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A TRAJETÓRIA DO VÔLEI NO BRASIL

EM BUSCA DA POPULARIZAÇÃO
O voleibol, ou vôlei, surgiu nos Estados Unidos em 1895, pelo diretor de
educação física da ACM (Associação Cristã de Moços de Massachusetts)
William George Morgan. O objetivo de Morgan era criar um esporte que não
envolvesse contato físico, permitindo que todos jogassem e evitar lesões
graves, de acordo com EFDsports.
No Brasil, há divergências sobre a chegada do vôlei. Há estudiosos que
indicam 1915: ano em que o voleibol foi jogado pela 1ª vez no Colégio
Marista de Pernambuco. Outros dizem que ocorreu em 1916, pela 1ª vez na
Associação de Cristãos e Moços de São Paulo. Em 1923, aconteceu a
primeira iniciativa para a difusão do voleibol no Brasil, o Fluminense
promoveu o 1° torneio.
Hoje esse jogo é modalidade olímpica, tendo destaque no Brasil por causa
dos seus excelentes resultados.
Contudo, o grande passo para o crescimento do esporte no Brasil foi com
criação da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Foi ela a responsável
por promover cursos para difundir a prática e também a responsável pelo
surgimento de escolinhas de vôlei.
• Um esporte conhecido e respeitado pelo mundo, o vôlei possui
campeonatos internacionais e nacionais, sendo eles:

• VÔLEI – CAMPEONATOS INTERNACIONAIS:


• Torneio Olímpico de Voleibol: a cada quatro anos desde
1964.
• Campeonato Mundial de Voleibol: a cada quatro anos,
desde 1949 (homens) e 1952 (mulheres).
• Copa do Mundo: a cada quatro anos, desde 1965
(homens) e 1973 (mulheres).
• Liga Mundial: anualmente, desde 1990.
• Grand Prix: anualmente, desde 1993.
• Copa dos Campeões de Voleibol: a cada quatro anos
desde 1993.
• Campeonatos Sul-americanos: a cada dois anos, desde
1951.
• Jogos Pan-Americanos: a cada quatro anos, desde 1951.
• VÔLEI – CAMPEONATOS NACIONAIS:
• Superliga: anualmente, desde 1976.
• Supercopa Brasileira de Vôlei: anualmente, desde
2015.
• Copa do Brasil: anualmente, desde 2007.
• Campeonatos locais: anualmente – Campeonato
Paulista (Feminino – 1973 e Masculino – 1978),
Campeonato Carioca (1938) e Campeonato Mineiro
(1934).
• GRANDES NOMES DO VÔLEI NO BRASIL
• Em 1968, Luciano do Valle, uma grande influência para a
popularização do vôlei no Brasil, começou a dar as caras
no esporte como narrador, trazendo para TV a emoção
de uma partida, tornando-se um ícone.
• No meio técnico, temos dois nomes de extrema
importância. José Roberto Guimarães, mais conhecido
como Zé Roberto, que deu início a sua carreira de
treinador em 1988, foi eleito o melhor técnico na
temporada de 2002/03 pela Confederação Brasileira de
Vôlei (CBV), e é o atual treinador da seleção feminina.
• Temos também Bernardo Rocha de Rezende, conhecido
como Bernardinho, que em 1988 começou a carreira de
treinador como assistente-técnico da seleção e é
considerado um dos técnicos que mais trouxe títulos
para o vôlei no Brasil: são mais de 33, enquanto dirigia as
seleções brasileiras feminina e masculina.
• OS MAIORES JOGADORES DE VÔLEI
MASCULINO DO BRASIL:
• Giba – ponteiro
• Lucarelli – ponteiro
• Sérgio Dutra Santos (Serginho) – líbero
• Renan Dal Zotto – atacante
• Antônio Carlos Gouveia (Carlão) – central,
ponteiro e oposto
• Ricardo Garcia (Ricardinho) – levantador
• AS MAIORES JOGADORAS DE VÔLEI
FEMININO DO BRASIL:
• Ana Moser – ponteiro
• Jaqueline – ponteira passadora
• Sheilla Castro – oposto
• Fabiana (Fabi) – líbero
• Marianne Steinbrecher (Mari) – oposto
• Fernanda Garay Rodrigues (Fê Garay) –
ponteiro
• Marlon Santos, superintendente do Corinthians-
Guarulhos, comenta que o vôlei acaba sendo uma
segunda opção dos esportes no Brasil. “Se for olhar
pelo lado do gosto da sociedade, sim! Agora se for
olhar os títulos, acredito que podemos ser o 1°
esporte brasileiro. Somos a seleção mais vitoriosa no
cenário mundial há mais de 10 anos, e uma das
equipes de esportes coletivos mais vencedoras.”
• Para entender um pouco mais o cenário do vôlei
brasileiro e o processo de se tornar um dos principais
nomes do esporte, a equipe do JORNAL DIGITAL
UAM entrevistou com exclusividade Sérgio Santos,
mais conhecido como Serginho, que atualmente
defende as cores do Corinthians-Guarulhos.
• As regras do vôlei regras atuais:
• Uma partida de vôlei tem, normalmente, 5 sets,
sem tempo definido.
• Cada set é terminado quando uma equipe
alcança os 25 pontos, tendo 2 pontos de
vantagem sobre a equipe adversária. Caso não
tenha, o set prossegue até que uma equipe
conquiste tal vantagem.
• Cada time é composto por 6 jogadores em
quadra e 6 jogadores reserva.
• Após o saque, cada time só poderá tocar a bola
três vezes, sendo proibido que um jogador toque
a bola duas vezes seguidas.
• A equipe vencedora é aquela que ganhar o maior
número de sets.
• Mesma Finalidade de Pontuação
• O vôlei de pontuação no jogo de voleibol mantém-se inalterado. A bola
deve tocar no solo ou no limite do chão ao lado do adversário.
• Mudanças de Pontuação
• Antes de 1999, apenas os membros da equipe poderiam fazer pontos e
os “sets” oficiais eram de 15 pontos. Agora, qualquer equipe pode fazer
pontos, independentemente de quem joga e a maioria dos “sets” entre
os três melhores jogos são jogados a 25 pontos.
• Três Toques
• Antes de 1920, quando foi instituída uma regra permitindo apenas três
toques para cada lado, as equipes podiam tocar na bola tantas vezes
quantas quisessem para passar sobre a rede.
• Servindo Alterações
• Originalmente, uma bola batendo na rede em um saque significava uma
mudança de posse. Desde 2000, os jogadores podem bater a rede e a
bola continua válida, desde que caísse sobre a quadra do lado adversário.
• Terminologia
• Os três jogos dentro de uma partida de voleibol foram referidos como um
"jogo" quando o esporte começou. Em 2008, a NCAA determinou que um
"jogo " passaria a ser chamado de "set".
• ENTREVISTA COM SERGINHO ESCADINHA:
• O que levou você ao vôlei?
• Serginho – A escola. Fazendo as aulas de educação física, eu
tinha acesso a todos os esportes, futsal, basquete, handebol, e o
vôlei foi o que mais me chamou atenção, apesar de ter grande
facilidade com esportes com bola. A paixão surgiu desde então.
• Quais os principais responsáveis pelo seu crescimento no
esporte?
• Serginho – Principalmente meus pais, mas acho que todos os
educadores que me ajudaram, tanto professor como técnico. Se
não honrarmos nossos pais, nossos educadores, não
conseguiríamos algo muito bom na vida, e eu devo muito a eles.
• Qual o jogo mais marcante na sua carreira?
• Serginho – Tem vários. Acho que ciclo olímpico tem um jogo
especial: 2004 com a final olímpica contra a Itália; 2009 como
melhor jogador do mundo e 2016 como campeão olímpico.
Também aponto a final olímpica aqui no Rio de Janeiro como
marcante. Foi o fechamento de um ciclo junto à seleção.
• Você acha que seu trabalho e reconhecimento são
valorizados através do contato com os fãs?
• Serginho – Acho que meu trabalho é reconhecido pelas
pessoas. Eu vejo abordagem, carinho, então eu fico feliz
com esse retorno. Isso prova que fizemos o certo, porque
ser ídolo dentro da quadra é muito fácil. Dentro do
campo, você vai, faz o gol de canela e acaba virando ídolo,
mas ter o reconhecimento nas ruas, esse carinho, você ser
exemplo fora de quadra é o mais gratificante.
• Você percebeu um aumento da importância do vôlei? E
tem alguma projeção para o futuro?
• Serginho – O que eu queria é que a nossa categoria de
base tivesse mais investimentos e consequentemente o
nosso nível técnico subiria muito mais com a montagem
de novas equipes, mas não é isso que está acontecendo.
Dentro dessas categorias de base o nível técnico só está
piorando, então a gente tem que ficar alerta e muito
preocupado.
• Serginho teve passagens por grandes clubes nacionais como: Guarulhos,
São Caetano, Suzano, Banespa, SESI e atualmente Corinthians-Guarulhos.
Também jogou pelo PIACENZA, na Itália, além de muitos anos de sucesso
na seleção brasileira de 2004 à 2016.
• Apesar da paixão de muitos brasileiros pelo vôlei, o esporte não pode ser
comparado aos altos investimentos do futebol. Um exemplo é o salário
de um atleta de alto nível no vôlei, como Bruninho (capitão da seleção
brasileira), que em chega média de R$183mil. Muitas vezes o salário de
um jogador é baseado na sua posição em quadra: oposto, normalmente,
ganha mais que central; ponteiros passadores também ganham bem, por
ser uma posição carente no mercado; e o último dessa escala é o líbero
ganhando menos.
• Sobre a rotina do clube, Marlon Santos destaca a necessidade de
dedicação e entrega. “A rotina de um atleta de voleibol exige rendimento
alto e costuma ser bem intensa com treinos em dois períodos, jogos duas
vezes por semana. É exigida uma preparação mútua entre atletas,
comissão técnica e diretoria”, destaca.
• Por estar envolvido na comissão, Marlon explica sobre o método utilizado
para selecionar jogadores: procura sempre buscar, dentro das condições
financeiras do clube, um atleta determinado, responsável e com caráter.
• No jogo entre SESI – SP e Corinthians – Guarulhos, no
dia 08 de outubro de 2018, com vaga na final do
campeonato paulista, a torcedora Maria Eduarda Reis,
19, conta que começou a torcer por influência da mãe.
“Ela sempre gostou de esportes, frequenta os jogos.
Então, a curiosidade me desperta interesse, e me faz
querer acompanhar sempre”.
• Carlos Augusto, 56, também torce pelo SESI e conta
como é estar envolvido com o esporte. “Eu trabalho
com vôlei faz muito tempo. Sempre joguei e depois me
tornei técnico de um clube aqui em São Paulo”. Inês
Lourenço, 70, diz que já tentou praticar o esporte e
gosta de acompanhar os jogos. “Comecei quando
criança, na escola, nas aulas de educação física.
Recentemente montaram um time da terceira idade na
minha cidade, e quando tem treino ou jogos, eu
apareço por lá para jogar um pouquinho”.

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