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Trabalho infantil mão de obra barata

Um dos maiores problemas sociais que ainda assombra o mundo com grande
impacto é o trabalho infantil. Clara violação dos direitos humanos, a exploração
de crianças ainda é uma triste realidade em vários países.

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência crueldade e
opressão.

A realidade do trabalho infantil representa a necessidade de novas práticas


para enfrentar a violação dos direitos humanos e a difícil concretização dos
princípios fundamentais previstos na constituição Cidadã, como os princípios
da proteção integral e da prioridade absoluta, especialmente aqueles criados
para assegurar os direitos das crianças e adolescentes.

O termo trabalho infantil refere-se às atividades econômicas e/ou atividades de


sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remuneradas ou não, realizadas
por crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 anos, ressalvada a
condição de aprendiz a partir dos 14 anos, atualmente, o Brasil tem mais de 4
milhões de crianças e adolescentes trabalhando, na faixa dos 5 a 14 anos, em
que a legislação brasileira proíbe qualquer forma de trabalho, o número chega
a 1,4 milhões, além da situação de pobreza e de baixa escolaridade, a questão
cultural contribui para os índices de trabalho infantil, alguns pais acreditam que,
pelo fato de eles terem trabalhado e isso ter ajudado na formação do caráter,
os filhos têm que passar pela mesma situação, vitimas de senso comum de
que o trabalho dignifica o homem.

No Brasil, cerca de 15% dos jovens entre os 15 e 17 anos já estão em


empregos considerados de risco. Estes, em grande maioria, localizados no
campo e nas indústrias.

Infelizmente, esses dados mostram a crua realidade do País. É comum ver nas
ruas diversas crianças trabalhando nos semáforos, trens, etc.

Elas deixam de frequentar a escola por razões que estão associadas a


diversos problemas sociais, como a desestruturação familiar, a falta de
renda, abandono, entre outros. Cerca de 30% da mão de obra infantil
está concentrada no setor agrícola e 60% concentrada nas regiões
Norte e Nordeste, em um perfil que abrange 65% de crianças negras e
70% de meninos. O trabalho infantil não acontece de forma repentina.
Ele é fruto de uma má gestão de educação, bem como exploração de
mão de obra barata, as principais causas do trabalho infantil são: Baixa
escolaridade percebida no país; Número elevado na taxa de natalidade,
sobretudo entre os mais pobres; Educação de baixa qualidade; Ausência
de fiscalização; Desigualdade social; Pobreza extrema e baixa renda de
parcela significativa da população.

O trabalho infantil pode ocorrer de diversas formas


sendo elas:
O trabalho infantil doméstico em casa de terceiros é uma das formas mais
comuns e tradicionais de trabalho infantil. As meninas, meninos e adolescentes
que realizam atividades domésticas são "trabalhadores invisíveis", pois seu
trabalho é realizado no interior de casas que não são as suas, sem nenhum
sistema de controle e longe de suas famílias. Este grupo é provavelmente o
mais vulnerável e explorado, bem como o mais difícil de proteger.

O trabalho infantil rural, assim como os outros tipos de trabalho infantil, rouba
das crianças sonhos e a oportunidade de um futuro melhor. São filhos e filhas
de pequenos produtores rurais que, por falta de dinheiro, são empregados em
locais perigosos e insalubres, ganhando salários baixíssimos para subsistência.

O trabalho nas ruas e outros lugares públicos, seja no comércio ambulante,


guardador de carros, transporte de coisas, pode comprometer o
desenvolvimento afetivo, gerar dependência química, atividade sexual precoce,
desidratação, hipotermia, ferimentos, além de outros malefícios, conforme
descrito na lista das piores formas de trabalho infantil.

A violência sexual pressupõe o abuso do poder onde crianças e adolescentes


são usados para gratificação sexual de adultos, sendo induzidos ou forçados a
práticas sexuais. Essa violação de direitos interfere diretamente no
desenvolvimento da sexualidade saudável e nas dimensões psicossociais da
criança e do adolescente, causando danos muitas vezes irreversíveis.

Psicologicamente, os impactos negativos variam de acordo com o contexto


social do trabalho infantil. Por exemplo, abusos físicos, sexuais e emocionais
são os principais fatores de adoecimento das crianças e adolescentes
trabalhadores, outros problemas são: Crianças ainda não têm seus ossos e
músculos completamente desenvolvidos, correm maior risco de sofrer
deformações dos ossos, cansaço muscular e prejuízos ao crescimento e ao
desenvolvimento, dependendo do ambiente e condições de trabalho a que
forem submetidas, a ventilação pulmonar (entrada e saída de ar dos pulmões)
é reduzida por isso, crianças têm maior frequência respiratória, o que provoca
maior absorção de substâncias tóxicas e maior desgaste do que nos adultos,
podendo, inclusive, levar à morte, A exposição das crianças às pressões do
mundo do trabalho pode provocar diversos sintomas, como por exemplo, dores
de cabeça, insônias, tonteiras, irritabilidade, dificuldade de concentração e
memorização, taquicardia e, consequentemente, baixo rendimento escolar.
Isso ocorre mais facilmente nas crianças porque o seu sistema nervoso não
está totalmente desenvolvido. Além disso, essas pressões podem causar
diversos problemas psicológicos ,tais como medo ,tristeza e insegurança, o
trabalho infantil provoca uma tríplice exclusão na infância, quando perde a
oportunidade de brincar ,estudar e aprender quando chega na idade adulta ,
perde oportunidades de trabalho por falta de qualificação profissional e
chegando na velhice, sofre com falta de condições dignas de sobrevivência.

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