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https://guiadoestudante.abril.com.

br/enem/aprenda-a-fazer-a-redacao-do-enem-passo-
a-passo/
https://blog.stoodi.com.br/guias/enem/redacao-enem/
Com as informações desse site e seus conhecimentos, elabore uma redação com a
seguinte proposta:
Tema: Como combater preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e
mulheres no mercado do trabalho brasileiro
Gênero: ENEM

Texto I
Projeto de Lei da Câmara n° 130, de 2011

Ementa: Acrescenta § 3º ao art. 401 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada


pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de estabelecer multa para
combater a diferença de remuneração verificada entre homens e mulheres no Brasil.

Explicação da Ementa: Acrescenta § 3º ao art. 401 da Consolidação das Leis do


Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452/43, para determinar que
considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante
para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão
profissional importará ao empregador multa em favor da empregada correspondente a 5
(cinco) vezes a diferença verificada em todo o período da contratação.

Texto II
O matrimônio legal monogâmico foi estabelecido quando a industrialização passou a
influenciar na vida social. A partir de então, as relações entre esposo e esposa
passaram a se estruturar de forma que ele estivesse em um patamar superior. Esta
suposta superioridade garantia ao esposo uma posição privilegiada, especialmente na
vida pública. Manter a mulher em casa foi um artifício usado pela indústria para
manter a desigualdade estrutural dentro do casal e entre os sexos, assim o esposo
possuía um elevado poder econômico e a esposa era sua dependente. Com o feminismo,
a continuidade desta desigualdade jurídica e econômica foi contestada. As mulheres
questionaram e rejeitaram as bases filosóficas da superioridade masculina. A
crítica feminista exigiu o reconhecimento do direito da mulher a votar e lutou a
favor da integração das mulheres no sistema econômico e, desta forma, abriu o
caminho para a participação feminina na vida pública.

Adaptado de: RAMOSE, Magobe B. Globalização e Ubuntu. In: SANTOS, Boaventura Souza;
MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009.

Texto III
Indicadores tradicionais de monitoramento do mercado de trabalho desagregados por
gênero revelam desigualdades expressivas entre homens e mulheres. A Taxa de
participação (CMIG 3), que tem como objetivo medir a parcela da população em idade
de trabalhar (PIT) que está na força de trabalho, ou seja, trabalhando ou
procurando trabalho e disponível para trabalhar, aponta a maior dificuldade de
inserção das mulheres no mercado de trabalho. Em 2019, a taxa de participação das
mulheres com 15 anos ou mais de idade foi de 54,5%, enquanto entre os homens esta
medida chegou a 73,7%, uma diferença de 19,2 pontos percentuais. O patamar elevado
de desigualdade se manteve ao longo da série histórica e se manifestou tanto entre
mulheres e homens brancos, quanto entre mulheres e homens pretos ou pardos.

Adaptado de: IBGE. Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no


Brasil.2°edição. Estudos e Pesquisas. Informação demográfica e socioeconômica.
n.28, 2021.
In:https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101784_informativo.pdf
Texto IV
A queda do rendimento médio do trabalho principal, no entanto, foi mais intensa
para as mulheres (11,25%), enquanto que o recuo para os homens (10,42%) ficou
abaixo da média total no país. Disponível em: https://g1.globo.com/dia-das-
mulheres/noticia/2022/03/08/mulheres-ganham-em-media-205percent-menos-que-homens-
no-brasil.ghtml

Texto V
Adaptado de: https://exame.com/carreira/cargos-profissoes-diferenca-salarial-
homens-mulheres/ Acesso: 11 jan 2023.

A redação enem deve ter muitos conectivos e 4 paragrafos, no total 30 linhas, não
ultrapasse. Poderia trocar a citação e melhorar a proposta de intervenção.
Modelo de proposta de intervenção:
deve dividir-se em cinco elementos:

Agente;
Ação;
Modo/meio;
Finalidade;
Detalhamento.
Os elementos exigidos são respostas essenciais para o sentido da proposta. É
preciso evidenciar:

Agente: quem fará?


Ação: o que será feito?
Modo/meio: como será feito? De que modo será feito?
Finalidade: qual o intuito? Como isso pode ajudar? Qual o propósito disso no
problema?
Detalhamento: quais são os detalhes importantes para essa ação dar certo? Como as
coisas serão relacionadas? Com ajuda ou participação de quem será feito?
Todas essas respostas são essenciais para a proposta de intervenção.

O detalhamento deve ser amplo e instigar o aprofundamento da proposta, exigindo do


estudante que reflita e construa de modo sólido uma medida de ação.

Uma dica importante é colocar a proposta de intervenção em um parágrafo separado –


a conclusão –, uma vez que a competência 5 avalia unicamente a proposta de
intervenção, o que a faz valer, sozinha, 200 pontos do texto inteiro.

O mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta um problema grave de desigualdade


salarial entre homens e mulheres. Mesmo com avanços nas políticas públicas e na
conscientização da sociedade, os preconceitos ainda persistem. De acordo com o
IBGE, em 2020, a diferença salarial entre homens e mulheres era de 17,1%. É
necessário combater esses preconceitos para garantir a equidade de gênero no
mercado de trabalho.

Argumentação 1:
Uma das principais razões pelas quais as mulheres ainda ganham menos que os homens
no mercado de trabalho é a segregação ocupacional. As mulheres são frequentemente
direcionadas para áreas de atuação consideradas "femininas", como a educação e a
saúde, que são menos valorizadas e remuneradas do que as áreas consideradas
"masculinas". Além disso, as mulheres enfrentam barreiras para avançar em suas
carreiras, como o assédio sexual e a maternidade. Para combater essa desigualdade,
é necessário incentivar a presença das mulheres em áreas consideradas masculinas,
assim como promover a igualdade de oportunidades para avançar na carreira.

Argumentação 2:
Outro fator que contribui para a diferença salarial é a falta de transparência nas
políticas de remuneração. As empresas ainda têm dificuldade em explicar como são
definidos os salários e benefícios, o que pode resultar em discriminação baseada no
gênero, raça ou orientação sexual. É necessário criar políticas de transparência
salarial que permitam a avaliação dos salários com base nas habilidades, formação e
experiência dos profissionais, independentemente de gênero ou outras
características.

Conclusão:
Para combater preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e
mulheres no mercado do trabalho brasileiro, é necessário uma ação conjunta entre
governos, empresas e sociedade civil. O governo deve criar políticas que incentivem
a igualdade de gênero, promover a presença das mulheres em áreas consideradas
masculinas e garantir transparência nas políticas de remuneração. As empresas devem
adotar políticas de transparência salarial e diversidade em seus quadros de
funcionários. Por fim, a sociedade civil deve se mobilizar em campanhas de
conscientização e pressionar as empresas e governos a adotar políticas mais
igualitárias. Apenas com esforços coletivos poderemos garantir a equidade de gênero
no mercado de trabalho e combater os preconceitos que perpetuam a diferença
salarial entre homens e mulheres.

"Como combater preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e


mulheres no mercado do trabalho brasileiro"

"A igualdade de gênero é mais do que um objetivo em si mesmo. É uma condição prévia
para enfrentar o desafio da redução da pobreza, promoção do desenvolvimento
sustentável e construção de boa governança." - Kofi Annan.

A frase do ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan destaca a importância da igualdade


de gênero para o desenvolvimento sustentável e a construção de uma sociedade mais
justa. No entanto, a realidade brasileira ainda está longe dessa equidade,
principalmente no mercado de trabalho. As mulheres, mesmo exercendo a mesma função
que os homens, recebem salários inferiores. Nesse contexto, é fundamental entender
os preconceitos que perpetuam essa diferença salarial e como combatê-los.

Primeiramente, é preciso entender que a diferença salarial entre homens e mulheres


é um reflexo de preconceitos históricos e culturais. Desde a infância, meninos e
meninas são socializados de forma diferente, o que reflete em suas escolhas
profissionais e no tratamento recebido no mercado de trabalho. Ainda existe uma
cultura machista enraizada na sociedade, que reforça estereótipos e impede a
ascensão profissional das mulheres.

Por outro lado, também é importante destacar que as mulheres ainda enfrentam muitos
desafios no mercado de trabalho, como a falta de acesso a cursos de capacitação, de
oportunidades de promoção e de licença-maternidade remunerada. Tais dificuldades,
somadas aos preconceitos existentes, dificultam a equiparação salarial.

Para combater os preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e


mulheres no mercado de trabalho brasileiro, é preciso investir em políticas
públicas que promovam a igualdade de gênero. Uma das medidas é a criação de
campanhas de conscientização e sensibilização para combater o machismo e os
estereótipos de gênero. Além disso, é fundamental garantir a igualdade de
oportunidades de capacitação e promoção para as mulheres no mercado de trabalho,
assim como a implantação de leis que punam a discriminação salarial.

Em suma, a diferença salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho


brasileiro é um reflexo de preconceitos históricos e culturais que precisam ser
combatidos. Investir em políticas públicas que promovam a igualdade de gênero é uma
medida fundamental para garantir a equiparação salarial e a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.

Pararafo de Introdução: Inicia coma citação (Diabo veste prada) e contextualização,


tem o objetivo do texto e a tese (tese: é necessário adotar medidas para combater
preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e mulheres no mercado
do trabalho brasileiro, visando promover a igualdade de gênero e garantir o
respeito aos direitos das mulheres trabalhadoras).

Paragrafo de Desenvolvimento: argumento defendendo a tese


Paragrafo de desenvolvimento 2: outro argumento defendendo a tese

TUDO DEVE FAZER SENTIDO E SER MUITO OBJETIVO, EXTREMAMENTE CONCISO

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