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ANÁLISE DO DIALETO NORDESTINO PRESENTE NA OBRA O AUTO DA MAGA

JOSEFA

Ana Gilia¹

Ana Layne²

Resumo

Este artigo tem como objetivo identificar a variação diatópica e os dialetos


característicos do nordeste brasileiro presentes no livro O Auto da Maga Josefa
(2018). Para isso, durante a leitura da obra foi selecionado os vocábulos que serão
explanados com intuito de compreender seus significados, bem como de verificar a
sua usabilidade em obra e no cotidiano. A teoria variacionista, servirá de suporte para
uma análise efetiva relacionando o social com as variantes encontradas, uma vez que
essa teoria admite a coexistência entre variações e o meio social. Dessa forma,
trataremos de uma reflexão no campo linguístico a cerca de algumas especificidades
da língua como regionalismo, dialetos e o seu uso.

Palavras - chave: Nordeste; variações linguísticas; dialeto; análise linguística.

Abstract

This article aims to identify the diatopic variation and characteristic dialects of
northeastern Brazil present in the book O Auto da Maga Josefa (2018). For this, during
the reading of the work, the words were selected that will be explained in order to
understand their meanings, as well as to verify their usability in the work and in
everyday life. The variationist theory will serve as a support for an effective analysis
relating the social with the variants found, since this theory admits the coexistence
between variations and the social environment. Thus, we will deal with a reflection in
the linguistic field about some specificities of the language such as regionalism,
dialects and their use.

Keywords: Northeast; linguistic variations; dialect; linguistic analysis.

Introdução

¹Formanda em Letras Português pela Universidade Estadual do Maranhão.


²Formanda em Letras Português pela Universidade Estadual do Maranhão.
Ao pensarmos em língua é necessário pensarmos logo em heterogeneidade,
analisando a língua brasileira é possível identificar que cada região, município,
comunidade e indivíduo podem apresentar uma diversidade de falares. A esse
fenômeno é dado o nome de variedade linguística, que segundo Coelho (2010)
representa a fala de uma comunidade de modo global, considerando-se todas as suas
particularidades. Depreende-se que, a linguagem por apresentar suas próprias
particularidades irá se diferenciar por n’s fatores, um deles, o regionalismo o qual
apresenta uma quantidade significante de fenômenos que influenciam a variedade
linguística, na qual será estudado por essa pesquisa.

Em meados da década de 60 do século XX, William Labov, importante linguista,


inovou no campo dos estudos linguísticos, formulando sua teoria variacionista a qual
defende a heterogeneidade da língua assim como suas variações. Segundo Coelho
(2010), Labov teria uma visão de que não existe uma comunidade de fala homogênea,
nem um falante-ouvinte ideal. Pelo contrário, a existência de variação e de estruturas
heterogêneas nas comunidades de fala é um fato comprovado. Com essa teoria a
relação entre língua e sociedade passa a mudar, em seu estudo, aspectos sociais,
culturais, escolares e regionais começam a ganham relevância.

Ao entender que a língua não é homogênea, mas sim heterogênea,


reconhecemos as variações presentes nela, entre elas a variação diatópica. Atribui-
se a essa variação as ocorrências de variedades na comunidade de fala, a qual é
responsável pelos regionalismos, provenientes de dialetos e falares locais. O dialeto,
é a linguagem própria de alguma região, a variação regional de determinada língua.
Os avançados estudos dialetológicos e sociolinguísticos têm mostrado o quanto o
conhecimento dessas variações pode ajudar num maior aprofundamento das análises
linguísticas e no melhor conhecimento das línguas.

Aos dialetos é atribuído também um caráter social, relacionado com a região e


localidade. Segundo Preti (2003), a se tratar de dialetos sociais a linguagem culta e a
linguagem popular apresentam, cada qual, suas particularidades. Desse modo, antes
mesmo de analisarmos os dialetos e falares nordestino como exemplo, é possível
perceber uma ideia pré-concebida de que a região pobre, também produz falantes
pobres que se expressam erroneamente. A justificativa e necessidade de se explanar

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sobre a heterogeneidade da língua e suas variações é vista claramente ao pensar
sobre essas questões.

Em O Auto da Maga Josefa, é narrada a história de Toninho e Josefa em busca


por criaturas místicas pelo sertão nordestino, desta forma é possível se deparar com
a variação diatópica, com o regionalismo e seus dialetos. Este trabalho tem como
objetivo realizar uma análise das variações sociolinguísticas, sobretudo da variação
diatópica, presente no livro.

Ao adentrar na análise da literatura nordestina, marcada fortemente por uma


linguagem regionalista, busca-se tornar compreensíveis os significados de
expressões e vocábulos próprios do Nordeste, a sua usabilidade e recorrência. A fala
dos personagens propiciam um estudo aprofundado em relação aos dialetos, bem
como retratam uma especificidade da região nordestina.

Os procedimentos adotados na análise considerarão tanto uma análise nos


moldes sugeridos pela metodologia da Teoria da Variação de Labov (1972-1994),
quanto pela perspectiva da dupla. Se estruturando em dialeto nordestino e variações,
o estudo mostra a dialetologia como um dos principais fatores influenciadores dos
processos de variação, assim como a localidade.

De maneira objetiva, pretende-se mostrar a variação regional em obra e em


vida, com proposito de reconhecer a dialetologia presente na sociedade brasileira
nordestina. Ao trazer a cultura e os falares próprios do Nordeste corroboramos com a
teoria de que a língua é de fato heterogênea, assim como aponta Labov em seus
estudos.

Dialeto nordestino e seu léxico presente na obra

A língua nada mais é que uma manifestação concreta e abstrata do ser


humano, faz parte da linguagem e ainda atua em conjunto com a fala, que quando
relacionada aos estudos de sociolinguística de Labov entendemos que ela não uma
estrutura autônoma, mas sim uma corrente de uma instituição social, quando se refere
a língua dentro dos princípios da sociolinguística Martelotta (2011, p.138) destaca que:

Para essa corrente, a língua é uma instituição social e, portanto, não


pode ser estudada como uma estrutura autônoma, independente do

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contexto situacional, da cultura e da história das pessoas que a
utilizam como meio de comunicação.

Partindo desse conceito da língua como algo social compreende-se que ela irá
sofrer variações de acordo com o meio que se encontra presente, recebendo grandes
influencias tanto interna como externas, variações essas que podem ser causadas por
fatores, regionais, culturais, sociais, questões de gênero e até por idade.

Esses fatores culturais, sociais, gêneros, idade e até mesmo socioeconômicos


que também constroem a diversidade linguísticas não impedem na compreensão da
mensagem. Entretanto o fator regional pode acarretar alguns desentendimentos de
compreensão, isso se dá devido ao uso de algumas variantes causando
estranhamento para alguns.

A maneira que uma língua é realizada dentro de uma determinada região


especifica faz gerar partindo dessa especificidade o dialeto, para Labov (2008, p.225)
o uso do termo “dialeto” dentro da variabilidade linguística ainda se torna difícil de se
explicar, pois se observa que são diferenças individuais de acordo com a opinião dos
falantes.

Quando nos referimos a dialeto nordestino percebemos uma grande variedade


dialetal que de acordo com o dialetólogo Marroquim (1934, p.125) tem como tríplice
de sua origem o português arcaico, derivação e a composição dialetais com o dialeto
que herdou do português, além da contribuição estrangeira como a língua tupi e
africana. Algumas palavras com origem arcaica ainda hoje prevalecem na
comunicação do povo nordestino como: “malino”, “arripuná”, “entoce” dentre outras.

Dentro livro “O Auto da Maga Josefa” podemos nos deparar com a riqueza do
dialeto nordestino e suas variações que são traços linguísticos que projetam a
identidade social do povo. Autora destaca na obra a variação lexical que forma o falar
dessa região e o léxico desempenha um papel de grande importância como indicador
de variação linguística, assim como destaca Silva, Silvana e Raquel (2016, p 18):

O léxico de uma língua desempenha papel importante como indicador da


variação linguística, podendo-se, assim, encontrar nesse campo a exibição da
variedade de cunho regional e sociocultural que se esboça no português

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brasileiro, reconhecendo a importância do tratamento de aspectos lexicais
do português do Brasil.

O livro traz dentro da trama fantasiosa o falar característico da região onde


podemos perceber que o léxico constrói o aspecto cultural ele é um dos fatores que
determinam positivamente a construção do livro e dos personagens.

A variação lexical recorrente no livro é uma variação interna, suas


contribuições se deram por meio dos estudos das diferentes regiões brasileiras,
partindo assim de um estudo geolinguístico. Além de ser uma variação importante na
construção do dialeto, trazendo frases e expressões que só se torna possível
encontrar dentro do falar nordestino.

Podemos ver abaixo algumas expressões presentes na comunicação dos


personagens do livro e partindo da observação dos diálogos buscamos trazer o
significado das palavras selecionadas de acordo com o que foi encontrado no
Dicionário do Nordeste escrito por Fred Navarro.

Dialogo 1

Josefa: Tá olhando o quê, lazarento?

Toninho: Só me impressionei, não sabia que tu era tão boa de disfarce ― ele
respondeu. ― Já te disse que eu sou arretado no arrasta-pé?

Observando esse dialogo podemos destacar duas palavras presentes no léxico


do nordeste, sendo elas “lazarento” e “arretado”. Além da utilização do pronome “tu”
que está presente no dialeto dos indivíduos dessa região. Seguindo a ordem alfabética
presente no dicionário “arretado” significa: Muito bom. E já a palavra “lazarento”
significa: uma pessoa chata, insuportável.

Dialogo 2

Vampira: ― Cuméquié? ― a vampira perguntou, emendando uma palavra na


outra por causa da surpresa e da manguaça. ― Tu vai me matar? Nunca te fiz nada,
bruxa horrorosa!

Josefa: Essas bandas já têm problemas demais ― Josefa explicou, com a voz
cansada. ― Tu matou muita gente, agora vai ter que acertar as contas. Eu e o caçador
vamos limpar o Nordeste da tua laia.
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O regionalismo também se encontra presente dentro da expressão “cuméquié”
que se torna na junção da expressão “Como é que é?” além das palavras “manguaça”
que significa: Estado de embriaguez. Esta palavra se encontra dentro da narrativa e
não na fala das personagens, mostrando o cuidado que a autora tem em deixar a obra
mais nordestina, além da palavra “laia” presente na fala de Josefa.

Junto com as palavras e expressões usadas como no exemplo para demonstrar


o falar nordestino podemos encontrar ainda dentro da obra expressões como “verteu
goela da dentro”, “cr’em Deus pai”, “despuporada”, “batido de coxa”, dentre outras
palavras utilizadas, confirmando mais ainda que o dialeto é formado pela
especificidade de cada região.

É existente também dentro da obra palavras que podem indicar significados


diferentes, de acordo com o contexto em que ela está inserida. Além de várias
palavras diferentes que iram ter o mesmo significado, isso já é explicado dentro da
sociolinguística quando se diz respeito a variação linguística que é o seu principal
objeto de estudo. Labov (2008, p.221) acredita que é comum que uma língua tenha
diversas alternativas de dizer “a mesma” coisa, algumas parecem ter o mesmo
referente, outras podem possuir duas pronúncias. Com a leitura do livro podemos
observar várias palavras que vão se referir a um só sujeito que seria também um dos
maiores vilões o pai de todos os seres místicos e monstros que surgem em cada
cidade onde o caçador e a maga buscam resolver os mistérios. Podemos perceber a
variedade de nomes que o diabo recebe observando a tabela abaixo.

Capeta
Capiroto
Demônio
Diabo
Diacho
Lúcifer
Sete-peles
Tinhoso

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Além dessa variedade referente ao Diabo, também podemos destacar o uso da
palavra “cabra” dentro da trama ela pode ser inserida em dois contextos, para analisar
o contexto selecionamos dois diálogos do livro onde podemos observar a diferença.

Diálogo 1

Chegaram ao cercado das cabras, onde os animais já se ajeitavam para dormir.


― Agora nas quatro patas, caçador ― a maga ordenou. Toninho teve vontade de
chorar. ― Que é que eu te fiz pra merecer isso, pelo amor de Deus? ― E calado, que
cabra não fala ― ela disse, irritada.

Observando a conversa entre a Josefa e Toninho, pode se perceber que a


palavra “cabra” está sendo usada para se referir ao animal.

Diálogo 2

O sorriso do menino se alargou e seu peito se inflou. Depois, lembrou-se do


que cruzara sua mente logo após do ritual. ― Tava aqui pensando ― ele começou
―, pra onde é que eles vão quando a gente faz o despacho? Os pais arquearam as
sobrancelhas. ― Depende da vida que o cabra levou, meu filho ― Maria respondeu.
― Tem gente que vai pro céu, quem se desviou um pouco vai pro purgatório. E quem
se perdeu de vez, tu já sabe…

Já neste outro diálogo entre Toninho e seu pai a palavra “cabra” é referente a
homem.

Entendemos que o léxico de cada região e seu dialeto representam a


construção da história e cultura desse meio social. Quando nos referimos ao nordeste
descrito na obra podemos observar a simplicidade e o regionalismo que são
destacados principalmente na fala e na forma de comunicação dos personagens. Se
tornando de fácil analise a variação e a variedade linguística presente no livro.

Variações linguísticas presentes na obra

Como discorrido até aqui a obra O Auto da Maga Josefa é repleta de variações,
dentre as quais se destacam a diatópica. Ainda é possível encontrar outras formas de
variações, como a fonológica. Segundo Borba (1970, p. 186), “compete à fonologia
identificar os fonemas, determinar os traços pertinentes, as oposições e correlações
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e seus tipos.” Partindo desse conceito entende-se que a variação fonológica se
encontra no campo de modificação de fonemas e de sons.

A variação fonológica, por se encontrar no campo sonoro, acontece quando um


vocábulo é pronunciado de diferentes formas, seja por acréscimo, apagamento,
substituição ou troca de segmento na palavra. No português do Brasil é verificado
ocasionalmente a recorrência de variações como a fonológica, a língua apresenta uma
individualidade e uma diferenciação bastante elevada, que pode ser observada no
vocabulário, na pronuncia, na estrutura das palavras e frases.

Essas alterações que ocorrem no campo sonoro são conhecidas como


processos fonológicos. Para entendermos como ocorre alguns dos processos de
variações fonológica, traremos mais exemplos de vocábulos encontrados no livro
exemplificando como ocorre esse processo:

1. Despalatalização seguida de iotacismo: Processo em que irá ocorrer a troca


de <lh> por <i> e posteriormente a evolução de um som para a vogal <i>.
Mulher Muié
Milho Mio
Filho Fio
Filha Fia
Olha Óia
Olhadinha Oiadinha

2. Rotacismo: Neste fenômeno linguístico irá ocorrer a troca do fonema <l> por
<r>.
Volta Vorta

3. Desnasalização: Neste processo verifica-se a passagem de um som nasal a


oral.
Homem Home
Virgem Virge

4. Síncope: Ocorre a supressão de um fonema no interior da palavra.

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Cicero Ciço

5. Processo de apagamento por apócope: neste processo ocorre um


apagamento de fonema no final da palavra. Na obra, esse fenômeno linguístico
se apresenta diversas vezes.
Salvou Salvô
Escutar Escutá
Vender Vendê
Falar Falá

6. Processo de apagamento por aférese: Neste caso um apagamento de


fonema ocorrerá no início do vocábulo.
Acreditava Creditava
Você Ocê
Ainda Inda

7. Processo de adição por epêntese: adição de fonema medial.


Nós Nóis

Como observado com as exemplificações no contexto da obra, que apesar de


fictício é baseado fortemente no dialeto nordestino, sendo assim validos, a ocorrência
de variação fonológica e de seus processos é consideravelmente alta. Fato que
reconhece o que foi analisado até aqui, a variação diatópica e fonológica estão
interligadas com a língua cotidiana do Nordeste brasileiro.

A língua por ser um sistema dinâmico e sensível a fatores externos corrobora


para que a variação linguística seja um fator natural. A obra analisada flui com essa
naturalidade, a qual pode ser encontrada em obra e em vida, uma vez que os falantes
nordestinos dispõem e usufruem de todo o seu vocábulo, dialetos e maneira própria
de falar.

Sobre essa naturalidade da fala, relacionando ao conceito de dialeto social de


Preti (2003) mencionado no início deste artigo, vemos o seu impacto na esfera da
linguagem e no social. Geralmente a variedade linguística encontrada no Nordeste
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tende a entrar em conflito com a norma padrão da língua, é atribuído então um caráter
errôneo a essa variedade, o que conscientemente ou inconscientemente se
caracteriza como preconceito linguístico.

É comum se observar o uso da variação diastrática e consequentemente a


fonológica como recurso de humor, na obra em questão a presença do humor é
encontrada no enredo em si, por ser uma história inimaginável e extremamente
fantasiosa. O que reconforta e que de fato mostra como a autora estaria utilizando da
naturalidade da fala e da cultura do povo nordestino, reconhecendo e aceitando a
heterogeneidade da língua.

Considerações finais

Por meio deste artigo, analisamos que no livro O Auto da Maga Josefa,
encontra-se presente em seu enredo o dialeto regional acompanhado das variações
diatópicas e fonológicas, e que os fatores sociais interferem nesse processo
variacional dentro de uma determinada sociedade.

Buscamos destacar principalmente como o fator regional interfere no falar


social, partindo das características culturais, sociais e históricas que constroem a
identidade de uma região e principalmente de sua língua que é partindo dela que se
resulta na criação de um dialeto. Explicando partindo dos princípios da
sociolinguística, como palavras diferentes podem possuir o mesmo significado, além
de palavras iguais que podem apresentar significados diferentes dependendo do
contexto em que ela se encontra inserida.

Ao selecionar, diálogos e palavras presentes na obra justificamos o que motiva


as variações, mas também explicamos os fenômenos recorrentes como rotacismo,
despalatização seguida de iotacismo, síncope, desnasalização, processo de
apagamento por apócope, processo de apagamento por aférese e processo de adição
por epêntese. Após explicarmos os motivos que causam esses “erros” entende-se que
a variação linguística é de grande importância dentro de uma determinada sociedade
pois ela contribui tanto culturalmente como socialmente, se cria uma característica e
uma identidade para cada grupo social. Além de confirmar as afirmações de Labov no
que diz respeito a língua como heterogênea.

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Quando nos referimos a dialeto, apresentamos o significado de algumas
palavras presentes dentro dos diálogos encontrados na obra, para explicar e trazer o
sentido da palavra dentro do contexto descrito na narrativa, aplicamos juntamente com
a explicação o significado das palavras selecionadas para se tornar de fácil
compreensão o contexto em que ela está inserida. Entende que o léxica de cada
região é importante dentro da variação linguística, pois em alguns momentos podemos
nos situar de que local surge aquela fala.

O livro busca retratar por meio de uma trama fantasiosa a cultura e a realidade
de alguns nordestinos que mesmo com situações de secas ou perdas maiores lidam
com todas as situações partindo da fé e da força de vontade presente em cada um.
Juntamente com Toninho e Josefa, andamos em algumas cidades do nordeste e
acompanhamos a sua caça por cada monstro ou ser místico que surgia no decorrer
da narrativa, além de adentrar do vocabulário do povo nordestino.

Referências bibliográficas

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