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O PSICÓLOGO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS

DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Lilian Rodrigues da Cruz
Neuza Guareschi
MENINO DE RUA (PEPE MORENO)
MENINO DE RUA (PEPE MORENO) tô ligando pra você de um orelhão aqui da rua
 Menino de Rua Pra pedir para o senhor que me tire da rua
 (Pepe Moreno) Você tem muito valor Pepe Moreno por favor
Conto com ajuda sua
 Alô
Alô Pepe moreno Ce tá me ouvindo Pepe Moreno?
quem ta falando? to ouvindo
aqui e o menino de rua,posso Num desliga não
fala com voce?
Oi? posso fala com voce? Não,canta vai tá legal vai
Alô
Alô pepe moreno Foi no centro de São Paulo
O que que cê quer moço? Me perdi do meu irmão
Eu quero cantar uma musica pra você Eu só tenho 9 anos
Cê tem uma musica pra mim é Quero encontrar minha mãe
Ce deixa eu cantar pra você Perdi tudo que eu tinha
Deixo eu tô com o teclado ligado Sou catador de latinha
Eu vou soltar a batida e você canta vai Ferro velho e papelão

Pepe Moreno cê tá gostando
tá legal,tá legal, escuta ai beleza Você vai me ajudar
Ao tempo hein, tá ouvindo ai? Pode cantar eu tô gostando vai
 tá legal
Quando eu mandar você canta cê canta tá? Quando eu ando pelas ruas os carros me jogam lama
Um, dois, três vai canta Bate em minha carroçinha todo mundo só reclama
Ninguém que ser meu amigo vivo correndo perigo
Sinto que ninguém me ama
 PRA NÃO DIZER QUE EU NÃO FALEI DO ÓDIO (PROJOTA)
Garotinho lindo oh, eu tô gravando tá?
Me da uma força, me tira da rua Pepé Moreno Pra não dizer que eu não falei do ódio
Digo que isso daí não me faz bem
Canta pra mim vai eu tô ouvindo canta
Então eu exclui do que minha alma contém
Ainda sinto nojo, sinto pena e raiva de alguém
Minha vida é desse jeito não escondo de ninguém Mas sei que meu jeito, meu mal,
A tristeza no meu peito machuca e fere também Meu defeito fazem com que alguém sinta isso por mim também
Meus olhos choram fumaça durmo no banco da praça
Enquanto o guarda não vem Cresci sem mãe, ninguém pode ocupar o lugar
Fechei meu peito e passei 7 anos sem chorar
O Pepe Moreno me ajuda Quando eu chorei foi pra minha alma se lavar
E rapaz num chora não moço Então me tranquei, me calei, me entreguei
Oh a sua musica é muito bonita viu E chorei por 7 horas sem parar
Hoje o que eu quero é só sorrir
Tenho fé na mãe de Deus Meu coração blindado limita as palavras que podem atingir
Toda noite eu peço a ela Então fala aí, babaca, ataca quem luta por ti,
Minha alma pulveriza a faca de quem tenta me ferir
Pra mudar o meu destino E se diz Rashid, eu digo: e,
Me dar outra vida bela Só nós sabemos o que o nosso coração diz que é melhor
Pra mim volta a sorrir Cada um escuta a voz de Deus de um jeito
Me leve embora daqui Então se tu quer me mudar pra que eu faça direito,
Em nome do filho dela Então faça você já que tu és tão perfeito
(hahaha) Vejo que falta disciplina, é
Tenha fé em DEUS que você vai encontrar Pode deixar que os "mal-criado" a vida ensina
A sua mãe e seu pai tô rezando por você Coleciono parceiros na caminhada
Inimigos não coleciono, não me relaciono,
Vou lhe ajudar
Não me emociono por eles não sinto nada!
Digo obrigado ao meu Senhor por ser quem sou
Você vai me ajudar? Por conhecer quem conheci,
Por ter amado quem me amou, por ter vivido o que vivi, e sim
Venha logo me buscar me faça esse favor Obrigado, Senhor, por ter mais gente por mim
Sou um garoto de rua sei que não tenho valor Do que contra mim!
Se você me ajudar eu prometo estudar
E um dia ser doutor
Se você me ajudar eu prometo estudar
E um dia ser doutor

Vou te ajudar olha


Como é teu nome?
Alô, alô menino menino.
Ninguém pagou minhas contas,  prata,
Ninguém enxugou minhas lágrimas Com a sua modelo do lado
Ninguém viveu minha vida,
Ninguém escreveu minhas páginas
Pula na piscina com a sua mina, meu chegado
Deus nos deu boca sim, pra comer, pra falar Agora, acorda! Tá na hora de descer do seu busão lotado
Mas ele não deu só a boca, a bosta sai de outro lugar Meninos virgens de sofrimento na vida vão peidar
Meu sentimento cresce, cria asas quer voar
Quando o bicho pegar e te apertar
Daí escrevo um rap e solto pra alguém escutar
Agrada alguns, naturalmente outros vão detestar
Mas eu faço por mim, errado é se eu mudar pra te agradar Folhas caíram, tempos passaram,
Muitos mentiram, muitos erraram
E pra não dizer que eu não falei do ódio
Digo: "Pra que falar?" Mas muitos correram atrás do "preju",
Falar sobre o demônio, é igual a um convite pra ele entrar Dedicaram então deram a volta por cima e acertaram
Já vi espíritos por mais que ninguém acredite Mais obras serão construídas,
E o meu palpite é de que entre os vivos
Existe muito mais maldade, por isso é preciso que evite Aprendi com meu pai que é pedreiro
Politicagem demais, promessas de um mundo melhor
Mal ensina a escrever, E eu brincava com a pá, com colher de cimento
Dizer que é o bastante saber tabuada de cor No barro assistindo o guerreiro
Limitaram o menor, sem chance pro menino virar doutor
Mas foi o bastante pra ele ir pra rua, Carregava tijolo só por diversão
Na febre do rato, de fato tocando o terror Ou pra ver o olhar de orgulho daquele negão vindo do
Morre um irmão com tiros na rua de trás Piauí,
Me faz pensar mais nisso e esquecer das coisas banais
Mundo louco que leva meus manos, Construindo aqui muito mais do que entulho
Vão sumindo ao longo dos anos Força e coragem pra minha família de sangue e de rua
De onde viemos, pra onde vamos, Da luz da lâmpada e também da luz da lua
Todos pecamos, porque nos julgamos então?
Só quero "memo" é um bom rolê com os meus "parceiro"
Pra quem se identifica, mostra pros amigos
Pra ver que na vida da gente, E pode dizer que essa é sua, falô?
A gente precisa buscar bem mais que dinheiro Já tive ódio demais, hoje eu só busco o amor.
Talvez um dia a gente aprenda, Muita paz, muito amor! Fui!
A dar mais valor pro que nos traz paz
E menos valor pro que traz renda
Vai lá pra sua fazenda
Com as suas cabeças de gado, na sua Mercedes
O QUE O PSICÓLOGO FAZ?
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS)

 Objetivos:
- Enfrentamento das desigualdades socioterritoriais

- Busca da universalização dos direitos sociais, ampliando o acesso à bens e


serviços em áreas urbanas e rurais.
 Público Alvo: - Cidadãos e grupos em situação de vulnerabilidade e risco
DIRETRIZES DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
 Descentralização político-administrativa
 Participação Popular

 Responsabilidade do estado na condução da PNAS em cada esfera do


governo
 Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios,
serviços e projetos
CONCEITO DE FAMÍLIA PARA A (PNAS)
 Grupo de pessoas unidas por laços consanguíneos, afetivo ou de
solidariedade
O PROGRAMA FOME ZERO E A BOLSA FAMÍLIA
 O Fome Zero foi um programa criado em 2003 pelo Governo Federal, que
visa o direito alimentação da população brasileira. É uma maneira de garantir
cidadania às populações vulneráveis à fome.
 No Brasil do início de 2003, 44 milhões de pessoas viviam com menos de
1 dólar ao dia, em situação de insegurança alimentar. Até janeiro de 2004, o
programa beneficiaria 11 milhões de pessoas em 2.369 municípios,
concentrados especialmente no semiárido e nas regiões mais pobres do
Nordeste brasileiro
 O programa foi criado em pelo Insitituto Cidadania, uma ONG coordenada
pelo atual presidente Luís Inácio Lula da Silva, e foi lançado no dia Mundial
da Alimentação. Este projeto envolveu diversas entidades e sindicatos;
atualmente é um programa de governo.
 Envolve todos os ministérios e conta com a estrutura do Ministério
Extraordinário da Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA) e o
Conselho Nacional da Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), para a
coordenação das ações.
 O Programa Fome Zero propõe que a Política Segurança Alimentar para que
o Brasil seja executado, de forma conjunta, por 3 grupos políticos:
1. Políticas estruturais, que estão voltadas para as causas mais profundas da
fome e da pobreza;
2. Políticas específicas, que estão voltadas para atender às famílias que não
tem segurança alimentar, com qualidade todos os dias.
3. Políticas locais, que podem ser implantadas imediatamente através da ação
das redes municipais e sociedade civil.
O BOLSA FAMÍLIA
 O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de
renda do Governo Federal, direcionado às famílias em situação de pobreza e
de extrema pobreza em todo o país, de modo que consigam superar a
situação de vulnerabilidade e pobreza.
 Foi instituído no Governo Lula em 2004 e atualmente integra o Plano Brasil
Sem Miséria.
 O programa visa proporcionar a essas famílias o direito à alimentação, a
saúde e o acesso à educação.
REQUISITOS PARA RECEBER O BOLSA FAMÍLIA
 Inclusão da família, pela prefeitura, no CadÚnico dos Programas Sociais do
Governo Federal;
 Seleção pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

 No caso de existência de gestantes, o comparecimento às consultas de pré-


natal, conforme calendário preconizado pelo Ministério da Saúde (MS);
 Participação em atividades educativas ofertadas pelo MS sobre aleitamento
materno e alimentação saudável, no caso de inclusão de nutrizes (mães que
amamentam);
 Manter em dia o cartão de visita das crianças de 0 a 7 anos

 Acompanhamento da saúde de mulheres na faixa de 14 a 44 anos

 Garantir a frequência mínima de 85% na escola, para crianças e adolescentes


de 6 a 15 anos, e de 75%, para adolescentes de 16 e 17 anos.
REDE DE ATENÇÃO SÓCIO-ASSISTENCIAL
– SEGURIDADE SOCIAL
O SUS e o suas
 Princípiosque regem o SUAS:
Matricialidade familiar ;
Territorialização;
Proteção pró-ativa e a integração à seguridade social e
às políticas sociais e econômicas;
 Com a implantação do SUAS , houve a incorporação de
categorias profissionais, que não figuravam , até então, na
assistência social.
 Os psicólogos estão entre esses profissionais . Ocupam
lugar importante como operadores da PNAS.
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
(CRAS)
• Unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência
Social (PNAS).
• Atua como a principal porta de entrada do Sistema Único de Assistência
Social (Suas)
• É responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social
Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social
• O principal serviço ofertado pelo Cras é o Serviço de Proteção e Atendimento
Integral à Família (Paif), cuja execução é obrigatória e exclusiva.
 (MDS, 2015)
A PSICOLOGIA NO CRAS
 Deve-se evitar padronização de rotinas e procedimentos pelo o órgão gestor,
pois o trabalho profissional requer interatividade, inteligência e talento para
criar, inventar, inovar, de modo a responder dinamicamente ao movimento da
realidade. (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL & CONSELHO
FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2007; 8-9)

 Poder pensar o sujeito psicológico para além de um sujeito a ser normalizado


e institucionalizado por uma política de assistência social.
NA PRÁTICA
 Acolhimento
 A recepção
 O grupo de acolhida
GRUPOS DE FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS

o Levantamento de demandas
 Entrevista de acolhida
 Grupos pensados a partir das demandas territoriais
CREAS: CENTRO DE REFERÊNCIA
ESPECIALIZADO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL
 O QUE É O CREAS?

 De acordo a definição expressa na lei N°12435/2011, o CREAS é a unidade


pública estatal de abrangência municipal ou regional que tem como papel
constituir-se em lócus de referencia, nos territórios, da oferta de trabalho
social especializado no SUAS a famílias e indivíduos em situação de risco
pessoal ou social, por violação de direitos.
 QUAIS SÃO AS COMPETÊNCIAS DO CREAS?
 Ofertar e referenciar serviços especializados de caráter continuado para
famílias e indivíduos em situação de risco social, por violação de direitos,
conforme dispõe a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais.
 A gestão dos processos de trabalho na Unidade, incluindo a coordenação
técnica e administrativa da equipe, o planejamento, monitoramento e
avaliação das ações, a organização e execução direta do trabalho social, no
âmbito dos sérvios ofertados , o relacionamento cotidiano com a rede e o
registro de informações, sem prejuízo das competências do órgão gestor de
assistência social em relação a unidade.
 NORMATIVAS QUE FUNDAMENTAM A OFERTA DE
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PELO CREAS:

 Lei Orgânica de Assistência Social- LOAS 1993;


 Lei n° 12.453/2011;
 Politica Nacional de Assistência Social – PNAS, 2004;
 Norma Operacional Básica – NOB/SUAS, 2012
 Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social
- NOB-RH/SUAS,2006;
 Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda no Âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUAS), 2009;
 Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, 2009;
 Portaria n° 843, 28 de dezembro de 2010.
 EIXOS NORTEADORES DA ATENÇÃO OFERTADA
PELO CREAS:
 Atenção especializada e qualificação do atendimento;
 Território e localização do CREAS;
 Acesso a direitos socioassistenciais;
 Centralidade sociofamiliar;
 Mobilização e participação social;
 Trabalho em rede.
 SERVIÇOS QUE PODEM SER OFERTADOS PELO
CREAS:

 Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e


Indivíduos – PAEFI;
 Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de
Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de
Serviços à Comunidade;
 Serviço Especializado em Abordagem Social;

 Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiência, Idosas


e suas Famílias.
 PÚBLICO ATENDIDO PELO CREAS:
 Famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de
direitos, em conformidade com as demandas identificadas no território.
 COMPETÊNCIAS DA GESTÃO DO CREAS:
 Oferta e referenciamento de serviços socioassistenciais especializados;
 Coordenação direta dos serviços ofertados;
 Coordenação dos processos de trabalho e das equipes dos serviços ofertados
na Unidade;
 Articulação entre serviços prestados diretamente, pela própria Unidade, e
aqueles ofertados em unidades referenciadas ao CREAS;
 Atuação em rede.
 REDE DE ARTICULAÇÃO ESSENCIAL AO CREAS:
 CRAS;
 Gestão de Programas de Transferência de Renda e Beneficio;

 Órgãos de Defesa de Direitos;

 Rede de Educação

 Serviços de Acolhimento.
DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS PARA
O PSICÓLOGO NA ASSISTÊNCIA SOCIAL

- Desenvolvimento histórico e a consolidação da


Psicologia como ciência e profissão;

- Políticas sociais na produção capitalista;

- Comprometimento com a transformação social.


• 1988
• Contexto democrático;

SUS
Reorganização dos movimentos sociais;
• Responsabilização do Estado;

• Ofensivas Neoliberais – 2016-2022


• 2004- PNAS
• Desresponsabilização do Estado no
SUAS tocante das políticas públicas;
• Redução dos financiamento de ações e
sucateamento dos serviços;
CONTRAPOSIÇÃO

SUS SUAS
Vinculado à caridade, ao favor, ao assistencialismo
Movimentos sociais, nacionais e internacionais,
e ao favoritismo;

Participação dos profissionais de saúde, gestores,


Capitaneado por Assistentes Sociais
usuários e sociedade civil em geral;

Visto pela sociedade civil como medida


compensatória;
SUAS

Focado em segmentos da população, sendo


desarticulado politicamente e sem poder
decisório;

Demo(2003)- “Pobreza política”;

Estímulo ao ócio e à vagabundagem;


PSICÓLOGOS NA AS
Pesquisas realizadas( OLIVEIRA et al.; NERY, 2009;
FONTENELE, 2008; CRUZ, 2009):
• Conhecem poucos sobre as Políticas de Assistência Social
• Se mantem presos a conceitos tradicionais;
• Não se envolvem em questões referentes à realidade do público-alvo
da política;

Responsabilidade dos Assistentes sociais:


• Territorialização, estudo social, busca ativa e visita domiciliar
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA- ATRIBUIÇÕES DOS
PROFISSIONAIS

Assistente
Psicólogos
social
• Cadastramentos das • Abordagem grupal e
famílias; coletiva
• Estudos sociais; • Avaliação e
aconselhamento
psicológico;
NO ENTANTO...
 O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome define que: O
trabalho deve ser pautado por uma perspectiva interdisciplinar, a qual deve
ser uma das competências dos trabalhadores do SUAS;
“REFERÊNCIAS TÉCNICAS PARA A ATUAÇÃO DO
PSICÓLOGO NO CRAS/SUAS”( CFP, 2008:22)

Não há espaço para a psicoterapia na Proteção Social Básica;

A Psicologia deve ser uma prática que deve se comprometer com a


transformação social e ‘toma como foco as necessidades, potencialidades,
objetivos e experiências dos oprimidos;

Atuem sobre a dimensão subjetiva para favorecer sua autonomia


enfatizando que a pessoa deve ocupar um lugar de poder, “de construtor
de seu próprio direito e da satisfação de suas necessidades”;
PONTOS DE DISCUSSÃO: NÃO HÁ DIFERENCIAÇÃO DA
PRÁXIS PSI EM FUNÇÃO DOS NÍVEIS DE COMPLEXIDADE

“Nos CRAS, esses profissionais tem logrado incorporar ações preventivas em seu ofício e
permanecem numa lógica de trabalho que não difere em níveis mais complexos.”

“ No CREAS, a possibilidade da psicoterapia está colocada, mas compete com a diretrizes do


acompanhamento familiar e com a necessidade praticamente obrigatória de um trabalho articulado
com outras instâncias.”

Os documentos que orientam o SUAS oscilam entre uma perspectiva emancipadora e inovadora e a
manutenção de posições sectárias e individualizantes, o que demonstra inconclusão;

Avanço da agências reguladoras em avançar nas concepções de sujeito, proteção social, políticas,
mas ainda entraves no planejamento e execução das ações

Despolitização das ações permeado por discurso de exclusão pautadas na dicotomização entre
individual e o social;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 “Para concluir, independente de onde se dê esse trabalho, é mister aos
psicólogos que se aventurem no terreno da Assistência Social, clínicos,
sociais ou de qualquer adjetivação da Psicologia, uma práxis que, se não
revolucionária, tenha a superação da desigualdade como meta; que não
culpabilize os sujeitos por sua condição e não coloque sobre eles a
responsabilidade pelo seu sucesso. Uma práxis cuja operacionalização se dê
tendo em vista os limites da ciência psicológica e suas possibilidades de
avanço em direção à justiça social e ao resgate aos direitos humanos e
sociais.”

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