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A gravação 1.wav

Olá, professora Edna, bom dia. Estamos aqui para entrevistar a senhora, sobre o preconceito
linguístico. O que a senhora tem a dizer sobre isso.

Eu tenho a dizer que não é uma coisa boa, né? Porque cada região tem o seu jeito de falar, a
sua gíria é, tem pessoas que você conversa de outra região, você precisa pedir para que ela
traduza até para você. Eu tenho uma amiga queridíssima do Nordeste, que ela fala? Coisas que
eu pergunto, o que que quer dizer isso daí? Então, o que eu tenho pra dizer é que tem que ter
muito respeito de uma região para outra. E a gente não deve ter preconceito linguístico de
jeito nenhum sim

O que a senhora entende sobre preconceito linguístico e por que isso é muito presente no
brasil?

Na minha opinião, precisa de um de um entendimento do seguinte, que cada povo tem sua
cultura, cada região tem sua cultura também, então nenhuma está certa. Nenhuma está
errada. Exemplo aqui a gente fala coração e muitas regiões do nordeste, fala “córação”. E aí eu
pergunto, qual está certo, qual está errada? Nenhuma está certa nem errada.

Quais variações linguísticas você já presenciou

Muitas, muitas, muitas. Esses dias, uma professora daqui falou que eu dei muita risada, porque
era uma palavra que eu não conhecia, mas eu vou falar de um de uma outra expressão que eu
acho legal, o trânsito. Você conversa com uma pessoa de lá da região do nordeste, não vou
lembrar qual, o trânsito quando aqui pra nós tá engarrafado, o engarrafamento pra eles é o
“agarradinho”. Então é uma coisa que marcou bastante para mim. O trânsito “agarradinho”.

Você costuma usar bastante a linguagem informal ou gíria no seu dia a dia, ou nas redes
sociais?

Então depende, né? Quem me conhece sabe que eu uso bastante gíria, independente da
minha profissão, da minha idade. Mas é o que estávamos conversando antes, depende do
momento, depende com quem eu falo, depende do que da ocasião. Eu vou para uma
entrevista de trabalho, eu não posso falar gíria, eu vou perder a vez ali, se eu estiver falando
com o advogado, com o juiz, mas entre amigos ou mesmo até entre vocês eu falo na gíria sim,
sem problema. Não tenho preconceito com gíria, pelo contrário. Adoro aprender as novas
gírias da idade de vocês adoro!!!

Você já presenciou muito preconceito linguístico na sua vida social.

Muito, muito. Tem gente que acha que é porque a pessoa fala alguma coisa de outra região,
que ela é ignorante, que ela é analfabeta e não tem a ver. Muitas coisas que eu ouço que as
pessoas ficam “tirando uma da cara”; “tirando uma da cara” já é uma gíria que eu falei aqui.
Presencio isso muito, não só com alunos com amigos também, então eu volto a dizer, o
“córação” e várias outras coisas que as pessoas acham que estão sendo faladas errado, mas
não. Ca

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