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br/enem/aprenda-a-fazer-a-redacao-do-enem-passo-
a-passo/
https://blog.stoodi.com.br/guias/enem/redacao-enem/
Com as informações desse site e seus conhecimentos, elabore uma redação com a
seguinte proposta:
Tema: Como combater preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e
mulheres no mercado do trabalho brasileiro
Gênero: ENEM
Texto I
Projeto de Lei da Câmara n° 130, de 2011
Texto II
O matrimônio legal monogâmico foi estabelecido quando a industrialização passou a
influenciar na vida social. A partir de então, as relações entre esposo e esposa
passaram a se estruturar de forma que ele estivesse em um patamar superior. Esta
suposta superioridade garantia ao esposo uma posição privilegiada, especialmente na
vida pública. Manter a mulher em casa foi um artifício usado pela indústria para
manter a desigualdade estrutural dentro do casal e entre os sexos, assim o esposo
possuía um elevado poder econômico e a esposa era sua dependente. Com o feminismo,
a continuidade desta desigualdade jurídica e econômica foi contestada. As mulheres
questionaram e rejeitaram as bases filosóficas da superioridade masculina. A
crítica feminista exigiu o reconhecimento do direito da mulher a votar e lutou a
favor da integração das mulheres no sistema econômico e, desta forma, abriu o
caminho para a participação feminina na vida pública.
Adaptado de: RAMOSE, Magobe B. Globalização e Ubuntu. In: SANTOS, Boaventura Souza;
MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009.
Texto III
Indicadores tradicionais de monitoramento do mercado de trabalho desagregados por
gênero revelam desigualdades expressivas entre homens e mulheres. A Taxa de
participação (CMIG 3), que tem como objetivo medir a parcela da população em idade
de trabalhar (PIT) que está na força de trabalho, ou seja, trabalhando ou
procurando trabalho e disponível para trabalhar, aponta a maior dificuldade de
inserção das mulheres no mercado de trabalho. Em 2019, a taxa de participação das
mulheres com 15 anos ou mais de idade foi de 54,5%, enquanto entre os homens esta
medida chegou a 73,7%, uma diferença de 19,2 pontos percentuais. O patamar elevado
de desigualdade se manteve ao longo da série histórica e se manifestou tanto entre
mulheres e homens brancos, quanto entre mulheres e homens pretos ou pardos.
Texto V
Adaptado de: https://exame.com/carreira/cargos-profissoes-diferenca-salarial-
homens-mulheres/ Acesso: 11 jan 2023.
A redação enem deve ter muitos conectivos e 4 paragrafos, no total 30 linhas, não
ultrapasse. Poderia trocar a citação e melhorar a proposta de intervenção.
Modelo de proposta de intervenção:
deve dividir-se em cinco elementos:
Agente;
Ação;
Modo/meio;
Finalidade;
Detalhamento.
Os elementos exigidos são respostas essenciais para o sentido da proposta. É
preciso evidenciar:
Argumentação 1:
Uma das principais razões pelas quais as mulheres ainda ganham menos que os homens
no mercado de trabalho é a segregação ocupacional. As mulheres são frequentemente
direcionadas para áreas de atuação consideradas "femininas", como a educação e a
saúde, que são menos valorizadas e remuneradas do que as áreas consideradas
"masculinas". Além disso, as mulheres enfrentam barreiras para avançar em suas
carreiras, como o assédio sexual e a maternidade. Para combater essa desigualdade,
é necessário incentivar a presença das mulheres em áreas consideradas masculinas,
assim como promover a igualdade de oportunidades para avançar na carreira.
Argumentação 2:
Outro fator que contribui para a diferença salarial é a falta de transparência nas
políticas de remuneração. As empresas ainda têm dificuldade em explicar como são
definidos os salários e benefícios, o que pode resultar em discriminação baseada no
gênero, raça ou orientação sexual. É necessário criar políticas de transparência
salarial que permitam a avaliação dos salários com base nas habilidades, formação e
experiência dos profissionais, independentemente de gênero ou outras
características.
Conclusão:
Para combater preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e
mulheres no mercado do trabalho brasileiro, é necessário uma ação conjunta entre
governos, empresas e sociedade civil. O governo deve criar políticas que incentivem
a igualdade de gênero, promover a presença das mulheres em áreas consideradas
masculinas e garantir transparência nas políticas de remuneração. As empresas devem
adotar políticas de transparência salarial e diversidade em seus quadros de
funcionários. Por fim, a sociedade civil deve se mobilizar em campanhas de
conscientização e pressionar as empresas e governos a adotar políticas mais
igualitárias. Apenas com esforços coletivos poderemos garantir a equidade de gênero
no mercado de trabalho e combater os preconceitos que perpetuam a diferença
salarial entre homens e mulheres.
"A igualdade de gênero é mais do que um objetivo em si mesmo. É uma condição prévia
para enfrentar o desafio da redução da pobreza, promoção do desenvolvimento
sustentável e construção de boa governança." - Kofi Annan.
Por outro lado, também é importante destacar que as mulheres ainda enfrentam muitos
desafios no mercado de trabalho, como a falta de acesso a cursos de capacitação, de
oportunidades de promoção e de licença-maternidade remunerada. Tais dificuldades,
somadas aos preconceitos existentes, dificultam a equiparação salarial.