O documento discute a legislação brasileira sobre a inclusão de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho, incluindo leis que reservam vagas para pessoas com deficiência em concursos públicos e que exigem que empresas preencham uma cota de vagas. Apesar dos avanços, ainda existem barreiras para a inclusão dessas pessoas. Organizações como a FENEIS e a FEBRABAN promovem a inclusão através de conferências, campanhas de conscientização e programas de capacitação profissional.
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Título original
Inclusão de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho
O documento discute a legislação brasileira sobre a inclusão de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho, incluindo leis que reservam vagas para pessoas com deficiência em concursos públicos e que exigem que empresas preencham uma cota de vagas. Apesar dos avanços, ainda existem barreiras para a inclusão dessas pessoas. Organizações como a FENEIS e a FEBRABAN promovem a inclusão através de conferências, campanhas de conscientização e programas de capacitação profissional.
O documento discute a legislação brasileira sobre a inclusão de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho, incluindo leis que reservam vagas para pessoas com deficiência em concursos públicos e que exigem que empresas preencham uma cota de vagas. Apesar dos avanços, ainda existem barreiras para a inclusão dessas pessoas. Organizações como a FENEIS e a FEBRABAN promovem a inclusão através de conferências, campanhas de conscientização e programas de capacitação profissional.
Inclusão de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho
Nos últimos anos, o Brasil e o mundo vêm sofrendo transformações culturais,
sociais e econômicas de forma muito rápida e intensa. No que tange a inclusão dos portadores de deficiência no mercado de trabalho, essas transformações trouxeram algumas conquistas para tal fração da população. A legislação brasileira avançou no sentido de legislar sobre o acesso dos portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho criando algumas leis importantes neste sentido. Neste tocante, uma dessas ações de inclusão de deficientes foi a criação da Lei n° 8112/90 na alínea § 2o do artigo 5° que assegura: Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. (BRASIL,1990). Neste aspecto, a criação da Lei n° 8112/90, desempenha um importante papel no que tange a inclusão dos deficientes, pois um dos setores que mais geram emprego no Brasil é o setor público seja na esfera Municipal, Estadual ou Federal. Em vista disso, percebe-se o impacto que a cota de 20% das vagas tem na empregabilidade dos deficientes. Tendo em vista incentivar e ajudar as empresas no processo de inclusão do portador de deficiência o Governo Federal criou a Lei n° 8213/91, em seu artigo 93 prevê que as empresa com 100 ou mais empregados a obrigatoriedade de preencher de 2 % (dois por cento) a 5% (cinco por cento) de seu quadro com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção, empresa de 1 até 200 funcionários 2% (dois por cento), de 201 a 500 funcionários 3 % (três por cento), de 501 a 1000 funcionários 4% (quatro por cento), e acima de 1000 funcionários 5 % (cinco por cento). (BRASIL, 1991) Todavia, percebe-se que apesar da criação da Lei de Cotas, ainda existem muitas empresas alheias às mudanças. Segundo Faria, Vieira, Santos (2013), a integração ou inserção de pessoas com deficiência auditiva nas empresas continua sendo um processo unilateral, pois se traduz em esforços de poucos no cumprimento da lei vigente, inexistindo uma mudança real na dinâmica da empresa. Para Cruzzeta (2012), uma empresa que realmente esteja cumprindo a Lei de Cotas deve garantir aos seus funcionários com deficiência o direito de ir e vir, além disso, deve adequar o local de trabalho de acordo com a necessidade físicas e psíquicas da pessoa, além de garantir todos os seus direitos previstos na legislação. Na finalidade de fazer cumprir a lei, a portaria N° 1.999 de 28 de outubro de 2003 fixa os seguintes parâmetros para a gradação da multa de que discorre da Lei n° 8213/91 que em seu artigo 133 prevê: I - para empresas com cem a duzentos empregados, multiplicar-se-á o número de trabalhadores portadores de deficiência ou beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de zero a vinte por cento; II - para empresas com duzentos e um a quinhentos empregados, multiplicar- se-á o número de trabalhadores portadores de deficiência ou beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de vinte a trinta por cento; III - para empresas com quinhentos e um a mil empregados, multiplicar-se-á o número de trabalhadores portadores de deficiência ou beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de trinta a quarenta por cento; IV - para empresas com mais de mil empregados, multiplicar-se-á o número de trabalhadores portadores de deficiência ou beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de quarenta a cinquenta por cento; § 1º O valor mínimo legal a que se referem os incisos I a IV deste artigo é o previsto no artigo 133, da Lei nº 8.213, de 1.991. § 2º O valor resultante da aplicação dos parâmetros previstos neste artigo não poderá ultrapassar o máximo estabelecido no artigo 133 da Lei nº 8.213, de 1991. (BRASIL,2003) A definição dos valores das multas praticado em cada faixa é de responsabilidade da Autoridade Regional do MTE. Os valores são reajustados anualmente através de portaria da Previdência Social, consta no artigo. 5° da Portaria MF nº 15 de 16 de janeiro de 2018: IV - O valor da multa pela infração a qualquer dispositivo do RPS, para a qual não haja penalidade expressamente cominada no art. 283 do RPS, varia, conforme a gravidade da infração, de R$ 2.331,32 (dois mil trezentos e trinta e um reais e trinta e dois centavos) a R$ 233.130,50 (duzentos e trinta e três mil cento e trinta reais e cinquenta centavos); (BRASIL,2018) O MTE juntamente com o Ministério Público do Trabalho (MPT) são os órgãos responsáveis pela sistemática fiscalização do cumprimento das leis de cotas. Compete aos auditores fiscais fiscalizar as empresas que desrespeitarem as leis de cotas, como exposto na§2 do art. 93 da Lei n.º 8213/91. Entretanto, pode-se inferir que mesmo com alguns avanços, existem ainda muitas barreiras a serem quebradas para que se promova de maneira mais intensa e consistente a inclusão do deficiente no mercado de trabalho. Sabe-se que isso não será feito apenas com o estabelecimento de multas, necessita-se de ir muito mais além. No sentido de derrubar barreiras e ampliar os direitos do deficiente auditivo, a Federação Nacional de integração e Educação dos Surdos (FENEIS), através de seu escritório regional do Rio Grande do Sul, a FENEIS promoveu nos anos de 1998 e 2000 as I e II Conferências Estaduais dos Direitos Humanos dos Surdos, de acordo com Klein (1996), resultaram deste encontro algumas propostas interessantes entre elas: Lutar pela extinção das listas de profissão para surdos que acabam atribuindo- lhes incapacidade para certos cargos e limitando-lhes oportunidades de emprego. Promover junto à sociedade em geral e aos empresários em particular, campanhas de esclarecimento sobre a situação dos surdos trabalhadores, no sentido de expandir suas oportunidades de emprego. Garantir o cumprimento da Lei de Reserva de Mercado (10%) em todas as instâncias, procurando respeitar proporcionalidade entre as deficiências. Que os Editais dos Concursos Públicos sejam claros na especificação e comprovação por parte do candidato surdo. 2. Assegurar o direito da presença do Intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no decorrer dos Concursos Públicos. (FENEIS, 1998) Vale salientar, o trabalho desenvolvido pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABRAN), ao implementar um importante projeto que objetiva a inclusão de deficientes físicos, áudios e visuais. O programa FEBRABAN de Capacitação Profissional e Inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de Trabalho. Criado em 2008, o Programa FEBRABRAN de Capacitação Profissional e Inclusão de Pessoas com Deficiência no Setor Bancário surgiu após um diagnóstico sobre as dificuldades dos bancos em selecionar profissionais com deficiência. O objetivo é promover a inclusão e a capacitação de pessoas com este perfil, dando-lhes oportunidade de iniciar uma carreira no mercado financeiro. (FEBRABAN,2009)
O Avanço Da Lesgislação Comercial Com o Advento Da Lei Complementar 128/2008 Após A Criação Da Figura Do Micro Empreendedor Individual Dando Acesso À Justiça Ao Pequeno Empreendedor Brasileiro