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Atividade: fichamento nº 6
No ano de 1902, já com seus 50 anos, houve uma grande reviravolta em sua vida:
venceu um concurso de composição na França cujo júri era composto por renomados
compositores, como Camille Saint-Saëns. Isso elevou sua figura no meio musical parisiense,
permitindo sua inserção no mesmo, além de tal notoriedade ter se refletido também em terras
brasileiras. Em consequência, no ano seguinte, Henrique Oswald foi convidado a se tornar diretor
do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, a instituição musical de maior prestígio da
República. Ele aceitou o convite e retornou ao Brasil, sendo, porém, hostilizado por essa decisão,
pois era praticamente um estrangeiro a ocupar um cargo público. Sua demissão foi finalmente
aceita em 1906, após três longos e sofridos anos.
Entre 1906 e 1911, o compositor passou por um período de grande incerteza – tinha
dúvidas entre retornar à Europa e recomeçar sua vida ou permanecer no Brasil, onde muito havia
a ser feito ainda. Por fim, acabou sendo nomeado para a cátedra de piano no instituto e, além
disso, toda a sua família veio para o Brasil em 1911, o que deu a ele a certeza de ficar. Seus 20
últimos anos no Rio de Janeiro, antes de sua morte, aos 79 anos, foram de grande prestígio como
compositor e professor de piano. Sua morte se deu com diversas homenagens sendo realizadas,
bem como o pleno reconhecimento de ter sido um dos maiores compositores brasileiros da
história.
solista e orquestra, obras para canto e piano, canto e orquestra, coro – incluindo duas missas –,
além de três óperas.
Ele é autor de belíssimas peças, como o Trio op. 9 – obra-prima de sua primeira fase que
evidencia a influência do romantismo alemão – e a Sonata para violino e piano op. 36 – que o
aproxima da escola francesa. Tais obras, porém, são, infelizmente, menosprezadas pela maior
parte dos músicos e musicólogos brasileiros. Embora se possa observar um crescente número de
pesquisadores nas universidades brasileiras que vêm se preocupando em estudar o seu legado,
Oswald ainda está longe de ocupar o lugar que lhe cabe como um dos maiores compositores
brasileiros de todos os tempos. Em conclusão, deixar esses preconceitos para com o compositor
de lado e passar a executar suas obras com mais frequência nas salas de concerto ao redor do país
traria, certamente, um benefício para toda a cultura nacional.