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DADOS DOS TRABALHADORES INFORMAIS NO BRASIL

O País registrou uma taxa de informalidade de 39,7% no mercado de


trabalho no trimestre até agosto de 2022. O Brasil alcançou um recorde de
39,307 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período,
segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e
Estatística (IBGE)
https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2022/09/30/brasil-
tem-recorde-de-39307-milhoes-de-informais-no-trimestre-ate-agosto.htm

Mais de 19,6 milhões de brasileiros sobrevivem com os trabalhos


conhecidos como “bicos”, cerca de 60% do universo de 32,5 milhões de
trabalhadores informais existentes no país.
Os números são do estudo “Retrato do Trabalho Informal no Brasil:
desafios e caminhos de solução”, divulgado pela Fundação Arymax e a B3
Social nesta quarta-feira (22) e conduzido pelo Instituto Veredas. A
pesquisa parte da análise dos dados da PNAD Contínua do IBGE do 3º
trimestre de 2021.

DIVISÃO DOS TRABALHADORES INFORMAIS

O estudo divide os trabalhadores informais em quatro tipos. O maior deles,


informais de subsistência (60,5%), inclui os profissionais de baixa ou
nenhuma qualificação e que oferecem serviços de demanda instável,
conhecidos como ‘bicos’.
Os informais com potencial produtivo (16,1%) representam os
trabalhadores que não são formalizados por conta dos custos implicados ou
pela falta de oportunidades.
Já os informais por opção (2,3%) são aqueles que têm condições de se
formalizarem, mas pretendem se manter dessa forma para ampliar suas
receitas. Os profissionais classificados como formais frágeis (21,1%) têm
CNPJ ou carteira de trabalho assinada, mas com contratos intermitentes,
redução dos direitos formais e ameaça de voltar à informalidade total.
PERFIL DO TRABALHADOR INFORMAL

O perfil do trabalhador informal brasileiro de subsistência é bem definido:


homem, jovem, preto e de baixa escolaridade. Cerca de 75% têm o ensino
fundamental incompleto ou inferior. Na faixa etária de 14 a 17 anos, o
grupo representa mais de 80% e nas idades de 18 a 24 anos, os informais de
subsistência são 64% do total.

ANÁLISE POR REGIÕES

Na análise por regiões, a presença desse grupo é especialmente expressiva


nas regiões Norte (49%) e Nordeste (45,5%). A maioria deles trabalha com
serviços ligados a comércio, reparação de veículos e construção.

Na última divulgação mensal da PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística, referente ao 1° trimestre de 2022, a taxa de
informalidade ficou em 40,1% da população ocupada do país, ou 38,7
milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido
de 40,4% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,3%.

23/06/2022
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/60-dos-trabalhadores-informais-
no-brasil-fazem-bicos-para-sobreviver/

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-
nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html

PRINCIPAIS RAZÕES DO TRABALHO INFORMAL

As principais razões para a prevalência do trabalho informal incluem a falta


de oportunidades de emprego formal, baixos níveis de educação e
capacitação, falta de acesso a crédito e financiamento, falta de proteção
social e benefícios trabalhistas, entre outros.
Além disso, a informalidade pode ser a única opção para aqueles que não
conseguem acessar o mercado de trabalho formal, seja por falta de
escolaridade, idade avançada, limitações físicas ou outras razões. A
irregularidade no trabalho informal também pode oferecer desafios para a
proteção social e trabalhista, o que pode levar os trabalhadores a optarem
pela informalidade.
Portanto, a luta contra a informalidade no trabalho requer esforços para
melhorar as condições de trabalho, garantir a proteção social e trabalhista
adequada e fornecer oportunidades para a capacitação profissional. Com
isso, podemos criar um ambiente mais favorável para a transição dos
trabalhadores informais para o trabalho formal.

Fontes: [1] https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9662-pnad-
continua.html?=&t=o-que-e [2] https://www.cartacapital.com.br/economia/as-
principais-razoes-para-a-prevalencia-do-trabalho-informal/ [3] https://g1.globo.com/
economia/concursos-e-emprego/noticia/2021/05/24/por-que-ainda-existe-tanta-
gente-trabalhando-na-informalidade-no-brasil.ghtml [4] https://www.ebc.com.br/
noticias/economia/2020/05/trabalho-informal-atinge

IMPLICAÇÕES DO TRABALHO INFORMAL PARA A POLÍTICA DE


PREVIDÊNCIA SOCIAL

O crescimento do trabalho informal no Brasil pode ter implicações


significativas na política de previdência social. O trabalho informal
geralmente não está sujeito às mesmas obrigações previdenciárias que o
trabalho formal, o que significa que muitos trabalhadores informais não
contribuem para o sistema de seguridade social do país, que inclui a
previdência social. Isso pode levar a uma queda na arrecadação e pode
reduzir a capacidade do sistema de fornecer benefícios para aqueles que
contribuem. Além disso, muitos trabalhadores informais não têm acesso a
outros benefícios sociais que são fornecidos pelo governo, como serviços
de saúde e educação. Por essas razões, é importante que políticas e
programas sejam implementados para incentivar o trabalho formal e
aumentar a inclusão previdenciária dos trabalhadores e trabalhadoras
informais, visando a garantia de proteção social a toda a população.

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