De acordo com a Constituição Federal de 1988, a valorização social do trabalho e
da livre iniciativa é um fundamento do Estado Democrático. No entanto, devido à inobservância de direitos fundamentais e à omissão estatal, a precarização do trabalho de aplicativo é um problema persistente na sociedade brasileira. Diante dessa realidade, é importante analisar as irregularidades dessa atividade e as formas de discriminação, a fim de implementar políticas públicas que garantam condições de trabalho mais justas e igualitárias.
Nesse contexto, constata-se que as irregularidades trabalhistas são provenientes,
principalmente, da omissão do Estado em reduzir a informalidade, que é caracterizada pela inexistência de vínculo empregatício. O termo Uberização, nascido do aplicativo de transporte Uber, popularizou esse tipo de relação de trabalho informal. Essas empresas de plataformas digitais condicionam os trabalhadores a jornadas exaustivas, sem descanso semanal e sem garantias de aposentadoria ou seguridade social. Nesse sentido, é crucial que sejam tomadas medidas legais de regularização dos vínculos de trabalho.
Além disso, verifica-se que as discriminações existentes nessa relação de trabalho
são oriundas da inobservância de direitos fundamentais, marcada pela invisibilidade social e retratada por ataques racistas e agressões físicas ou verbais. Com relação às mulheres, a desigualdade de gênero e a misoginia só aumentam a já latente precarização trabalhista numa área majoritariamente masculina. Diante disso, é importante haver uma interposição estatal aliada à conscientização da sociedade para combater as intolerâncias.
Ademais, considera-se implementar políticas públicas de regulamentação e justiça
social. O Estado deve fiscalizar qualquer prática discriminatória, além de prover a proteção salarial, a segurança e saúde do trabalhador, entre outros. As empresas, por outro lado, precisam fornecer um contrato de trabalho justo e igualitário, supervisionando suas atividades em obediência aos preceitos legais. Assim, é indispensável a atuação conjunta do Estado e das empresas nas gestões trabalhistas para eliminar qualquer tipo de precarização no trabalho de aplicativo.
Diante do exposto, nota-se que apesar de haver garantia constitucional ao valor
social do trabalho, ainda persevera a falta de proteção ao trabalhador de aplicativo em virtude do desapreço aos direitos fundamentais e da omissão estatal. Seguindo tal lógica, diante das irregularidades e das discriminações existentes, é necessário que o Estado e as empresas desenvolvam ações integradas de regulamentação e fiscalização. Dessa forma, tais intervenções mostram o caminho imprescindível para a dignidade e o progresso social.
Retomada dos tópicos
Exemplificação dos tópicos (formas) Ação resolutiva (defesa de tese)