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Aula sobre ENARMONIA

O que é enarmonia?
A palavra enarmonia é de origem grega e tem por
significado “um som”. Na prática, podemos afirmar que
trata-se
se de sons iguais mas com nomes diferentes.
Conforme o nosso programa, aplicaremos enarmonia
sobre notas, intervalos
intervalos, acordes e escalas.. Bem, para
vizualizarmos melhor, vamos fazer uso do teclado de um
piano. Para quem não conhece as notas desse teclado, aí
vai uma rápida explicação:

 As teclas brancas são as notas naturais


naturais, ou seja,
aquelas que não são acidentadas. Ex.: Sol, ré, lá, mi
etc.
 As teclas pretas representam as notas acidentadas,
ou seja, aquelas que tem sua altura alterada por
conta do uso de acidentes (sustenido, bemol,
dobrado sustenido...). Ex.: Ré#,Láb, Dó# etc;
 As teclas pretas são organizadas em pares e trios se
vistas da esquerda para a direita do teclado;
 A nota dó será encontrada como primeira nota ao
lado de um par de teclas pretas;
 A partir daí é só seguir um caminho ascendente para
construir uma escala (dó maior) só com as teclas
brancas, a saber: Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si e dó.
 Observe que entre alguns pares de teclas brancas
existe uma preta. São eles: Dé-ré, ré-mi, fá-sol, sol-lá
e lá-si.
 O nome da nota correpondente à tecla preta em
questão vai depender da nota de partida. Exemplo, se
sairmos nota dó e fizermos um movimento
ascendente (da esquerda para a direita) para a
próxima tecla preta, encontraremos a nota dó#.
Entretando, se sairmos da nota ré fizermos um
movimento descendente (da direita para a esquerda)
teremos a nota ré bemol.

Com essa última informação já podemos adentrar ao


mundo da enarmonia.

Enarmonia em notas:
Consiste em dar nomes diferentes para o mesmo som.
Pensemos em notas de maneira melódica, ou seja, uma
nota por vez. Vamos aos exemplos:
Enarmonia em intervalos:

Assemelha-se à enarmonia de notas, só que dessa vez


trabalhando intervalos, ou seja, duas notas sendo
executadas de maneira sucessiva (intervalo melódico) ou
simultânea (intervalo harmônico). Alguns exemplos pra
facilitar a compreesão:

No caso dos intervalos, segundo Bohumil Med, essa


enarmonia também pode acontecer de maneira parcial, ou
seja, apenas uma das notas é mudada, mas o som se
mantem o mesmo. Exemplificando:

Enarmonia em acordes:
Consiste em construir acordes com nomes diferentes,
porém com o mesmo som. Eis alguns exemplos:
Nem todos os acordes possíveis na teoria costumam ser
usado de maneira corriqueira na prática. Citando casos:

Enarmonia em escalas:
Consiste em construir escalas com nomes diferentes,
porém com o mesmo som. Na prática funciona assim:

Assim como nos acordes, algumas aplicações enarmônicas


sobre determinadas escalas não são comumente usadas.
Buhumil Med as chama de Escalas Teóricas. As escalas
maiores e menores que são cotidianamente usadas
possuem armadura de clave sem acidentes (Dó maior e Lá
menor), com sustenidos ou com bemóis. Essas ditas
escalas teóricas possuem alterções que envolvem dobrado
sustenido e dobrado bemol, o que as coloca “fora do
padrão” de uso corriqueiro. Para demonstrar:

Obs.: Teóricos como Buhumil Med e Ovaldo Lacerda


salientam que a enarmonia acontece de maneira mais
“precisa” nos instrumentos de afinação fixa, como é o caso
do piano. Em instrumentos de afinação não fixa (cordas
friccionadas, voz humana etc.) as notas possuem uma
pequena diferença de afinação chamada de coma.
Obrigado pelo tempo de vocês. Até a próxima!

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