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MODERNISMO NO BRASIL
A Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo no ano de 1922, foi consagrada
na historiografia oficial como o ponto de partida do Modernismo no Brasil. De acordo
com alguns estudiosos, Recife foi pioneira desse movimento artístico no Brasil,
através das obras de pintores pernambucanos do começo do século XX como Vicente
do Rego Monteiro, da poesia de Manuel Bandeira, da sociologia de Gilberto Freyre,
de manifestações da cultura popular como o frevo e o cordel e das mudanças
urbanísticas ocorridas na cidade naquele período. Para o crítico de arte Paulo
Herkenhoff, ex-curador adjunto do Museu de Arte Moderna de Nova York, "a
historiografia da cultura de Pernambuco tem o desafio de enfrentar o colonialismo
interno e o apagamento de sua história".
Além disso, a maioria dos artistas - que tinha possibilidades financeiras para viajar e
estudar na Europa - trouxe para o país diversas tendências artísticas. Assim foi se
formando o movimento modernista no Brasil.
Com isso, São Paulo demonstrava (em confronto com o Rio de Janeiro) novos
horizontes e uma figura de protagonismo na cena cultural brasileira.
Para Di Cavalcante, a semana de arte: Seria uma semana de escândalos literários e
artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulista.
Foi assim que durante três dias (13, 15 e 17 de fevereiro) essa manifestação artística,
política e cultural reuniu jovens artistas irreverentes e contestadores. O festival
ocorreu o no saguão do Teatro Municipal de São Paulo com a exposição de cerca de
100 obras, que era aberta ao público. No período da noite, também ocorriam três
sessões lítero-musicais noturnas. A programação musical foi apresentada pela
pianista Guiomar Novaes (1894-1979) e por Ernani Braga (1888-1948), que
interpretaram composições de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e do francês Debussy
(1862-1918).
“Villa-Lobos é um gênio. Eu por exemplo, sou o único compositor brasileiro que apaga
mais do que escreve, e o Villa não errava, escrevia do Piccolo ao contrabaixo, e dez
aparelhos de som ligados, televisão ligada, Ampex ligado, uma soprano berrando no
piano, um cara tocando o piano, outro o violino. E eu vendo aquele homem escrever
aquela música completa, aqueles acordes de oito sons e eu digo: “Mas maestro, como
é que o senhor consegue?” E ele me diz: “Meu filho, o ouvido de fora não tem nada a
ver com o ouvido de dentro.” Essa foi a primeira frase que Villa-Lobos me disse no
nosso encontro.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_no_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Semana_de_Arte_Moderna
https://docplayer.com.br/amp/53769322-Caracteristicas-impressionistas-na-obra-
para-piano-suite-floral-op-97-de-heitor-villa-lobos.html
https://www.premiodamusica.com.br/saudades-de-ary-barroso-
208/#:~:text=Villa%20Lobos%20%C3%A9%20uma%20das,m%C3%BAsicas%20s%
C3%A3o%20cheias%20de%20refer%C3%AAncias.