mais forte de todos.
A segunda ração é que o acorde de dominante contem um intervalos de 3 tons
chamado tritono que culturalmente quer resolver, ou seja o tritono é um intervalo
instável que gera uma tensão que precisa ser resolvida.
2) Resolução de trítono.
Observe a figura abaixo: a seta que vai de uma cifra para outra indica o movimento V7
– I, satisfeito pelas duas condições que acabamos de descrever:
Progressões harmônicas de base
Progressões harmônicas de base: movimentos cadenciais
Existem, na música tonal, algumas progressões harmônicas de base, chamadas
frequentemente cadências ou movimentos cadenciais. Essas progressões estão à base da
própria música tonal, e alternam acordes com função de tônica, subdominante e
dominante.
Nota: É importante observar que, entre autores de diferentes livros de harmonia, tanto nacionais quanto internacionais,
há pequenas diferenças de uso e de entendimento das várias definições de termos como: cadência perfeita, cadência
completa, cadência plagal, cadência blues, semi-cadência, cadência evitada, cadência imperfeita, etc.
Cadência completa:
É composta pelo movimento harmônico T – S – D – T ou S – D – T (edições da Berklee
College of Music consideram cadência completa a frase harmônica que termina com o
movimento D – T).
Sabemos que o grau II possui função de subdominante. Portanto, a sequência S – D –
T pode ser composta pela sequência IIm7 – V7 – I. Esse último clichê é muito
importante na música popular.
Veja, no exemplo a seguir, o início da música Anos dourados (Tom Jobim):
Semi-cadência:
É o movimento IIm7 – V7. Encontramos esse clichê, por exemplo, na música A Rã (João
Donato e Caetano Veloso):
Cadência plagal:
Cadência plagal: é o movimento S – T (que pode se realizar na forma IV – I ou IIm7 –
I) ou o movimento T – S – T. Veja o exemplo seguinte:
Cadência deceptiva:
É, tipicamente, o movimento V7 – VIm7, ou o movimento IIm7 – V7 – VIm7. A cadência
deceptiva se dá quando à dominante segue um acorde diferente do esperado. Isso
acontece porque estamos culturalmente acostumados a ouvir determinados movimentos
harmônicos, portanto determinadas resoluções. Podemos ter, também, alguma forma de
modulação sem preparação, como a do exemplo que segue. O acorde G7 do segundo
compasso prepararia sua resolução sobre o acorde C7M. Ao invés desse acorde aparece
F7M, que logo se estabelece como I grau de um novo centro tonal: Fá maior.
O clichê harmônico II - V - I
O clichê harmônico II – V – I
Nessa altura você sabe já que “II-V-I” não é nenhuma mensagem em código secreto.
Sabe já que os algarismos romanos indicam a posiç ão que aquele determinado acorde
possui dentro do campo harmô nico diatô nico.
Na cifragem analítica, a cadência II-V-I tem recebido uma sinalização especial. Para
indicar o movimento harmônico entre os graus II e V colocamos um colchete. O colchete
indica duas coisas:
2) indica que entre as fundamentais dos dois acordes existe uma relação de quinta
descendente.
Já conhecemos a setinha entre o V e o I grau e seu significado.
A cadência II-V-I é muito comum na MPB, assim como no jazz. O Rock e o Pop, assim
como a música da tradição européia, usam com mais frequência o IV grau no lugar do
II.
Todavia, podemos certamente encontrar o movimento II-V-I na música da tradição
européia. A figura abaixo mostra, por exemplo, o começo do Prelúdio nº1 do Cravo bem
temperado de J.S. Bach:
Existem, porém, no proceder da harmonia, vários casos em que o acorde V7 não resolve
uma quinta abaixo. Nessas circunstâncias não utilizamos a seta na análise harmônica.
Podemos dividir os casos entre:
1) Cadência deceptiva: em que a
dominante prepara a resolução e,
ao invés disso, aparece um acorde
diferente do esperado.