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1Na Grécia Antiga, Parnaso era o monte no qual se acreditava que habitavam as musas. Assim, esta caminhada em
direção a esse local simboliza a conquista da arte das musas: a música.
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2) Relações intervalares
Ao nível harmónico, temos dois tipos de intervalos: consonâncias, que por sua vez se
subdividem em dois – as perfeitas e as imperfeitas –, e dissonâncias. Consequentemente,
a classificação dos intervalos nestas duas tipologias vai condicionar o tratamento dos
intervalos em cada espécie de contraponto.
Consonâncias
Dissonâncias
Perfeitas Imperfeitas
Uníssono, 5ªP, 8ªP 3ªm, 3ªM, 6ªm, 6ªM Meio-tom cromático, 2ªm, 2ªM, 7ªm,
7ªM, Trítono (4ª/5d) e demais
intervalos diminutos e aumentados
momento único, isto é, não ser repetida essa nota. Em situações que o contraponto seja
construído na voz inferior, o movimento melódico pode-se dirigir também para uma nota
mais grave que constitua o clímax. Habitualmente, planeia-se que surja posteriormente
ao meio da melodia, sendo ainda admitidas diferentes situações.
Observe-se, nos exemplos seguintes, o planeamento do clímax na linha de
contraponto. Repare-se que, geralmente, este é realizado de forma desfasada ao ápice da
melodia de CF. Comparem-se ainda as diferentes melodias em relação aos aspetos acima
enunciados.
Proposta: Toca os exemplos ao piano e reflete sobre as seguintes perguntas: Qual foi
aquele que te agradou mais? Porquê?
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4) Contraponto de 1ª espécie
5) Contraponto de 2ª espécie
6) Contraponto de 3ª espécie
O contraponto de terceira espécie rege-se pela norma de 4 notas contra 1, sendo que
a linha de contraponto é construída à semínima, estabelecendo-se sobre cada breve do CF.
Desta forma, a noção de parte forte do compasso passa a corresponder aos 1º e 3º tempos,
enquanto a parte fraca decorre nos 2º e 4º tempos. Mais uma vez, paute-se a composição
pelas regras explanadas na Sebenta do Módulo 1 (p. 25).
Por conseguinte, apresenta-se alguns apontamentos a esse material:
• O contraponto pode iniciar com uma pausa de semínima (cf. p. 27 da Sebenta).
• O ornato passa a ser permitido na terceira espécie, surgindo na parte fraca por
grau conjunto e deixado por grau conjunto na mesma direção. Contudo, não
se pode deixar de referir que, segundo Jeppesen (1939), este tipo de
dissonância surge com maior expressão no repertório renascentista como
ornato inferior.
• Tanto o ornato duplo como a cambiata devem ser sucedidos por grau conjunto,
conforme os exemplos apresentados.