Você está na página 1de 4

DIFERENÇA SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES

O QUE É A DIFERENÇA SALARIAL HOJE?

A diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha em tendência de


queda até 2020, voltou a subir no país e atingiu 22% no fim de 2022, segundo dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que uma
brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem diz o site da CNN Brasil.
E a discriminação salarial também pode ocorrer quando mulheres e homens têm
postos de trabalho diferentes, mas de igual valor, e são remunerados de forma
diferente. Isso ocorre porque são atribuídas competências, responsabilidades e
condições de trabalho associados ao sexo.
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/diferenca-salarial-entre-homens-e-
mulheres-vai-a-22-diz-
ibge/#:~:text=A%20diferen%C3%A7a%20de%20remunera%C3%A7%C3%A3o%
20entre,do%20que%20ganha%20um%20homem.
diap.org.br
https://www.diap.org.br › index.php › noticias › artigos

Por que ela vem tendo um aumento significativo?

Segundo especialistas do site da cnn Brasil entre as possíveis explicações para o


aumento recente na diferença da remuneração está o fato de a pandemia ter sido
mais difícil para as mulheres, que, em muitos casos, deixaram o emprego para cuidar
da casa e da família. De acordo com a mais recente edição do Global Gender Gap
Report (“Relatório Global de Desigualdade de Gênero”, em tradução livre),
desenvolvido pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 94ª posição quando o
assunto é igualdade de gênero. A publicação analisa indicadores como participação
política, nível de educação e oportunidades econômicas entre homens e mulheres de
146 países. estes indicadores materializam-se em números que mostram, por
exemplo, que mesmo sendo maioria no país, as mulheres são minoria na política
brasileira, ocupando apenas 15% dos cargos eletivos. Ou que elas ganham, em
média, 20% menos que os homens ainda que ocupem o mesmo cargo e tenham
mesmo perfil de escolaridade, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/o-que-e-desigualdade-
salarial-de-genero-e-como-superar

QUAL FOI A ORIGEM DESSA DESIGUALDADE, COMO SURGIU?

A partir do século 19, sobretudo com o início dos processos de industrialização, passa
a crescer a exploração da força de trabalho feminina como uma opção mais barata à
masculina. Ganhando salários inferiores e trabalhando em condições exploratórias,
exerciam nas fábricas, inicialmente, tarefas que ainda faziam parte do ideário
doméstico, como limpar os espaços e preparar refeições. Com o tempo, as funções
passaram a se equiparar às masculinas. Mas o salário, não. Enquanto os homens
foram atraídos para as fábricas sob a promessa de um “salário-família”, que em tese
daria conta do sustento da esposa e filhos, acreditava-se que as mulheres solteiras
deveriam ter salários menores uma vez que se encarregavam apenas do próprio
sustento.
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/o-que-e-desigualdade-
salarial-de-genero-e-como-superar

QUAL É A DIERENÇA DO SÀLARIO FEMININO E MASCULINO?

O rendimento das mulheres representa, em média, 77,7% do rendimento dos homens


(R$ 1.985 frente a R$ 2.555), conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad) de 2019. Entre os principais grupos ocupacionais, a
menor proporção é observada em cargos de direção e gerência: os salários delas
equivalem a 61,9% dos salários deles – o salário médio das mulheres é R$ 4.666, e
o dos homens é R$ 7.542. Em seguida estão profissionais das ciências e intelectuais,
grupo em que as mulheres recebem 63,6% do rendimento dos homens. O
desemprego também as afeta mais. A taxa de desocupação entre as mulheres é de
14,1%, enquanto a dos homens é 9,6%.
Em outra frente, são elas que dedicam mais tempo a trabalhos domésticos, num total
de 21,4 horas semanais, enquanto os homens destinam 11 horas por semana para
essas atividades. Com isso, as mulheres ficam mais sujeitas a trabalhos informais,
mais precários ou a contratos intermitentes ou a tempo parcial.

https://www.tst.jus.br/-/desigualdade-salarial-entre-homens-e-mulheres-
evidencia-discrimina%C3%A7%C3%A3o-de-g%C3%AAnero-no-mercado-de-
trabalho#:~:text=Uma%20dos%20dados%20que%20evidencia,Cont%C3%ADn
ua%20(Pnad)%20de%202019.

COMO VAMOS SUERAR ESTA DESIGUALDADE E QUAIS METODO FORAM


CRIADOS PARA AJUDAR NESSE PROCESSO?

Na virada para o século 20, o cenário começa a se transformar. A expansão feminina


no mercado de trabalho passa a inspirar movimentos em busca da igualdade entre
os gêneros. Aliadas ao crescimento dos sindicatos trabalhistas, funcionárias se uniam
para reivindicar direitos, como licença maternidade e, claro, igualdade salarial.
No Brasil, a primeira legislação trabalhista, sancionada por Getúlio Vargas em 1943,
já previa que “sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor prestado ao
mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, nacionalidade ou idade”.
A Constituição cidadã, promulgada 45 anos depois e em vigor hoje, também garante
salários iguais a homens e mulheres, quando proíbe a diferença salarial em seu artigo
7. Especialistas afirmam que apesar de leis proibirem salários diferentes entre
homens e mulheres, há pouca fiscalização e não há punição para quem descumpre
a lei, por este motivo o problema persiste na prática. O único caminho, basicamente,
seria processar a empresa por infringir as leis trabalhistas, mas trata-se de um
processo extenuante e que rende poucos resultados. o problema não se restringe
apenas ao Brasil. Segundo o Banco Mundial, 97 dentre 190 países tinham leis
proibindo a desigualdade salarial por gênero em 2022.
“Embora as leis sejam o primeiro passo para garantir igualdade de gênero,
implementação inadequada e fiscalização fraca continuam sendo barreiras críticas
para o avanço dos direitos e oportunidades das mulheres”, afirma a entidade em
relatório.
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/o-que-e-desigualdade-
salarial-de-genero-e-como-superar

Você também pode gostar