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Lei de Cotas

A Lei 8.213/91, denominada popularmente de Lei de Cotas, é uma medida


compensatória
que busca ampliar o acesso ao mercado formal de trabalho das PCD, por meio da
reserva obrigatória de postos de trabalho. Assim, os estabelecimentos com cem ou
mais
colaboradores devem reservar de 2 a 5% de suas vagas para serem ocupados por
esse
grupo de pessoas. Proporção:

● Até 200 funcionários: 2% dos cargos


● 201 a 500 funcionários: 3% dos cargos
● 501 a 1.000: 4% dos cargos
● 1.001 em diante: 5% dos cargos

Apesar da referida legislação nacional, em 2013, a Relação Anual de Informações


Sociais (RAIS) divulgou que menos de 1% (0,73%) dos cidadãos com PCD
estavam inseridos no mercado formal de trabalho. Em contrapartida, atualmente,
cerca de 372 mil profissionais com PCD estão empregados na Administração
Pública, em empresas públicas e sociedades de economia mista e nas empresas
privadas, o que representa uma ocupação de apenas 53% das vagas reservadas.
(AGÊNCIA BRASIL BRASÍLIA; 2022).

Doenças abordadas pelas Cotas e PCD

Lei de Cotas para deficientes contempla dois grupos de trabalhadores: pessoas com
Deficiência (PcD) e/ou beneficiários reabilitados pela Previdência Social. As
deficiências são divididas nas seguintes categorias:

● Física: entre elas, alterações articulares, nanismo, amputações e paralisia


cerebral
● Auditiva
● Visual
● Intelectual e mental/psicossocial: entre elas, transtorno do espectro autista,
síndromes epilépticas

Fazem parte do segundo grupo as pessoas que passaram por processos de


reintegração ao mercado de trabalho. O Ministério do Trabalho diz que as cotas
para PcD podem ser reservadas em diferentes estabelecimentos da mesma
empresa; isso significa que as contratações podem acontecer em várias unidades,
ou na matriz e na filial, por exemplo. (VAGAS; 2022).
Dados de empregabilidade

Em 2015, o número de empregos para as PCDs cresceu 5,75% em relação ao ano


de 2014. Segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2015,
divulgada pelo Ministério do Trabalho, 403,2 mil pessoas com deficiência atuam
formalmente no mercado de trabalho, correspondendo a um percentual de 0,84% do
total dos vínculos empregatícios. Assim, observa-se o aumento progressivo da
participação nos últimos anos: 0,77%, em 2014, e 0,73% em 2013. Considerando o
recorte por gênero, os dados apontam que 259,0 mil postos de trabalho são do sexo
masculino e 144,2 mil postos do feminino. (FEAC;2016).

Referências

AGENCIABRASIL, Mercado de trabalho para pessoas com deficiência é tema do


Caminhos.
2022. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2022-03/mercado-de-traba
lho-para-pessoas-com-deficiencia-e-tema-do-caminhos?amp

FORBUSINESS, Lei de cotas para deficientes: principais dúvidas respondidas.


2022. Disponível em:
https://www.google.com/amp/s/forbusiness.vagas.com.br/blog/lei-de-cotas-para-defi
cientes/amp/

FUNDAÇÃOFEAC, Cresce número de pessoas com deficiência no mercado de


trabalho formal. 2016. Disponível em:
https://feac.org.br/cresce-numero-de-pessoas-com-deficiencia-no-mercado-de-trabal
ho-formal/

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