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CEAP, 2° A NOTURNO

TRÊS ASPECTOS DO TRABALHO HUMANO NO BRASIL

Trabalho informal, trabalho feminino e trabalho infantil

Aluno: Everton de Moraes Diamantino Junior

Vitória da Conquista, 2023


Aluno: Everton de Moraes Diamantino Junior

TRÊS ASPECTOS DO TRABALHO HUMANO NO BRASIL

Trabalho informal, trabalho feminino e trabalho infantil

Trabalho apresentado para avaliação


da disciplina de mundo do trabalho,
do 2° ano do ensino médio, turno noturno
do colégio estadual Adelmario Pinheiro,
ministrado pelo professor Gabriel Costa Lima.

Vitória da Conquista, 2023


INTRODUÇÃO

Os três aspectos do trabalho humano no Brasil, estão divididos em subtemas que


são: trabalho informal, trabalho feminino e trabalho infantil. Cada um vai ser
explicado, apresentado tanto vantagem quanto desvantagens e ser mostrado no
último tópico que a realização de um subtema é crime. Tenho como objetivo nessa
pesquisa informar e mostrar de forma clara os temas abordados. A metodologia
utilizada para a realização do trabalho foi por meio a várias fontes de pesquisa da
internet.
Trabalho informal

Ele consiste na realização de atividades sem vínculos empregatícios ou registros


formais. Trata-se do desenvolvimento de qualquer atividade autônoma, ou seja, na
qual o indivíduo o desenvolve por sua conta. As atividades informais no Brasil
aumentaram muito nas últimas décadas, por apresentarem várias vantagens, como
a renda imediata e autonomia, e poucas desvantagens. A busca por autonomia é um
dos fatores que explicam o aumento do trabalho informal.

Mais de 19,6 milhões de brasileiros sobrevivem com os trabalhos conhecidos como


“bicos”, cerca de 60% do universo de 32,5 milhões de trabalhadores informais
existentes no país. Os números são do estudo “Retrato do Trabalho Informal no
Brasil: desafios e caminhos de solução”, divulgado pela Fundação Arymax e a B3
Social, conduzido pelo Instituto Veredas. A pesquisa parte da análise dos dados da
PNAD Contínua do IBGE do 3º trimestre de 2021.
O estudo divide os trabalhadores informais em quatro tipos.

• Informais de subsistência (60,5%), sendo o maior deles, inclui os


profissionais de baixa ou nenhuma qualificação e que oferecem serviços de
demanda instável, conhecidos como “bicos”.

• Informais com potencial produtivo (16,1%), representam os trabalhadores


que não são formalizados por conta dos custos implicados ou pela falta de
oportunidades.

• Informais por opção (2,3%) são aqueles que têm condições de se


formalizarem, mas pretendem se manter dessa forma para ampliar suas
receitas.

• E os formais frágeis (21,1%), na qual têm CNPJ ou carteira de trabalho


assinada, mas com contratos intermitentes, redução dos direitos formais e
ameaça de voltar à informalidade total.

As vantagens e desvantagens de um trabalho informal:

Como vantagens, podemos citar a geração de renda quase que imediata oriunda de
possíveis vendas; rotatividade nas funções trabalhistas, aumentando-se o leque de
opções de trabalho; não há patrão, pois o trabalhador exerce suas atividades por
conta própria; flexibilidade nos horários; e uma possível alteração na renda, podendo
ganhar-se mais em outro mês. Entretanto, essa última vantagem também é uma
desvantagem, pois essa flutuação na renda gera incertezas no planejamento
financeiro da pessoa.
Outras desvantagens podem ser encontradas nesse tipo de trabalho, como: a
ausência de carteira assinada, de férias remuneradas, e de auxílios em caso de
doenças ou imprevistos; não contribuição previdenciária, o que prejudica para uma
aposentadoria; não ter renda fixa, o que atrapalha ao pedir empréstimos bancários
ou financiamentos; procura de empregos formais por muitos trabalhadores informais;
constante preocupação com o andamento da economia por não estarem segurados
nas leis trabalhistas, entre outras.
Trabalho feminino

A presença das mulheres no mercado de trabalho ficou mais evidente após as I e II


Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945), quando os homens chefes de família
tiveram que defender seu país na frente de batalha. As mulheres, que antes se
dedicavam exclusivamente ao trabalho doméstico, aos filhos e alimentação, tiveram
que assumir os negócios de seus maridos ou buscar o sustento fora de casa para
sua família. Após o fim da guerra, a vida de alguns homens foi interrompida. Muitos
dos que sobreviveram ficaram mutilados e impossibilitados de trabalhar. Foi aí que
as mulheres sentiram a necessidade de trabalhar fora de casa e começaram a
ocupar cargos que antes eram exclusividade dos homens. Porém atualmente
existem fatores que dificultam a inserção feminina no mercado de trabalho, muito ao
contrário do que se pensa, o salário, apesar de determinante não é o único problema
entre os fatores que dificultam a inserção feminina no mercado de trabalho.
Especialmente as mulheres executivas, se queixam da desigualdade competitiva,
elas não acreditam ter as mesmas chances de promoção que homens, mesmo com
o mesmo nível de qualificação.

Algumas das dificuldades enfrentadas por mulheres no mundo do trabalho :

• Dupla jornada, maternidade e carreira. É uma questão social:


historicamente a jornada dupla é um dos principais problemas femininos onde
são atribuídas às mulheres todas as obrigações com a casa e com os filhos.
De acordo com o IBGE, as mulheres dedicam, em média, 21,3 horas por
semana às atividades de casa, enquanto os homens gastam 10,9 horas, ou
seja, quase a metade do tempo. A pandemia agravou seriamente este cenário
para as mulheres, fazendo com que boa parte chegue a pensar em deixar o
trabalho, ao se verem tendo que cuidar das demandas profissionais, dos
filhos (em casa, durante o isolamento social) e da casa.

• Assédio no ambiente de trabalho. As mulheres também enfrentam o


assédio (de diversos tipos, mas com destaque para o moral e o sexual) no
ambiente de trabalho, especialmente nas áreas da ciência, engenharia e
medicina. E, mais uma vez, a diferença é gritante: esta matéria mostra que
40% das mulheres dizem que já foram xingadas ou ouviram gritos no
ambiente de trabalho, contra 13% dos homens. Ainda mais grave é que o
assédio é, muitas vezes, naturalizado ou levado como “brincadeirinha” por
parte de empresas essencialmente machistas.

• Menor inserção no mercado de trabalho. De acordo com dados Pesquisa


Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2019, ou seja, em
um cenário ainda anterior à pandemia, quase 50% das mulheres pretas no
Brasil estavam fora do mercado de trabalho. Elas são as que mais sofrem
pois se além de mulher, a pessoa ainda for uma mulher negra, as dificuldades
são ainda maiores. Aqui entra o importante conceito de interseccionalidade.
Exemplos disso são que ela recebem os menores salários - ainda menores
em relação a mulheres brancas – e menor presença em cargos de CEO.
Trabalho infantil

O trabalho infantil é ilegal e priva crianças e adolescentes de uma infância normal,


impedindo-os(as) não só de frequentar a escola e estudar normalmente, mas
também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e
habilidades. Antes de tudo, o trabalho infantil é uma grave violação dos direitos
humanos e dos direitos e princípios fundamentais no trabalho, representando uma
das principais antíteses do trabalho decente.
Algumas das causas do trabalho infantil é a pobreza, má qualidade da educação e
questões culturais. Além disso, é preciso incentivar o avanço na desconstrução dos
mitos que ainda envolvem a questão.
O trabalho infantil no Brasil, se define por toda atividade laboral desenvolvida por
pessoas com idade inferior a 16 anos, seja ele remunerado ou não. Dados do IBGE,
de 2015, mostram que cerca de 2,5 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17
anos trabalham no país. As atividades mais comuns são: trabalho doméstico,
agricultura, construção civil, lixões e tráfico de drogas. O Brasil foi o pioneiro na
elaboração da lista denominada TIP (Trabalho Infantil Proibido), onde constam as
piores formas de exploração do trabalho infantil. São elas: a agricultura, a
exploração florestal, a pesca, a indústria extrativista, a indústria do fumo, a indústria
da construção civil, o trabalho infantil doméstico. Também ratificou a Convenção nº
182 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que proíbe a atividade laboral
para crianças e condena práticas como o trabalho infantil doméstico. No País, a
Convenção é regulamentada pelo Decreto 6.481, de 2008.
Trocar a sala de aula por ambientes de trabalho não é uma escolha para nenhuma
criança ou adolescente. Mas a entrada precoce – e sem direitos garantidos – no
mercado de trabalho é mais uma realidade que se escancara em meio à crise
econômica que arrasa a situação financeira das famílias. Em todo o país, cerca de
seis menores de idade foram encontrados diariamente no trabalho infantil até julho,
segundo dados do governo federal, totalizando 1.298 ocorrências.

Minas Gerais é o Estado brasileiro que mais registrou casos em que crianças e
adolescentes foram flagradas nestas condições. Foram 269 registros entre janeiro e
julho de 2022, média de um caso diário, mantendo-se na dianteira nacional pelo
segundo ano consecutivo. Os dados tratam do volume de fiscalizações realizadas.
As informações constam no painel da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho do
Ministério do Trabalho e Previdência

Todo ano, por ocasião do 12 de junho, são realizadas campanhas que convidam
toda a sociedade a refletir e se mobilizar contra essa grave violação aos direitos de
crianças e adolescentes. A Auditoria Fiscal do Trabalho também intensifica suas
fiscalizações contra o trabalho infantil durante esse período.

Fontes: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/trabalhos-informais.htm ;
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/empregos-informais.htm ;
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/60-dos-trabalhadores-informais-no-brasil-
fazem-bicos-para-sobreviver/ ; https://www.serasaexperian.com.br/carreiras/blog-
carreiras/mulheres-no-mercado-de-trabalho-e-sua-jornada-ate-a-atualidade/ ;
https://www.santocaos.com.br/principais-desafios-da-mulher-no-mercado-de-
trabalho/ ; https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-infantil/lang—
pt/index.htm#:~:text=O%20trabalho%20infantil%20%C3%A9%20ilegal,as%20suas%
20capacidades%20e%20habilidades ; https://livredetrabalhoinfantil.org.br/trabalho-
infantil/causas/#:~:text=Pobreza%2C%20m%C3%A1%20qualidade%20da%20educa
%C3%A7%C3%A3o,que%20ainda%20envolvem%20a%20quest%C3%A3o ;
https://www.todamateria.com.br/trabalho-infantil-no-brasil/ ;
https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/combate-ao-trabalho-infantil ;
https://www.otempo.com.br/brasil/com-uma-ocorrencia-de-trabalho-infantil-por-dia-
minas-lidera-ranking-no-brasil-1.2729123 ;

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