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JOSEFA
Ana Gilia¹
Ana Layne²
Resumo
Abstract
This article aims to identify the diatopic variation and characteristic dialects of
northeastern Brazil present in the book O Auto da Maga Josefa (2018). For this, during
the reading of the work, the words were selected that will be explained in order to
understand their meanings, as well as to verify their usability in the work and in
everyday life. The variationist theory will serve as a support for an effective analysis
relating the social with the variants found, since this theory admits the coexistence
between variations and the social environment. Thus, we will deal with a reflection in
the linguistic field about some specificities of the language such as regionalism,
dialects and their use.
Introdução
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sobre a heterogeneidade da língua e suas variações é vista claramente ao pensar
sobre essas questões.
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contexto situacional, da cultura e da história das pessoas que a
utilizam como meio de comunicação.
Partindo desse conceito da língua como algo social compreende-se que ela irá
sofrer variações de acordo com o meio que se encontra presente, recebendo grandes
influencias tanto interna como externas, variações essas que podem ser causadas por
fatores, regionais, culturais, sociais, questões de gênero e até por idade.
Dentro livro “O Auto da Maga Josefa” podemos nos deparar com a riqueza do
dialeto nordestino e suas variações que são traços linguísticos que projetam a
identidade social do povo. Autora destaca na obra a variação lexical que forma o falar
dessa região e o léxico desempenha um papel de grande importância como indicador
de variação linguística, assim como destaca Silva, Silvana e Raquel (2016, p 18):
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brasileiro, reconhecendo a importância do tratamento de aspectos lexicais
do português do Brasil.
Dialogo 1
Toninho: Só me impressionei, não sabia que tu era tão boa de disfarce ― ele
respondeu. ― Já te disse que eu sou arretado no arrasta-pé?
Dialogo 2
Josefa: Essas bandas já têm problemas demais ― Josefa explicou, com a voz
cansada. ― Tu matou muita gente, agora vai ter que acertar as contas. Eu e o caçador
vamos limpar o Nordeste da tua laia.
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O regionalismo também se encontra presente dentro da expressão “cuméquié”
que se torna na junção da expressão “Como é que é?” além das palavras “manguaça”
que significa: Estado de embriaguez. Esta palavra se encontra dentro da narrativa e
não na fala das personagens, mostrando o cuidado que a autora tem em deixar a obra
mais nordestina, além da palavra “laia” presente na fala de Josefa.
Capeta
Capiroto
Demônio
Diabo
Diacho
Lúcifer
Sete-peles
Tinhoso
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Além dessa variedade referente ao Diabo, também podemos destacar o uso da
palavra “cabra” dentro da trama ela pode ser inserida em dois contextos, para analisar
o contexto selecionamos dois diálogos do livro onde podemos observar a diferença.
Diálogo 1
Diálogo 2
Já neste outro diálogo entre Toninho e seu pai a palavra “cabra” é referente a
homem.
Como discorrido até aqui a obra O Auto da Maga Josefa é repleta de variações,
dentre as quais se destacam a diatópica. Ainda é possível encontrar outras formas de
variações, como a fonológica. Segundo Borba (1970, p. 186), “compete à fonologia
identificar os fonemas, determinar os traços pertinentes, as oposições e correlações
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e seus tipos.” Partindo desse conceito entende-se que a variação fonológica se
encontra no campo de modificação de fonemas e de sons.
2. Rotacismo: Neste fenômeno linguístico irá ocorrer a troca do fonema <l> por
<r>.
Volta Vorta
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Cicero Ciço
Considerações finais
Por meio deste artigo, analisamos que no livro O Auto da Maga Josefa,
encontra-se presente em seu enredo o dialeto regional acompanhado das variações
diatópicas e fonológicas, e que os fatores sociais interferem nesse processo
variacional dentro de uma determinada sociedade.
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Quando nos referimos a dialeto, apresentamos o significado de algumas
palavras presentes dentro dos diálogos encontrados na obra, para explicar e trazer o
sentido da palavra dentro do contexto descrito na narrativa, aplicamos juntamente com
a explicação o significado das palavras selecionadas para se tornar de fácil
compreensão o contexto em que ela está inserida. Entende que o léxica de cada
região é importante dentro da variação linguística, pois em alguns momentos podemos
nos situar de que local surge aquela fala.
O livro busca retratar por meio de uma trama fantasiosa a cultura e a realidade
de alguns nordestinos que mesmo com situações de secas ou perdas maiores lidam
com todas as situações partindo da fé e da força de vontade presente em cada um.
Juntamente com Toninho e Josefa, andamos em algumas cidades do nordeste e
acompanhamos a sua caça por cada monstro ou ser místico que surgia no decorrer
da narrativa, além de adentrar do vocabulário do povo nordestino.
Referências bibliográficas
LOPES, Norma da Silva, FARIAS, Silvana Silva, KO. FREITAG, Raquel Meister. A
FALA NORDESTINA ENTRE A SOCIOLINGUÍSTICA E A DIALETOLOGIA. São
Paulo. Blucher, 2016.
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SIVIERO, Paola. O AUTO DA MAGA JOSEFA. São Paulo. Editora Dame Blanche,
2020.
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