Você está na página 1de 37

GABRIELA CAVASIN SALVADOR

GUILHERME GERMANO BAZANA


LEANDRA DIAMOR
ROBSON ALBERTO PINHEIRO

INTERIOR X CAPITAL:
AS VARIAÇÕES NAS FALAS ENTRE REGIÕES RURAIS E
URBANAS DOS ESTADOS PARANÁ E SÃO PAULO

Londrina
2023
1. Objetivos
1.1 Objetivo geral:
Analisar as variações presentes nas falas de moradores da região pioneira e
da capital do Paraná, comparando-as com as de moradores da capital e do interior
de São Paulo.

1.2. Objetivos específicos:


1. Observar se há a incidência do dialeto caipira na região rural e na
região urbana;
2. Perceber como a concordância verbal aparece na fala de cada um dos
entrevistados;
3. Explorar as possibilidades para essas diversas incidências em nossa
língua.

2. Justificativa
Este trabalho se propõe a investigar as variações na fala humana em
diferentes regiões, compreendendo a língua como um fenômeno social inerente à
cultura e à identidade. Busca-se por meio deste trabalho observar se realmente é
perceptível as diferenças na fala de moradores de regiões interioranas, sobretudo
áreas rurais, em comparação aos habitantes de capitais; grandes centros urbanos.

3. Metodologia
A partir de questionário elaborado, será feita uma entrevista com, pelo
menos, 2 moradores de cada região - rural e urbana -, do estado do Paraná e de
São Paulo, entrevistando as duas capitais, São Paulo e Curitiba, totalizando 10
entrevistas. Em uma mesma localidade, cada um dos participantes possui idades e,
consequentemente, identidades individuais distintas. Dessa forma, a análise
consistirá na possibilidade de variações linguísticas e o motivo delas ocorrerem.

4. Pressupostos teóricos:
A variação diatópica ou regional, fenômeno linguístico influenciado por
aspectos históricos, culturais, sociais específicos de cada localidade, é responsável
por moldar as singularidades geográficas da Língua Portuguesa. Ademais, ela está
associada - em alguns casos - ao povo colonizador da região, como explicado no
trecho: “Isso ocorre porque a língua do povo colonizador acaba influenciando a
língua da região colonizada. No Brasil, apesar de termos sido originalmente
colonizados por portugueses, tivemos um grande fluxo imigratório de diversos povos
- alemães, italianos, espanhóis, açorianos, japoneses e eslavos, entre outros - sem
contar os povos africanos que foram trazidos como mão-de-obra escrava e povos
indígenas que já habitavam o território brasileiro, o que faz do nosso país um
espaço pluridialetal, um "prato cheio" para a pesquisa sociolinguística.” (COELHO;
GÖRSKI; MAY; NUNES, 2012)
Além disso, entende-se que a língua é o nosso veículo de interação social,
demonstrando que, na análise dentro de situações naturais e espontâneas, é
possível definir a origem das pessoas, a intimidade, a identidade, entre outros
fatores. Com isso, a obra de Fernando Tarallo é fundamental para que a pesquisa
sobre variação linguística seja realizada, uma vez que abrange conceitos teóricos e
metodológicos e auxilia o pesquisador a traçar um objetivo de maneira prática, visto
que “É a língua que usamos em nossos lares ao interagir com os demais membros
de nossas famílias. É a língua usada nos botequins, clubes, parques, rodas de
amigos; nos corredores e pátios das escolas, longe da tutela dos professores. É a
língua falada entre amigos, inimigos, amantes e apaixonados. Em suma, a língua
falada é o vernáculo (...) trata-se dos momentos em que o mínimo de atenção é
prestado à língua.” (TARALLO, 1990, p. 19 - A pesquisa sociolinguística).
Da mesma forma, Roberto Camacho traz a importância dos elementos
regionais, históricos e sociais para o estudo e análise da língua falada, pois tais
aspectos também influenciam a variação presente no ato da comunicação em
situações naturais. Em “Norma culta e variedade linguística” (2011) nos deparamos
com a variação fonética, morfológica e sintática, conceitos que auxiliam na pesquisa
sociolinguística. “Com efeito, um dos princípios mais evidentes desenvolvidos pela
linguística é que a organização estrutural de uma língua (os sons, a gramática
linguística, o léxico) não está rigorosamente associada com homogeneidade; pelo
contrário, a variação é uma característica inerente das línguas naturais.”
(CAMACHO, 2003.)
Castilho e Elias (2012) evidenciam como a língua é variável e diversa, e essa
diversidade relaciona-se, também, aos contextos geográficos. “[…] Brasileiros do
Norte, do Nordeste, do Sudeste, do Centro-Oeste e do Sul não falam exatamente do
mesmo jeito. Uma língua natural conterá, portanto, diferentes dialetos, relacionados
aos espaços geográficos que ela ocupa.” (CASTILHO; ELIAS, 2012). Ao entender
como essa variação reflete no vocabulário e nas estruturas gramaticais, é possível
compreender, igualmente, a relação entre a língua e a identidade.
Ademais, “ [...] compreender o uso da língua como elemento desencadeador
de ambientes particulares de interação, governados pela necessidade de
comunicação e pela constituição de identidades [...] É como pensar que, em cada
elocução, submergem elementos que constituem o sujeito falante e que remetem a
um mundo particular, o qual se faz não apenas pela história de cada um, mas pela
sua cultura e pela sua tradição.” (AGUILERA; BUSSE, 2008). A partir do trecho
retirado do texto de Vanderci Aguilera e Sanimar Busse, podemos analisar e
“contextualizar” o fenômeno da variação regional, é perceptível que em diferentes
regiões do Brasil existem elementos próprios na fala dos falantes daquele lugar.
Aguilera e Busse vão apontar que tais elementos e variações vão constituir o sujeito
falante e o remeter a um “mundo particular”; é possível destacar na fala deste
sujeito a cultura e a tradição de sua região.
Focando um pouco na região Sul, Valter Romano e Vanderci Aguilera
apontam como uma mesma região pode apresentar diferentes variações; se
tratando da região Sul é possível observar “padrões” distintos nas falas dos falantes
de cada estado (Paraná; Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Entretanto, vale
ressaltar que mesmo se tratando de um único estado, é possível encontrar
variações dentro dele. Podemos observar a variação regional ao analisar essas
variações nas falas de sujeitos de diferentes regiões de um mesmo estado, como
por exemplo, as diferenças nas falas de moradores da região Sul do estado, mais
próxima de Santa Catarina, e na dos moradores da região lateral do norte do
Paraná, caracterizada pela sua identificação linguística com o Estado de São Paulo.
“a região Sul do Brasil apresenta mais diferenças do que semelhanças, não
podendo, portanto, ser classificada como uma área linguística homogênea. Há
diferentes padrões de variação lexical nessa região considerando-se a história
social de cada um dos estados que a compõe, o que se reflete, sobretudo, no
léxico.” (ROMANO; AGUILERA, 2014).

5. Questionário

- Como foi sua infância?


- Você é casado/solteiro? Sua família mora com você? Quantas pessoas
vivem com você?

- Você sempre morou na cidade que mora atualmente? Você está na


mesma região desde que começou a morar nela?

- Atualmente qual é sua profissão? Sempre trabalhou nesta profissão?


Gostaria de mudar de profissão ou buscar outro cargo na mesma área de
trabalho?

- Você costuma viajar? Visitar sua família ? Quais outros lugares


gostaria de conhecer?

- Alguma atividade do seu dia a dia gera dificuldades na sua rotina?

- Você tem animais de estimação? Como decidiu tê-lo em sua família?

- Durante o final de semana você e sua família costumam comer algo


“diferente” daquilo que comem normalmente durante a semana?

- Você e sua família costumam sair juntos? Aonde gostam de ir?

- Você poderia, de forma breve, descrever o local em que vive? Como é


em torno da sua casa? O que é possível visualizar e o que não é?

- Você acompanha algum esporte? Tem algum time em específico que


você torce? Poderia falar um pouco sobre como é torcer pra ele?

- Pensando no seu dia a dia, quais as principais diferenças que você


observa ao conversar com as pessoas que moram na sua região e com as
que moram em outros locais? Quais diferenças você consegue observar na
fala de sua região que a diferencia de outros lugares?
6. Transcrições das entrevistas

6.1 Ana, Toledo - PR

Entrevistador: Então, bom, ó, primeira pergunta, você pudia falar um pouco


de como foi a sua infância?
Entrevistado(a): A minha infância foi, foi bem, bem, eu quase não tivi
infância, né? 8 anos já é, já ia trabalha, limpar troncu de pé de café. Intão, cara, eu
não tivi… istudar, não, não, istudei muito poucu. Fiquei 4 anu istudando e não saí do
primeiru ano.
Entrevistador: Tem alguma coisa que você lembra assim da região que você
morava na sua infância, que cê pode falar?
Entrevistado(a): Eu morava nu Ribeirão Bonito, perto da chácra de vocês lá.
I daí única coisa, nois distraia mai, nois gostava de pescar de penera no rio, era
razin, né? Nois pescava de penera. Me divertir mais era nisso. Os dia que a gente
num tava, o dia que tava mei de chuva, que num dava trabalhar, né? E na iscola
também a gente brincava bastanti, criançada, todos… do sítiu, né?
Entrevistador: E você, você é casada, solteira, cê mora com a sua família,
quantas pessoas que vive com você?
Entrevistado(a): Eu sou viúva, né? 30 anos já, né? E moru cum filhu.
Entrevistador: Mora só com um filho?
Entrevistado(a): É, só o filhu. Agora a minha vizinha Maria, né, que fez a
casa dela, que mora aqui, casa da gente, da outra filha mais velha.
Entrevistador: E cê sempre morou nessa cidade que você mora hoji em dia,
e cê tá na mesma região desdi qui começou a morar nela?
Entrevistado(a): Sim, na mesma região.
Entrevistador: E cê sempre morou nessa cidade ou já morou em outros
lugares.
Entrevistado(a): Ai, já morei um anu em Cordeirópolis, no interior de São
Paulo. Eu voltei para Toledo di novo.
Entrevistador: É, atualmente cê trabalha, cê tem alguma profissão?
Entrevistado(a): É, custureira, né? de custura.
Entrevistador: Cê sempre trabalhou nessa profissão?
Entrevistado(a): Sempre, sempre trabalhei de custureira, graças a Deus.
Entrevistador: Tirando o serviço que você fazia no sítiu, então, desde
criança, começou a fazer custura. Sempre ficou nessa área mesmo?
Entrevistado(a): É, depois que fiquei viúva eu passei a custurar só daí.
Entrevistador: E tem us trabalhos domésticos também, ou você não faz
tanto em casa?
Entrevistado(a): Tem também.
Entrevistador: Cê podia falar um pouco de como qui é? O trabalho
doméstico, você tem ajuda do seu filho, da sua filha, cê faz mais sozinha, como é
que é?
Entrevistado(a): É, a gente agora tá na chácara, né. Aqui em Toledo mesmu,
né?
Entrevistador: E como é que é o serviço doméstico aí na chácara?
Entrevistado(a): Ai, é meio corridão u negóciu aqui. Tem essas criação, né?
Mas vamu fazendo, sussegadin. É uma bença, né? Porque também a gente vai
peganu a idade. A gente gosta, quer sussego. Não gosto muito barulho, né? E aqui
é mais tranquilo, graças a Deus.
Entrevistador: Cê falou um pouco de sossego, mas você costuma viajar? Cê
tem costume de visitar alguém da sua família? Tem algum lugar que você…
Entrevistado(a): Eu gostu de viajar.
Entrevistador: E você costuma viajar bastantchi?
Entrevistado(a): Gostu de visitar as família. Aí se pudesse eu vivia só
viajanu
Entrevistador: É? E tem algum lugar assim que cê tem vontadi de conhecer?
Qui cê fala, quiria ir pra tal lugar?
Entrevistado(a): Ai eu tenhu vontadi de ir no Rio Quentchi, que já fui em
Trindade, Goiás. Mas Rio Quentchi, eu num fui.
Entrevistador: Você podia falar um poucu do porquê qui cê tem vontade de ir
pra lá?
Entrevistado(a): Ai, eu gostaria de i pra conhecê, que a gente num conhece.
Eu gostu muitu desse negócio, é quase uma termas, né? Agora, água quenti, né? A
gente quiria conhecê. Eu quiria conhecê a termas de Jurema também aqui pertu di
Campo Mourão
Entrevistador: U seu filhu falou um poucu sobre a criação, né? Qui é uma
atividade que às vezes não dá tanta vontade de fazer no dia a dia, qui acaba
atrapalhando a rotina. Cê também vê assim, tem alguma atividade assim que você
observa qui cê faz, qui acaba atrapalhando meio qui o seu dia a dia, qui cê pare e
pensa, fala, “nossa, tem que fazer tal coisa hoje”, dá um desânimo?
Entrevistado(a): Intão, filhu, eu gosto muitu das criação, né? Mas por causa
da chácara, ser piqueninha que tem vontade de acaba, vendê tudu, sabe? A gente
fica mais tranquilu.
Entrevistador: Entendi, é…e fora a criação, vocês num tem animal de
estimação, né?
Entrevistado(a): Tem minha cachorrinha, pretinha. Essa cachorrinha já vai
muitu tempu que me acompanha. Onde eu vô, ela vai juntu, é.
Entrevistador: I comé qui foi quando cê decidiu ter ela ou não? Ou não foi
algu tantu decisão ou foi mais “acabô acontecendo”.
Entrevistado(a): Ah, sempre um animalzinhu qui a vó tem. Tinha uma, daí
acabou morrendo, eu rumei outro e pui o mesmo nome.
Entrevistador: É falando um pouco sobre o final de semana, assim, durante
o final de semana, você e sua família costuma comer alguma coisa diferente que
vocês não, não comem muito durante a semana.
Entrevistado(a): Ai, eu gostu muitu de quemar uma carninha, fazer um
churrasquin, toma uma cervejinha, um chopp, né? Passa o barril, tem a família toda,
faze festa. Eu sou festeira pra caramba, gostu de dançar no clubes, né, daqui?
Muito animada da tercera idadi.
Entrevistador: Você falou de festa, falou sobre o baile tal e sua família, e
vocês costumam sair juntos? Sim, tem algum lugar que vocês gostam de ir
bastante?
Entrevistado(a): Nós sai sempre junto. Agora nós vai numa lanchonete mais
próximu aqui, no busão do alemão, lanchonete grandona bem sossegadão e nois
vai lá. Nois tem um tempinhu, nois vai no shopping, sempre junta. Todo mundu não
que todo mundu não gosta, não gosta do mesmu ritmo da gente, né? Então, mas as
2 filhas mais velha é sempre bom estar juntu, nas festa, nos bailão.
Entrevistador: Entendi, você podia falar um pouco de como que é esse baile.
Entrevistado(a): Ai é muitu bom, vem tudo de fora as banda, vem de lá de
Santa Catarina, nois é gaúchu. São animado. Esse é u melhor clube que tem, da
terceira idade. Mas pros jovem tem bem mais
Entrevistador: Você pode, de forma breve, descrever assim o lugar que você
vive agora, como que é em torno da sua casa, o que que dá para visualizar daí.
Entrevistado(a): A, que beleza, né, cara? A gente planta de tudo, tudo tem,
né? E eu gosto muitu de mexer com as planta, né? Aí a gente tem de tudo, graças a
Deus, planta tudo e beleza. É muitu estranhu, muitu aqui.
Entrevistador: E aí é mais área rural mesmo, é mais sítio
Entrevistado(a): É chácara, é chacrinha, mesmu Chacrinha
Entrevistador: É falando um pouco sobre esporte, tem algum esporte que
você acompanha? Tem algum time que você torce? Você podia falar um pouco
como que é torcer para ele?
Entrevistado(a): Ai eu torçu sempre Santos, né, que já vem a família inteira.
A família inteira santista, nossu time está lá embaixo, mas nós num desisti, não, já
vem dos avós, né? O Pedro, vó Joaquim, que é o dos meninos, né? Tudo santista, o
pai, né?
Entrevistador: E você torce, então, pra esse time mais pela família. Mas
você chega acompanhar um pouco, ver um jogo, ou outro, ou nem tanto.
Entrevistado(a): Quando estão jogando, eu gostu de juntar todo mundu
juntu. Final de semana a gente passa tudo juntu.
Entrevistador: Para fechar, então, a última pergunta, pensando no seu dia a
dia? Assim, as pessoas que você convive. Quais as principais diferenças? Que você
observa quando você conversa com pessoas que moram na sua região.Que com
pessoas que moram em outros locais, com as diferenças que você consegue ver,
assim na fala da sua região, que você vê que é diferente de outros lugares.
Entrevistado(a): Mais que a gente que não entende muito bem é us haitianu.
Eu mesmo num consigo entender o que eles fala não.
Entrevistador: Pensando na fala do pessoal da sua região, você vê que tem
alguma expressão, algum jeito de falar que você vê que as outras pessoas têm
dificuldade de entender vocês ou isso você não percebe tanto.
Entrevistado(a): Como assim você quis dizer que eu num entendi?
Entrevistador: Por exemplo, você falou que você não consegue entender
muito bem os haitianos, pelo jeito de falar ou pelas expressões que eles usam.
Pensando na sua cidade, mesmo no seu estado. Tem alguma expressão ou algum
modo de falar que é próprio de vocês, que você vê tal pessoa falando você fala “ah,
essa pessoa é de Toledo, ela fala tal coisa” que você observa que vocês falam mais
e outra região, quando escuta, não entende muito bem.
Entrevistado(a): Os alemão, né? Eles fala coisa bem, muitu diferente que a
gente. Nós que samo paulista, né? Então, a gente tem muitas coisas que eles fala
muitu diferente. Às vezes a gente nem entende bem, né? Quase como é que é?
Custa cair a ficha para ver que é assim. Os alemão, os gaúcho já a gente entende
mais um poucu, né? Os alemão a gente tem muitas coisas que eles falam diferente
da gente.
Entrevistador: Mas e vocês mesmo aí do Paraná de Toledo tem algo que
você consegue lembrar que vocês falam? Que é próprio de vocês, mesmo, da fala
de vocês.
Entrevistado(a): Onde a gente tinha um sítio lá. Era muitas coisas que a
gente falava, né? Nois falava bezerras, eles falava terneiro. Falar, eu tirar leite, eles
falavam tirar vaca. Nois cruzemo o rio.

6.2 Kawan, São Paulo - SP

Entrevistador: Bom, é.. a primeira pergunta. Eu gostaria que você falasse


um pouco de como que foi a sua infância
Entrevistado(a): Ah, a minha infância achu qui foi ... "tchô vê" .. foi... assim..
é.. do ponto de vista de tê gostado ou do que tê feito?!
Entrevistador: É... também o que você costumava fazer, que você lembra
Entrevistado(a): Cara, a minha infância eu acabei morando em prédio, então
eu tinha contato com bastante amigo então sempre tava part.. praticando alguma
atividade assim, alguma brincadera, é... com os meus amigos ou jogando futebol,
correndo, era pega pega, alguma coisa assim, sempre... é... ah, sempre muito
bacana assim, eu não me arrependo.. quer dizer, não tenho nada que me.. que ..
que eu sinta falta assim, na verdade eu só tenho boas memórias da infância, uma..
uma infância assim, né.. bem ativa, né, digo, pela.. pelas brincadeiras, né.. e..
bastante amigo, é isso
Entrevistador: Entendi, e você é casado? Cê é solteiro? Sua família mora
com você? Quantas pessoas que vivem assim com você?
Entrevistado(a): Hoje sou casado, moro só eu e minha esposa, às vezes o
Bart
Entrevistador: Entendi... é... você sempre morou nessa cidade que você
mora atualmenti e você tá na mesma região desde que começou a morar aí?
Entrevistado(a): Não, eu moro sempre na mesma.. sempre morei na mesma
cidade, nunca morei em outra... e.. não estou na mesma região. Agora, eu to numa
região diferente da que eu sss.. sem .. sempre convivi, antes ... por maior parte da
minha vida, eu convivi na região Oeste de SP, em bairros mais próximos.. assim, eu
cheguei a mudar de bairro, mas sempre bairros próximos, ne bairros vizinhos e hoje
moro na zona sul, é um bairro totalmente diferente. Cedi ao bairro da esposa, né.
Entrevistador: Entendi. Tem alguma coisa que você percebe de muito
diferente?
Entrevistado(a): Eu achu qui as coisas assim... a região que eu morava tinha
mais acessu a outras regiões de SP, com mais facilidade, assim, di distância. Di
transporte, aí eu acho que hoje o transporte que eu acesso é mais cômudo, né. Eu
moru perto de uma estação de trem, então isso cria aí um certo comodismo, antes
eu usava mais onibus, mas também acessava mais lugares de SP, com mais
facilidade, por ser mais próximo da região que eu morava. Essa é a única coisa que
eu sintu di diferenti assim.
Entrevistador: Entendi, e falando um pouco sobre trabalho. Atualmente qual
que é a sua profissão? Você sempre trabalhou nesta profissão? Você gostaria de
mudar ou buscar outro cargo nessa mesma área?
Entrevistado(a): Hoje eu trabalho no... cum finanças. A maior parte dos
lugares que eu trabalhei sempre foram cum essa ... dessa mesma área.. as vezes
sintu que tenho vontadi de mudar.. mas.. nao tenho uma decisão concluída... por
que hoje, por ter muito tempo de experiencia nessa area financeira, acabu qui mi,
qui mi coloca assim a frente de muita coisa, ne, que se eu fosse disputar hoje com
outras pessoas, diferente se eu fosse mudar de área hoje, eu teria que, começar...
vamos supor, meio qui.. tudo dinovo, ne... então, achu qui quando a gente começa a
ter novas responsabilidades, hoje casado, então.. é... acaba qui esse tipo de
decisão di fazer uma migração de área assim é um pouco mais difícil. ... Trocar de
área seria começar uma nova experiência i tê qui subir os degrais ... os degraus, na
verdade ne, tudu novamente.
Entrevistador: Entendi, bom.. e você costuma viajar, cê visita bastante a sua
família? tem algum lugar que você tinha vontade de conhecer?
Entrevistado(a): Eu viajo acho que assim... uma vez ao ano, acho que
razoável também, ne, pensando no ponto de vista geral da população, acho que é
okay. Procuro visitar familiares, ne, seja da minha parte ou da parte da minha
esposa ou i pra praia assim. E um lugar que eu tenho vontade de... di conhecer é
fazer uma viagem internacional pra Europa, mas se fô falar um lugar
especificamente seria a Inglaterra, achu bonito.
Entrevistador: Entendi. E você tem animal de estimação? Como você e sua
família decidiram tê-lo?
Entrevistado(a): Tenho... é.. um cachorro... eu... é... depois que eu casei,
minha esposa ja tinha, entao ...a decisão já foi dada ja
Entrevistador: (riso) e durante o final de semana você e sua família
costumam comer algo diferente assim, daquilo que vocês comem normalmente?
Entrevistado(a): Ó, a gente procura sim fazê alguma coisa diferenti, seja
fazê um lanche em casa ou pedir, ou fazê tambem... pedi uma pizza ou fazê alguma
coisa parecida com isso. Pra fugi um pouco da rotina, alimentação durante a
semana é algo mais pratico, mais padrao tambem ne
Entrevistador: Sim, sim. É.. e você e sua família costumam sair juntos
assim?
Entrevistado(a): Normalmente a genti.. hã... procura ir em parque ou visitar
algum lugar aqui, em SP tem bastanti lugar, então di tempo em tempos surge assim
pra uma exposição ou algum show, são lugares assim qui a genti têm preferencia e
gosta muito di i.
Entrevistador: Entendi.. é... e cê poderia de forma breve descrever o local
em que vive? o qui que é possível de visualizar o qui que não é?
Entrevistado(a): Ah, hoje eu moro em prédio, assim, é um bairro bem
residencial, tem o autódromo perto de casa, então da minha janela é um local que
costuma ficar mais visível assim, é... seria isso.
Entrevistador: Unhum... é... a próxima pergunta é sobre esportes, tem algum
outro esporte que voce gosta de acompanhar além du futebol? Tem algum time
específico que você torce?
Entrevistado(a): Eu sempre gostei de acompanhar skate, hoje até um pouco
maiss, é um esporte que eu praticava na minha infância, mas acho que di esporte
que eu mais acompanhei assim, durante toda a minha vida, foi futebol mesmo.
Apesar di o skate tê mais.. relevância pra mim hoje... hm ... como pessoa du qui o
futibol, mas eu sempre gostei muito di futibol, o time que eu gosto aqui do Brasil é o
São Paulo.
Entrevistador: Legal, bom.. a última pergunta então, pensando no seu dia a
dia, quais as principais diferenças que você observa ao conversar com pessoas que
moram na sua região e quando conversa com pessoas que moram em outros
lugares e quais diferenças você consegue observar na fala assim.. da sua região
que diferencia ela de outros lugares?
Entrevistado(a): Hã.. acho que normalmente é o sutaqui, né.. achu qui o
sutaqui é o que acaba de primera assim ne, que normalmente.. é... fica mais.. mais
claro ne.. porque é o ... quando a pessoa fala... é... quando eu falu cum pessoas da
minha região ne, eu não consigo perceber muito isso, mas acaba qui.. é.. genti
percebe ali qui elas tem criações diferenti i normalmente isso diferencia um pouco
ne, mesmo sendo da mesma regiao.
Entrevistador: Unhum, e pensando assim um pouco mais na fala mesmo,
tem alguma expressao, ou maneira de fala que voce observa assim alguém falar e
logo já associa, fala "ah, essa pessoa é da mesma região que eu", ou coisa que
você observa qui é realmente do estado assim que você vive qui você vê que outras
pessoas em outros lugares que você visita não usa essas mesmas expressões, ou
maneira de falar... tem algo assim?
Entrevistado(a): Tem, eu acho que principalmente gíria, aqui em SP, pelo
menos, no meu ciclo ne, é... mesmo em relação a ambientes mais formais como
trabalho, eu vejo que as pessoas usam ... é.. as mesmas gírias ou os mesmosss
vícios de fala, então, por exemplo, vou citar um assim, normalmente as pessoas
falam muito "tipu", ne.. tipu daria pra dizer que é um vício de fala ou.. gíria,
dependendo.. agora isso em ambientes mais formais né, por exemplo, agora se for
em ambientes mais informais né... então.. é.. as gírias ficam mais.. é.. evidentes, ne,
então... "mano".. é, sei lá, "séloco", tipu, dependi muito da situação assim da fala,
mas as gírias normalmente.. eu acho qui é algo muito aqui da.. da região que eu
moro, né.
Entrevistador: Entendi, unhum, mai então era isso, brigado, viu.

6.3 Wilson Junior, Toledo - PR

Entrevistador: Beleza, vamo começar então… é… cê pode falar um pouco


de como que foi a sua infância?
Entrevistado(a): Minha infância?!
Entrevistador: É!
Entrevistado(a): Cara, a minha infância foi… foi entre a cidade e o campu
né, ali na casa do Wellington ali.. é … que eu passei muito tempo ali também e ele
passou muito tempo aqui na cidade também e aí.. aqui, pelo menos, a gente passa
muito entre a cidade e u campu. Quando volta a morar na cidade qué volta pu
campu; quando tá nu campu, qué volta pra cidade. E foi brincando na rua, cara… foi
.. foi daora
Entrevistador: Tendi… é.. e cê é solteiro, cê mora com a sua família,
quantas pessoa que vive assim na sua casa?
Entrevistado(a): Eu namoro, mas… eu moro só com a minha mãe só
Entrevistador: Só com a sua mãe… e atualmente cê ta trabalhando? Que
profissão que cê tá? Cê sempre trabalhou nessa área? cê ta gostando? Queria
mudar, ou cê queria tipo, um cargo diferente nessa mesma área? Como é que ta o
seu trampo?
Entrevistado(a): Então não sei se cê lembra, eu era … trabalhava em
mercado, o mesmo mercado que o meu irmão e aí.. eu era repositor aí eu fui
cresceno, daí eu, foi surgino outras oportunidades daí agora eu sô promotor de
vendas. E aí.. eu to gostano, tô… é um.. uma profissão assim que eu almejava já
desde o começo e aqui eu to teno a oportunidade de crescer ne, to teno algumas
propostas aí.. quero ver se até o ano que vem eu consiga, consiga melhorar di
..di..di posição na empresa e to fazeno uns bico ai di.. di.. entregador também.
Entrevistador: Entendi, e cê costuma viajar assim, visitar algum parente?
Tem algum lugar que você gostaria de conhecer?
Entrevistado(a): Sabia que eu sempre quis conhecer Bela Vista do Paraíso?
..Não, to brincano. Cara, eu acho que.. Nordeste lá.. a parte do, acho que lá a parte
da.. da.. assim da Bahia e coisarada, tem uma.. outra cultura. Que se você vai ali
pro RS ali é meio parecido com a gente, né?!
Entrevistador: Unhum… é… questão de… animal de estimação, cê tem
algum animal de estimação?
Entrevistado(a): Não.
Entrevistador: Nem tem vontade?
Entrevistado(a): Tenho, mas a casa onde eu moro não suporta, né, e eu
também não tenho muito tempo agora.
Entrevistador: Unhum. Bom….. no final de semana, cê e sua família
costuma comer alguma coisa diferente do que come durante a semana?
Entrevistado(a): Ah, churrasco, né. Chega Domingo a gente come churrasco
lá na casa da vó. No sábado, cara, geralmente é muito comum pessoal pedir pizza,
é muito comum
Entrevistador: E cê costuma sair muito com a sua família?
Entrevistado(a): Então, a gente… Cara, a parte que a gente mais vai é na
casa da minha vó, que agora é tipo uma chácara né.
Entrevistador: Tendi, tem como cê descrever de forma breve o lugar onde
você vive? Como que é em torno da sua casa assim? Mais pensando no seu bairro
mesmo assim, perto da sua casa
Entrevistado(a): O meu bairro, cara.. meu bairro praticamente ele não é ..
um bairro rico, por exemplo, ele é um bairro que tipo assim, vivem pessoa muito
bem assim, mas é.. a criminalidade aqui não é alta, por exemplo, mas também não
é uma criminalidade assim que não existe, por exemplo, que é o que acontece no
outro lado da cidade. O policiamento aqui é meio… intenso, mas sempre tem uma
laranja podre, ne, dai sempre acontece alguma criminalidadi aqui, coisarada. A
gente não é pobre assim di..di..ficar pedindo comida e coisarada, mas a gente
também não é rico, pra ficar esbanjando também, entendeu. A gente fica no meio
termo ali da cidade, sabe?
Entrevistador: Unhum.. e..
Entrevistado(a): Cara
Entrevistador: Hm?
Entrevistado(a): Pó falar
Entrevistador: Bom, outra pergunta que eu queria fazer, cê acompanha
algum esporte, um ou mais de um, cê tem algum time específico que você torce? Ce
podia falar um pouco de como é?
Entrevistado(a): É.. eu acompanho exclusivamente só futebol, ne e eu
desde criança sô.. sô corinthiano (risos) é.. desde criança eu sô santista, cara, daí
eu… cara é.. eu não consigo.. é… o Santos é minha vida, ne cara; ele que muda o
meu humor durante a semana, se perde eu fico puto a semana intera, se ganha eu
fico feliz a semana intera! A torcida que eu tenho pelo Santos é demais, é coisa de
outro mundo.
Entrevistador: Tendi, a última pergunta que eu tenho pra fechar.
Entrevistado(a): Cara, o maior diferença que eu vejo assim, é que tipo o
pessoal que é lá pro lado du .. du.. de SP, RJ, e coisarada é que eles falam mais
devagar e aqui quanto mais pra baixo, quantos mais SC e RS, que o pessoal vem
pra cá… Cara, eles falam muito rápido, cê não tem noção, eles falam muito.. é..
muito embolado que eles falam e lá pra cima, eles falam mais quieto mais.. mais..
devagar e fala muita gíria que a gente não tem aqui, muita, muita, muita gíria.
Entrevistador: Cê tem algum exemplo?
Entrevistado(a): Exemplo, cara…
Entrevistador: De gíria.
Entrevistado(a): Cadê cara.. assa senhora, conheci uns cara que falava
umas gíria, cara.. tsc… assa senhora do céu, agora não vô lembrar véi, agora.. ixi…
agora fugiu tudo..
Entrevistador: Tá certo, não, mai então beleza então, obrigado pela
participação.
Entrevistado(a): Fechou, véi.

6.4 Priscila, São Paulo - SP

Entrevistador: Beleza, então, ó, a primeira pergunta, queria que você falasse


um poucu de como que foi a sua infância.
Entrevistado(a): Minha infância foi… eu… meus pais trabalhavam, então
quem cuidava de mim, né, primeiru foi minha avó, depois tinha uma pessoa que
cuidava de mim. Mas, assim, é, foi uma infância muitu boa. Assim, aos finais de
semana sempre ficava juntu com a minha avó. Tem lembrança da gente brincando.
Tem um irmão, né? Então, assim, sempre tinha alguém comigo para a gente brincar,
tudo foi muitu, muitu legal minha infância
Entrevistador: Você é casada ou solteira? Você mora com a sua família?
Quantas pessoa que vive com você na sua casa?
Entrevistado(a): Eu sou casada e moru só com meu marido
Entrevistador: Você sempre morou na cidade que você está atualmente e se
você tá nessa região desde que começou a morar nela, tipo essa cidade que você
mora, você está numa determinada região, você sempre moro nessa região ou moro
em outras regiões também?
Entrevistado(a): Não, eu nasci em São Paulo, aí depois eu morei um anu nu
Paraná, mas aí a gente voltou para São Paulo. Aí agora eu moru aonde, tipo,
sempre morei, né? No caso da onde eu nasci
Entrevistador: Entendi, é… falando um poucu sobre a sua profissão. Você tá
trabalhando e esse seu trabalho você sempre trabalhou nisso, nessa área. Se você
tem… gostaria de mudar de profissão ou buscar algum outru cargo assim, na
mesma área?
Entrevistado(a): É, hoje em dia, eu trabalho com comércio de etanol, é… já
trabalhei em outras coisas, né? Já trabalhei em comércio mesmo em loja de
shopping. É, mas hoje em dia assim, eu gostu de onde eu estou e pretendo
continuar nessa área, crescer nessa área, né?
Entrevistador: Entendi, é, e você costuma viajar, viajar para fora assim,
viajar para visitar sua família? Tem algum lugar assim específico que você tem
vontade de conhecer?
Entrevistado(a): Para fora do Brasil eu nunca viajei, mas tenho vontade de
assim…Tenho vontade de conhecer vários lugares, na verdade, mas um lugar que
eu tenho muita vontade de conhecer é a Austrália. Aqui no Brasil, eu viajo muitu
para o Paraná, que tem família no Paraná, então a gente, a maioria das viagens, né,
que faz, é pra lá. Ou então pra praia, né? Pru litoral aqui de São Paulo mesmu.
Entrevistador: Entendi. E sobre a Austrália, você podia falar um pouquinhu
do porquê que você gostaria de ir para lá. Ou só vontade mesmu?
Entrevistado(a): Não, só vontade mesmo, porque eu acho um lugar bonito e
tenhu vontade de conhecer lá.
Entrevistador: Tem alguma atividade, assim, que você faz no seu dia a dia,
que cê repara que ela gera dificuldade na sua rotina, que é algu que te vê “ah, tem
que fazer tal coisa e atrapalha o meu dia a dia".
Entrevistado(a): Ah, geralmente o meu dia a dia eu mais assim: é trabalhu
boa parte dele, o que atrapalha meu dia a dia é quando eu fico muitu tempu no
celular, né, aí acaba atrapalhando a rotina do dia. Mas é issu.
Entrevistador: Você tem animal de estimação e como que vocês decidiram
ter, você e sua família?
Entrevistado(a): Eu tenho um cachorru, é, na verdade, eu já tive. Eu tinha
um antes desse que eu ganhei dos meus padrinhos, né? Que meus pais deixaram
me dar. Eu sempre gostei muitu de animais. Já tive passarinho também. No
momento, eu só tô com o cachorru. Meu passarinho morreu. Mas, assim, comu eu
gosto muitu de animais e gosto muitu de cachorro, então… e aí, assim, né? Claro
que ajuda a cuidar de tudu. Então foi um combinado, ali, de família, ele tipo, não,
então vamo ter um cachorro e todo mundu ajuda, né? E todo mundo gosta dele.
Entrevistador: Tá certo, é… a próxima pergunta. Então, durante o final de
semana, você e sua família costumam comer alguma coisa diferente, alguma coisa
diferente daquilu que você come normalmente durante a semana que lá, tipu comida
que vocês falam “ah, isso é do final de semana.”
Entrevistado(a): Sim, geralmente de final de semana é… come mais
churrasco, ou então faz algum prato, tipu uma feijoada ou uma macarronada,
sempre algum prato diferente. Assim, do que o normal da semana, né?
Entrevistador: Você e sua família costumam sair juntos, e se vocês
costumam, onde que vocês gostam de ir?
Entrevistado(a): Geralmente a gente sai. Mas, assim, é mais pra… a gente
se reúne na casa da minha avó, então a gente sempre está reunido na casa da
minha avó.
Entrevistador: Entendi. Não tem outru lugar assim que você lembra o que
vocês costumam ir bastante.
Entrevistado(a): Ah, mais quando a gente viaja, mesmo, que aí a gente vai,
né? No Paraná, visitar nossa família. Então a gente se reúne com nossa família lá
também. É… Tem um tiu meu que ele tem chácara, tudu. Então a gente vai para lá.
Entrevistador: Entendi. É você pode formar breve, descrever um pouquinhu
do lugar, onde você vive, como é que é? Em torno assim da sua casa, o que que é
possível visualizar, o que que não é, por exemplo, se tem muito prédios, tem muitu
comércio, se dá pra ver bastante árvores, se não dá… esse tipo de coisa.
Entrevistado(a): É, eu moro em um condomíniu, ele é próximo do autódromo
de Interlagos, então geralmente é bem movimentadu. É, quando tem evento tudu,
tem muitu barulho, tem muitu movimento. Lá, é uma região que tem bastante árvore,
né, por conta do autódromo, mesmo, então… E, ali, o bairro é bem residencial,
assim não tem muito comércio, né? Mais o autódromo mesmo, e também é próximo
de uma estação de trem, mas a gente não consegue ver ela que ela está atrás, né,
da nossa vista, é, então… Mas a nossa vista mesmu tem bastante assim, apesar de
ter muitas residências, mas tem bastante árvore, também tem bastante verde.
Entrevistador: Entendi. Bom, é…você acompanha com esporte, seja um só
ou mais de um. Tem algum time específico que você torce? Você podia falar um
pouquinhu de como que é torcer pra esse time?
Entrevistado(a): Eu gostu de futebol, eu sou corintiana, sofro, né, com meu
time, mas eu gosto muitu de futebol, sempre gostei. Desde pequena, sempre gostei
de acompanhar, gosto de ir em estádio, é… já fui um tanto até quanto fanática, hoje
em dia sou menos, mas, assim, gosto muitu. Acompanhu. Sofre, né? Mas, é mais
assim, um passatempo mesmu hoje em dia, não é um negócio de, ah, fanatismo,
assim.
Entrevistador: Entendi, o que você acompanha mais mesmo é só futebol.
Entrevistado(a): Só, só futebol.
Entrevistador: A última pergunta, então, é pensandu um pouquinhu no seu
dia a dia, qual que é as principais diferenças que você observa? Assim, quando
você vai conversar com pessoas que moram na sua regiãu e quando vai conversar
com pessoas que moram em outros locais, que diferenças que você observa na fala
da sua região que diferencia de outros lugares.
Entrevistado(a): De outros locais você fala tipu, outras cidades?
Entrevistador: É, outras regiões também, outru estadu ou às vezes você
conhece alguém assim que mora aí, mas era tipu de outru estadu daí mudou pra lá.
Daí você vê uma diferença na fala dele.
Entrevistado(a): Tem, tem. Aqui em São Paulo, principalmente, tem bastante
gente que tem sotaque, né? Igual lá nu meu trabalho, eu convivo com muita gente
que é do Rio de Janeiro, porque a empresa que eu trabalho tem um escritório lá
também. Então, assim a gente convive ali, né, no escritório, então, percebe bastante
a diferença de sotaque, né? E aí, assim, diferenças regionais mesmu, é, de
costumes, tudu, mas eu tenho mais contato com, às vezes, pessoal do interior
também, puxa um poucu mais, o R né? Esse negócio que todo mundo fala, mas é
mais o sotaque mesmo.
Entrevistador: Entendi. E tem algumas expressões ou coisa assim, que você
repara que vocês falam mais e daí, por exemplo, quando você vai no Paraná e você
vê que a sua família não usa, mas vocês sempre usa.
Entrevistado(a): Aqui em São Paulo a gente fala muitu “manu”. E… Né? Tem
outras gírias aqui, mas o que a gente fala muitu é “manu” mesmu.
Entrevistador: É o que você lembra mais agora, né, então, tá bom, era issu.
Obrigado.
Entrevistado(a): Nada. Imagina.

6.5 Vilson, Toledo - PR


Entrevistador: Bom, então, a primeira pergunta: você poderia falar um poucu
de como que foi a sua infância?
Entrevistado(a): Minha infância?
Entrevistador: Issu.
Entrevistado(a): Ah, foi, tipu assim, uma infância bem simples, humilde. É,
mas ela foi boa, cara. É, brinquedu ganhava uma vez por ano dos avós. É… fazia
carrinho de lata. Era bom.
Entrevistador: E você morava onde nessa época, na infância.
Entrevistado(a): Eu morava lá no municípiu de Pitanga, Paraná, no sítio.
Entrevistador: Sim, entendi, e você é casado, é solteiru, a sua família mora
com você? Quantas pessoas que vivem na sua casa?
Entrevistado(a): Mora eu e minha mãe, eu sou divorciado.
Entrevistador: E você sempre morou na cidade que você mora atualmente, e
você está na mesma região desde que você começou a morar nela?
Entrevistado(a): É, eu moru em Toledo desde 1990. Eu moru aqui.
Entrevistador: E você mora na mesma região desde que você começou a
morar nela ou você se mudou assim algumas vezes?

Entrevistado(a): Sim, não na mesma região.


Entrevistador: Entendi. Bom, falando um poucu sobre trabalho. atualmente,
qual que é a sua profissão? Você sempre trabalhou nessa profissão? Você gostaria
de mudar de profissão ou buscar algum outru cargo nessa mesma área de trabalhu?
Entrevistado(a): Não, eu trabalhei muitu tempo como mecânico, né? De
máquina de costura e hoje eu tou trabalhando na prática, eu sou operador. De
medicamento, né?
Entrevistador: Cê gosta da sua profissão?
Entrevistado(a): Ah, gosto, num é ruim, não. É, num é ruim não, tipu assim.
Poderia ter melhor, mas eu tenhu tido problema na minha visão. Não, não vou
conseguir. É muito difícil eu crescer, entendeu?
Entrevistador: Entendi. E você costuma viajar? Você visita bastante algum
familiar seu que mora em outru lugar? Tem algum lugar que você tem vontadi de
conhecer? Algum país ou estado, sei lá?
Entrevistado(a): Ah, eu gostaria de ir pra Miami. É, não sou muitu de sair
não, cara. É muito difíciu, eu nunca… ficu anos aí sem sair da cidade. Vou aqui num
tiu meu, vizinho aqui, mora aqui em Moreira Sales ali, só.
Entrevistador: Entendi e tem algum motivu específico de você querer
conhecer Miami lá nos Estados Unidos ou só tem vontadi mesmo por ver em filme
ou algo assim?
Entrevistado(a): Não só tem vontadi, parece um lugar interessante de ir.
Entrevistador: Bom, é, tem alguma atividade assim que você faz no seu dia
a dia que você vê que ela gera dificuldade na sua rotina, alguma coisa que você faz
que você percebe que ela acaba atrapalhando o seu dia a dia?
Entrevistado(a): Não. Não.
Entrevistador: Tem nada que você pare e pense assim, pô, tem que fazer tal
coisa. Isso vai atrapalhar minha rotina.
Entrevistado(a): Não, é… tem… Tem, ah, sei lá, tem coisa que eu façu que
talvez, é, acho que eu não precisaria fazer.
Entrevistador: Tem algum exemplu?
Entrevistado(a): Tipo, tratando aqueles bichu ali que eu não nem queru
mais.
Entrevistador: Os animais que tem na sua casa.
Entrevistado(a): É.
Entrevistador: Entendi. Você podia falar um pouco de como que é esses
animais?
Entrevistado(a): É, porco e galinha, né? Não, é, chover, aí tiver chovendu,
frio, sol, os bichos tem que comer, né? Cê tem que ir lá tratar.
Entrevistador: Entendi, já que a gente está falando de animais, tem esses
animais, então que são a criação. Mas você tem algum animal de estimação?
Entrevistado(a): Não, não tem
Entrevistador: Só os da criação ali mesmu.
Entrevistado(a): Só
Entrevistador: Entendi. É, e duranti o final de semana, você e sua família
costumam comer alguma coisa diferenti, algo que vocês não comem normalmenti
durante a semana que você pensa “ah, tal comida é de final de semana".
Entrevistado(a): É churrascu.
Entrevistador: Vocês costumam fazer churrascu.
Entrevistado(a): É, churrascu e cerveja.
Entrevistador: Entendi. É, e você, sua família costuma sair juntu? Tem algum
lugar que vocês gostam de ir aí da cidade?
Entrevistado(a): É de vez quando vai tomar um chopin lá na lanchonete lá,
comer alguma coisa lá.
Entrevistador: Tem mais algum lugar assim que você lembra que vocês
costumam, gostam de ir?
Entrevistado(a): Nu shopping. Às vezes a gente vai também, é bom.
Entrevistador: Você podia de forma breve descrever o local que você vive.
Comu que é em torno da sua casa? O que que dá para você ver daí, o que que não
dá?
Entrevistado(a): Ah, tem, é. Matu, um riu. Bastante sombra. Eu achu que é
isso.
Entrevistador: Dai vocês moram no sítio mesmo. é, bem, bastante, mato em
volta.
Entrevistado(a): É.
Entrevistador: Tá certo. Bom, e tem algum esporte que você gosta de
acompanhar? Tem algum time específico que você torce? Cê podia falar um poucu
de comu que é torcer pra esse time?
Entrevistado(a): Torço pro Santos, manu. Ultimamente tá meio difícil, aí ele
só não pode ir pra segunda divisão, o resto tá massa.
Entrevistador: Entendi, mas o Santos, então, u time de futebol, né? E tem
algum outru esporte que você acompanha mais ou só futebol mesmo?
Entrevistado(a): Não só futebol mesmu.
Entrevistador: Entendi. Bom, é então a última pergunta pensando no seu dia
a dia. qual que é as principais diferenças que você observa? Assim, quandu você
vai conversar com pessoas que moram na sua região e quandu vai conversar com
pessoas que moram em outros locais ou que, por exemplo, alguém que morava em
outro lugar e agora mora na sua cidade, você percebe diferença? Pensandu na fala
assim, que diferença que você consegue observar da sua região? Pra outros
lugares?
Entrevistado(a): Ah, tipo assim, lá onde eu trabalhu, tem bastante gente que
vem do norti. A gente percebe e sabe quem é, só pelo jeito que fala, o sotaque, né?
É o pessoal fala assim, ó, você não é daqui né? Não, vim de tal lugar, porque é uma
empresa grandi, contrata muita gente, percebe muito isso. Não, tem muito, muita
gente no meu setor lá.
Entrevistador: Tem alguma expressão ou algum modo de falar assim que
você vê que é mais da sua região, mesmu que, por exemplo, quando você fala
alguma coisa no serviço, às vezes alguém que não é de Toledo percebe, assim,
falou, “ah, não entendi”.
Entrevistado(a): Eu não lembro assim de cabeça…
Entrevistador: Não tem nada, assim, que você percebe que é mais daí da
sua cidade mesmu, que você não vê em outros lugares falandu.
Entrevistado(a): Ah, tem. Tem um negóciu que é aqui em Toledo a gente fala
pia, né? Nos outros lugares, moleque, que se você chamar um aqui, alguém aqui de
moleque é ofensa, né? E lá na região de São Paulo é normal chamar de moleque.
Entrevistador: E aí o pessoal fica bravo, é.
Entrevistado(a): É, aqui a gente chama “é, piá, beleza, pia” . Mas os outros
lugares chama “é, moleque”
Entrevistador: E tem alguma outra expressão? Tem alguma outra expressão
assim que você lembra di cabeça ou nada?
Entrevistado(a): Não tem nada.
Entrevistador: Tá certo. Então é isso. Então, obrigado, viu?

6.6 Franciele, Curitiba - PR

Entrevistador: Fran, como foi sua infância?


Entrevistado(a): Foi bem feliz, eu acho. Não era muito movimentada, já que
na minha época, se saísse na rua, era meio... Não era tão perigoso, mas cê
provavelmente ia ser atropelado, né? Se brincasse na rua. Na minha época era até
tranquilo. Dava pra jogar um pouco na rua, mas...
Entrevistador: O que você jogava?
Entrevistado(a): PrincipalmenTÊ vôlei, essas coisas com bola.
Entrevistador: Você é solteira, casada?
Entrevistado(a): Solteira.
Entrevistador: Sua família mora com você?
Entrevistado(a): Sim, só a mãe.
Entrevistador: Você sempre morou na cidade que você mora atualmente?
Entrevistado(a): Sim, desde que eu nasci.
Entrevistador: Desde que você nasceu. E atualmente qual a sua profissão?
Entrevistado(a): Desempregada.
Entrevistador: Tá formada?
Entrevistado(a): Tô, em biomedicina.
Entrevistador: E você... Pensa em seguir a área?
Entrevistado(a): Eu até penso. Se eu vô conseguir é outra história.
Entrevistador: Você gostaria de mudar de área algum dia ou nem tem esse
pensamento ainda?
Entrevistado(a): O problema é que se eu fosse mudar dE área ia ser pra
biologia, que é tão ruim quanto. Então, acho que vou ficar nessa mesmo.
Entrevistador: Você costuma viajar?
Entrevistado(a): Sim. Não muito, mas sim.
Entrevistador: Pra onde?
Entrevistado(a): GeralmenTÊ mais pra Londrina ou pra praia.
Entrevistador: Que praia vocês vão?
Entrevistado(a): GeralmenTÊ pra Santa Catarina.
Entrevistador: E quais outros lugares você gostaria de conhecer?
Entrevistado(a): Ah, muito lugarr. Nordeste, fora do Brasil…
Entrevistador: Tem alguma atividade no seu dia a dia que gera dificuldade
na sua rotina?
Entrevistado(a): Cozinhar? Gostar eu gosto, mas demora tanto. Nunca tem
ingredientes, né?
Entrevistador: É verdade. O que você costuma cozinhar?
Entrevistado(a): Yakisoba, estrogonofe, risoto... Coisa assim.
Entrevistador: Você tem animais de estimação?
Entrevistado(a): Três gatos e um cachorro.
Entrevistador: Você lembra de quando trouxe eles, como vocês decidiram
ter?
Entrevistado(a): Faz uns oito ou nove anos já.
Entrevistador: Durante o final de semana, você e sua família costumam
fazer algo diferente, comer algo diferente? Ou nas épocas festivas.
Entrevistado(a): GeralmenTÊ não. Em época festiva varia, igual Natal a
gente come igual peru, maionese, essas coisas. No ano novo vai lá um champanhe
da vida, páscoa um chocolaTÊ.
Entrevistador: E vocês costumam sair juntas? Onde vocês gostam de ir?
Entrevistado(a): A gente vai, principalmente no shopping, mas também no
Matsuri, esses outros festivais que tem aqui, que eles fazem.
Entrevistador: Ok, você poderia falar, descrever o local que você mora, perto
da sua casa.
Entrevistado(a): Bem, tem bastante movimento, já que tem uma BR, e
tirando isso, só tem casa. Não tem muito comércio, não tem muita área de lazer.
Agora que vai abrir um postinho de saúde.
Entrevistador: Você acompanha algum esporte?
Entrevistado(a): GeralmentTÊ Olimpíadas de inverno, no geral.
Entrevistador: Você torce pra algum algum time? Alguma seleção?
Entrevistado(a): Brasil quando tem, né?
Entrevistador: E pensando no seu dia a dia, quando você fala com outras
pessoas de outros lugares, quais são as principais diferenças que você nota do seu
jeito de falar com os outros?
Entrevistado(a): Olha, sinceramenTÊ, eu nunca reparei nisso, porque eu
sempre tô veNdo, assistindo coisas e as pessoas sempre têm sotaque diferente.
Então eu acabo meio que absorvendo tudo e não reparando muito quando eu vou
pra outros lugares.
Entrevistador: Onde você mora, quando você fez faculdade, tinha gente de
outros estados, essas coisas? Que você conversava?
Entrevistado(a): Tem uma amiga que mora no meio de São Paulo.
Entrevistador: Qual é a maior diferença que você percebia com ela? De
linguagem.
Entrevistado(a): Ah, principalmenTÊ palavras. Tipo, vina e salsicha, essas
coisas mesmo. E que a gente fala uma coisa, ela fala outra. Mas tirando isso...
Porrrta? Você fala com os meninos, fala com os guris, com os piás… Sinceramente,
eu nunca parei pra reparar. Eu acho. Acho que é mais sotaque.

6.7 Roseli, Curitiba - PR.

Entrevistador: Então, como foi a sua infância? Do que vocês brincavam?


Entrevistado(a): Minha infância foi boa. Brincava muito de... avê maria, de
pular corda, pular tábua, de betes na frente da casa, né? Podia brincar na rua,
tranquilo. A gente saía, ia pros riozinhos aí, tomava um banho de rio.
Entrevistador: Casada ou solteira?
Entrevistado(a): Solteira.
Entrevistador: Sua família mora com você?
Entrevistado(a): Mora comigo, a minha filha. Só eu e ela.
Entrevistador: Você sempre morou na cidade que mora atualmente? Faz
quanto tempo que você mora aí?
Entrevistado(a): Eu vim pra cá em 79.
Entrevistador: Faz bastante tempo. Você lembra quantos anos você tinha na
época?
Entrevistado(a): Ai, eu não lembro. Eu comecei ali em 1980 a primeira série.
Pois é, eu contando 1980, eu nasci em 71. Dava nove ano né? Pois é, eu comecei
com 9 anos a primeira série.
Entrevistador: E atualmente qual é a sua profissão?
Entrevistado(a): A minha profissão é educadora infantil, trabalho na
prefeitura municipal de Araucária.
Entrevistador: Ah, você dá aula? Cuida de criança?
Entrevistado(a): Cuido de criança. É, a antiga babá, haha.
Entrevistador: Ah, legal. Você sempre trabalhou nessa profissão?
Entrevistado(a): Não. Eu trabalhei de diarista, doméstica. Ah, auxiliar de
produção.
Entrevistador: Gostaria de mudar de área?
Entrevistado(a): Não, não queria mudar não. Quero me aposentar agora.
Entrevistador: Ok. Você costuma viajar, visitar a sua família?
Entrevistado(a): Costumamos viajar. Pra londrina, pra praia, Santa Catarina.
Entrevistador: Com que frequência vocês vão pra praia? Todo ano?
Entrevistado(a): É, quase todo ano agora. Antigamente era difícil.
Entrevistador: E os outros lugares que gostaria de conhecer?
Entrevistado(a): É... Lá em... Como é que é o nome da cidade na Europa?
Espanha, Portugal.
Entrevistador: Tem algum motivo específico para pensar em Portugal ou
Espanha?
Entrevistado(a): Eu queria ver a prima lá em Espanha. Portugal eu queria
ver, sei lá. Português.
Entrevistador: Tem alguma dificuldade no dia a dia que gera alguma
dificuldade na sua rotina?
Entrevistado(a): Ai Jesuis amado. Ah, esses gatos aí.
Entrevistador: Cuidar dos animais?
Entrevistado(a): Cuidar dos animais, limpar o cocô. Xixi fora do pinico
mesmo.
Entrevistador: A próxima pergunta é se você tem animal de estimação.
Entrevistado(a): É, eu tenho. Tenho um cachorro e três gatos.
Entrevistador: Durante o final de semana, você e sua família costumam
comer algo diferente?
Entrevistado(a): Às vezes. É, no ifood, ó.
Entrevistador: O que vocês gostam de pedir pra comer?
Entrevistado(a): Aí varia, mas é... Shawarma.... É... Comida japonesa, lá,
shushi… Hambúrguer, pizza.
Entrevistador: E vocês costumam sair juntas? Onde vocês vão?
Entrevistado(a): A gente sai lá no shopping. Festivais, né? Festivais
gastronômicos. Vai ter agora no Parque Cachoeiro lá, a feira do artesanato.
Entrevistador: Tem bastante festival em Curitiba né?
Entrevistado(a): É. Lá no... A gente vai bastante lá naquele Matsuri, lá.
Entrevistador: Agora você pode descrever de forma breve o local que você
vive, como é o redor de sua casa?
Entrevistado(a): É, bastante casa. Bem animado. Bastante movimentado.
Entrevistador: É, vocês falaram que vocês moram onde tem principalmente
casa, mas agora, hoje em dia, tem crianças brincando na rua, ou não mais?
Entrevistado(a): Tem um vizinho aqui que brinca de vez em quando, chuta
bola aqui na frenTÊ, sabe? Mas é, né, no asfalto é mais complicado.
Entrevistador: Você acompanha algum esporte específico?
Entrevistado(a): Não. Num torço pra ninguém também. Só Brasil, né, pra
copa.
Entrevistador: Pensando no dia a dia, quais as principais diferenças que
você observa conversando com pessoas que não são de Curitiba?
Entrevistado(a): Ah, tem uma lá no trabalho lá que ela... acho que é dÊ...
Fala “uai bichinha”... Nordeste? Ela é do Nordeste. Faz ano que trabalha aqui, tem
sotaque, falo “uai”. É porque a gente sempre fala o “Uai”, de vez em quando o “Uai”,
não sei o que, mistura o sotaque.
Entrevistador: E aí você percebe o seu próprio sotaque? Sotaque da religião
de Curitiba?
Entrevistado(a): Sei lá, não me ligo assim muito não. Não percebo assim
que eu falo diferenTÊ.
Entrevistador: Quais as diferenças que você observa na fala da sua região.
No caso, os curitibanos.
Entrevistado(a): Os guri, piá. A gente fala leitÊ, né? É aí quando você pega
aquele R articulado? Porrrta fechando.

6.8 Fernando, Nova Fatima - PR.

Entrevistador : Como foi sua infância?


Entrevistado(a): a infância foi boa
Entrevistador: Brincou bastante? Morou em alguma fazenda? Como era?
Entrevistado(a)Morei em fazendas, maioria da vezes morei em fazenda.
Entrevistador: É uma região mais rural ou urbana?
Entrevistado(a) Bastante Rural.
Entrevistador: Atualmente você é casado/solteiro?
Entrevistado(a)solteiro.
Entrevistador: Sua família mora com você?
Entrevistado(a) Moro sozinho.
Entrevistador: Quantas pessoas vivem com você?
Entrevistado(a) Eu meu cachorro só, um cachorro.
Entrevistador:: Você sempre morou na cidade que mora atualmente?
Entrevistado(a) Nova Fatima, Paraná.
Entrevistador: Você está na mesma região desde que começou a morar nela?
Entrevistado(a) Sempre morei aqui, desde 2020.
Entrevistador: Você está morando na fazendo ou em outra propriedade?
Entrevistado(a): Vila Rural, chácara.

Entrevistador: Atualmente qual é sua profissão?


Entrevistado(a) Aposentado
Entrevistador: Antes de se aposentar fazia o que ?
Entrevistado(a)Trabalhei na roça,vida inteira na roça.
Entrevistador:Gostaria de mudar de profissão ou buscar outro cargo na
mesma área de trabalho?
Entrevistado(a) Tinha vontade, antigamente vontade, agora que aposentei
que não aguento trabalhar fazer mais nada não.
Entrevistador: Qual área gostaria de estar trabalhando?
Entrevistado(a)a queria ser , eu estudava queria ser advogado,
Entrevistador:Você costuma viajar?
Entrevistado(a) Não muito dificiu eu sair
Entrevistador:Já chegou a viajar para alguma cidade no Paraná?
Entrevistado(a)Já,Londrina, cornélio
Entrevistador: Visita sempre a família?
Entrevistado(a) vez enquanto.
Entrevistador: Além desses lugares que mora a sua família Quais outros
lugares gostaria de conhecer?
Entrevistado(a)eu gostaria, gostaria ir pro nordeste, conhecer a praia.
Entrevistador: Alguma atividade do seu dia a dia? Como é sua rotina?
Entrevistado(a) Acordo, fico em casa só televisão, faó um servicinho na
casa, envolta aqui.
Entrevistador: Dessas atividades que você faz tem alguma que gera
dificuldades na sua rotina?
Entrevistado(a) só serviço assim na roça, que eu faço do prantiu que pranto
uma coisinha.
Entrevistador: Você tem animais de estimação? Como decidiu tê-lo?
Entrevistado(a) Cachoro, peque nu vizinho, u vizinho, o cachorro criou eu
peguei dele.
Entrevistador: Durante o final de semana, sábado e domingo você e sua
família costumam comer algo “diferente” daquilo que comem normalmente durante a
semana?
Entrevistado(a) Não fico só em casa só.
Entrevistador:Você e sua família costumam sair juntos?
Entrevistado(a)não, mui muito dificil.
Entrevistador: Onde você mora fica muito longe da sua família? Existe algum
que mora perto de você, e você tem algum contato com eles?
Entrevistado(a)mais perto, minha irmã que mora aqui a rose, de vez
enquanto eu vou na casa dela, quando ela convida, dá pra mim ir eu vou lá mais é a
família delá eu nao tenho onde sair ai fico em casa.
Entrevistador:Você poderia, de forma breve, descrever o local em que vive?
Como é em torno da sua casa? O que é possível visualizar e o que não é?
Entrevistado(a) tem prantiu né, prantiu de café, banana, Cana, manga,
bacate.
Entrevistador: Como é sua casa? ela é de alvenaria ou madeira?
Entrevistado(a)Material, quarto, uma sala, um banheiro e cuzinha.
Entrevistador:Uma pessoa que chega aí na região, o que ela encontra, o que
ela vê de primeiro?
Entrevistado(a)Casas, pranta
Entrevistador:o seu quintal para manter a limpeza o que você usa?
Entrevistado(a) mantenho limpo, carpo ele tudo, onde nao dá para carpi
passa veneno.
Entrevistador: Você não chega a varrer o quintal?
Entrevistado(a)não, barro o quintal, eu barro o quintal
Entrevistador:O que você utiliza?
Fernando: Vassoura normal memo.

Entrevistador: Você acompanha algum esporte pratica algum esporte? Tem


algum time em específico que você torce? Poderia falar um pouco sobre como é
torcer pra ele?
Entrevistado(a)Não, tem framengo, companho, companho.
Entrevistador: Essa Região é uma região que está recebendo sempre outras
pessoas , ou parentes das pessoas?
Entrevistado(a) não, sempre tem gente de fora, as pessoas vem , mais no
final de ano nas festa.
Entrevistador:Pensando no seu dia a dia, quais as principais diferenças que
você observa ao conversar com as pessoas que moram na sua região e com as que
moram em outros locais? Quais diferenças você consegue observar na fala de sua
região que a diferencia de outros lugares?
Entrevistado(a) Não, em que eu vi nunca notei não, maioria da gente era
daqui, foi embora, mesmo custume e fala

6.9 Leandro, Sorocaba - SP.

Entrevistador: Como foi sua infância?


Entrevistado(a)Sim, brinquei bastante, tranquila, nas férias ia para o parana.
Entrevistador:Você é casado/solteiro?
Entrevistado(a) Solteiro.
Entrevistador:Sua família mora com você? Quantas pessoas vivem com
você?
Entrevistado(a) Não, Tem mais pessoas que convive comigo, é vamo
colocar ai, amigas
Entrevistador: Você sempre morou na cidade que mora atualmente?Você
está na mesma região desde que começou a morar nela?
Entrevistado(a)Sim, sorocaba, sempre morei nela
Entrevistador: Atualmente qual é sua profissão? Sempre trabalhou nesta
profissão? Gostaria de mudar de profissão ou buscar outro cargo na mesma área de
trabalho?
Entrevistador: Parte de Elétrica,Eletricista eletrica. Sempre trabalhei na parte
elétrica, teria simplesmente voltado pra área, como engenheiro eletricista.
Entrevistador: Você costuma viajar?
Entrevistado(a) Sim, Região final de ano viajar, praia esse deslocamento.no
emprego anterior trabalhava viajando, ai rodava em geral manaus, minas gerais em
diversas cidades e estados devido a profissão, nesse contesto.
Entrevistador: Visitar sua família ? Quais outros lugares gostaria de
conhecer?
Entrevistado(a) Sim, agora não vem nada na cabeça
Entrevistador: Alguma atividade do seu dia a dia, qual é a sua rotina?
Entrevistado(a) Acordo , trabalho é curso inglês e cademia só.
Entrevistador:Você tem animais de estimação? Como decidiu tê-lo em sua
família?
Entrevistado(a)Gato, sim escolha
Entrevistador: Você e sua família costumam sair juntos? Aonde gostam de ir?
Entrevistado(a) Então, filho nesse contexto algo com ele.
Entrevistador:Você e sua família costumam sair juntos?
Entrevistado(a) Não
Entrevistador: Sua Família mora na mesma região que a sua ?
Entrevistado(a) Sim, na mesma cidade, meu pai mora em outra cidade, tios
em outra cidade e estado, londrina e nova fátima.
Entrevistador: Você poderia, de forma breve, descrever o local em que vive?
Como é em torno da sua casa? O que é possível visualizar e o que não é?
Leandro: região central, próximo do hospital, rodoviária falo na cidade de
sorocaba. Apartamento.
Entrevistador: Você costuma realizar a limpeza no apartamento? o que utiliza
para realizá-la ?
Entrevistado(a)Sim, simplesmente a limpeza norma, vari com a vassora.
Entrevistador: Você acompanha algum esporte? Tem algum time em específico que
você torce? Poderia falar um pouco sobre como é torcer pra ele?
Leandro : Corinthians.
Entrevistador: Pensando no seu dia a dia, quais as principais diferenças que
você observa ao conversar com as pessoas que moram na sua região e com as que
moram em outros locais? Quais diferenças você consegue observar na fala de sua
região que a diferencia de outros lugares?
Entrevistado(a)Cidade limpa, o que mais , a algo que diferencia algo legal
não saberia dizer.
Entrevistador: Quando chega alguma pessoas de algum outro lugar é fácil
identificação, existe alguma expressão ou forma de falar que diferencia dessa
região?
Entrevistado(a)Sim,
Entrevistador:Você pode apontar alguma expressão diferenciada?
Entrevistado(a) Aqui não falamos pia, “massa” aqui não tem o costume,
questão de legal , aqui não se fala que massa, aqui é legal. da hora.
Entrevistador: quando você sair em viagem a trabalho e até mesmo para
lazer você sente alguma diferença da sua fala para outro local.
Entrevistado(a): Depende da região Nordeste tem questão da fala.

6.10 Marise , Nova Fatima - PR.

Entrevistador: Como foi sua infância?


Entrevistado(a): Ham, a infância aproveitei bastanti, brinquei bastanti,
aprontei bastanti fui criado no meio do mato então nois aproveitamos, nova fátima,
fazenda são joaquim, fazenda cachoeira.
Entrevistador: Você é casado/solteiro? Sua família mora com você? Quantas
pessoas vivem com você?
Entrevistado(a): solteira, família, moro com minha mãe e com meu filho. gato
conta? Eu a mãe, o filho e sete gato.
Entrevistador: Você sempre morou na cidade que mora atualmente? Você
está na mesma região desde que começou a morar nela?
Entrevistado(a) Nao, Londrina. fui para londrina tinha 19 ano.ai depois eu
voltei pra casa de novo.
Entrevistador: Atualmente qual é sua profissão? Sempre trabalhou nesta
profissão? Gostaria de mudar de profissão ou buscar outro cargo na mesma área de
trabalho?
Entrevistado(a)Empregada doméstica, sempre, a hora que parar definitivo
né, eu vou trabalhar com meus artesanato, fazer crochê, dedicar a isso.
Entrevistador: Você costuma viajar? Visitar sua família ? Quais outros lugares
gostaria de conhecer?
Entrevistado(a) Não, por enquanto ainda não não, não tem grana. londrina e
subia com minha patroa pra praia eu já fui guaratuba e ilha do mel, aparecida du
norte eu já fui e são paulo. se pudesse mesmo eu queria conhecem onde minha
mãe nasceu estado du piaui e gramado.
Entrevistador: Alguma atividade do seu dia a dia gera dificuldades na sua
rotina?
Entrevistado(a) Agora por causa da quebradura essa coisas, é subir escada
pra limpando as coisas.
Entrevistador: Você tem animais de estimação? Como decidiu tê-lo em sua
família?
Entrevistado(a)Gatos, passarinho, já tive calopsita e rato, o carlos mais quem
cuidava era eu e tartaruga.tudo eu que cuidava porque a pessoa não cuidava. a
mãe e pai sempre tiveram cachorro e gato, ai nois foi gostando no negócio, e
galinha essas coisa , mais hoje nao tem mais. quando morava no sítiotinho todos.
galinha, peru, gato cachoro, só resto gato mais ja teve tartaruga, calopsita e um
ramister.
Entrevistador: Entre esses animais qual é diferença no cuidado?
Entrevistado(a) tartaruga de ter eu limpando o aquário que é trabalhoso.
Entrevistador: Você e sua família costumam sair juntos? Aonde gostam de
ir?
Entrevistado(a) Uma vez e outra que a gente sai,maioria da parte anda tão
cansada que eu ando gostando de ficar em casa.
Entrevistador: Em casa que realiza de laser?
Marise: a meu fie , e limpar e passar.
Entrevista: Você poderia, de forma breve, descrever o local em que vive?
Como é em torno da sua casa? O que é possível visualizar e o que não é?
Entrevistado(a) Não tem muita coisa aqui,e cidade calma, pequena, de laser
não tem não. tem o cambi, tem a picina. ginagio di esporte, agora no final de ano
está anuncianu show,
Entrevistador: Você acompanha algum esporte? Tem algum time em específico que
você torce? Poderia falar um pouco sobre como é torcer pra ele?
Entrevistado(a) Eu to tentando de fazer caminhada, caminho um dia tres
sem caminhar,, tentando. Eu torço pra corinthians, mais torco só, não fico matando
não.
ntrevistador: Pensando no seu dia a dia, quais as principais diferenças que
você observa ao conversar com as pessoas que moram na sua região e com as que
moram em outros locais? Quais diferenças você consegue observar na fala de sua
região que a diferencia de outros lugares?
Entrevistado(a) a eu nao sei nao, a unica coisa assim que a gente identifica
que a pessoa quando ao é daqui e de curitiba, que eles tem jeito de falar.pouco
diferente daqui diferente.
Entrevistador: Quando você saiu de Nova Fátima e veio morar em londrina
encontrou alguma diferença, na fala ou cultural?
Entrevistado(a) Não

6.11 Angélica , Sorocaba - PR.


Entrevistador: Como foi sua infância? Sempre viveu na sua cidade?
Entrevistado(a)Não vim du Parana di Nova Fatima, fui para londrina um ano
e estou in sãoo paulo sorocaba 35 anos, parte rural, na cidade media di dois anos,
mais nu meio du mato.que agente fala, brincadeiras no meio do mato. na fazendo e
no sítio geralmenti gostava de pescar, andar no meiu do mato procurando por
alimentos e brincava com espiga de milho. e as casas abandonada.era brincadeiras
com bixo. na cidade agente brincava mais as mesma coisas. aqui na cidade de são
paulo já teve outros tipos de brincadeira, era bestis, bolinha de gude, aquela
brincadeira que a gente fala cobra pega. corria atraz do outro, carrinho de rolimã,
futibol, teve mais esporte pra cá que no meiu do mato só gente era nos quatro, no
sitio so meus irmão, na cidade com meu primos, sao paulo com amigos que agente
cresceu..
Entrevistador: Você é casado/solteiro? Sua família mora com você? Quantas
pessoas vivem com você?
Entrevistado(a)sou casada, a sim, so meu filho que mora com minha mãe,
somos em quatro, eu, meu esposo meu filho e minha filha. moram no mesmo local,
mesmo bairro quatro rua diferença minha.
Entrevistador: na sua cidade onde você mora é somente vocês ou tem outros
familiares?
Entrevistado(a) só nois, falo só mãe e pai.
Entrevistado(a)olha aqui em são paulo e sorocaba
Entrevistador: Atualmente qual é sua profissão? Sempre trabalhou nesta
profissão? Gostaria de mudar de profissão ou buscar outro cargo na mesma área de
trabalho?
Entrevistado(a) Sou agente tecnica, agente de saúde, já trabalhei auxiliar
de produção, e trabalhei na parti di cuzinha e hoje tecnica de agente comunitária.
trabalho na area da saude né faz fazer 11 anos que estou na área. então
futuramente pretendo fazer técnico no momento foi uma profissão que eu escolhi,
no momento não to vendo, se faço o técnico, mais de imediato não. .
Entrevistador: Você costuma viajar? Visitar sua família ? Quais outros lugares
gostaria de conhecer?
Entrevistado(a) Olha aqui em são paulo e interior de sorocaba tem muitos
locais da pra se andar como área de lazer, mas não saio, único lugar que vou e
paraná e ilha cumprida que é praia. geralmente com esposo, ai conhecer o ceará,
conhecer praia de lá.
Entrevistador: Alguma atividade do seu dia a dia gera dificuldades na sua
rotina?
Entrevistado(a) levando as 6 horas da manhã, passo de jejum, aguardo,
separo meu material de trabalho, di casa saiu 20 pra oitos, as vezes vou de carro
ou eu vou a pé unidade de saúde, ali vejo com as meninas o que será feito duranti o
dia. e me programo pra sair area, quais familia que estar visitando.
Entrevistador: Você tem animais de estimação? Como decidiu tê-lo em sua
família?
Entrevistado(a) Tem uma cachorrinha e calopsita, sempre teve dois cachoro,
hoje que to tendo ave muito barulhenta. a cachorrinha nao da trabalho vive comigo,
dorme comigo , onde eu to ela ta grudada. a calopsita tipo assim quando permite, e
aquilo tratao, pega e deixa cantinho dela.

Entrevistador: Durante o final de semana você e sua família costumam comer algo
“diferente” daquilo que comem normalmente durante a semana?
Entrevistado(a) Não
Entrevistador: Você e sua família costumam sair juntos? Aonde gostam de
ir?
Entrevistado(a) Eu atualmente não estou fazendo nada devido ao trabalho,
to trabalhando até sábado e as campanha que agente realizando agora no trabalho,
e geralmente não, domingo vou na casa da minha mãe, almoço e lá fica., to dessas
agora.
Entrevistador: Você poderia, de forma breve, descrever o local em que vive? Como
é em torno da sua casa? O que é possível visualizar e o que não é?
Entrevistado(a)olha o bairro aqui é considerado assim, tem tres , o bairro é
dividido em três etapas dividido em periferia, dividido em condomínio onde tem uma
classe média e o bairro onde eu moro , que são pessoas nem periferia e classe
média. e tranquilo, só barulheira de carro, trânsito qui a qui e bairro afastado da
cidade. para chegar ate o centro de onibus demora uns 40 minutos, então bem
movimentado de carro de trânsito. na parte de violencia nao acredito que seja tao
violento o bairro., vizinho não fica ninguém na rua.
Entrevistador: Você acompanha algum esporte? Tem algum time em específico que
você torce? Poderia falar um pouco sobre como é torcer pra ele?
Entrevistado(a) entao, a 4 meses atras entrei na academia com meu esposo
ai como ele não pode ir mais devido problema no joelho dele o médico proibiu ele
acabou não indo e eu parando também, pretendo recomeçar fazer em casa os
exercícios que eu preciso que a perna cobra. curinthians, estou só no movimento ,
Entrevistador: Pensando no seu dia a dia, quais as principais diferenças que
você observa ao conversar com as pessoas que moram na sua região e com as que
moram em outros locais? Quais diferenças você consegue observar na fala de sua
região que a diferencia de outros lugares?
Entrevistado(a) e bem interessante isso , até hoje as pessoas perguntam o
que você está falando Angélica? e em umas fala que eu falo, a pessoa fala “da onde
veio isso, são paulo fala mais corretamente, gente que veio do interior da umas
gafiadas na vocabulário né, i mais achei bastenti, parte cultural , aqui em são paulo
muito diferente na área de lazer é diversão, mais que tenha as brincadeiras da
diferente. cuscuz pra mim cuscuz é sardinha aquilo que minha vo fazia, para eles
aqui em são paulo e aquilo amarelo que coloque até sal no meio. olha robson as
pessoas falam aquela que falam meio caipira não é regra.

7. Análise dos dados


Durante as entrevistas, um entrevistado, morador da região interiorana do
Paraná, disse o seguinte: “Cara, o maior diferença que eu vejo assim, é que tipo o
pessoal que é lá pro lado du .. du.. de SP, RJ, e coisarada é que eles falam mais
devagar e aqui quanto mais pra baixo, quantos mais SC e RS, que o pessoal vem
pra cá… Cara, eles falam muito rápido, cê não tem noção”. Após analisar essa
afirmação, buscou-se apresentar neste artigo se tal informação era perceptível nas
falas dos entrevistados e também justificar o porquê desse fato ocorrer.
Desse modo, notou-se que os entrevistados das regiões interioranas, seja do
estado do Paraná ou de São Paulo (porém mais perceptível no Paraná),
apresentavam uma fala mais “rápida”. Os moradores de Toledo, por exemplo,
responderam com mais “pressa” em comparação que moradores da capital de São
Paulo, além disso, a duração das entrevistas dos moradores do Paraná foram mais
curtas do que as dos entrevistados de São Paulo. Observou-se que os entrevistados
de Toledo, apresentavam certo receio ao falar, buscando falas mais curtas e
simples, quando apresentam falas mais longas era porque eram instigados pelo
entrevistador. Já os moradores de São Paulo não apresentaram tanto “receio” de ter
a fala julgada pelo entrevistador, como podemos observar nos seguintes trechos
retirados das entrevistas:
Morador de São Paulo: “Trocar de área seria começar uma nova experiência i tê qui
subir os degrais ... os degraus, na verdade ne, tudu novamente.”
Morador de Toledo: “[...] meu bairro praticamente ele não é .. um bairro rico,
por exemplo, ele é um bairro que tipo assim, vivem pessoas muito bem assim, mas
é.. a crimina-criminalidade aqui não é alta, por exemplo, mas também não é uma
crimila-criminalidade assim que não existe [...] mas sempre tem uma laranja podre,
ne, dai sempre acontece alguma criminalidadi.”
O morador de São Paulo, ao trocar “degraus” por “degrais”, calmamente se
corrige e continua a entrevista; já o morador de Toledo, ao tentar pronunciar
“criminalidade” duas vezes e gaguejar, na terceira tentativa, se apressa um pouco e
fala com mais rapidez, resultando na troca do fonema “e” por “i”. Nota-se que os
moradores do interior buscavam falar com mais rapidez e pronunciar as palavras
“corretamente”, os momentos em que apareciam variações era quando eles
“relaxavam”. Tal fato foi relacionado a um certo receio de ter a fala “julgada”; porém
outras justificativas foram consideradas. Como as entrevistas foram todas realizadas
de forma remota, todos os entrevistados precisaram participar de ligações
realizadas pela internet, tal situação é corriqueira em moradores de São Paulo, que
é a cidade mais populosa do país; os moradores de São Paulo tem uma
proximidade muito maior com a tecnologia do que os moradores de áreas urbanas
situadas em regiões interioranas, isso, inclusive, foi perceptível nas entrevistas; os
moradores de São Paulo não se importaram de abrir suas câmeras, mesmo que
isso não tenha sido solicitado, já os de Toledo, ficaram com receio de participar com
medo de “não saber o que falar”. Podemos relacionar tal fato com a seguinte frase
retirada do texto de Vanderci Aguilera e Sanimar Busse: “[...]em cada elocução,
submergem elementos que constituem o sujeito falante e que remetem a um mundo
particular, o qual se faz não apenas pela história de cada um, mas pela sua cultura e
pela sua tradição.” (AGUILERA; BUSSE, 2008). Os moradores de São Paulo estão
familiarizados com a tecnologia e por isso demonstram mais tranquilidade, com isso
podemos constatar como os costumes e a região em que a pessoa mora interferem
na sua fala, além disso, a situação também interfere na fala do sujeito; os
moradores de Toledo, provavelmente falam diferente ao dar uma entrevista pela
internet se comparado a maneira em que falam enquanto realizam atividades no
campo.
Outro fato constatado foram as variações fonológicas, enquanto em São
Paulo foi possível notar principalmente a troca dos fonemas “o” por “u” e “e” por “i”,
no estado do Paraná também notou-se essa variação mas com menos recorrência,
destacando-se a exclusão do fonema “d” em palavras no gerúndio. Como é possível
visualizar nos seguintes exemplos:
Morador de São Paulo: “[...] as vezes sintu que tenho vontadi de mudar.. mas.. nao
tenho uma decisão concluída... por que hoje, por ter muito tempo de experiência
nessa área financeira, acabu qui mi, qui mi coloca assim a frente de muita coisa, ne”
“Eu achu qui as coisas assim... a região que eu morava tinha mais acessu a
outras regiões de SP, com mais facilidade, assim, di distância. Di transporte, aí eu
acho que hoje o transporte que eu acesso é mais cômudo”
Morador de Toledo: “[...] trabalhava em mercado, o mesmo mercado que o
meu irmão e aí.. eu era repositor aí eu fui cresceno, daí eu, foi surgino outras
oportunidades daí agora eu sô promotor de vendas. E aí.. eu to gostano, tô… é um..
uma profissão assim que eu almejava já desde o começo e aqui eu to teno a
oportunidade de crescer ne, to teno algumas propostas aí..”.
Ao analisarmos as entrevistas com as moradoras de Curitiba, percebemos
que há uma certa objetividade em suas respostas, que são curtas e simples,
fazendo com que seja necessário pedir por detalhes extras quando o entrevistador
faz as perguntas. Há um uso recorrente de advérbios como “geralmente” (advérbio
de tempo) e “principalmente” (advérbio de modo).
É perceptível também certa diferença entre as entrevistadas, que são de
gerações diferentes. A segunda moradora de Curitiba, que é mais velha, utiliza mais
expressões como “avê Maria” e “Jesus amado” e a primeira moradora apresenta a
expressão “né?” com frequência. Contudo, ambas utilizam a expressão “a gente”,
como podemos ver em 6.7 “E que a gente fala uma coisa, ela fala outra. Mas tirando
isso..”, onde referem-se aos curitibanos, mas também há o uso de “a gente” para
referirem-se a elas como em "A gente vai, principalmente no shopping, mas também
no Matsuri, esses outros festivais que tem aqui, que eles fazem.”.
Na tese de Andréa Tamanine (2010), que estuda e faz a pesquisa sobre o
uso da variação pronominal “nós” e “a gente” em Curitiba, a autora afirma:
“Retoma-se o título desta tese como tema da última parte das considerações
finais. No anexo 1, sob o título “A casa da gente”, encontra-se texto de um
ex-prefeito da cidade de Curitiba que teve, em sua gestão, o seguinte slogan:
Curitiba a cidade da gente. O slogan foi usado até outubro de 2008, quando foi
adotada a frase "Prefeitura da Cidade". Bem, como mote do título deste trabalho de
pesquisa, o slogan Curitiba a cidade da gente ganhou aqui conotação de pergunta:
Curitiba é de nós ou é de a gente? Mostrou-se que, pelos dados encontrados,
Curitiba é “de a gente”.”
Ao serem questionadas sobre as diferenças linguísticas perceptíveis, as
entrevistadas respondem sobre palavras específicas como “piá” e “vina”, mas
afirmam que o que mais chama a atenção é o sotaque, não parecem perceber o
próprio sotaque, mas apontam o que percebem das pessoas de outras regiões “Ah,
tem uma lá no trabalho lá que ela... acho que é dÊ... Fala “uai bichinha”... Nordeste?
Ela é do Nordeste. Faz ano que trabalha aqui, tem sotaque, falo “uai”.”.
Ao compararmos com os moradores do interior do Paraná e de São Paulo,
podemos constatar que as entrevistadas curitibanas falam com calma, porém não
formulam suas respostas, respondem apenas o que lhe é perguntado, algo que é
relatado como “comum” das pessoas da capital paranaense e há anos é
interpretado como certa antipatia, como podemos observar no trecho crônica
publicada originalmente em 1966 “Curitiba, a fria: onde Jânio Quadros comia
moscas” por Fernando Pessoa Ferreira:
“Depois de conhecer Curitiba, você poderá começar a achar os paulistas
demasiados amáveis e hospitaleiros. E talvez estranhe, em Belo Horizonte, a
absoluta falta de preconceitos. Esteja certo de que sua opinião não comoverá os
curitibanos. Curitiba é antes de tudo uma fria. (in ALMEIDA, p. 79).”.
Segundo Faraco e Zilles (2013, p 13) há a “norma normal”, que é a linguagem
falada, e a “norma normativa”, sendo aquilo que é dito como correto. É possível
compreender a linguagem como instrumento de comunicação que abrange também
costumes, gestos e aspectos socio-culturais, pois a “normas normais estão
relacionadas ao espaço (sócio)geográfico e correspondem a formas habituais de
dizer em cada região.” e sendo assim, as diferenças e variações analisadas entre os
entrevistados do interior do Paraná e de Curitiba também podem ser relacionadas
ao espaço social em que vivem, considerando também a história.
Durante as entrevistas de Nova Fátima-PR e Sorocaba-SP notou-se na fala
dos entrevistados a presença do dialeto caipira; o dialeto caipira é uma variação
linguística, um dialeto apontado em 1920 por Amadeu Amaral como um dialeto bem
pronunciado nas província de são paulo. Falada por boa parte da população.
Fatores sociais como liberação dos escravos, crescimento dos imigrantes e
educação limitadíssima. que tem como marcas linguísticas a) A redução dos
ditongos ou, ei , ai ( roupa > ropa , queijo > quejo); b)·A ditongação da vogal tônica
seguida de sibilantes em final de palavra ( rapaz> rapaiz ); c)·A desnasalização dos
ditongos nasais átonos em final de palavra ( homem >home, virgem> virge); d)·A
iotização da Lateral palatal ( orelha>oreia); e)·Queda de vocal paroxítonas (
abóbora> abobra, ridículo> ridico); f)·O rotacismo troca do /L/ por /R/ ( maldito>
mardito, planta> pranta);g)·Apagamento do / R/ pós-vocálico ( falar > falá , mulher >
muié); h) ·A queda do /L/ pós vocálico no final de palavra ( Cafezal> cafezá);
I)·Transformação de /nd/ em /n/ e /mb/ em /m/ ( andando> andano, também
>tamém); e j)·Introdução de uma vogal epentética desfazendo grupos consonantais(
admira>adimira, abnegado> abinegado). Como é possível verificar nos dados
obtidos A queda do /L/ pós-vocálico no final de palavra Difici - AM: 14 [ questão]
AM: Não, muito difici eu sair. A redução dos ditongos ou, ei , ai - Corné : AM 15
[questão] Obs. Cornélio Procópio
AM: já londrina, cornéli. O rotacismo troca do /L/ por /R/ ( maldito>
mardito, planta> pranta);- Prantiu, pranto – AM 19, 24, 26 e 32[ questão] AM: só
serviço na roça, que eu faço do prantiu que eu pranto uma coisinha. AM: tem prantiu
né, prantiu de café, banana, cana, manga, bacate. AM: casas, pranta. Alternância
Entre /b/ e /v/ ( Vassoura > bassoura)- Barro – AM 30 [ questão] AM: não, barro o
quintal, eu barro o quintal.
Já nas entrevistas realizadas com moradores de Sorocaba, conseguimos
identificar uma variação regional. [...] Numa comunidade linguística relativa entente
extensa, onde todos falam o mesmo idioma, nota-se variações que se traduzem na
forma de pronunciar os sons, nas construções sintáticos e no uso característico
vocábulo,à medida que se afasta de determinado ponto de referência em direção de
outro.” ( CAMACHO,2011). - Passo de jejum: BF 6 [ questão ] BF: Levando às 6
horas da manhã, passo de jejum, aguardo, separo meu material de trabalho, di casa
saiu 20 pra oitos, as vezes vou de carro ou eu vou a pé unidade de saúde, ali vejo
com as meninas o que será feito duranti o dia. E me programo pra sair da área,
quais família que está visitando. - Cuscuz – BF 11 [ questão]
BF: [...] cuscuz pra mim é sardinha aquilo que minha vó fazia, para eles aqui
em são paulo e aquilo amarelo que coloca até sal no meio. - Piá, massa, BM 20[
questão]
BM: Aqui não falamos piá, “massa” aqui não tem o costume, questão de
legal, aqui não se fala que é massa, aqui é legal, da hora.

8. Considerações finais
Constatou-se que ocorrem certas diferenciações entre a fala dos falantes da
capital em comparação aos falantes do interior e também entre os Estados. Nota-se
que os residentes de regiões interioranas falam mais com mais “pressa” e buscam
não se prolongar enquanto falam. Porém é importante destacar que tal ocorrência
pode ocorrer devido ao modo em que as entrevistas ocorreram, de maneira remota,
via internet, ainda cabe ressaltar que tal hipótese tem embasamento nos textos
apresentados, tendo em vista que, assim como afirmam Vanderci Aguilera e
Sanimar Busse, as tradições; costumes e cultura dos sujeitos submergem em sua
fala, e remetem a um mundo particular, feito não somente pela história de cada
sujeito, mas também levando ela em consideração. Ou seja, o fato dos moradores
do interior não estarem tão familiarizados quanto os de São Paulo com a tecnologia
pode ter influenciado em suas entrevistas. Além disso, nota-se que ocorrem
diferentes variações fonológicas, enquanto os moradores de São Paulo demonstram
trocar os fonemas “o” por “u” e “e” por “i”, os do Paraná apresentam em menor
quantidade tal variação; apresentando com mais recorrência a exclusão do fonema
“d” em palavras no gerúndio.
Podemos observar também que o espaço socio-geográfico, cultural e
histórico é um aspecto importante ao analisarmos as diferenças e semelhanças das
regiões. Ao buscarmos possíveis explicações para determinados costumes na
linguagem falada e comportamentos relacionados à comunicação, é possível
concluir que as variações linguísticas são frutos de natureza social e correspondem
à fala do espaço geográfico em que os indivíduos estão inseridos.
Por fim, ao analisar os dados conseguimos observar a existência do dialeto
caipira em certas regiões interioranas, sendo possível identificar a nível fonético a
variantes "r caipira"; o rotacismo da lateral alveolar- em grupo consonantal e em
posição pós-vocálica; a apócope do Ir!, muito frequentes no dialeto caipira,
conforme Amaral (1920).

9. Referências

AGUILERA, Vanderci de Andrade; BUSSE, Sanimar. Contato Linguístico e


Bilinguismo: Algumas Reflexões para o Estudo do Fenômeno da Variação
Linguística. Línguas & Letras. v. 9 nº 16, p. 11-25, 2008.

AMARAL, Amadeu. O dialeto caipira. Disponível em:


<http://www.domi-niopublico.gov.br/download/texto/bi000004.pdf>. Acesso em:
30/11/2023.

CAMACHO, Roberto Gomes. Norma culta e variedades linguísticas. In:


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de formação: formação
de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, p. 34-49, v. 11.

CASTILHO, Ataliba T. de; ELIAS, Vanda Maria. Pequena Gramática do Português


Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2012.

COELHO, Izete Lehmkuhl; GÖRSKI, Edair Maria; MAY, Guilherme Henrique;


SOUZA, Christiane Maria Nunes de. Sociolinguística. Florianópolis, 2012.

FARACO, C. A.; ZILLES, A. M. Para conhecer norma linguística. 1. ed. [S. l.]:
Editora Contexto, 2016. 222 p. v. 1.

ROMANO, Valter Pereira; AGUILERA, Vanderci de Andrade. Padrões de variação


lexical na região Sul a partir dos dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil.
ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 43 (1): p. 575-587, jan-abr 2014.

TARALLO. Fernando. A pesquisa sociolinguística. 6ª edição. São Paulo, Editora


Ática, 1999.

Você também pode gostar