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APOSTILA DE GUITARRA

( Nível Intermediário )

GÊ TOCK
Prezado aluno estudante de música (guitarra),

Esta apostila destina-se às minhas aulas no Curso de Música Popular – MPB/Jazz, do


Conservatório de Tatuí/SP, atendendo o conteúdo programático do Curso de Guitarra.
Ela é dirigida aos alunos que apresentam um bom nível de conhecimento em música, no
mínimo, um conhecimento básico tanto em teoria musical, quanto prática musical.
Classifico-a como Nível Intermediário.
Ela contém: textos explicativos, escalas, arpejos, acordes, campos harmônicos e demais
assuntos relativos ao presente conteúdo.
É de suma importância o aluno saber que, na prática dos seus estudos, sempre estudar
com o auxílio do Metrônomo.
E não custa lembrar: Manter o instrumento em ordem, limpo e afinado. Isso refletirá
positivamente no desempenho dos estudos, nas atividades profissionais e
posteriormente nos resultados almejados. Quando estudar, manter o foco e a
concentração nos assuntos relacionados, sem se dispersar em pensamentos
desnecessários. Ter muita paciência com determinados exercícios e práticas, pois nem
sempre conseguimos resultados imediatos em música.
Espero que seja útil no desenvolvimento dos seus estudos!
Boa sorte na carreira!
Um abraço,

Gê Tock
Prof Guitarra – Curso MPB/Jazz
Conservatório de Tatuí/SP
ÍNDICE

5 – Cronograma de Estudos

6 – Acorde Dominante

7 – Trítono

8 – Círculo das 4ªs (Ac Dom)

9 – Formação do Acorde Dominante (Posição Fundamental e Inversões)

14 – Arpejo do Acorde Dominante

15 – Modo Mixolídio e Escala Blues

16 – Sobreposição de Arpejos (Para Acorde Dominante)

17 – Campo Harmônico Maior

18 – Modos Gregos

19 – Círculo das 4ªs (Padrão IIm7 – V7 – I7+)

20 – Digitações do Campo Harmônico Maior

23 – Formação do Acorde “ 7+ “ (Posição Fundamental e Inversões)

28 – Arpejos do Acorde “ 7+ “

29 – Sobreposição de Arpejos (Para Acorde “7+ “)

31 – Campo Harmônico Menor

32 – Campo Harmônico Menor Natural

33 – Digitações do CH Menor Natural

36 – Formação do Acorde “ m7 “

41 – Arpejos do Acorde “ m7 “

42 – Escalas Pentatônicas (Maior e Menor)

43 – Digitações das Escalas Pentatônicas

45 – Acorde “ SUS “

46 – Formação do Acorde “ SUS “

47 – Acorde “ 7sus4(b9) “

48 - Formação do Acorde “ 7sus4(b9)

49 – Avoid Notes

50 – Notas de Extensão

51 – Sobreposição (Superposição) de Arpejos

53 – Colcheia-Jazz
54 – Campo Harmônico Menor Harmônico

56 – Acorde “ 7+(#9) “

57 – Digitações do Campo Harmônico Menor Harmônico

60 – Formação do Acorde “ m7(b5) “ (Posição Fundamental e Inversões)

65 – Arpejos do Acorde “ m7(b5) “

66 – Formação do Acorde “ m7+ “

71 – Arpejos do Acorde “ m7+ “

72 – Formação do Acorde “ 7+(#5) “

77 – Arpejos do Acorde “ 7+(#5) “

78 – Acorde Diminuto

79 – Campo Harmônico Menor Melódico

82 – Digitações do Campo Harmônico Menor Melódico

85 – Campo Harmônico Alterado

86 – Sobreposição (Superposição) de Arpejos sobre o Acorde Alterado

87 – Digitações do Campo Harmônico Alterado

90 – Escalas Dominante e Diminuta (DOM-DIM e DIM-DOM)

91 – Sobreposição (Superposição) de Arpejos sobre o Acorde Dominante (DOM-DIM)

92 – Digitação da Escala DOM-DIM (Dominante)

93 – Acorde Diminuto (DIM-DOM)

94 – Digitação da DIM-DOM (Escala Diminuta)

95 – Arpejos do Acorde Diminuto

96 – Formação de Acordes Diminutos com Extensões

97 – Escala Hexafônica (Tons Inteiros – Whole Tones)

98 – Escala Aumentada

99 – Escala Aumentada Invertida

100 – Escalas Bebop


CRONOGRAMA DE ESTUDOS

Antes de mais nada, é preciso saber quanto tempo disponível você tem para estudar
diariamente. Obviamente, quanto mais tempo, melhor! Com isso determinado,
direcionar seu estudo para aquilo que você precisa naquele momento. Qual sua
prioridade e necessidade.

Obs.: Muito importante estudar sempre com o acompanhamento de Metrônomo.

Feito isso, você se organiza da seguinte forma:

1) – Aquecimento:
Exercícios de digitação sobre padrões, por exemplo, com variação de andamento,
começando mais lento e aumentando gradativamente.
(Tempo sugerido: 30 mins diários)

2) – Exercícios Técnicos:
Prática de escalas, arpejos, padrões melódicos, leitura, etc., com variação de
andamento, começando mais lento e aumentando gradativamente.
(Tempo sugerido: de 1h à 2hs diárias de estudo)

3) – Estudos Harmônicos:
Montagem dos acordes com suas inversões, encadeamento harmônico, execução de
Harmonias de temas, etc.
(Tempo ideal: de 1h à 2hs diárias de estudo)

4) – Improvisação:
a)- conhecer a harmonia
b)- analisar a harmonia
c)- ter as escalas e arpejos na mão (mapeados no braço inteiro do instrumento)
d)- criação de motivos melódicos
e)- desenvolvimento de motivos melódicos
(Tempo ideal: de 2hs à 4hs diárias de estudo)
Obs.: É de suma importância ouvir com muita atenção os grandes improvisadores. Ouvir
no sentido do estudo, analisando cada nota emitida, a criação e desenvolvimento dos
motivos e idéias melódicas, a articulação, a respiração, as dinâmicas, as rítmicas. Este é
um assunto longo, que requer não somente tempo, dedicação e concentração aos
estudos, mas muita vivência musical.

5
ACORDE DOMINANTE

É um Acorde Maior formado pelas notas: T – 3M – 5J – 7m

Ex.: G7

T 3M 5J 7m

Vamos estudá-lo na forma prática, utilizando o arpejo e também escalas.


Além do arpejo (execução das notas do acorde), as escalas serão:
- Modo Mixolídio
- Escala Blues

Obs.: A Escala Blues também é conhecida como PENTA BLUES. (É a Pentatônica Menor
com a inclusão da 4A).

Ex.: G7

6
TRÍTONO

É um intervalo de 4A ou 5D existente entre a 3ª Maior e a 7ª Menor de um ACORDE


DOMINANTE ( V7 ). Esse intervalo é o gerador da “TENSÃO” harmônica que em
consequência, pede uma resolução, um repouso, que é feito no I grau (Tônica).

O Acorde Dominante portanto, é caracterizado pelo TRÍTONO.


Ele pode ser:

DOMINANTE PRIMÁRIO: é o próprio Acorde Dominante da tonalidade ( V7 ). Sua


tendência é sempre resolver no I grau.

DOMINANTE SECUNDÁRIO: é o Acorde Dominante que resolve em qualquer outro grau


da tonalidade (CH). Exemplo: V7/II => IIm7 (A7 => Dm7); V7/VI => VIm7 (E7 => Am7);
V7/IV => IV7+ (C7 => F7+), etc.
Obs.: Não há Dominante com resolução no VIIm7(b5).

DOMINANTE EXTENDIDO: é quando há uma sequência de Acordes Dominantes com


resolução no V7. Exemplo:
V7/V/V/V - V7/V/V - V7/V - V7 - I7+ (E7 A7 D7 G7 => C7+).

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8
FORMAÇÃO DO ACORDE DOMINANTE => POSIÇÃO FUNDAMENTAL E INVERSÕES

Ex.: G7

(As notas em destaque sempre serão as Tônicas dos Acordes)

G7 (Posição Fundamental)

G7/B (1ª Inversão – 3ª no baixo)

9
G7/D (2ª Inversão – 5ª no baixo)

G7/F (3ª Inversão – 7ª no baixo)

10
G7 (Posição Fundamental)

G7/B (1ª Inversão – 3ª no baixo)

11
G7/D (2ª Inversão – 5ª no baixo)

G7/F (3ª Inversão – 7ª no baixo)

12
G7 (Posição Fundamental)

G7/B G7/D G7/F


(1ª Inv – 3ª no baixo) (2ª Inv – 5ª no baixo) (3ª Inv – 7ª no baixo)

13
ARPEJOS DO ACORDE DOMINANTE – SISTEMA 5 => CAGED 5 Regiões (Ex.: G7)

Acorde Arpejo

14
G7 = MODO MIXOLÍDIO G7 = ESCALA BLUES

15
OBSERVAÇÃO:

O Acorde Dominante (DOM) é aquele que mais oferece possibilidades de escalas e


sobreposições (ou superposições) de arpejos para improvisação, harmonização, arranjo,
etc.
Para obter sonoridades interessantes sobre o Acorde DOM, obviamente é necessário
analisar a estrutura do Acorde DOM dentro de uma determinada Harmonia, para assim,
utilizar uma escala ou um arpejo que seja compatível com aquela função do acorde na
harmonia.
A medida em que avançamos no estudo, essas possibilidades surgirão de acordo com o
assunto tratado. Mas de antemão, podemos apresentar algumas dessas possibilidades.
Utilizaremos novamente o Acorde de “G7” como exemplo.
Faremos a sobreposição de arpejos de acordes sobre o acorde de G7.
A análise das notas dos acordes sobrepostos é feita em relação ao acorde de G7.
Desta forma:

Dentre as inúmeras possibilidades de sobreposição de arpejo de acordes (além do Modo


Mixolídio, Escala Blues e do próprio arpejo do acorde de G7, vistos neste assunto), temos
2 opções:

1) TRÍADE DE “A” (ou seja, tríade Maior 1 tom acima).

2) TRÍADE DE “C#” (ou seja, tríade Maior 3 tons acima).

16
CAMPO HARMÔNICO MAIOR

Campo Harmônico (CH) é o conjunto de acordes que compõem uma Tonalidade,


formados à partir das notas da escala dessa tonalidade. Esses acordes são extraídos de
suas quatro escalas estruturais: a maior, a menor natural (ou antiga), a menor
harmônica e a menor melódica. Portanto teremos esses 4 CH: Maior, Menores Natural,
Harmônico e Melódico. Começamos estudando o CH Maior.
Tomaremos como exemplo, o CH de C (Do Maior)

CAMPO HARMÔNICO DE “C”:

Formado por Tríades

Formado por Tétrades

17
MODOS GREGOS

MODO - a maneira como as notas se distribuem diatonicamente a partir de cada grau


da escala tonal. São 7 modos ao todo (conhecidos como MODOS GREGOS), um para cada
grau. Os modos são:
( I ) JÔNIO
( II ) DÓRICO
( III ) FRÍGIO
( IV ) LÍDIO
( V ) MIXOLÍDIO
( VI ) EÓLIO
( VII ) LÓCRIO

18
CÍRCULO DE 4ªs => PADRÃO HARMÔNICO IIm7 - V7 - I7+

19
CAMPO HARMÔNICO MAIOR – TÔNICAS => 6ª Corda (Ex.: “C”)
I7+ = C7+ Modo Jônio

IIm7 = Dm7 Modo Dórico

IIIm7 = Em7 Modo Frígio

IV7+ = F7+ Modo Lídio

V7 = G7 Modo Mixolídio

VIm7 = Am7 Modo Eólio

VIIm7(b5) = Bm7(b5) Modo Lócrio

20
CAMPO HARMÔNICO MAIOR – TÔNICAS => 5ª Corda (Ex.: “C”)

I7+ = C7+ Modo Jônio

IIm7 = Dm7 Modo Dórico

IIIm7 = Em7 Modo Frígio

IV7+ = F7+ Modo Lídio

V7 = G7 Modo Mixolídio

VIm7 = Am7 Modo Eólio

VIIm7 = Bm7(b5) Modo Lócrio

21
CAMPO HARMÔNICO MAIOR – TÔNICAS => 4ª Corda (Ex.: “C”)

I7+ = C7+ Modo Jônio

IIm7 = Dm7 Modo Dórico

IIIm7 = Em7 Modo Frígio

IV7+ = F7+ Modo Lídio

V7 = G7 Modo Mixolídio

VIm7 = Am7 Modo Eólio

VIIm7(b5) = Bm7(b5) Modo Lócrio

22
FORMAÇÃO DO ACORDE “ 7+ “ => POSIÇÃO FUNDAMENTAL E INVERSÕES
Ex.: C7+

C7+ (Posição Fundamental)

C7+/E (1ª Inversão – 3ª no baixo)

23
C7+/G (2ª Inversão – 5ª no baixo)

C7+/B (3ª Inversão – 7ª no baixo)

24
C7+ (Posição Fundamental)

C7+/E (1ªInversão – 3ª no baixo)

25
C7+/G (2ª Inversão – 5ª no baixo)

C7+/B (3ª Inversão – 7ª no baixo)

26
C7+ (Posição Fundamental)

C7+/E C7+/G C7+/B


(1º Inv -3ª no baixo) (2ª Inv – 5ª no baixo) (3ª Inv – 7ª no baixo)

27
ARPEJOS DO ACORDE “ 7+ “ – SISTEMA 5 => CAGED 5 Regiões (Ex.: C7+)

Acorde Arpejo

28
SOBREPOSIÇÃO (OU SUPERPOSIÇÃO) DE ARPEJOS

É quando se executa um determinado arpejo de acorde em cima de um outro acorde.


Isso para buscar sonoridades mais interessantes!
Como vimos anteriormente no Acorde Dominante, também existem possibilidades de
sobreposição de arpejos para o Acorde “ 7+ “ (aliás, essa técnica pode ser utilizada para
todos os tipos de acordes). Vejamos como fica:

7+ => Para fazer uma sobreposição em cima desse acorde, devemos primeiramente
lembrar da AVOID NOTE, para que não se faça um arpejo inadequado sobre ele. Neste
caso, como este é um Acorde Maior, a Avoid Note é sempre a “ 4J “ da escala,
considerando-o como I7+ (Jônio). Aqui, substituímos a “ 4J ” pela “ 4A “. E fazemos isso
em todos os demais Acordes do Campo Harmônico (CH) da tonalidade que contenham
essa nota. Além do seu próprio arpejo (I7+), podemos arpejar os seus relativos (IIIm7 e
VIm7). Restam 4 acordes do CH que teem a 4J do Acorde I7+ (vide Campo Harmônico
Maior). São eles: o IIm7; o IV7+; V7 e o VIIm7(b5). Portanto, para estes acordes,
substituímos essa nota (4J) pela (4A), ficando dessa forma: II7; #IVm7(b5); V7+ e
VIIm7.

Ex.: Tonalidade de C

Com a substituição da 4J pela 4A

Ao efetuar esta substituição, obtém-se o MODO LÍDIO. Portanto, fica muito interessante
sobrepor arpejos de acordes que contenham essa nota, a 4A.
No caso do exemplo, o Acorde de C7+ é Jônio em sua tonalidade, mas ao efetuar a
substituição da nota no Modo, ele passa a ser um Lídio. Então, podemos arpejar sobre
o Acorde de C7+, os acordes que conterão essa nota, neste caso, G7+; Bm7; D7 e
F#m7(b5).

29
30
CAMPO HARMÔNICO MENOR

São 3 os CH menores:

- Menor Natural
- Menor Harmônico
- Menor Melódico

Da mesma forma como o CH Maior, os CH Menores também serão formados pelas notas
das 3 escalas, neste caso, Menores Natural (ou Antiga), Harmônica e Melódica. As
escalas Menor Harmônica e Menor Melódica são derivadas da Escala Menor Natural.

MENOR NATURAL (Ex.: Am)

CAMPO HARMÔNICO DE “Am”

Formado por Tríades

Formado por Tétrades

31
CAMPO HARMÔNICO MENOR NATURAL

MODOS

32
CAMPO HARMÔNICO MENOR NATURAL – TÔNICAS => 6ª Corda (Ex.: “Am”)
Im7 - Am7 Modo

IIm7(b5) - Bm7 Modo

bIII7+ - C7+ Modo

IVm7 - Dm7 Modo

Vm7 - Em7 Modo

bVI7+ - F7+ Modo

bVII7 - G7 Modo

33
CAMPO HARMÔNICO MENOR NATURAL – TÔNICAS => 5ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7 - Am7 Modo

IIm7(b5) - Bm7(b5) Modo

bIII7+ - C7+ Modo

IVm7 - Dm7 Modo

Vm7 - Em7 Modo

bVI7+ - F7+ Modo

bVII7 - G7 Modo

34
CAMPO HARMÔNICO MENOR NATURAL – TÔNICAS => 4ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7 - Am7 Modo

IIm7(b5) - Bm7(b5) Modo

bIII7+ - C7+ Modo

IVm7 - Dm7 Modo

Vm7 - Em7 Modo

bVI7+ - F7+ Modo

bVII7 - G7 Modo

35
FORMAÇÃO DO ACORDE “ m7 “ => POSIÇÃO FUNDAMENTAL E INVERSÕES

Ex.: Cm7

Cm7 (Posição Fundamental)

Cm7/Eb (1ª Inversão – 3ª no baixo)

36
Cm7/G (2ª Inversão – 5ª no baixo)

Cm7/Bb (3ª Inversão – 7ª no baixo)

37
Cm7 (Posição Fundamental)

Cm7/Eb (1ª Inversão – 3ª no baixo)

38
Cm7/G (2ª Inversão – 5ª no baixo)

Cm7/Bb (3ª Inversão – 7ª no baixo)

39
Cm7 (Posição Fundamental)

Cm7/Eb Cm7/G Cm7/Bb

(1ª Inv – 3ª no baixo) (2ª Inv – 5ª no baixo) (3ª Inv – 7ª no baixo)

40
ARPEJOS DO ACORDE “ m7 “ – SISTEMA 5 => CAGED 5 Regiões (Ex.: Cm7)

Acorde Arpejo

41
ESCALA PENTATÔNICA

É a Escala que contém 5 notas. É uma Escala que vem da Escala Maior (7 notas), onde
os intervalos que geram dissonância (2m) entre notas, são suprimidos. Por esse motivo
esta Escala não tem Tensão.
Temos a Pentatônica Maior e Pentatônica Menor.
Na Penta Maior, as notas suprimidas da Escala Maior são o IV e VII graus.
Na Penta Menor, as notas suprimidas da Escala Menor Natural são II e VI graus.
Vejamos:

MAIOR

Formação da Escala Pentatônica Maior => T – 2M – 3M – 5J – 6M

MENOR

Formação da Escala Pentônica Menor => T – 3m – 4J – 5J – 7m


42
ESCALA PENTATÔNICA MAIOR

(Ex.: C)

Acorde Modo

43
ESCALA PENTATÔNICA MENOR

(Ex.: Cm)

Acorde Modo

44
ACORDE “ SUS “

É um acorde chamado de SUSPENSO (ou simplesmente “SUS”), porque não possui a 3ª,
sendo assim, não se caracteriza como acorde Maior ou Menor.
Essa 3ª será substituída pela 4ª (mais comum) ou pela 2ª (menos comum) que são as
notas que estão imediatamente acima e abaixo dela na escala.
Desta forma:

Obs.: a grafia correta, acadêmica, para este tipo de acorde é sempre usando o a
expressão “SUS”. Mas para efeitos práticos, aceita-se também a grafia sem a expressão
“SUS”.

É interessante notar que, apesar da 3M e 4J não serem compatíveis num mesmo acorde,
porque formam um intervalo de 2m entre elas, existe uma maneira de utilizarmos as 2
notas juntas. O procedimento é:
1)- Devemos observar a distribuição das notas na formação do acorde. Quando a 3M
está abaixo da 4J (figura 1 abaixo), temos um intervalo de 2m entre elas, o que torna
inviável a utilização das 2 notas juntas.
2)- Inverter a posição das 2 notas, colocando a 4J abaixo da 3M (figura 2 abaixo), desta
forma teremos um intervalo de 7M entre elas, o que torna a sonoridade do acorde
bastante interessante. Neste caso devemos cifrar o acorde como “(add4)”. A expressão
“(add4)” significa que a 4ª foi adicionada à Tríade do acorde. Todas as vezes que surge
a expressão “add” entre parênteses, é porque essa nota foi adicionada junto às demais
notas do acorde.

Fig 1 Fig 2 - C(add4)

45
ACORDE “SUS” com ‘’4” – “4/7” – “4/7/9” ou “7/9/11” = Ex.: G

Gsus4 ou G4 Gsus4 ou G4

Gsus4 ou G4 G7sus4 ou G4/7

G7sus4 ou G4/7 G7sus4 ou G4/7

G7/9/11 G7/9sus4

G7/9sus4 G7/9/11

46
ACORDE “ 7sus4(b9) “

Analisando este tipo de Acorde, temos a seguinte estrutura:


Vejamos o exemplo:

Na formação desse Acorde, encontramos a presença de uma Tríade Menor. Colocando


a nota “Do” uma oitava acima, teremos a Tríade de “Fm”, com a nota “Sol” no baixo, ou
seja, o Acorde de “ Fm/G “. Assim:

Ao observar a formação desse tipo de Acorde, encontramos essas notas (Tríade de Fm,
mais o baixo G) numa mesma Escala => Eb Maior.

Portanto, para improvisar sobre este tipo de Acorde, pensamos nele como FRÍGIO.
Partindo da nota G, III grau da Escala de Eb Maior.

47
ACORDE “ 7sus4(b9) “ = Ex.: G7sus4(b9)

Acorde Modo

48
AVOID NOTES

São notas a serem evitadas. São assim consideradas porque apresentam um intervalo
de 2m/9m com alguma nota do acorde em execução, obtendo uma sonoridade
dissonante. Elas devem ser utilizadas apenas como “NOTAS DE PASSAGEM”, emitidas
em tempos fracos, sem acentuação, de curta duração, nunca iniciando ou concluindo
uma melodia/frase musical. A utilização delas é entre notas de escala, cromáticas e
diatônicas.
Observamos as AVOID NOTES nas tonalidades Maior e Menor Melódica. Na tonalidade
Menor Natural, as avoid notes são as mesmas da sua Relativa Maior.
Na Menor Harmônica não há avoid notes, elas são consideradas apenas como notas
dissonantes.

Exemplo na Tonalidade de C:

Obs.: No MODO LÍDIO não temos Avoid Note.


49
NOTAS DE EXTENSÃO

Quando se monta um Acorde, o procedimento é sempre extrair da escala a Tônica (T), a


3ª (Maior ou menor), a 5ª Justa - no caso de Tríades, mais a 7ª (Maior ou menor) – no
caso de Tétrades.
Restam 3 notas da escalas que serão chamadas de EXTENSÃO dos acordes. São elas a 9ª
(correspondente da 2ª); a 11ª correspondente da 4ª e a 13ª (correspondente da 6ª).

Exemplo da escala de C

TABELA COM AVOID NOTES E EXTENSÕES – CH Maior

MODOS AVOID NOTES EXTENSÕES

Modo Jônio - I7+ 4J 9M / 13M


Modo Dórico - IIm7 6M 9M / 11J
Modo Frígio - IIIm7 2m e 6m 11J
Modo Lídio - IV7+ Não há Avoid 9M / #11 / 13M
Modo Mixolídio - V7 4J 9M / 13M
Modo Eólio - VIm7 6m 9M / 11J
Modo Lócrio - VIIm7(b5) 2m 11J / b13

50
SOBREPOSIÇÃO (OU SUPERPOSIÇÃO DE ACORDES)
(Possibilidades de Arpejos)

Tomando sempre “ C ” como exemplo.

Obviamente é sempre necessário observar a Função Harmônica de cada Acorde para


aplicar um arpejo que seja compatível (principalmente nos Acordes Dominantes). De
qualquer forma, aqui estão algumas opções para arpejos sobrepostos (ou superpostos).

Para Acorde “C7+”, podemos usar (além dele):

- VIm (Am => 13M – T – 3M)


- VIm7 (Am7 => 13M – T – 3M – 5J)
- IIIm (Em => 3M – 5J – 7M)
- IIIm7 (Em7 => 3M – 5J – 7M – 9M)
- V7+ (G7+ => 5J – 7M – 9M – #11)
- VIIm7 (Bm7 => 7M – 9M – #11 – 13M)
- II (D => 9M – #11 – 13M)
- II7 (D7 => 9M – #11 – 13M - T)
- #IVm7(b5) (F#m7(b5) => #11 – 13M – T – 3M)

Para aumentar a tensão, podemos usar:

- III (E => 3M – #5 – 7M)


- III7 (E7 => 3M – #5 – 7M – 9M)
- #Vm7(b5) (G#m7(b5) => #5 – 7M – 9M - #11)
VIm7+ (Am7+ => 13M – #5 – T – 3M)

51
Para Acorde “Cm7”, podemos usar (além dele):

- IIm (Dm => 9M – 11J – 13M)


- IIm7 (Dm7 => 9M – 11J – 13M – T)
- IV (F => 11J – 13M – T)
- IV7 (F7 => 11J – 13M – T – 3m)
- VIm7(b5) (Am7(b5) => 13M – T – 3m – 5J)
- bVII (Bb => 7m – 9M – 11J)
- bVII7+ (Bb7+ => 7m – 9M – 11J – 13M)
- Vm (Gm => 5J – 7m – 9M)
- Vm7 (Gm7 => 5J – 7m – 9M – 11J)

Para aumentar a tensão, podemos usar:

- bIIIm (Ebm => 3m – 5D [#11] – 7m)


- II (D => 9M – #11 – 13M)
- Vm7+ (Gm7+ => 5J – 7m – 9M – #11)
- Iº (Cº => T – 3m – 5D [#11] – 13M)

Para Acorde “C7” (Dominante), podemos usar (além dele):

- II (D => 9M – #11 – 13M)


- II7 (D7 => 9M – #11 – 13M – T)
- IIIm7(b5) (Em7(b5) => 3M – 5J – 7m – 9M)
- bIIIm7 (Ebm7 => 3m [#9] – 5D [#11] – 7m – b9)
- bIII7 (Eb7 => 3m [#9] – 5J – 7m – b9)
- bV (Gb => 5D[#11] – 7m – b9)
- bV7 (Gb7 => 5D[#11] – 7m – b9 – 4D [3M])
- Vm (Gm => 5J – 7m – 9M)
- #V7 (G#7 => #5 – 7A [T] – #9 – #11)
- VI (A => 13M – #1 [b9] – 3M)
- VI7 (A7 => 13M – #1 [b9] – 3M – 5J)
- VIº (Aº => 13M – #1 [b9] – 3m [#9] – 5D [#11]
- VIIm7(b5) (Bbm7(b5) => 7m – b9 – 4D [3M] – b13)

52
COLCHEIA-JAZZ

A expressão “Colcheia-jazz” é utilizada para a colcheia executada no jazz,


especificamente dentro dessa linguagem musical. Ela é muito peculiar pois sua
articulação não obedece a divisão de uma colcheia normal, sendo um pouco mais longa.

A colcheia-jazz é originada da Tercina. Somam-se as 2 primeiras colcheias do grupo da


Tercina, formando uma semínima. A colcheia remanescente é considerada e conhecida
como “COLCHEIA-JAZZ”. Desta forma:

53
CAMPO HARMÔNICO MENOR HARMÔNICO

O CH Menor Harmônico é originado da Escala Menor Harmônica, que por sua vez, é
originada da Escala Menor Natural, com a diferença no VII grau, onde esta nota é
elevada em meio-tom.

Tomando como exemplo Am

MODOS

54
Como visto anteriormente, não haverá AVOID NOTES nos modos do CH Menor
Harmônico, pois as notas serão tratadas como dissonantes nestes modos. A exceção
cabe ao 1º Modo, cuja Avoid Note será a bVI (6m).

TABELA COM EXTENSÕES (e AVOID NOTE) – CH Menor Harmônico

MODOS AVOID NOTE EXTENSÕES

1º Modo - Im7+ 6m 9M / 11J


2º Modo - IIm7 (b5) X b9 / 11J / 13M
3º Modo - bIII7+(#5) X 9M / 11J / 13M
4º Modo - IVm7 X 9M / #11 / 13M
5º Modo - V7 X b9 / 11J / b13
6º Modo - bVI7+ X #9 / #11 / 13M
7º Modo - VIIº X b9 / 11D / b13

No CH Menor Harmônico surgem novos tipos de Acordes.


São eles o Meio-Diminuto, Menor com 7M, Maior com 7M e 5A (Aumentado) e
Diminuto. Vejamos suas formações (todos os exemplos em “A”):

- Meio-Diminuto

- Menor com 7M

- Maior com 7M e 5A

- Diminuto

55
OBSERVAÇÃO:

Todas as vezes que se encontre uma Cadência “ IIm7(b5) – V7 – Im7 ”, a melhor opção
é a Escala Menor Harmônica da tonalidade. Principalmente se o Acorde “ V7 ”
apresentar as notas de tensão “ b9 “ – “ b13 “ e/ou “ (#5) “. Aliás, mesmo que este acorde
“ V7 ” não cadencie com o “ IIm7(b5) ”, ou seja, se estiver “sozinho” no caminho da
resolução, esta escala é uma ótima opção de utilização.

Um outro caso interessante para a utilização da Escala Menor Harmônica, é o quando


surge o Acorde do tipo “ 7+(#9) “. Vejamos um exemplo: F7+(#9)

Pensamos neste tipo de Acorde, sendo o VI grau de um CH Menor Harm (bVI7+). Assim,
o acorde de F7+(#9) será o VI grau do CH de Am Harm., portanto o modo à ser aplicado
sobre esse acorde será:

Outras sugestões para improvisar sobre este acorde, utilizando sobreposição de arpejo
de acordes, são:

56
CAMPO HARMÔNICO MENOR HARMÔNICO – TÔNICAS => 6ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7+ - Am7+ Modo

IIm7(b5) - Bm7(b5) Modo

bIII7+(#5) - C7+(#5) Modo

IVm7 - Dm7 Modo

V7 - E7 Modo

bVI7+ - F7+ Modo

bVIIº - G#º Modo

57
CAMPO HARMÔNICO MENOR HARMÔNICO – TÔNICAS => 5ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7+ - Am7+ Modo

IIm7(b5) - Bm7(b5) Modo

bIII7+(#5) - C7+(#5) Modo

IVm7 - Dm7 Modo

V7 - E7 Modo

bVI7+ - F7+ Modo

VIIº - G#º Modo

58
CAMPO HARMÔNICO MENOR HARMÔNICO – TÔNICAS => 4ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7+ - Am7+ Modo

IIm7(b5) - Bm7(b5) Modo

bIII7+(#5) - C7+(#5) Modo

IVm7 - Dm7 Modo

V7 - E7 Modo

bVI7+ - F7+ Modo

VIIº - G#º Modo

59
FORMAÇÃO DO ACORDE “ m7(b5) “ => POSIÇÃO FUNDAMENTAL E INVERSÕES

Ex.: Am7(b5)

Am7(b5) (Posição Fundamental)

Am7(b5)/C (1ª Inversão – 3ª no baixo)

60
Am7(b5)/Eb (2ª Inversão – 5ª no baixo)

Am7(b5)/G (3ª Inversão – 7ª no baixo)

61
Am7(b5) (Posição Fundamental)

Am7(b5)/C (1ª Inversão – 3ª no baixo)

62
Am7(b5)/Eb (2ª Inversão – 5ª no baixo)

Am7(b5)/G (3ª Inversão – 7ª no baixo)

63
Am7(b5) (Posição Fundamental)

Am7(b5)/C Am7(b5)/Eb Am7(b5)/G


(1ª Inv – 3ª no baixo) (2ª inv – 5ª no baixo) (3ª Inv – 7ª no baixo)

64
ARPEJOS DO ACORDE “ m7(b5) “ – SISTEMA 5 => CAGED 5 Regiões (Ex.: Am7/b5)

Acorde Arpejo

65
FORMAÇÃO DO ACORDE “ m7+ “ => POSIÇÃO FUNDAMENTAL E INVERSÕES

Ex.: Am7+

Am7+ (Posição Fundamental)

Am7+/C (1ª Inversão – 3ª no baixo)

66
Am7+/E (2ª Inversão – 5ª no baixo)

Am7+/G# (3ª Inversão – 7ª no baixo)

67
Am7+ (Posição Fundamental)

Am7+/C (1ª Inversão – 3ª no baixo)

68
Am7+/E (2ª Inversão – 5ª no baixo)

Am7+/G# (3ª Inversão – 7ª no baixo)

69
Am7+ (Posição Fundamental)

Am7+/C Am7+/E Am7+/G#


(1ª Inv – 3ª no baixo) (2ª Inv – 5ª no baixo) (3ª Inv – 7ª no baixo)

70
ARPEJOS DO ACORDE “ m7+” – SISTEMA 5 => CAGED 5 Regiões (Ex.: “Am7+”)

Acorde Arpejo

71
FORMAÇÃO DO ACORDE “ 7+(#5) “ => POSIÇÃO FUNDAMENTAL E INVERSÕES

Ex.: A7+(#5)

A7+(#5) (Posição Fundamental)

A7+(#5)/C# (1ª Inversão – 3ª no baixo)

72
A7+(#5)/E# (2ª Inversão – 5ª no baixo)

A7+(#5)/G# (3ª Inversão – 7ª no baixo)

73
A7+(#5) (Posição Fundamental)

A7+(#5)/C# (1ª Inversão – 3ª no baixo)

74
A7+(#5)/E# (2ª Inversão – 5ª no baixo)

A7+(#5)/G# (3ª Inversão – 7ª no baixo)

75
A7+(#5) (Posição Fundamental)

A7+(#5)/C# A7+(#5)/E# A7+(#5)/G#


(1ª Inv – 3ª no baixo) (2ª Inv – 5ª no baixo) (3ª Inv – 7ª no baixo)

76
ARPEJOS DO ACORDE “ 7+(#5) “ – SISTEMA 5 => CAGED 5 Regiões (Ex.: “A7+(#5)”)

Acorde Arpejo

77
ACORDE DIMINUTO

O Acorde Diminuto (graficamente representado por “dim” ou “ º “), é conhecido como


um ACORDE SIMÉTRICO – acorde formado pelos mesmos intervalos entre as notas, no
caso do acorde dim, 3ªs menores. Sobre este tipo de acorde, faremos uma abordagem
específica mais à frente. Por ora, vejamos algumas opções de formação e arpejo dele.

ACORDE DIMINUTO (Ex.: “ Aº ”) ARPEJO ACORDE DIMINUTO (Ex.: “ Aº ”)

78
CAMPO HARMÔNICO MENOR MELÓDICO

O CH Menor Melódico é originado da Escala Menor Melódica, que por sua vez, também
é originada da Escala Menor Natural, com a diferença, além do VII grau como na Menor
Harmônica, a nota do VI grau também será elevada em meio-tom.

Tomando como exemplo Am

MODOS

79
Este CH Menor Melódico apresenta uma variedade muito interessante de aplicação de
seus Modos. Pensando isoladamente na utilização desses Modos para improviso sobre
determinados acordes, podemos alcançar sonoridades bastante ricas dentro do
vocabulário musical. Vejamos alguns exemplos para esses Modos:

FRÍGIO b1 => Também conhecido como “LÍDIO-AUMENTADO”. Ideal para aplicação em


Acordes “ 7+(#5) “.

LÍDIO b7 => Este possui uma nomenclatura variada. Conhecido como “LID-MIX”, “MIX-
LID”, “MIX #4”, “LÍDIO-DOMINANTE”. Ideal para aplicação em Acordes Dominantes e
Dominantes com 9M, #11 e 13M.

MIXOLÍDIO b6 => Ideal para aplicação em Acordes Dominantes com 6m (b13).

EÓLIO b5 => Também conhecido como “LÓCRIO 9”. A característica deste modo é
possuir a “9M”. É ideal para aplicação em Acorde “m7(b5)”, principalmente quando este
não estiver cadenciando = IIm7(b5) – V7.

LÓCRIO b4 => Conhecido como “ESCALA ALTERADA (ALT)” ou “SUPER LÓCRIO”. Aqui
encontramos uma particularidade. O Acorde deste Modo é um Acorde “m7(b5)”. Mas
podemos extrair deste Modo, partindo da mesma Tônica, um Acorde DOMINANTE.

Enharmonizando algumas das notas do Modo, temos o Acorde e a Escala Alterada (Alt).
Desta forma:

Assim, a formação da Escala Alterada é: T – b9 – #9 – 3M – #11 – #5 (b13) – 7m.


Observamos nesta formação, a estrutura principal de um Acorde Dom (T – 3M – 7m). As
demais notas são consideradas como notas de TENSÃO.
Portanto, este Modo (Escala Alterada) é ideal para aplicação em Acordes Dom que
contenham estas notas de Tensão: b9 - #9 - #11 - #5 (b13).
A Escala Alterada gera um CH. O estudo desse CH, assim como da Escala e do Acorde Alt,
terão um capítulo específico mais à frente.

80
AVOID NOTES

TABELA COM EXTENSÕES E AVOID NOTES – CH Menor Melódico

MODOS AVOID NOTE EXTENSÕES

1º Modo - Jônio b3 - Im7+ X 9M / 11J / 13M


2º Modo - Dórico b2 - IIm7 2m 11J / 13M
3º Modo - Frígio b1 - bIII7+(#5) 6M 9M / #11
4º Modo - Lídio b7 - IV7 X 9M / #11 / 13M
5º Modo - Mixolídio b6 - V7 4J / 6m 9M
6º Modo - Eólio b5 - VI7m7(b5) X 9M / 11J / b13
7º Modo - Lócrio b4 -VIIm7(b5) X (Escala Alterada)

81
CAMPO HARMÔNICO MENOR MELÓDICO – TÔNICAS => 6ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7+ - Am7+ Jônio b3

IIm7 - Bm7 Dórico b2

bIII7+(#5) - C7+(#5) Frígio b1

IV7 - D7 Lídio b7

V7 - E7 Mixolídio b6

VIm7(b5) - F#m7(b5) Eólio b5

VIIm7(b5) - G#m7(b5) Lócrio b4

82
CAMPO HARMÔNICO MENOR MELÓDICO – TÔNICAS => 5ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7+ - Am7+ Jônio b3

IIm7 - Bm7 Dórico b2

bIII7+(#5) - C7+(#5) Frígio b1

IV7 - D7 Lídio b7

V7 - E7 Mixolídio b6

VIm7(b5) - F#m7(b5) Eólio b5

VIIm7(b5) - G#m7(b5) Lócrio b4

83
CAMPO HARMÔNICO MENOR MELÓDICO – TÔNICAS => 4ª Corda (Ex.: “Am”)

Im7+ - Am7+ Jônio b3

IIm7 - Bm7 Dórico b2

bIII7+(#5) - C7+(#5) Frígio b1

IV7 - D7 Lídio b7

V7 - E7 Mixolídio b6

VIm7(b5) - F#m7(b5) Eólio b5

VIIm7(b5) - G#m7(b5) Lócrio b4

84
CAMPO HARMÔNICO ALTERADO

O CH Alterado é originado da Escala Alt, que por sua vez é originada do VII Modo do CH
Menor Melódico. Como visto no capítulo anterior, o VII grau do CH Menor Melódico é
um Acorde “m7(b5)” que oferece a possibilidade de ser também um Acorde Alterado,
por conta da Enharmonização de algumas notas que compõe o Modo. Desta forma,
tomamos esse Acorde Alterado como I grau desse CH Alt. Vale lembrar que não existe
música na “Tonalidade Alterada”. Essa formação de CH Alt é para que se possa ter uma
visão mais ampla do alcance desse tipo de Acorde.
Vejamos abaixo:

CH de Am Melódico

O Modo no VII grau e a formação do Acorde

Enharmonizando as notas obtemos o Acorde Alterado

A Escala Alterada fica assim formada

E o Campo Harmônico Alterado

85
Para improvisação sobre o Acorde Alt, além da própria Escala, podemos utilizar alguns
arpejos de Acordes do CH Alt. Vejamos algumas possibilidades:

Como exemplo sobre o Acorde de G#7 (alt)

Podemos aplicar estas opções:

86
CAMPO HARMÔNICO ALTERADO – TÔNICAS => 6ª Corda (Ex.: “G# alt”)

I7(#5) - G#7(#5) Modo

bIIm7+ - Am7+ Modo

bIIIm7 - Bm7 Modo

bIV7+(#5) - C7+(#5) Modo

bV7 - D7 Modo

bVI7 - E7 Modo

bVIIm7(b5) - F#m7(b5) Modo

87
CAMPO HARMÔNICO ALTERADO – TÔNICAS => 5ª Corda (Ex.: “G# alt”)

I7(#5) - G#7(#5) Modo

bIIm7+ - Am7+ Modo

bIIIm7 - Bm7 Modo

bIV7+(#5) - C7+(#5) Modo

bV7 - D7 Modo

bVI7 - E7 Modo

bVIIm7(b5) - F#m7(b5) Modo

88
CAMPO HARMÔNICO ALTERADO – TÔNICAS => 4ª Corda (Ex.: “G# alt”)

I7(#5) - G#7(#5) Modo

bIIm7+ - Am7+ Modo

bIIIm7 - Bm7 Modo

bIV7+(#5) - C7+ Modo

bV7 - D7 Modo

bVI - E7 Modo

bVIIm7(b5) - F#m7(b5) Modo

89
ESCALAS DOMINANTE / DIMINUTA => ( “DOM-DIM” e “DIM-DOM”)

Estas Escalas pertencem a um grupo conhecido como “ESCALAS SIMÉTRICAS”. Escala


Simétrica é aquela cuja formação obedece um intervalo regular entre as notas, partindo
de uma Tônica. As Escalas Simétricas são: DOMINANTE (Dom-Dim); DIMINUTA (Dim-
Dom); HEXAFÔNICA (Tons Inteiros/Whole Tones); AUMENTADA e AUMENTADA
INVERTIDA. As Escalas Hexafônica, Aumentada e Aumentada Invertida serão abordadas
mais à frente. Veremos a seguir as DOM-DIM e DIM-DOM.

A Escala DOM-DIM é conhecida também como ESCALA DOMINANTE. Ela apresenta em


sua formação, intervalos regulares de “ ½ Tom – Tom “ entre suas notas. Tomaremos o
exemplo em G.

Formação da Escala DOM-DIM => T – b9 – #9 – 3M – #11 – 5J – 6M – 7m


Essa Escala Dominante (DOM-DIM) é ideal para Acorde Dominantes que contenham
b9 - #9 - #11 - 13M

A Escala DIM-DOM é conhecida também como ESCALA DIMINUTA. Ela apresenta em


sua formação, intervalos regulares de “ Tom – ½ Tom “ entre suas notas. Tomaremos o
exemplo em G.

Formação da Escala DIM-DOM => T – 9 – 3m – 4J – 5D – b13 – 7M


Esta Escala é utilizada em Acordes Diminutos.

90
Por causa da simetria, essas Escalas possuem apenas 3 Tonalidades. As demais
tonalidades serão consequência delas. Ou seja, terão notas enharmônicas entre si.
Assim:

DOM-DIM:

C7 => Eb7 - Gb7 - Ab7

F7 => Ab7 - B7 - D7

G7 => Bb7 - Db7 - E7

DIM-DOM:

Cº => Ebº - Gbº - Aº

Fº => Abº - Bº - Dº

Gº => Bbº - Dbº - Eº

ARPEJOS DOMINANTES E DIMINUTOS

DOMINANTES - Tomando o Acorde de G7 como exemplo, os arpejos que oferecem


possibilidades de utilização são exatamente os Acordes que compõem a DOM-DIM de
G7 (além de G7, os arpejos de Bb7, Db7 e E7). E neste caso, podemos arpejar qualquer
um deles quando um ou outro estiver na harmonia. Sobrepondo esses arpejos,
estaremos passando pelas notas da Escala DOM-DIM.

91
ESCALA DOMINANTE-DIMINUTA (DOM-DIM) => TÔNICAS 6ª, 5ª e 4ª CORDAS

Ex.: G7

Acorde Modo

92
DIMINUTOS - O Acorde Diminuto tem uma formação simétrica. Notas, a partir de
uma Tônica, com intervalos regulares de 1 ½ tom. Exemplo em G°:

Sobre este exemplo, os arpejos de acordes que oferecem possibilidades de utilização,


são exatamente aqueles que compõem a DIM-DOM de G°. Neste caso, além do G°,
temos Bb°, Db° e E°. Aqui, as notas arpejadas serão sempre as mesmas (são as mesmas
notas nos 4 acordes Dim), por causa da Simetria na formação do Acorde. Vale lembrar
que o Acorde Diminuto é formado por 2 Trítonos. Exemplo em G°:

Por conta da presença desses trítonos no Acorde Dim, isso significa que o Acorde Dim
também é considerado como um Acorde DOMINANTE SUBSTITUTO. No caso do Acorde
de G°, os trítonos são as notas Sol/Reb e Sib/Mi. E o mesmo vale para a inversão destas
notas nestes trítonos: Reb/Sol e Mi/Sib. Portanto, um Acorde Diminuto poderá ser
DOMINANTE SUBSTITUTO de 4 Acordes Dominantes (São 4 trítonos, 1 para cada Acorde
Dom). Exemplo: G° será Dominante Substituto de => C7 (trítono Mi/Sib > 3M – 7m), F#7
(trítono La#/Mi > 3M – 7m), Eb7 (trítono Sol/Reb > 3M – 7m) e A7 (trítono Do#/Sol > 3M
7m). Obs.: Atenção para as notas enarmônicas nessas configurações!

93
ESCALA DIMINUTA-DOMINANTE (DIM-DOM) => TÔNICAS 6ª, 5ª e 4ª CORDAS

Ex.: G#°

Acorde Modo

94
ARPEJOS DO ACORDE DIMINUTO => EX.: G°

95
ACORDES DIMINUTOS COM: (9) – (11) – (b13) – (7+) => Ex.: G°

G°(9) G°(9)

G°(9) G°(11)

G°(11) G°(11)

G°(b13) G°(b13)

G°(b13) G°(7+)

G°(7+) G°(7+)

96
ESCALA HEXAFÔNICA (Tons Inteiros / Whole Tones)

É uma Escala Simétrica formada por Intervalos regulares de 1 Tom entre as suas notas.
Ela é composta de 6 notas em sua formação. Por causa da simetria, possui apenas 2
Tonalidades. As demais tonalidades serão consequência delas. Ou seja, terão notas
enharmônicas entre si. Desta forma:

C7 => D7 – E7 – F#7 – G#7 – A#7(Bb7)

G7 => A7 – B7 – C#7 – D#7 – F7

Exemplo G7

A Formação da Escala Tons Inteiros => T – 9M – 3M – #11 – #5 – 7m

Digitação da Escala de G7 (Tons Inteiros)

Esta Escala gera um CH formado apenas por Acordes Aumentados (tríades) e


Aumentados c/7 (tétrades). Ex.: G7(#5) – A7(#5) – B7(#5) – C#7(#5) – D#7(#5) – F7(#5).
Portanto, a idéia que se aplique sobre um desses Acordes, pode ser repetida nos demais
Acordes dessa formação, tanto melódica, quanto harmonicamente.

97
ESCALAS AUMENTADA E AUMENTADA INVERTIDA

AUMENTADA

A Escala Aumentada também é uma Escala Simétrica. É formada por intervalos regulares
de 1,5 tom e semi-tom. É composta por 6 notas em sua formação. Por conta da simetria,
possui apenas 4 Tonalidades. As demais tonalidades serão consequência delas. Ou seja,
terão notas enharmônicas entre si. Desta forma:

C => E – G#

Db => F – A

D => F# – A#

Eb => G – B

Exemplo na tonalidade C

A Formação da Escala Aumentada => T – #9 – 3M – 5J – #5 – 7M

Digitação da Escala Aumentada de C

Esta é uma Escala com uma sonoridade bastante marcante, o que a torna interessante,
embora seja pouco aplicada. A utilização dela é ideal sobre os Acordes “7+(#5)” e
“7+(#9)”. Vale lembrar que esta é uma Escala formada por sobreposição de Tríades
Aumentadas. Portanto, a idéia que se aplique sobre um Acorde Aumentado, pode ser
repetida nos demais Acordes dessa formação, tanto melódica, quanto harmonicamente.

98
AUMENTADA INVERTIDA

A Escala Aumentada Invertida também é uma Escala Simétrica. É formada por intervalos
regulares de semi-tom e 1,5 tom. É composta por 6 notas em sua formação. Por conta
da simetria, possui apenas 4 Tonalidades. As demais tonalidades serão consequência
delas. Ou seja, terão notas enharmônicas entre si. Desta forma:

C => E – G#

Db => F – A

D => F# – A#

Eb => G – B

Exemplo na tonalidade C

Formação da Escala Aumentada Invertida => T – b9 – 3M – 4J – #5 – 6M

Digitação da Escala Amentada Invertida de C

Esta Escala também possui uma sonoridade marcante, embora (assim como a
Aumentada) seja pouco aplicada. É possível utilizá-las (a Aumentada e a Aumentada
Invertida) em improvisos sobre temas tonais observando alguns cuidados, já que
possibilitam a sonoridade do “IN” e do “OUT”. Sempre será importante lembrar sobre a
abordagem harmônica às quais estas Escalas forem aplicadas, para que sejam feitas
dentro de contextos adequados.

99
ESCALAS BEBOP

As Escalas Bebop são frequentemente usadas nas improvisações jazzísticas. São Escalas
derivadas dos Modos das Escalas Maior e Menores Harmônica e Melódica, com o
acréscimo de uma oitava nota cromatizando um movimento melódico entre
determinados graus desses Modos. O acréscimo desta nota é que caracteriza a Escala
Bebop. As Escalas Bebop são:

- Escala Bebop Dominante (ou Bebop Mixolídia)


- Escala Bebop Maior (Jônio e Lídio)
- Escala Bebop Dórica
- Escala Bebop Lócria
- Escala Bebop Menor Harmônica
- Escala Bebop Menor Melódica

Utilizando “C” como exemplo.


ESCALA BEBOP DOMINANTE (BEBOP MIXOLÍDIA)

Esta é uma Escala derivada do Modo Mixolídio e tem a nota cromática acrescentada
entre o bVII e VIII graus.

Assim como no Modo Mixolídio, podemos acrescentar esta nota nos demais tipos de
Acordes Dominantes (estes exemplos abaixo são os mais comuns).

100
ESCALA BEBOP MAIOR

Esta é uma Escala derivada dos 2 Modos Maiores, o Jônio e o Lídio. O acréscimo da nota
cromática ocorre entre os V e VI graus de cada Modo.

MENORES

ESCALA BEBOP DÓRICA

Esta é uma Escala derivada do Modo Dórico. O acréscimo da nota cromática ocorre entre
os V e VI graus. Esta Escala é utilizada para Acorde Menor.

Quando o Acorde Menor estiver cadenciando com um V7, a Escala Bebop Dórica passa
a ter a nota cromática entre os bIII e IV graus.

101
ESCALA BEBOP LÓCRIA

Esta é uma Escala derivada do Modo Lócrio. O acréscimo da nota cromática ocorre entre
os V e VI graus. Utilizamos quando o Acorde cadenciar com um V7.

ESCALA BEBOP MENOR HARMÔNICA

Esta é uma Escala derivada da Escala Menor Harmônica. O acréscimo da nota cromática
ocorre entre os bVI e VII graus. (Aqui, ela pode ser comparada - pelo seu resultado -
com a Escala Menor Natural, com o acréscimo da nota cromática ocorrendo entre os
bVII e VIII graus.

Ela contém todas as notas da Escala Menor Harmônica e da Escala Menor Natural. Pode
ser utilizada em todos os 3 Acordes de uma cadência II – V – I.

ESCALA BEBOP MENOR MELÓDICA

Esta é uma Escala derivada da Escala Menor Melódica. O acréscimo da nota cromática
ocorre entre os V e VI graus.

102

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