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Ateliê Científico - 2022

DESIGUALDADE DE GENÊRO NO MERCADO DE TRABALHO

Autores: João Pedro Fernandes Pires, Arthur Daher Alves, Arthur de Almeida Vieira, Giovanna
Lopes Mendes, Larissa Campos Basílio, Lucca de Almeida Vieira, Sérgio Júnior de Abreu Boim
Orientador: Prof. Msc. Humberto Gomes Pereira
Unidade/curso: Doctum Juiz de Fora Centro / Direito Noturno

PALAVRAS-CHAVE

Desigualdade salarial - Gênero – Mulher - Direito - Mercado de Trabalho

RESUMO

O resumo apresentado tem como pauta a desigualdade salarial de gênero no mercado de trabalho. As reflexões estão
embasadas na CLT, artigos científicos, levantamentos apurados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em
seu Relatório Global de Salários e na Constituição Federal de 1988. Não há dúvidas de que o ordenamento jurídico,
principalmente na Constituição Federal de 1988, consagrou o direito à igualdade, assim como diversos direitos
fundamentais. Contudo, a realidade vivida pelas pessoas, principalmente pelas mulheres, é totalmente diferente, visto
que ocorrem inúmeros casos de discriminação no mercado de trabalho. Por esse motivo, esse tema foi escolhido para
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ser estudado. Segundo a pesquisa do IBGE, o rendimento médio do trabalho recebido pelas mulheres em 2011 foi R$
1.343,81, 72,3% do que recebiam os homens, R$ 1.857,63. Esses valores indicam uma evolução no rendimento em
relação ao ano 2003, quando a remuneração média das mulheres foi de R$ 1.076,04. Entretanto, pelo terceiro ano
consecutivo, o rendimento feminino mantém a mesma proporção (72,3%) em relação ao rendimento dos homens; em
2003 as mulheres recebiam 70,8% do que recebia em média um homem. “O homem consegue se inserir em
ocupações que têm salários mais altos e mais trabalhos formais, enquanto a mulher, muitas vezes porque ela tem uma
jornada dupla ou triplo dela, não consegue barganhar tanto e aceita condições piores. Inclusive há levantamentos que
mostram que homens com filhos são menos penalizados do que mulheres com filhos”, destaca Barcellos. Pesquisa
realizada pela professora Michelle J.Budig da Universidade de Massachusetts-Amherst aponta que: “existe no geral
uma penalidade salarial para mães e uma recompensa para pais. A penalidade é muito maior para mulheres mais
pobres. Enquanto para os homens a recompensa é bem maior para homens ricos.” Atualmente, a CLT afirma em seu
artigo 461 que “Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo
estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade”
(BRASIL 01 de Maio de 1943) Ou seja, a lei define que homens e mulheres que desempenham os mesmos trabalhos e
geram o mesmo valor não poderiam receber salários diferentes, porem as proteções não conseguem transcender e
realmente solucionar esses problemas, tornando-se, assim, ineficazes. Para que essa realidade possa mudar, é
necessário que haja mais fiscalização do Estado, para que se tenham resultados positivos numa sociedade marcada
pelo preconceito e desigualdade entre os gêneros. É preciso mais uma vez, salientar a importância da fiscalização no
cumprimento da legislação já existente, leis não faltam garantindo o direito de igualdade a todos, o que falta é a devida
aplicação e eficácia. Somente assim, será possível vencer as desigualdades e construir uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fazendo jus a nossa Constituição Brasileira de 1988, que garantiu a todos os brasileiros
um Estado Democrático de Direito, com direitos iguais a homens e mulheres.

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