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11 de março de 2021
(https://youtu.be/kOqkeacicOI)
PROGRAMA
Embora a maioria das peças para violão ele tenha escrito na sua
juventude, suas obras de reputação incontestável, que se tornaram clássicos
paradigmáticos do instrumento foram escritas já na fase mais madura do
compositor, que são os Cinco Prelúdios para violão datados de 1940. O
compositor já tinha voltado ao Brasil faziam 10 anos (depois de um longo
tempo que passou entre a Europa e os EUA), ele assumiu posições
profissionais no governo Vargas, assumiu sua vocação de educador, e se
tornou um verdadeiro monumento vivo em poucos anos. Sua poética
apaziguou um pouco alguns dos experimentalismos menos estruturados,
tornou-se um pouco formulaica, mas nos momentos em que deu vazão à
sua via melódica e de ambientação, como nas Bachianas Brasileiras e nos
Cinco Prelúdios para violão, ele nos deu páginas de um fascínio eterno. De
acordo com o especialista Turíbio Santos, o compositor tencionava fazer
pequenos retratos do Brasil de seu tempo em cada prelúdio. Seria então o
Prelúdio n1 uma homenagem ao sertanejo brasileiro, o Prelúdio n2 uma
homenagem ao capadócio, malandro carioca, e à capoeira, o Prelúdio n3
uma homenagem à Bach, o Prelúdio n4 uma homenagem ao índio
brasileiro, e o Prelúdio n5 uma homenagem à vidas social, a vida
cosmopolita da capital, na época o Rio de Janeiro. Se o Prelúdio n3 tem
influências bachianas, o Prelúdio n5 é inspirado em uma valsa de João
Pernambuco, Sonho e Magia, assim o compositor amarra as duas pontas, a
da grande tradição da música clássica, e a da música popular nesse novelo
que é a imaginação de Heitor Villa-Lobos.
"O melhor violonista que eu já ouvi em anos. Ele ultrapassou as limitações técnicas do
violão, e sua música vinha progressivamente de sua alma, diretamente para os corações de
quem o admirava".
– Paco de Lucia
"Raphael Rabello foi simplesmente um dos maiores violonistas que já existiu. Seu nível
de introspecção no potencial do instrumento só foi alcançado, talvez, pelo grande Paco de
Lucia. Ele foi ‘o’ Violonista Brasileiro de nosso tempo, na minha opinião. Sua morte, em uma
idade ainda tão jovem é uma perda incrivelmente dolorosa, não apenas pelo que ele já tinha
feito, e sim pelo que ele poderia vir a fazer."
— Pat Metheny
Raphael Rabello foi um dos mais notáveis violonistas de todos os tempos. A sua
"pegada" era muito expressiva e confiante, com interpretações vibrantes e técnica
exuberante. A contribuição dele foi essencial, deixando uma das mais ricas e memoráveis
páginas na história do violão brasileiro."
— Marco Pereira
Renato Mattiusso
Renato Mattiusso
O violão é o filho mais jovem do alaúde, e assim como seu ancestral,
durante muito tempo, os compositores eram também exímios
instrumentistas, pois a mecânica do instrumento era de difícil compreensão
para que não o tocava. Para fazer um apanhado sobre alaúde, vihuela,
guitarra barroca e violão, basta lembrar de Weiss, Murcia, Sanz, Sor,
Giuliani, Tárrega, Barrios, Brouwer, todos eles compositores do
instrumento que dominavam como ninguém. Na primeira metade do séc.
XX no Brasil, existe um panteão de violonistas compositores tão vasto que
era indissociável o intérprete do compositor. Dentro dessa perspectiva, os
compositores que se destacaram, sempre pareceram que cada um
desenvolveu um universo sonoro particular e intransferível que é
frequentemente informado pela fertilização mútua de gêneros. No cenário
contemporâneo, um dos compositores violonista brasileiro mais profícuo
com uma produção voltada para música de concerto é ninguém menos que
Sérgio Assad. Esse que que junto com seu irmão, Odair Assad, formam um
duo com a relevância e unanimidade que só o grande Andrés Segovia
conseguiu como solista, também domina o métier da composição para o
instrumento com grande maestria.
Canção popular catalã, uma canção natalina que faz um retrato da ceia
de Natal. El noi de la mare, traduzido como menino da mamãe (filho da
mamãe) foi arranjada para violão solo pelo grande violonista Miguel
Llobet. Porém seu sucesso e difusão dentro do repertório violonístico se
deu porque durante muito tempo, Andrés Segovia a tocava como "bis" em
seus concertos pelo mundo afora.
ISAAC ALBENIZ (1860 - 1909)
I - Granada (Serenata)
V- Asturias (Leyenda)
AGRADECIMENTOS